História Jariana- O Dominador e a Submissa (hot) - Replay

     *Narrado por Ariana*

- Você não vai sair com ele e assunto encerrado.

Falou Justin que em seguida coçou o queixo e voltou para sua mesa.
   Caminhei lentamente até sua mesa também e parei em sua frente. Pousei meus braços nela apoiando-me. Olhei bem em seus olhos.

- Porque você não quer que eu saía com ele?

Perguntei tentando parecer na defensiva.

Diga Justin, diga que eu digo também.

Ele suspirou.

- Isso não é parte do contrato.

Disse ele sem parecer dar muita importância.

Soltei um risada baixa e neguei com a cabeça.

- Contrato? - Perguntei sarcasticamente. - Admita Justin! Você tem ciúmes de mim!

Seus olhos se serraram por um minuto.

Diga que sente ciúmes de mim Justin, diga que me quer! Pare de ser assim.

- É claro que não, você é minha propriedade e...

- Sua propriedade? - soltei uma risada - Ok, digamos que eu seja sua por enquanto, mas suponhamos que o contrato acabasse e eu saísse com outros cara. Você se importaria?

Seus olhos se abriram mais que o comum, ele se recostou na cadeira e pareceu engolir em seco.

- Claro que não.

Sua voz saiu fraca e sem confiança.

- Ótimo, porque é exatamente isso que eu vou fazer.

  Seu maxilar travou e sua boca formou linhas retas com expressão seria. Dava pra ver que ele se incomodava com a idéia.
   Mordi o Lábio me segurando ao máximo para não sorrir ali. Então ele se importava comigo? Mais do que parte do contrato? Então porque não falava isso de uma vez?

- Esqueça, Saía daqui!

Pediu ele em forma de ordem.

- Sim senhor!

  O respondi com irônia e saí da sala com largos passos.
   Meu salto tilintava no chão de pedra a cada passo que eu dava. Minutos depois eu estava na minha sala completamente arrasada. Como ele conseguia fazer àquilo? Quero dizer... como ele podia ser tão doce e idiota ao mesmo tempo? Céus! Eu não tinha sorte mesmo.
    Olhei pela janela e senti vontade de chorar. Não pelo Justin! Nem pelo contato! Mas sim por mim.
    Como minha vida chegou até àquele ponto? Como eu me deixei envolver com um homem desses?
     Essas eram só algumas das muitas perguntas que tinha em relação a minha vida.

                *Narrado por Justin*

   As vezes, poucas vezes, eu me perdia em mim mesmo.
   Meses atrás você poderia me perguntar quem eu sou, e eu diria "Eu sou o Justin". Mas hoje, hoje eu não me reconheço mais.
    Desde que Ariana entrou na minha vida, eu não sei mais quem eu sou.
    De alguma forma ela me controla e principalmente me tira do controle. Só de imaginar ela com outro cara, transando com outro cara, gemendo de prazer com outro cara, me irrita.
     Me irrita muito!
     Esse Pedro chegou apenas para transformar meu contrato com Ariana em um inferno.
      Ela não era especial para mim.
      Então pra que me preocupar?
      Ariana não iria jantar com o Pedro. Eu não seria capaz de permitir uma ousadia dessas.
     Olhei para o computador e voltei ao trabalho. Eu estava tentando ao máximo me dispersar daqueles pensamentos. E logo eles foram embora sem que eu percebesse.

               *Narrado Por Ariana*

       Quando me distrai do envio de convites percebi que já tinha dado minha hora.
     O trabalho de envio era monótono, mas o que eu poderia fazer?
     Fechei o laptop e comecei a arrumar as minhas coisas na bolsa rapidamente. Por mais que Justin não quisesse, eu iria jantar com Pedro. Que mal teria nisso?
     Ao abrir a porta para sair Justin estava encostado no repartimento de metal da porta. Me assustei momentaneamente com aquilo, pois não esperava sua presença tão... inesperada.
    Um sorriso fez com que aquilo se tornasse sexy.

- Algum problema?

Perguntei tentando soar o mais normal possível.

- Não - respondeu solene - bem pelo contrário.

Arqueei as sobrancelhas tentando entender alguma coisa.

- Como assim pelo contrário?

Coloquei as mãos na cintura o observando.

- Vou te levar para minha casa.

- Sua casa?

Apontei para ele com irônia. Ele sabia muito bem que eu tinha compromisso aquela noite.

- Exato! Vamos?

