— Jack! — meu olhos se abriram rapidamente e eu vi que estava no meu quarto.
Alguém bateu na porta.
— Lina? Lina tá tudo bem aí? — parecia a voz de Leo. — Eu estava voltado do banheiro e ouvi você gritando...
— Eu tive um pesadelo... — levantei da cama e fui destrancar a porta.
— Outro pesadelo? — Leo apareceu quando eu abri a porta totalmente.
— Sim... — falei meio triste lembrando de Jack no pesadelo.
— Você quer conversar? Eu dormi um pouco e deixei a Merida pilotando, não estou com mais sono... — disse Leo.
— Bom, Okaay... — falei dando passagem para Leo entrar, depois que ele entrou, fechei a porta.
— Você sonhou com o Jack? — ele se sentou na minha cama.
— Sim... — sentei ao lado dele. — Só sonho com o Jack.
— E o Devorador de Almas? — Leo coçou a cabeça.
— Também apareceu... — falei meio triste.
— O que eles falam? — disse Leo.
— Bom... O Devorador quer controlar o Jack. — olhei para baixo. — Porque ele já tem uma metade do mal no corpo.
— Metade do mal? — Leo ficou confuso. Foi ai que eu percebi que não tinha contado isso para o Leo antes...
— É... Ele é metade bicho-papão. — falei.
— Ai meu Deus! — Leo deu um gritinho.
— Você tá com medo? — falei, logo reparando em uma coisa diferente no Leo.
— Não, porque? — Leo tentou disfarçar.
— Porque você tá pegando fogo... — apontei para o cabelo dele.
—Ah... Isso... Não é nada... — Leo bateu algumas vezes em seu cabelo até apagar o fogo.
— Leo você é engraçado... — eu ri.
— Valeu... — ele também riu.
— A gente pode ir para o convéns conversar se você quiser... Lá é mais aberto. — falei.
— Tudo bem, assim eu não vou pegar fogo...
Nós dois rimos e saímos pela porta.
(Autora: Surpresinha aqui embaixo <3)
— Nico on —
Eu estava deitado na cama, quando eu ouvi um grito de Lina... Me levantei e quando eu abri a porta, vi Leo pedindo para conversar com ela, que deixou ele entrar. Eu fiquei muito bravo, não queria que Leo conversasse com Lina... Mas, não estava com ciúmes, se é o que você está pensando, eu nunca fico com ciúmes de alguém. Fiquei esperando até Leo sair de lá, o que não demorou muito... Mas, Lina saiu junto com ele e ainda por cima rindo... Como ela pôde rir de Leo Valdez? O que ele tem tanto assim de engraçado? Fiquei olhando até eles irem para a salinha do navio e falarem algo com a Merida... Não gostei disso nem um pouco. Fechei a porta, me joguei na cama e apaguei a luz com minhas sombras.
— Dipper on —
Eu estava conversando com duas pessoas e der repente tudo fica preto. Não sei o que aconteceu, mas, tenho a sensação que essas pessoas me apagaram. Quando eu acordasse iria contar tudo para a Mabel, se eu estivesse na Cabana... Meus olhos se abriram e eu estava num lugar totalmente diferente, essa não era a Cabana... Me levantei com cuidado, procurei meu livro em todo lugar, mas não encontrei. Eu precisava dele para me proteger, aquelas pessoas me roubaram! Abri a porta com cuidado, e andei no corredor com cautela. Vi um menino moreno, de cabelo encaracolado lendo meu livro e segurando o leme.
— Nossa, tem muitas coisas interessantes aqui... — disse ele.
— Ei! Meu livro! Me devolve! — corri até meu livro e tentei pega-lo de sua mão, mas, ele levantou seu braço e o deixou muito alto.
— Calma aí Dipper... — disse ele. — Eu não vou fazer nada com o livro...
Tentei pegar novamente, mas, ele levantou o braço mais alto ainda...
— O que você quer com o livro? — falei meio zangado.
— Não sei... — ele deu de ombros. — Só peguei para ler.
— Quem é você? — fiquei mais calmo.
— Sou Leo Valdez... — o menino me entregou o livro. — E a Lina quer falar com você.
— Aquela menina que me trouxe? — falei.
— Exatamente... — ele sorriu.
— Lina on —
Estava esperando Dipper no convéns, queria saber mais sobre a sua vida e explicar o que aconteceu... Porque eu tive que sequestra-lo... Então ele subiu a escada e andou até mim.
— Você que me trouxe pra cá? — ele estava com um livro debaixo do braço.
— Sim... — o encarei. — Mas foi para derrotar um inimigo...
— Eu sei... Você me explicou. — Dipper deu de ombros. — Podia ter só falado...
— Ãh? — falei.
— Se você tivesse falado, talvez eu iria numa boa...
— Jura? — falei.
— Talvez. — disse Dipper.
— Então... Quer fazer alguma coisa em troca, tipo me dar um soco na cara? — cocei a cabeça.
— Não, que ideia é essa? — Dipper riu.
— Ué, eu te sequestrei... Você tem que fazer alguma coisa. — dei de ombros. — Você deve estar bravo...
— Eu estou bravo, mas, eu não quero te bater. — Dipper ficou ao meu lado debruçado no parapeito.
— Ah sim... — eu ri.
Eu senti que estava sendo observada por alguém... Então me virei e era Nico, sentado perto da escada, me encarando, não sei o que estava acontecendo mais deu para perceber que ele não estava feliz. Eu voltei a encarar Dipper. Queria saber mais sobre sua vida...
— Então, qual nome da sua irmã? — falei.
— É Mabel... — Dipper sorriu.
— E ela te ajuda a descobrir mistérios? — perguntei, mas, fui interrompida.
Algo passou que nem um jato, quase trombando no navio. Dipper e eu olhamos para o lado, para ver se era algum perigo, então Leo chegou correndo do convéns.
— Chegamos em Berg!
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