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História Jauregui's bawdy house - Reencontro


Escrita por: Beecolors

Notas do Autor


Olha quem chegooooou \o/ Gente, vocês leem essas notas? kkkk As vezes tenho a impressão que escrevo isso a toa..Estão preparados para ver a Lauren se foder? Partiu.....

PS: Música nas notas finais.

Enjoy <3

Capítulo 7 - Reencontro


Fanfic / Fanfiction Jauregui's bawdy house - Reencontro

Sabe aquele ditado "alegria de pobre dura pouco"? Pois é, vou reformular ele..."Alegria de puta dura pouco".

Eu estava com o sorriso de orelha a orelha, tão feliz que não cabia dentro de mim. Tinha conseguido fugir, iria entregar o esquema da família, libertar as outras garotas. Meu plano havia funcionado. Bem, até dois minutos atrás ele tinha. Olhei pelo espelho retrovisor do carro e reconheci o carro do meu pai atrás do meu. Se aproximava cada vez mais.

- Não vou deixar ele me pegar! Não vou voltar para aquele inferno! - Eu repetia para mim mesma.

Acelerei mais o carro, as ruas até aquele ponto estavam vazias. As pessoas comemoravam em suas casas, casas de amigos. Dirigir naquela noite estava fácil. Porém quanto mais eu acelerava mais o meu pai também o fazia, estava cada vez mais perto. Já estava nervosa e não sabia o que fazer, não cheguei tão longe para dar tudo errado. Tentei me localizar para saber para que lado ficava a delegacia mais próxima e novamente tudo aconteceu muito rápido. Acelerei o carro no cruzamento quando vi o sinal fechando e só vi uma luz em minha direção. Um carro vinha rápido, só fechei os olhos e esperei a batida. O carro acertou a lateral do meu veículo, no lado do passageiro. Eu desmaiei por alguns segundos e quando recobrei a consciência escutava vozes do lado de fora. Senhora, senhora, por favor responda! Eu não conseguia responder. Tentei abrir os olhos novamente e já estavam me movimentando em cima de uma maca, eu tinha uma máscara no rosto. Era uma correria tremenda, as pessoas gritando emergência. Apaguei novamente.

Meus olhos foram se abrindo devagar, percorrendo o teto branco do lugar. Tentei levantar minhas mãos, mas elas estavam amarradas. Tentava falar, inutilmente, um tubo estava em minha garganta. Bati o meu pé na cama a fim de chamar a atenção de alguém. Ninguém! Adormeci novamente.

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- Ela está acordando. - Ouvi uma voz suave bem longe. - Senhorita, Lauren? - Abri meus olhos devagar e fitei o rosto da enfermeira a minha frente. Ela era bonita, cabelos escuros e amarrado, um enorme sorriso aberto. Seus olhos sorriam junto com os lábios e brilhavam. Ela fazia o que amava. - Está me escutando? Meu nome é Lea e eu sou a enfermeira responsável pelos seus cuidados, pode fazer um sinal se estiver me escutando? - Eu pisquei os olhos para mostrar que estava ouvindo e ela sorriu. - Você sofreu um acidente e está no hospital. Consegue se lembrar disso? - Hesitei em piscar os olhos, tentando lembrar do que havia acontecido. Assim que pisquei ela anotou algo em uma prancheta. - Vou retirar o seu tubo para que o doutor possa te examinar melhor, tudo bem? - Ela colocou a prancheta em uma mesa ao lado da minha cama, colocou luvas nas mãos e se aproximou. - Pode incomodar um pouco. - Começou a retirar o tubo delicadamente e eu senti uma leve pressão na garganta, nada insuportável, mas me provocou vômito. Ela se afastou um pouco quando ergui um pouco a cabeça como se fosse vomitar. Quando não o fiz ela colocou o tubo em uma bandeja prateada e retirou as luvas, jogando também na bandeja.

