Introdução
O Jogo do Elevador é um dos meus preferidos, talvez por ter sido o primeiro que conheci. Acho que ele é muito engraçadinho e simpático. Entretanto, ele acabou ganhando notoriedade por causa de um incidente infeliz – a morte trágica da estudante Elisa Lam. Não vou entrar em detalhes sobre esse caso aqui porque não é o foco (e também porque não faltam páginas na internet sobre o que aconteceu), o que interessa aqui é que há um vídeo de Elisa no elevador do hotel onde estava hospedada onde ela parece que está fazendo o Jogo do Elevador.
Indo ao que interessa: aparentemente esse jogo surgiu na Coreia ou lá no Japão e teria se tornado bastante popular nestes países. Segundo algumas fontes haveria até mangás e/ou filmes retratando esse jogo (isso eu não sei se isso é verdade ou não, até porque eu não sei nem japonês nem coreano). Ele certamente possui uma característica que encontramos em outros jogos de origem oriental (não em Daruma-San, mas em outros jogos que mais para frente colocarei aqui): nele você não está convidando nada nem ninguém para a sua casa, é você que está tentando deixar o seu mundo (mesmo que temporariamente) para chegar em outro.
E por que alguém desejaria ir a outro mundo? Talvez por mera curiosidade, mas todos sabemos o que ela fez com o gato… Como sempre, é recomendado cuidado.
Requisitos
-1 jogador
-1 prédio com pelo menos 10 andares e um elevador.
O Jogo
Primeira Parte – Viagem de Ida
1 -Entre no prédio escolhido para o jogo e entre no elevador, no primeiro andar. Você deve estar completamente sozinho, do contrário o ritual não irá funcionar.
2 -Aperte o botão para o quarto andar.
3 -Quando o elevador chegar no quarto andar, não saia. Permaneça no elevador e aperte o botão para o segundo andar.
4 -Quando o elevador parar no segundo andar, permaneça nele e aperte o botão para o sexto andar.
5 -Ao chegar no sexto andar, continue no elevador e aperte o botão para o segundo andar.
6 -Chegando no segundo andar, permaneça no elevador e aperte o botão para o décimo andar.
7 -Assim que o elevador chegar ao décimo andar, continue nele e aperte o botão para o quinto andar.
8 -Quando você chegar no quinto andar, uma jovem mulher pode ou não entrar no elevador. Tenha cuidado: não olhe para ela, não fale com ela. Ela não é o que parece.
9 -Aperte o botão para o primeiro andar. Se o elevador descer, saia dele assim que as portas se abrirem. Não olhe para trás e não fale com ninguém.
10 -Se, ao apertar o botão para o primeiro andar, o elevador começar a subir em direção ao décimo andar, você pode escolher entre esperar o elevador parar no décimo andar para continuar o ritual ou desistir de continuar. Caso você desista, aperte qualquer outro botão do elevador antes que ele chegue ao décimo andar.
11 -Quando você chegar ao décimo andar, você pode escolher entre sair ou ficar no elevador.
12 - Se você decidir sair e a mulher tiver entrado no elevador no quinto andar, ela irá perguntar a você: “Aonde você vai?”. Não responda. Não olhe para ela. Não fale nada.
13 -Só há um meio de saber se o ritual deu certo: caso você esteja mesmo no Outro Mundo, você será a única pessoa nele.
Segunda Parte – Viagem de Volta
-Se você tiver decidido permanecer no elevador ao chegar no décimo andar:
1 -Aperte o botão para o primeiro andar. Caso isso não funcione, continue apertando até que funcione.
2 - Quando o elevador chegar ao primeiro andar, saia assim que as portas se abrirem. Não olhe para trás. Não fale com ninguém.
-Se você tiver decidido sair do elevador ao chegar no décimo andar:
1 -Para retornar ao seu mundo, você deve usar o mesmo elevador que usou para chegar ao Outro Mundo.
