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História Je Taime, Monsieur - La Halle Aux Blés


Escrita por: Jacobinho

Notas do Autor


Olá! Voltei! Sei que vocês devem estar feliz por terem mais um capítulo, mas também chateados por eu ter demorado mais de um mês para atualizar... Sério, eu devo mil desculpas a todos vocês! Me perdoem mesmo, minha escola funciona por provas surpresas, então já sabem, eu vivo na beira do perigo. Tenho que estar sempre preparada, ou seja, estudar todos os dias e o tempo livre é tipo... Bye bye!
Espero profundamente que este capítulo os compense de tuas esperas ^-^
Sem mais delongas, um café e boa leitura!

Capítulo 3 - La Halle Aux Blés


Fanfic / Fanfiction Je Taime, Monsieur - La Halle Aux Blés

= Arno’s p.o.v. =


Não podia saber se minha curiosidade era legível através de minha face, no entanto, que aquela situação me intrigava, isso sim. Tentava chegar em uma resposta antecipada lendo só seu comportamento, mas, verdade seja dita, ele parecia muito surpreso por minha pergunta. Após alguns curtos segundos de hesitação, ele suspirou e me questionou:

- Se eu te contar a verdade, você acreditaria em mim?

- Nada é verdade. Então até que ponto devo acreditar em ti? - emendei outro ponto para testar sua reação.

- Bem… Isso já fica por tua conta. Direi apenas o que sei ser verdade, acreditar ou não é quesito teu. - ele olhou para bem dentro de meus olhos, como se quisesse analisar meus pensamentos. É, aparentemente, estávamos testando um ao outro. - A realidade é que minha memória está um tanto… limitada. Talvez não tenha lógica nenhuma para ti, porém há muitas lacunas em certas lembranças minhas. As únicas coisas que sei é que sou um Assassino, por tantas as vezes que lembro de pessoas me chamando por isso… ou pelo menos penso que estavam. Há também lembranças borradas de pessoas que o tempo todo surgem em minha mente. Contudo, não as reconheço. - Jacob respirou fundo e fez menção de dizer mais alguma coisa, entretanto, prolongou o silêncio.

- E aqueles assassinatos? Com quem treinara tanta precisão?

- Eu realmente não me recordo. Simplesmente eram instintos momentâneos, mesmo que me faziam sentir como se fosse algo comum.

Pensei por um instante. Aquilo podia ser verdade? Podia. No entanto, estamos na França. Mentiras e traição é algo muito comum por aqui. Eu podia simplesmente fingir que acreditei e seguir minha vida em minha Irmandade, esquecendo tudo o que ocorrera ali. Porém a maior prova fora duas lutas que se decorreram em minha frente. Talvez ele podia me ajudar… e provar seu verdadeiro valor como Assassino.

- Sendo assim… Podia me ajudar, Irmão.

- No quê?

- Estou investigando um local onde fora feita entregas suspeitas para um alvo templário que estou caçando: Lafrenière. Esse lugar é La Halle Aux Blés e tua ajuda seria muito bem-vinda.

- Certo… e por onde começamos? - perguntou, um sorriso decidido surgindo entre seus lábios.


= Jacob’s p.o.v. =


Sombras completavam todos os cantos do salão à nossa frente. Se não fosse pelo barulho das ruas paralelas, diria que estava um silêncio muito mais suspeito. Guardas rondavam todos os cantos da construção, atentos a qualquer mísero sinal de movimento, como raposas a procura de bons coelhos. Um momento rápido de reticências se instalou entre nós, quase como se observássemos e tirássemos as mesmas conclusões por telepatia, como se estivéssemos numa sincronia que não era necessário comentar.

- Muito bem, Lafrenière. Onde está se escondendo? - Arno perguntou baixo, como se questionasse a si mesmo. - Vamos entrar. - Ele completou em voz alta, quase como uma ordem direta.

Entramos sem chamar atenção e olha, admito que o fizemos facilmente. Os guardas na verdade fingiam hostilidade, porque fora mais simples do que tirar espada de templário. Uma vez lá dentro, caminhamos entre as vigas sob os corredores laterais da construção, poupando os guardas abaixo de nós. Chamar muita atenção poderia arruinar nosso plano em um décimo de segundo, entretanto confesso que ficar sem chutar a bunda daqueles imbecis não fora meu ponto forte.

Depois de atravessarmos, entramos no salão principal e damos de cara com lotes de caixas empilhadas, indicando uma coisa bastante preocupante: eles tinham estoques inquietantes de armas. Arno trocou olhares comigo e parece que julgamos a mesma coisa.

Com a mesma harmonia, percebemos que a quantidade de guardas lá dentro era significativo demais e um gesto só fora o necessário para nos separarmos e eliminarmos os inimigos em um silêncio mortal, enfiando nossas lâminas ocultas em suas gargantas ou tripas. Desabafando: adoro as vezes que entramos em tal concordância. Além de facilitar as relações, reconheço que é tão rápido a nossa conexão que parece até que existe um canal comunicativo interligando nossas mentes. Quando demos paz a todos os idiotas, Arno parecia surpreso enquanto me encarava e eu sabia muito bem o porquê. Era um teste e pela expressão dele, eu estava superando suas expectativas, me deixando mais animado. Adoro quando provo ser mais do que supõe-se, ainda mais quando sou subestimado.