- Senhorita, Jauregui. Eu sou o doutor Levine, mas pode me chamar de Adam se isso te deixar a vontade. Vou lhe examinar, tudo bem? - Assenti com a cabeça. Ele tocou em algumas partes do meu corpo, apertando. Colocou um aparelho em meu peito, ouviu meus batimentos e se afastou para que a enfermeira se aproximasse novamente. - A senhorita Michele vai lhe desamarrar para que eu possa fazer um último teste. - Ele falava com cautela, como se estivesse lidando com alguém nervoso ou algo do tipo. Ela me desamarrou e eu finalmente consegui mover os meus braços. Fez menção de me levantar e eu a ajudei com toda força que tinha. Me senti um pouco tonta quando sentei e fechei os meus olhos. - Está tudo bem? - Molhei a boca e tentei falar bem devagar.

- Zonza. - O doutor amparou minhas costas e novamente colocou o aparelho sobre meu peito.

- É normal se sentir um pouco zonza, não se preocupe. Respire fundo. - Me orientou. - Agora solte devagar. - Pegou um objeto em forma de caneta do bolso e acendeu uma luz. - Por favor, siga a luz com os olhos. - Colocou a luz em frente as meus olhos, a moveu para cima e eu segui, para baixo e segui novamente, quando a moveu para o lado foi como se as memórias do acidente voltassem em minha mente e eu fechei os olhos com força dando um grito inesperado e tapando o rosto com as mãos. A enfermeira segurou meus ombros e afagou meus cabelos.

- Está tudo bem, está tudo bem agora. - Ela me deixou na cama e me deu um copo de água junto com um medicamento. O tomei e observei enquanto eles conversavam, possivelmente sobre o meu estado.  - Descanse - Ela veio em minha direção e começou a me amarrar novamente. Não...droga! Volte! Eu preciso contar o que sei. Quando vou sair daqui? Ei, não está me ouvindo? Eu mal conseguia mexer os lábios, tudo estava adormecendo novamente, então eu apaguei!

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Quando acordei novamente pude ver a escuridão novamente pela janela do quarto, já era noite novamente. Meus olhos foram caminhando pelo quarto até que pararam em um ponto fixo. Isso não podia estar acontecendo, era ele.

Meu pai estava sentada em uma poltrona folheando uma revista qualquer. Como se adivinhasse que eu havia acordado levantou os olhos e me encarou. Um sorriso tenebroso apareceu em seu rosto. Levantou-se, colocando o jornal de lado e veio em minha direção. Quando chegou perto da cama chegou bem perto de forma que podia sussurrar em meu ouvido.

- Achou mesmo que poderia fugir de mim? - Apertou meu braço - Sua puta! Ninguém foge de Michael Jauregui. - Se afastou e olhava firme em meus olhos que já estavam lacrimejando. - Você achou mesmo que poderia entregar o meu esquema, Lauren? Você é muito inocente. Você nunca vai conseguir e se por acaso chegar a falar algo, você vai presa junto comigo, você faz parte disso.

- Eu sou apenas um boneco em suas mãos.

- Foda-se - Falou um pouco mais alto. - Também esteve envolvida durante anos, não tem escapatória. - Se aproximou ameaçadoramente. - Você é um desgosto para mim, Lauren.

- Você acha que me preocupo? Sua opinião passou a não importar, quando me jogou naquele lugar.

- Eu não te joguei, filhinha. Você quis entrar! Quem se mistura com puta, puta é. Lide com as consequências.

- Eu vou sair daqui. Vou contar para o primeiro que entrar nessa porta. Médico, enfermeiro, qualquer um desse hospital vai ficar sabendo o monstro que você é.

- Você acha mesmo que alguém vai acreditar em uma drogada? - Ele travou os dentes e apertou meu braço novamente. - Ninguém aqui vai acreditar em você, sua idiota!

- Eu não sou drogada.

