História Jeito Ninja - Naruto Imagines - XII - Assistente (Sakura);

Realmente o dia estava cansativo. Trabalhar em um hospital a bastante tempo não tirava o fato de que os dias são bem cheios para quem é cirurgião. Meu trabalho é fundamental para mim e tento ser o mais sério possível neste local. Quando alguma coisa está errada, eu preciso dizer ou conversar com a pessoa causadora dos meus problemas. Por isso, estou de frente a sala da doutora Haruno, essa mulher cada dia mais me tira do sério!

– O que foi que você fez dessa vez?! – perguntei entrando furioso e a vendo rir da minha cara tirando o jaleco. Suspirei fundo para não fazer nenhuma besteira, isso poderia prejudicar minha carreira.

– Ué, Shizune veio a mim dizendo o quanto estava cansada e eu como uma boa médica... – a interrompi, dando um soco na mesa a frente, a fazendo dar um pulo no lugar que estava.

– Uma boa médica, Sakura?! Shizune é minha assistente! Preciso dela a todo momento, ela sabe todos os meus horários e me ajuda em tudo! O que você estava achando, porra?! – gritei. Mesmo tendo a assustado momentos antes, ela não parecia ter se abalado, me olhando sorridente, como se tudo não passasse de uma brincadeira.

– Ah, não fique assim, querido. Eu sei que você “a ama”, mas não precisa fazer esse escândalo todo, muito menos machucar a mesa que não tem culpa de nada. – disse, sentando-se e cruzando as pernas, me esperando terminar a bronca. Na hora, aquilo me irritou muito, muito mesmo.

– Olha, eu sei que esse trabalho é mais importante para você do que para mim e eu não sei se percebeu, mas eu que mando aqui, entendeu? Não pode simplesmente dar folga sem autorização! Quer ser demitida?! – perguntei, sentindo o gostinho da vitória quando ela desfez o sorriso e se levantou de imediato, batendo as mãos na mesa.

– Você não faria isso! – exclamou, dando a volta no objeto para vir até mim.

De longe pude ver suas esmeraldas brilhando de raiva, era aquilo que eu queria, devolver toda a frustração na mesma moeda. Mesmo conhecendo a rosada desde o ensino médio, eu não devo dar nenhuma moleza para ninguém aqui. Eu sei que pareço bem rabugento, mas juro que estou em um dia muito ruim, com a cabeça prestes a explodir e com minha assistente provavelmente em um avião para passar sua folga em Paris! Ou seja, não estou no clima de tolerar isso.

Mesmo muito bravo, esperei que ela chegasse bem perto para suavizar minha expressão. Tensionei os lábios fingindo ainda estar bravo, mas não estava realmente mais, não com ela tão próxima. Olhei rapidamente para sua mão, a qual um anel de ouro cintilava na luz presente em sua sala.

– Por que não considera a ideia de me colocar como sua assistente? – seu rosto também se suavizou. Querendo ou não sabíamos que não poderíamos ficar bravos por muito tempo um com o outro.

– Ah, eu entendi então. Isso é ciúmes? – cheguei mais perto, a empurrando em direção a mesa, a deixando encurralada.

– É claro que é. Não gosto quando fica muito próximo dela, (S/N). Quando você a toca, isso me irrita. – contou, fazendo suas bochechas corarem de leve com a confissão. – Só pode fazer isso comigo!

– Você é um amor envergonhada, sabia? – sorri a ela, beijando seus lábios de leve. Apertei sua cintura, me aninhando a seu pescoço e a puxando mais para perto.

Dentre todos os momentos de hoje, esse foi o que eu mais desejei. Sakura pode ser impulsiva, mas é ela que torna meu trabalho incrível e menos difícil do que aparenta.

– Eu te amo, mas ainda estou chateado.

– Também te amo, mas ainda quero meu posto de assistente.

– Sakura, já chega.

– Ok, mas me leve para jantar hoje, sim? 

– Tudo bem.