História Jacklina Frost - E o Devorador de Almas - Sequestrando Dipper Pines

— Pronta para conhecer Dipper Pines? — Leo falou.

— Claro... — falei. — Como ele é?

— Você vai ver... — Leo sorriu.

— Ah Leo! — empurrei ele.

— Opa, esqueceu do combinado... Não pode tocar em mim ou você pode queimar. — Leo falou.

— Ah, deixa isso pra lá...

Nós dois rimos. Nico chegou, nós paramos de rir e o encaramos... Então ele passou pela gente e subiu no convés. Parece que alguém está com ciúmes ou não. Eu e Leo fomos atrás de Nico no convéns... Dessa vez todos iriam junto comigo, assim era mais fácil, porque era só falar meu nome que o Dipper iria saber. Leo pousou o Argo no meio da floresta, eu fui acordar Merida. Nossa! Como ela dormia... Primeiro eu cutuquei ela, depois eu bati palma, depois peguei um trompete, depois empurrei ela da cama...

 — Merida, olha o Jack! — gritei.

— Aonde? — ela se levantou assustada, mas, depois percebeu que era mentira e me encarou.

— Foi o único jeito de te acordar... — levantei as mãos em redenção.

Merida se levantou da cama e ela estava com uma camisola de ursinhos... Como foi que ela teve tempo para pegar isso tudo? Que estranho, é melhor nem perguntar... Seu cabelo estava como sempre, descabelado e cheio de ondinhas para tudo quanto é lado... Diferente do meu, que só era liso. Antigamente, meu cabelo era muito curto, mas, com o tempo ele foi crescendo e já está até na hora de cortar. Merida pediu licença para se trocar e eu fui mandada para fora do quarto. Esperei na porta, Nico chegou até mim.

— Nós pousamos...

— Aah! Finalmente vou conhecer esse tal de Dipper! — falei alegre.

— Ele pode não aceitar então não fique muito feliz... — Nico deu meia volta. Wou, esse ciúmes bateu em mim e explodiu. Nossa, colisão total concedida, pode vir míssil!

— Ok... Tá bom... — Nico não ouviu o que eu disse porque ele já tinha ido lá pra cima.

Merida abriu a porta, ela estava com o mesmo vestido de antes. (Quando eu a sequestrei) Então ela pegou um grampo e prendeu uma parte do cabelo.

— Já acabou Merida? — falei em tom cínico.

— Sim, agora vamos ver esse tal de Dipper... — Merida passou por mim e eu a segui.

Chegamos no convéns, Nico e Leo já esperavam debruçados no parapeito. Quando Leo nos viu, ele falou:

— Alguém tem que ficar no navio...

Todos nós o encaramos.

— Ok, ok... Eu fico no navio. — ele falou. — Mas não se percam pela floresta...

Nico pulou o parapeito e bateu os pés no chão. Ele estendeu a mão para Merida pular, então ela pulou. Depois estendeu a mão pra mim, então eu voei. (Turn Down For What) ... Nós estávamos caminhando, eu queria voar, mas, não podia deixar o pessoal pra trás, então os acompanhei. Caminhamos uns quinze minutos sem falar absolutamente nada, até vermos uma cabana e nela estava escrito “Cabana do Mistério”, parecia interessante. Então paramos na frente.

— Será que é aqui? — olhei para os lados.

— E aí visitantes! Venham conhecer a Cabana do Mistério, eu sou o Stan! — um velho saiu da loja.

— Ah... Ok, né... — cocei a cabeça.

Stan deu a volta por trás da gente nos empurrou até a Cabana do Mistério, eu achei que ele não me via, mas, acho que eu estava enganada. Wou, lá dentro tinha muitas coisas, olhos esbugalhados, camisetas, bonés, picolés, vários livros em baixo do balcão e outras coisas estranhas, mistério mesmo tudo isso.

— O que vocês desejam? — disse o tal de Stan.

— Você conhece algum Dipper Pines por aí? — Merida perguntou atrás de mim.

— Vocês estão procurando o Dipper? — o velhinho coçou a cabeça.

— Sim... — falei.

— Ele deve estar no quarto. — Stan falou meio desanimado.

— Ei! A Merida pode comprar algumas coisinhas da loja... Não é? — me virei para ela.

— O que? — Merida levantou as sobrancelhas.

— É isso aí... A Merida vai comprar, pode ter certeza... — Nico falou rapidamente. (Obrigada Nico, não sei o que faria sem você...)

— Ah, ta bom... — Merida foi olhar as coisas.

— Podem ir entrando, tem um tempo que eu não recebo amigos do Dipper aqui na Cabana do Mistério. — o velho falou e nos deu passagem para entrar.

— Obrigada...

Eu e Nico entramos na casa, não parecia muito diferente das outras... Apesar do sofá ser pequenininho, dava para viver bem naquela sala. Subimos a escada correndo e entramos no primeiro quarto que vimos. Nossa! Havia um menino moreno lá dentro, meu deus, que lindo! O que que você está pensando Lina? Volte ao normal agora, agora.

— Quem são vocês? — disse o garoto.

(Pelo visto foi fácil fazer ele me ver...)

— Sou Nico e essa é Jacklina... — Nico disse na minha frente.

— O que vocês querem? — ele falou.

— Sua ajuda. Para combater o Devorador de Almas... — entrei na frente de Nico.

— Vocês pelo menos me conhecem? — ele riu.

— Você é o Dipper Pines... — coloquei as mãos na cintura, para descontrair.

— Hm... — o garoto sorriu. — Tudo bem, mas, antes eu preciso falar com minha irmã.

— Ah, pode ser... — falei.

— Eu acho que ela vai querer ir comigo, tem problema? — Dipper coçou a cabeça.

Eu encarei Nico e ele estava mexendo com a cabeça negativamente.

— Ok, mas... Ei! Olha aquele passarinho ali na janela! — apontei para qualquer ponto na direção da janela, Dipper olhou para ver o que era, então rapidamente fiz uma bola de neve e joguei no rosto dele. — Foi mal...

Nico começou a rir, mas, não era engraçado... Eu já estava sequestrando a segunda pessoa! Isso era meio paranoico. Eu e Nico fomos levantar Dipper, que já estava desmaiado no chão. Quando fomos passar na porta, Nico parou.

— O velho vai ver que o menino tá desmaiado...

— Ah, é verdade... — pensei em uma ideia para sair com Dipper e leva-lo para o Argo II e ninguém descobrir. Até que saiu uma ideia. — Já sei! Eu pego o Dipper, saiu pela janela e voou com ele até o Argo II, ai eu volto e desço as escadas normalmente...

— Tá pode ser... — Nico resmungou. — Eu fico aqui esperando.

Eu ri da cara de Nico e depois levei Dipper até a janela... meu Deus! Como ele era pesado! Levantei voou e fui direto para o Argo II, tomara que não tenha acontecido nada lá...