História Jacklina Frost - E o Devorador de Almas - Você vai aceitar?

— Houhouhou! — disse o velhinho barbudo. — Que bom que você está aqui!

— Você sabe que é feio sequestrar as pessoas né? — falei em tão rude.

— Oh meu Deus! — chegou a fada do dente, mas na verdade ele era um homem. — Que dentes branquinhos!

Ele tentou abrir minha boca, mas, eu a empurrei. Então ele pegou minha mão.

— Deixa eu mexer nos seus dentinhos?

— Hm... — corei, mas, depois voltei ao normal. — Claro que não!

Ele fez uma cara triste.

— Fica com os do meu irmão aí! — falei enquanto eu caminhei até o Papai Noel.

— O que você quer comigo? — falei o encarando.

— Ora Lina... — ele riu. — Não é óbvio?

— Não... — cruzei os braços. — Tá bom... Tá bom... O que eu fiz de errado dessa vez?

— Você não está sabendo que o Devorador de Almas está a solta? Já devíamos saber que ela não presta. — disse a Coelhinha.

— Ora, ora, ora... Se não é a canguru da páscoa. — eu ri.

— Eu sou uma coelha. — ela cruzou os braços e fez cara feia.

— Lina, preste atenção... Precisamos da sua ajuda. — disse o Papai Noel. — Queremos que você se torne uma guardiã.

— Porque? Porque depois de duzentos anos vocês pedem a minha ajuda? O que eu sou de tão especial assim? — eu perdi a cabeça, esses guardiões já estavam me deixando com raiva.

— Porque ela te escolheu... — disse o bom velhinho.

— Ela quem? — Jack parou atrás de mim.

— A Lua.

— E então você vai aceitar? — Jack estava parado do meu lado, já que eu estava sentada na janela.

— Eu não sei ainda... — olhei pela janela.

— A gente poderia fazer um grupo novo de guardiões. — Jack sorriu.

— Que ideia é essa Jack? — eu ri. — Não é assim que as coisas funcionam...

— A gente pode chamar a Elsa. — ele sorriu novamente.

— Seu pervertido! — olhei pela janela com raiva. — Eu sabia que era só para você ficar com ela!

— Não foi isso que eu quis dizer... — Jack coçou a cabeça.

— Então foi o que? — o encarei.

— É porque ela tem os mesmos poderes que a gente... — ele deu de ombros.

— Não é verdade! — falei. — Nós somos muito mais experientes...

— Nós? — Jack levantou uma sobrancelha.

— Quis dizer: eu... Eu sou muito mais experiente. — eu ri.

Pensei que o Jack já viria com todas as minhas experiências por duzentos anos, não sabia que ele ainda não sabia coisas da neve, nem feitiços da neve, nem como fazer uma bola (de neve é claro). Isso era meio estranho, a Lua me mandou ele para ajudar, mas, se ele não souber nada, aí iria ficar difícil.

O Papai Noel entrou na sala, eu e Jack nos assustamos.

— E então Lina? O que você me diz? — disse ele.

— Eu não vou entrar. — sai da janela.

— O que? — disse ele.

— Eu não vou entrar. — repeti. — Vou fazer meu próprio grupo de guardiões.

Jack me encarou e eu sorri pra ele.

— Você não pode fazer isso! — o Noel gritou.

— Claro que posso! — segurei a mão de Jack, peguei o cajado e pulei a janela.

— Porque você aceitou minha opinião? — Jack falou em meio aos ventos na cara.

— Porque era boa! — sorri.

Nós dois rimos e ficamos em cima do cajado para nos equilibrar melhor. Jack tinha razão, porque não fazer meu próprio grupo? Eu sou muito fã da Merida, talvez ela também entre nesse grupo... E principalmente Nico Di Angelo, como o bicho papão diz, não tem combinação melhor para gelo do que a escuridão, não estou sendo do mal, mas... Talvez ele tenha razão... Se bem que a Rapunzel também daria uma ótima aliada, vai que aquela frigideira não poderia virar um canhão? Bem pensando, Lina... Bem pensando... Jack se desequilibrou do cajado, mas, eu segurei sua mão.

— Você tem que tomar mais cuidado... — falei.

— Foi mal... — ele riu.

— Mas você iria voar mesmo! — empurrei ele do cajado e comecei a rir.

— Ei, eu posso desmaiar a qualquer momento! — Jack riu.

— Pois é... — falei.

— Para onde nós vamos agora? — Jack sentou no cajado.

— Até Elsa...

— Tá falando sério? — Jack levantou as sobrancelhas.

— Seríssimo. — encarei o horizonte.

Próxima parada, Arendelle... Buscar a Rainha Elsa. Até que não vai ser tão difícil assim.