- Lá. - Arno indicou. - Acho que tem algo interessante ali que deveríamos ver…

Subimos até uma pequeno escritório, totalmente bagunçado, um caos total. Lá havia uma mesa, na qual chamara a atenção de Arno, por certos papéis que se encontravam ali. Enquanto ele lia os documentos, eu guardava a entrada, olhando as colunas de caixotes no andar abaixo. Não seria muito bom deixarmos tudo aquilo ao alcance dos Templários, isso eu tinha certeza. Refleti um pouco e olhei para onde o outro Assassino estava. Aproximei-me e apanhei duas luminárias de cima de barris próximos a mesa e me dirigi a entrada novamente.

- O que irá fazer? - o Assassino indagou, alarmado.

- Explodir certas coisas… - e lancei os objetos, provocando o que seria um início de incêndio. Não demorou muito para que um dos guardas, vindo de fora, percebessem a fumaça e descobrissem sua origem. Chamou alguns colegas e juntos, tentaram apagar a chama, mas, como todo covarde faz, resolveram fugir.

- Acho que não fora uma boa ideia…

Confuso, fiquei na intenção de perguntar o motivo de tal questionamento, no entanto, uma explosão interrompeu-me, explicando o porquê. Reserva de pólvora. Claro.

- Rápido, vamos! - Arno gritou em meio ao avanço do fogo, começando a correr e a encontrar passagem por entre os destroços. A construção começava a desabar a cada explosão. - Vamos subir…

- Certo… Subir é bom… - disse, tentando esconder meu princípio de “devia ter pensado melhor…”.


= Arno’s p.o.v. =


Pulamos para a construção no centro, visando chegar na saída que tinha na parte superior. Fomos escalando, contudo a chama deixara tudo ao nosso redor mais sujeito a desabar, a estrutura mais delicada. E tal motivo quase fizera Jacob despencar. Naquele instante meu coração gelou, minha respiração quase parou e eu por um fiozinho de cabelo não entrei em pânico. Tudo meramente instintivo, basicamente pelo calor do momento.

- Jacob! - gritei seu nome, movido pelo mesmo calor. Por sorte, ele conseguiu se agarrar em uma madeira ressaltada e não cair rumo ao fogo do inferno por debaixo de nós.

- Estou bem… - ele respondeu, visivelmente ofegante. - Vamos prosseguir!

Logo, continuamos rumo ao topo, cautelosos com nossos apoios. Ao chegarmos, subimos nas vigas de madeira e seguimos em direção à janela no telhado. Calculando a distância mentalmente, saltei em direção à um suporte abaixo da nossa saída.

Isso, antes de um estouro ocorrer e a estrutura ceder.

Fechei os olhos. Era o fim. Não sei se gritei, se fiz algo no desespero. Só sei que o medo, pelo primeira vez veio a tona. O vento me envolveu e senti o chão me atraindo cada vez mais.

Até eu sentir um calor me envolver, me agarrando como um ursinho quente. De primeira, pensei ser o início das chamas me alcançando. Todavia, após isso, senti o calor me puxando para cima. Quando abri meus olhos, pude ver uma imagem, um pouco borrada pela ação da adrenalina, mas ainda assim reconhecível. Foi então que entendi o que ocorrera. O calor não era o fogo.

Era Jacob. Ele salvara minha vida.

Quando passamos pela abertura superior, fomos lançados para cima e escorregamos telhado abaixo. Uma nova explosão nos jogara em cima de outra estrutura. Deslizamos e, para não cairmos construção abaixo, nos seguramos no que pudemos e assim nos salvamos. Quando levantamos, encarei Jacob e, mentalmente, organizei o que acontecera. Dirigi-me ao Assassino e chegando perto o suficiente, percebi que sua respiração estava acelerada, assim como a minha. De repente, Jacob se apoiou de forma estranha a mim, como um abraço, entretanto sem os braços envolvidos, apenas seu corpo apoiado.

- Jacob? - perguntei, desconfiado, percebendo seu corpo ficando mole e seu peso sendo totalmente transferido ao meu corpo. Foi aí que minha ficha caiu. Jacob desmaiara. Rapidamente, ao perceber isso, posicionei seu corpo ao chão e então pude ver a extensa mancha de sangue contornando um destroço metálico enfiado ao seu corpo. - Jacob! - gritei, mesmo sabendo que ele não podia me ouvir. Torci para que ele apenas estivesse desmaiado. Porque do meu fim, agora podia ser o dele. E algo dentro de mim implorava pelo contrário.

~•~


Notas Finais


Obs.: é possível que algumas falas serão alteradas, mesmo que eu siga certas cenas do AC Unity. Lembrando que linguagem lá usada é a "antiga" e para a leitura não ficar muito chata e estressante, alterarei para a linguagem cotidiana. Aqui é uma fanfic, não uma aula de história! Rs.


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