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História Jogos - Vingt septième


Escrita por: Entrophya_

Notas do Autor


Hey panquecas ^^
Olha eu aqui de novo... Prometi e dessa vez eu juro que vou cumprir.
Gentem vamos fazer um grupo pra conversar... Tô carente de amiguinhos.
Não tenho muito a dizer... Enfim...
Ignorem os erros e boa leitura >.<

Capítulo 28 - Vingt septième


 

 

 Estava largado na minha cama, olhando o celular de minuto em minutos esperando a ligação de qualquer um. Félix, Marinette e mesmo Harry haviam desaparecido em Londres. Alya e Nino não me respondiam também.

Ouvi batidas firmes a porta e me sentei arrumando a caseta branca e minha adorada calça cinza de moletom.

— Pode entrar. — Respondi simplesmente e meu pai apareceu na porta, os cabelos menos penteados que de costume, com jaqueta e calça de couro. Mas ainda mantinha a postura rígida.

— Nathalie não lhe avisou que queria vê-lo hoje? — Perguntou sem entrar.

— Avisou sim, mas pensei que o senhor fosse querer conversar durante o jantar.

— Vamos jantar fora essa noite, se troque, vou te esperar no saguão. — E se virou para o corredor. — E Adrien, pegue a chave da sua moto.

Então ele fechou a porta. Pegar as chaves da Harley, isso explicava o cabelo e as roupas incomuns de meu pai. Corri para o banheiro e me arrumei o mais rápido que pude, não era sempre que eu tinha uma chance dessas com Gabriel Agreste, mesmo ele sendo meu pai.

Meu pai foi me guiando pela cidade em sua Haley azulada. Parou num dos pontos turísticos da cidade e andamos juntos até a “Pont Neuf”, a ponte mais antiga construída sobre o rio Sena.

— Sua mãe adorava esse lugar. — Falou apoiando as mãos em um dos encostos arredondados da beirada da ponte. — Eu a trazia aqui sempre, ela costumava ficar olhando os barcos e as pessoas. Dizia que para ela era mágico ver como fazia uma ligação direta entre o Louvre e o resto do mundo.

Sua voz era baixa e seus olhos pareciam brilhar enquanto ele falava.

— Eu realmente amava sua mãe. Ela tinha seu jeito próprio de lidar com a minha rabugice. A única certeza da minha vida era sua mãe, Adrien.

Eu olhava sem saber o que fazer, o que dizer. Ver lágrimas silenciosas escorrendo pelo rosto dele não era normal. Muito menos o comportamento de Gabriel Agreste nesta noite.

— Sei que você jura que ama Filomena e que está fazendo a coisa certa casando-se com ela. Apesar de saber de fatos que você mesmo deixou escapar para mim filho. Pode não acreditar em mim Adrien, mas eu conheço você e sei que não está feliz. Não posso mais dizer o que você deve ou não fazer, mas saiba que você tem opção. Pode pegar sua moto agora e sumir, eu dou um jeito em tudo para você, tudo o que eu quero é te ver bem. Bem de verdade Adrien, não aquele bem que você apresenta para todos desde que era criança.

Eu não sabia o que fazer, sabia o que queria, mas não era o que poderia fazer. Meu pai estava diante de mim de braços abertos, me dando uma saída, mas era uma saída para mim e não para o que aconteceria com o futuro da Marinette, e ela era a única coisa que me importava agora. Se eu tivesse que aguentar uma vida de merda para que ela fosse feliz, eu poderia sentar e rolar sempre que Filomena manda-se.

Abracei meu pai e comecei a chorar no meio daquela ponte. Seus braços se fecharam em volta de mim e meu coração se aqueceu enquanto eu me aconchegava num dos raros abraços dele. Controlando as lágrimas e me convencendo cada vez mais de que estava fazendo a coisa certa.

— Bom, já que é isso que você quer, vamos comer. Meu filho merece uma boa despedida de solteiro. Mas juro que não vou te levar para um bar com strippers e que você volta para casa sóbrio.

Meu pai era assim, poderia ser super protetor, mas jamais tomaria uma decisão que fosse contra uma convicção minha. Brigamos muito para chegar a esse consenso e finalmente havíamos nos acertado.

Então nós fomos em direção a um dos vários bares da cidade. Iria me divertir com meu pai, mas o celular estava com as notificações ligadas, ainda esperava alguma ligação que me tirasse de verdade dessa situação. Uma solução que salvasse a mim sem prejudicar o amor da minha vida e tudo pelo qual ela lutou.

Voltamos para as motos e meu pai me guiou pro cairias ruas que pareciam desertas, paramos em frente a uma porta estreita. Por trás da porta tudo parecia um restaurante normal, então meu pai continuou andando por entre as mesas até chegar a uma portinha preta semi escondida.