2 -Quando entrar no elevador, aperte os botões exatamente na mesma ordem que você fez para chegar ao Outro Mundo (4-2-6-2-10-5)
3 -Quando você chegar novamente no quinto andar, aperte o botão para o primeiro andar. O elevador deve mais uma vez começar a subir para o décimo andar. Aperte qualquer outro botão para cancelar essa subida. Lembre-se: você tem que apertar algum botão antes do elevador chegar ao décimo andar.
4 -Quando você chegar ao primeiro andar, examine o ambiente ao seu redor. Se alguma coisa parecer minimamente estranha – seja o que for – não saia do elevador. Repita novamente todo o processo para voltar ao seu mundo até que você tenha certeza que tudo está como deve. Tendo certeza de que retornou ao seu mundo, você pode sair do elevador.
Observações adicionais:
-Se você chegar no Outro Mundo, irá notar que o andar em que você está é semelhante ao que seria em seu próprio mundo, exceto por dois detalhes: todas as luzes estarão apagadas e a única coisa que você conseguirá ver das janelas será uma cruz vermelha à distância.
-Alguns dizem que aparelhos eletrônicos (celulares, câmeras, tablets etc.) não funcionam no Outro Mundo; outros dizem que sim.
-Retornar pode ser mais difícil do que parece: você corre o risco de ficar desorientado, de não conseguir lembrar qual o elevador que você realmente usou para chegar no Outro Mundo, ou o elevador pode parecer ficar cada vez mais distante à medida que você tenta alcançá-lo… e por aí vai. Tenha cuidado e mantenha-se sempre vigilante.
-Se em algum momento durante o ritual você desmaiar/perder os sentidos/ficar desacordado, pode ser que quando você recobrar a consciência você se encontre em sua própria casa. Tenha cuidado, entretanto, e certifique-se de que está mesmo no lugar certo, pois a casa para a qual você retornou pode não ser exatamente a mesma que você deixou quando foi tentar o ritual.
Considerações
Como falei acima, o Jogo do Elevador propõe uma coisa bem diferente dos jogos anteriores tratados aqui: não há um convite para um jogo ou a possibilidade que alguém responda perguntas que o jogador tenha. Ele oferece a possibilidade do jogador acessar um outro mundo (ou uma outra dimensão ou o que quer que o jogador queira acreditar), correndo algum risco, claro – afinal, é um jogo perigoso.
Por que um elevador? Não faço ideia, mas mais para frente iremos ver que os meios utilizados para acessar um outro mundo são os mais variados possíveis (sério: tem jogo que usa táxi, jogo que usa armário…). Também não sei se a ordem dos números tem algum sentido ou se é aleatória (não parece… queria saber o que o Outro Mundo tem contra os números 3, 7 e 9).
Não sei se a mulher que entra no quinto andar é original do jogo ou se foi algo acrescentado depois para dar uma carga maior de perigo. Em alguns sites ela é descrita como um “demônio” que “pode levar você com ela”, o que particularmente acho muito bobinho.
O que realmente considero interessante é a descrição do que você vê no Outro Mundo – a tal cruz vermelha. Não faço ideia de onde tiraram isso, mas acho que dá um visual legal, ainda mais junto com a ideia de que o jogador está completamente sozinho ali. Poderia render boas histórias…
O interessante é que, embora ele requeira bem menos materiais que os outros jogos (ninguém precisa de velas, espelhos etc.) ele é, de uma certa maneira, ainda mais impossível de se jogar. Afinal, o problema não é nem tanto encontrar um prédio de dez andares (isto é, desde que você não more numa cidade pequena, claro), mas encontrar um onde você vai ter certeza de que ninguém irá entrar no elevador no meio do jogo, que não tenha câmera no elevador que faça com o que o porteiro vá atrás de você querendo saber o que diabos você está fazendo e, o principal: como saber se andares como “térreo”, “sobreloja”, “play” e garagens entram ou não na contagem?.
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