Ele estende sua mão.
Nego com a cabeça .

- Você sabe que não.

- Você só pode está de brincadeira comigo né Ana?

- Não! Não estou! Porque eu deveria estar?

Minha pergunta soou firme, exatamente do jeito que eu pretendia.

- Eu tenho uma surpresa esperando por você no meu apartamento.

    Essas foram suas únicas palavras. E se o objetivo delas fossem afetar a minha curiosidade elas conseguiram. Que tipo de surpresa exatamente me esperava?
    Um sorriso pervertido tomou conta do seu rosto.
    Aquele sorriso.
    Aquele maldito sorriso.
    Suspirei.
    Mordi o lábio pensativa.
    Aquele sorriso me despertou, e eu queria me deixar ser despertada por ele ainda mais.
    Sorri de volta, porém com menas "empolgação"
   Pedro entenderia.
    Ele sempre entende.

- Tudo bem! - balancei a cabeça em forma de rendimentos - Eu vou por vontade própria, e não porque você está mandando.

Sua língua passeia por seus lábios o umidecendo de forma sexy.
      O empurro um pouco para sair do meu caminho e saio na frente. Posso perceber que ele me seguia, tão perto que sua presença me faz arrepiar.

                                [...]

       No elevador o silêncio que caiu sobre nós logo foi quebrado por ele.

- Este final de semana é o noivado da minha irmã.

Disse ele.

- Eu já dei meu "sim" de presença.

Respondi.

- Que bom.

Comenta Justin.
   Então me perdi em pensamentos. O que tudo aquilo queria dizer? Primeiro vou conhecer a família dele, depois vou acompanha-lo em um evento importante. Eu sinceramente não entendia.
    Se eu fosse realmente só mais uma de suas submissas, porque ele me tratava tão diferente assim?
     Ele gostava de mim certo? Então porque não falava logo?
      Respirei fundo olhando para as luzes que tinham nos números do elevador que conforme passávamos pelo andar, o número representado era apagado.
     Estar presa com Justin no elevador era... agoniante.
      Suas mãos em seus bolsos o deixavam de certa forma sexy e responsável.
      As portas se abriram e por sua gentileza me deixou passar na frente, segundos depois pude sentir sua mão pousando calmamente porém firme em minha cintura para me guiar até o carro.

                *Narrado Por Justin*

     Ao chegarmos em casa, vi a empregada que parecia a minha espera.

- Senhor Justin alguém que não quis se identificar ligou no seu escritório mais cedo e deseja falar com o senhor o mais rápido possível. O número está anotado na agenda ao lado do telefone.

Suspirei.

- Tudo bem - olhei para ela e depois para Ana - Eu vou ver quem é.

Olhei novamente para a empregada.

- Está dispensada por hoje.

Eu disse a ela e pude ver que a mesma havia gostado da notícia. Rapidamente ela saiu da sala quase aos pulos.

- Fique aqui.

Falei para Ana que estava o tempo todo quieta. Aproximei-me dela e dei-lhe um selinho.

- Eu vou ficar aqui.

   Repetiu ela em primeira pessoa em um sussurro assim que nossos lábios decolaram um do outro. Seus olhos continuavam grudados nos meus lábios como se quisesse mais.
    Sorri.
    Ela estava diferente.
    E eu gostava dessa sua mudança.
    Me afastei e segui até o corredor que daria ao meu escritório particular, pois até mesmo em casa eu continuava trabalhando.
     Assim que entrei no escritório caminhei em direção a escrivaninha e vi a agenda com um número anotado.
    Apanhei o a agenda e o telefone, logo comecei a discar o número até escutar o telefone chamar. 

- Olá meu caro!

   Uma voz familiar saudou do outro lado da linha. Aquele tom bruto era incomparável com qualquer outro.
   Pether.
   Já estava demorando ele resolver dar as caras.

- O que você quer?

Perguntei com firmeza.

- Podemos marcar um lugar para nos encontrar? - Eu podia imaginar a cara de vilãozinho que ele estaria fazendo - Te garanto que é algo importante o suficiente para merecer sua atenção.

Revirei os olhos. Pether nunca desistia fácil.

- O que por exemplo?

Perguntei dando de ombros.
   Ele queria atenção, isso era um fato, mas eu pretendia não dar isto à ele.

- Ariana.

  Suas palavras foram secas e ouvi uma risadinha do outro lado do telefone.
   Quando o assunto era Ana as coisas mudavam completamente.