Assim que passamos o choque tomou conta de mim. Nunca imaginei estar num lugar daqueles com meu pai. O lugar tinha cara de pub e várias pessoas se aglomeravam em mesas e no balcão. A música, um rock clássico tocava num volume agradável e algumas pessoas cantavam em conjunto com a banda cover.

As paredes eram vermelho escuro e as mesas um tanto rústicas para a cidade da moda, haviam posters de artista dos anos 50 até hoje é alguns discos de vinil terminavam a decoração.

Encarei meu pai incrédulo e ele começou a rir.

— Feche a boca Adrien, eu não nasci com 50 anos. Já fui jovem… — Eu apenas sorri para ele. Nos sentamos diante do balcão e ele fez sinal para que um dos barmans viesse.

— Messier Agreste! Vejo que finalmente trouxe Adrien… — O homem jovem, moreno e cheio de tatuagens falou olhando para mim.

— Dois Manhattan, por favor. — O homem assentiu e meu pai continuou, — o casamento dele é amanhã Paul. Resolvi dar uma folga para o garoto.

— Eu vi as notícias… Filomena Bourgeois… Parabéns mercier. Não temos strippers mas eu te trago uma bebida especial por minha conta!

— Obrigada, — respondi simplesmente e com um sorriso. Ele foi terminar de preparar as bebidas e eu encarei meu pai. — Desde quando frequenta esse lugar?

— Sua mãe me trouxe aqui quando ainda namorávamos. — Seu tom era suave e sua voz baixa se comparada com o barulho do lugar, me senti um pouco mal por ter sido rude com ele. — Venho aqui toda sexta a noite desde que Marinette pegou o miraculus de mim. É como se eu pudesse senti-la quando estou aqui.

— Também sinto falta dela. — Ficamos em silêncio, o clima já estava ficando pesado quando Paul voltou com nossas bebidas, prometendo que assim que terminasse ele traria uma coisa especial.

— Pai, — ele desviou os olhos de Paul, que voltou sua atenção para os outros clientes e me encarou com aqueles profundos olhos azuis. — Me conta sua história com a minha mãe... Por favor...

Ele abriu um grande sorriso, chamou Paul e já deixou avisado que assim que acabassemos aqueles drinks, ele deveria trazer Dry Martines. Entao começou todo animado a contar história da vida dele.

Paul trouxe a tal bebida especial, um drink doce, que eu não reconheci, que com certeza ia me fazer ter dor de cabeça no dia seguinte e eu perdi a conta de quanto tempo e quantas bebidas eu tomei enquanto ouvia meu pai falar do passado.

Ele contou como conheceu minha mãe, como ela era a mulher mais linda que ele já havia visto e como até hoje pensa nela assim. Falou de como ela mudou seus gostos e hábitos, apresentou a ele lugares que ele nunca imaginou ir, mas que com ela se tornaram quase como a casa dele.

Aquela era a minha despedida de solteiro, mas eu acho que nada poderia ter deixado essa noite melhor que ver meu pai  feliz e relaxado daquele jeito.

Eu checava o celular de hora em hora na esperança de notícias. Mas fora uma mensagem enorme de Filomena, eu eu nem abri, sobre minha entrevista e dizendo que me perdoava por ter viajado com Marinette pois a partir da noite seguinte seríamos apenas eu e ela. As outras várias mensagens eram sobre a entrevista também, ou sobre trabalho ou o casamento. Ignorei todas.

Eu já estava quase esquecendo de todos os meus problemas quando meu celular vibrou e eu resolvi olhar uma última vez. Era uma mensagem se Alya, ela havia achado alguma coisa sobre o desaparecimento de Chloé.

Respondi dizendo para que ela contasse o que havia descoberto por mensagem, que não queria estragar minha noite com meu pai e logo veio a mensagem junto com um vídeo.

“Repare na moça ruiva e no homem de cabelos castanhos” dizia a mensagem.

O vídeo era de uma câmera de segurança de aeroporto, a imagem era ruim mas dava para enxergar. Tentei prestar atenção a tudo vermelho que passava, até que vi. Uma moça com cabelos ondulando em vermelho, sendo ajudada por um homem apareceu na tela, ela parou na fila do portão de embarque com destino a Londres e por um breve momento, tão breve que eu tive que voltar e pausar, ela olhou para a câmera.

Tudo ficou meio turvo.

Chloé tinha ido para Londres aquela manhã, junto com Harry.

 


Notas Finais


Oie mores, gostaram?
Kissus de paçoca, boa noite e até sexta ^^


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