História Jared Leto: Namorado Perfeito. - Irmão?

Estávamos na estrada. Cerca de 4 horas para conseguir sair de um transito horrível que aquela cidade tinha. O problema é que precisávamos do carro. Não dava para carregar aquelas malas no metro. Jared não tinha mais de duas mãos. 

- Ainda não entendi porque esse tanto de malas Jared. - disse, sem tirar o olho da estrada. 

- Nunca se sabe qual roupa fica melhor. - faz uma pausa. - Sempre depende da ocasião e também do meu humor. Cada combinação conta! - eu encaro, e ele a mesma coisa. Nisso, damos uma risada. - Você que é mulher deveria levar várias malas. Sinto-me a feminina da relação agora. - não resisti, quase perco o ar de tanto rir, ainda tentando não tirar os olhos da estrada. 

- Eu não queria concordar, mas... - podia sentir seu olhar de ódio em cima de mim, então apenas ri daquela situação, e o mesmo solta uma risada irônica, o que me faz achar ainda mais graça. - Me desculpe. - digo, virando para ele, logo o mesmo se esquiva para tentar me dar um beijo. - Estou dirigindo. - disse, entre o beijo, então ele para, voltando ao seu lugar e me encarando. 

- Você as vezes é cuidadosa demais. - diz. 

- Gosto de segurança. Apenas isso. - respondo. 

- Porque não damos uma parada antes de irmos para a casa da sua mãe. - me olhava com um olhar "tarado". 

- No carro? - pergunto-o, o encarando e logo voltando a olhar para  estrada.

- Na verdade pensei que poderia ser naquele motel. - ele indica com o dedo. Dou uma risada. 

- Tudo bem. - respondo. 

Chegando próximo a casa de minha mãe, olhava para os lugares sem reconhecer quase nem uma casa ou muito menos as pessoas ali. 

- Estranho. - disse, meio para o vento. 

- O que é estranho? - Jared me pergunta, me olhando por alguns instantes e voltando sua atenção para a estrada, já que era ele quem estava dirigindo agora. 

- Séria esquisito uma pessoa não se lembrar de sua própria infância tão bem? - o pergunto. - Passando por essas casas, quase não reconheço nem uma. - respiro fundo. - E muito menos essas pessoas na rua. 

- Não é. - responde-me. - As vezes eu não consigo lembrar da cara de meu próprio irmão. - respira fundo.

- Irmão? - encarava-o. - Jared, você tem um irmão? - se antes eu estava confusa, agora fiquei mais ainda.

- É... - fica sem jeito nas palavras, tentando achar o ar. - Eu não lhe disse? - encarava-me. 

- Não. - respondo, curta e grossa.

- É.. eu tenho. - diz. - Mas não somos próximos quanto eu gostaria. Tivemos uma briga enorme, então nós separamos. - respira fundo. - Mas eu não quero falar disso agora. - disse, e eu apenas me pus a pensar. Eu tinha quase certeza que não coloquei isso na historia. - Olha, seu irmão. - diz, apontando.

- Logan. - digo. E Jared diminui a velocidade, logo parando na garagem da casa de minha mãe. Atrás do carro de Logan. Descemos do carro logo em seguida.

- Finalmente chegaram! - ouço uma voz doce. - Querida! - era minha mãe.

- Mãe. - digo, sem tanto entusiasmo. - Que saudade! - a mesma corre ao meu encontro, me abraçando forte.

- Esse deve ser o seu namorado. - me solta, ficando de frente para Jared, que há da um forte abraço. - Que atencioso ele. - ela o solta, com um sorriso bobo no rosto.

- Sou Jared. - diz, estendo sua mão.

- Rachel. - estende sua mão, o cumprimentando. - Prazer em finalmente conhece-lo. 

- O prazer não poderia ser maior do que o meu. - os dois riam.

- Bem, mas vamos entrando. O pai de Julie está lá atrás. - diz, e todas a seguem, e Jared ao seu lado. A mesma sempre que conhecia alguém novo fazia questão de interroga-lo. Enquanto todos estavam distraídos, puxo Logan de sua esposa sem que percebam. 

- O que foi garota? - diz, me encarando. - Eu to com fome.  

- Logan.. você acha capaz de que Jared possa estar.. - não sabia qual palavra usar.

- O que? - ele me encarava, com uma expressão preocupada. 

- Não sei.. se próprio completando? - digo.

- O que? Como assim louca? - fazia cara de desentendido. 

- Ambos sabemos que Jared está incompleto, isto é, faltava certas coisas da vida dele para completar. E hoje no carro, ele me disse que tinha um irmão.. mas eu nunca coloquei que ele tinha um irmão! - digo.

- Jura? - ele para pensar. - É verdade, no rascunho que me deu não havia citado isso. 

- Acha possível? - preocupava-me. 

- Ainda não acho possível a existência dele... não sei te responder. - diz.

- E tem outra coisa... - respirava fundo. 

- O que? 

- Séria estranho dizer que eu não me recordava muito bem do rosto de nossa mãe? - pensava novamente.

- Oras, isso é normal. Há anos que não há vê. - ele faz uma pausa. - Vamos logo, todos devem estar perguntando sobre mim. - ele sorri, e eu o encaro com sarcasmo. 

- Está bem, vamos. - digo, seguindo para dentro.