- Óh, claro que não! Mas está escrito em seu prontuário, querida. - Se afastou da cama e enquanto ele falava, andava pelo quarto. - Jovem de família boa sofreu um acidente enquanto fugia de casa. A garota se drogou enquanto passava o ano novo com a família e perdeu parte dos sentidos, ela está uma clínica de reabilitação para drogados e só saiu para as festas de fim de ano. - Sorriu novamente.

- Eu não me drogo.

- As marcas em seu corpo dizem o contrário, baby.

- Você é um monstro! - Disse enquanto as lágrimas já rolavam pelo meu rosto.

- Monstro? Não, claro que não. Sou bom até demais. Deixei sua mãe e irmã virem te ver. - Arregalei os olhos. - E espero que você se comporte ou quando voltar será pior. - Virou as costas e saiu do quarto.

Eu não tinha desistido de tentar fugir, não tinha desistido de tentar entregar ele para a polícia, mas ele estava certo. Se achavam que eu era drogada não iam acreditar em mim. Por isso o médico estava cauteloso. Pelo menos eu iria ver minha mãe e Taylor. Estava morrendo de saudade delas. Eu sabia que minha mãe tinha tentado intervir quando soube o que meu pai tinha feito, ela não iria deixar que ele me colocasse lá sem falar nada, mas ela falar não resolvia muito.

A porta foi se abrindo devagar, ouvi o ranger dela e olhei. Minha irmã colocava a cabeça para o lado de dentro, seus olhos vermelhos e cheios de lágrimas.

- Laur, eu estava com tanta saudade - Se debruçou sobre o meu corpo me dando um leve abraço. - Me perdoa, por favor me perdoa! - Ela falava em meio aos soluços.  - Eu repetia que estava tudo bem e passava a mão pelos cabelos da minha irmã mais nova. - Eu tenho que te tirar de lá, você não pode mais ficar lá. - Eu levantei a cabeça da minha irmã para que ela olhasse para mim.

- Ei, está tudo bem. - Dei um meio sorriso.

- Não, não está tudo bem. Não é justo, você está pagando caro por algo que eu fiz. - Segurei o rosto dela.

- Não fale mais isso! Eu não quero nem imaginar você lá dentro. Ninguém precisa saber o que aconteceu, okay? - Ela continuou chorando e me abraçou novamente. - Você é minha irmãzinha, eu sabia que corria riscos e fiz isso para te defender. Você não tem culpa que nosso pai é um monstro. - Fiquei mais um tempo abraçada com a garota e assim que ela se acalmou saiu do meu abraço. Ela olhou para os meus braços e com cuidado começou a desamarrá-los. Olhei e minha mãe estava escorada na parede com o rosto banhado de lágrimas. Ela parecia com vergonha de chegar perto de mim. Ficamos nos olhando, Taylor também nos observava ainda chorando.

- Mãe..

Antes que eu continuasse ela se jogou ajoelhada perto da cama, seu choro se intensificou. Eu não podia suportar aquela cena. Tentei com todas as minhas forças levantar e sentei na cama, coloquei as mãos nas costas da minha mãe e comecei a pedir para ela não chorar. Ela tentava se afastar do meu toque, dizia não ser digna. Como não era digna? Eu que não era digna daquilo.

 

- Mãe, por favor levanta. - Falei em meio ao choro. - Por favor, não faz isso.

- Eu...eu não poderia ter deixado isso acontecer. Eu não podia deixar minha filha entrar naquele lugar. Onde eu errei?

- Mãe, você não tem culpa. Ninguém tem!

- Eu poderia, eu poderia ter denunciado seu pai, mas ele é seu pai.

- Não repita isso! Eu não tenho mais pai. Aquele monstro não é o meu pai.

- Eu não sei o que fazer. Eu tentei conversar, tentei de tudo. - Ela chorava cada vez mais alto e eu estava preocupada que alguém entrasse no quarto. Ela parecia com medo do meu pai, como se ele tivesse ameaçado elas. - Eu estou de mãos atadas. Me perdoa, por favor! - Pedi que Taylor me ajudasse a levantar nossa mãe e ela o fez, a coloquei sentada ao meu lado e a abracei o mais apertado que consegui. Ela não era culpada por aquilo e eu não queria que ela, nem ninguém se arriscasse por mim.  Eu iria dar um jeito de sair dessa, não queria mais ninguém jogado lá, ele não prestava e não pensaria duas vezes para fazer isso novamente.

Ficamos ali abraçadas, minha mãe, Taylor e eu. Ficamos em silêncio, nada precisava ser dito. Eu estava precisando daquele abraço, daqueles momentos. Precisando delas mesmo que fosse por pouco tempo. Eu ainda estava pensando em uma forma de denunciar meu pai, precisava fazer isso. Mas ainda tinha medo do que aconteceria se eu voltasse para aquele lugar.  

- Sabe, querida. No fundo seu pai é um bom homem.

- Não, não, não fala isso.

- É a verdade. Ele sempre foi um pai amoroso com voc...

- Não mãe! - Me afastei dela. - Ele matou uma das meninas, você sabia disso?

- Não foi ele que matou.

- Ele mandou matar, mãe. Da no mesmo. - Ela abaixou a cabeça triste.

- Ele se transformou em um desconhecido para mim. Eu não imaginava que ele pudesse ser assim.

- Mas ele é. Um monstro e precisa ser parado.

- Ele me disse que ia te tratar diferente das outras garotas, eu acreditei.

- Diferente? - Ri debochada. - Realmente, me trata pior! - Minha mãe colocou a mão no peito e voltou a chorar. - Você sabia que perdi minha virgindade lá dentro? A força, com um cara nojento que me bateu e me drogou? O Michael é um porco estúpido que merece apodrecer na cadeia pelo que faz comigo e com as outras meninas.

- Pelo visto você já está pronta para ter alta né? - Ergui o olhar e ele estava parado de frente para nós.

- Michael, eu não sabia que...

- Cala a boca, Clara! - Se aproximou de mim. - Você está brincando comigo, sua puta? - Me deu dois tapas na cara. Minha mãe tentou se meter e ele a empurrou, jogando-a no chão. Me jogou deitada na cama e me batia sem parar. Vi apenas quando braços o afastaram de mim. - Eu estava tentando deter ela, me soltem! Esqueceram que ela é uma drogada? Ela estava agredindo minha esposa, ela é um perigo para todos nós. - Os homens o soltaram e vieram para cima de mim. Logo a enfermeira gentil se aproximou segurando uma seringa.

- Não, não. Não façam isso, eu não sou drogada. EU NÃO SOU DROGADA. ELE QUE NÃO PRESTA. ME SOLTEM - Eu me debatia. - ME ESCutem. - A voz começando a fraquejar - Eu estou apenas fugindo de...- E mais uma vez eu apaguei, antes mesmo de começar a tentar falar algo que incriminasse o meu pai.

Não sei ao certo por quanto tempo eu dormi, horas, dias? As lembranças eram vagas, eu mal abria o olho, via tudo escuro e apagava novamente. Quando eu realmente acordei não enxergava nada. Era como se estivesse morta, não tinha forças para levantar, minha boca estava seca e minha cabeça doendo muito. Tentei esticar os braços e ...paredes. Droga! Eu estava de volta ao inferno.


 


Notas Finais


Nem sofreu tanto, vai >< Tive peninha ou não...apenas aguardem os próximos hahaha

'Ariana Grande feat. The Weeknd - https://www.youtube.com/watch?v=g5qU7p7yOY8&spfreload=10

Quero saber o que estão achando das músicas >< Da fic também, mas vocês nunca falaram das músicas, então....

Até o próximo, beijos de mel <3

Ask.fm: @jehdionisios
Twitter: @harmonicrazy5h


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