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História Jovem guerreiro - Suicídio


Escrita por: shotosolitario

Notas do Autor


Oi, voltei!

Capítulo 43 - Suicídio


Tsuyu saiu para dar uma volta pelo acampamento, observar as pessoas e como elas estavam. Não esperou muito tempo para ser parada novamente pela anciã, que sempre tocava no mesmo assunto.

— É suicídio. Não mate nosso povo, você não esta vendo as coisas seriamente. — a velha começou, Tsuyu não resistiu em suspirar — O garoto já surtou, eu fiquei sabendo! Ele e maluco! Já é loucura mandar ele até o rei, e se ele acabar matando algum oficial? Nosso povo vai ser visto como traidor, e no momento não podemos ter inimigos.

— Eu já disse que ele me reconheceu. Não o compare com a família, e mesmo se o fizer, você sabe que eles só estavam se protegendo. — Tsuyu continuou a caminhar com a velha senhora correndo ao seu alcance.

— Essa é sua versão, não foi você quem perdeu uma filha para esses monstrinhos. Se eu fosse você, já teria mandado arrancar a cabeça dele. — a anciã resmungou — Pense, senhorita Tsuyu, tudo isso é arriscado demais. Você vai, literalmente, mandar alguns para morrer.

— Se tiver um plano melhor, ficarei contente em ouvir. — Tsuyu parou seus passos, virou as costas para a anciã e saiu.

A anciã, que ficou irritada por ser ignorada, saiu atrás de Midoriya.

Arrumando suas coisas, o garoto cantarolava alguma coisa. Parecia bem calmo, diferente da maioria das pessoas no lugar. A anciã ficou com ódio imediatamente, como poderia essa coisa ter empatia? Sequer parecia se importar.

— Ah!— gritou Midoriya assustado ao ver a senhora parada na entrada — Anciã, poderia ter avisado sua chegada. — pediu segurando a camisa no lugar do coração.

— Para você fingir tristeza? Poupe-me de seu teatro. — A anciã resmungou entrando no local.

— Realmente não entendo esse ódio e desconfiança. — Midoriya suspirou triste.

— Coisa. — A senhora chamou — quero que fale com Tsuyu. Você sabe que sua ideia é maluca, perigosa e estúpida.

— Anciã, eu acredito que funcionará. — retrucou sem se importar muito com a maneira que se referia a ele.

— E eu sei que não. — desdenhou — Nossa tribo toda se conhece, vão saber imediatamente quem é ou não aliado.

— É o melhor plano que temos. Eu escutei várias história sobre vários generais incríveis — começou a divagar sozinho, ainda arrumando suas coisas — e uma me chamou muita atenção. Foi a que tomaram a cidade que era considerada impenetrável, alguns civis infiltrados mandavam informações aos generais, além de conseguirem a confiança dos nobres locais. Alguns ate chegaram a se casar com soldados, para saberem exatamente os horários de troca de turno. Foi incrível como a batalha não durou mais de dois dias e quase ninguém morreu, durante a noite os portões foram abertos e assim que amanheceu a cidade já tinha se rendido. — suspirou em admiração — Se tudo der certo, nos saberemos os números, planos, informações sobre os sobreviventes, como o terreno está, quais armadilhas pegaram ou não fogo, tudo. E pra isso, só precisamos de paciência e um pouco de sorte.

— É loucura! — a anciã gritou ríspida — Acha mesmo que não notarão que um grupo de caça inteiro foi substituído? São vinte pessoas!

— E você acha que eles já estão organizados? No máximo estão mandando os de melhores condições caçar para se manterem vivos. Eles precisão reconstruir as casas, fazer contagem, enterrar os corpos, aquilo deve estar um caos. Se esperarmos demais, vão mesmo saber que tem infiltrados. — Midoriya rebateu.

— E se alguém que sumir tiver amigos e família? — a anciã não recuou e continuo a questionar — Acha mesmo que eles não notarão?

— É por isso que deixaremos eles na floresta, para encontrarem os corpos. Só faremos parecer suicídio, ou acidental. — Midoriya explicou pela milésima vez — o numero que vai entrar também será menor, e alguém repostar que alguns sumiram. Obvio, nem todos os corpos podem ser deixados lá, notaram que tem muito corpo para poucos sumidos. E depois que entrarem na tribo, ninguém vai notar. O problema é que quem for reportar pode ser notado, ele é o que correrá mais risco.

— Você é insano. — a senhora negou — acredita realmente que alguns espiões e informações vão nos ajudar? Ainda temos poucas pessoas, vamos acabar nos destruído. E não podemos confiar em um plano que você ouviu de algum bêbado por ai.

— Não tem motivos para um bêbado mentir. — Midoriya sorriu — E o número de pessoas pode ser aumentado, pretendo ir treinar no reino e virar um comandante. Após isso, pedirei ajuda deles.

— São estrangeiros, pedir ajuda dessa escória, que ofensa! E por que eles ajudariam? Sem falar que você não tem certeza que será um comandante antes de atacarmos. — a senhora desdenhou.

— Se não conseguir, eu voltou e ajudo Tsuyu ate morrer. — deu de ombros sem de importar.

— Você é louco e suicida, que ótimo. — a anciã ironizou.

— Gritem mais, acho que nem todo mundo ouviu vocês. — o senhor que costumava alimentar os órfãos apareceu. O homem ajudou muito Midoriya depois que voltou, sempre aparecendo para ajudar com o que ele precisava.

— Você! — a senhora sibilou enfurecida — Rezei incontáveis vezes para que não acordasse mais.

— Velha chata, deixe o garoto em paz. — o senhor riu e entrou caminhando calmo.

— vocês são amigos? — Midoriya perguntou surpreso pela reação deles.

— Amigos! Você, coisa, realmente me enoja.— a anciã pareceu extremamente ofendida.

— Essa velha rabugenta foi casada com meu irmão. — apontou para a cara dela como se fosse um bicho — Ele morreu a alguns anos depois por não suportar mais ela, que descanse em paz.

— Você sempre é assim! Todos sabem que ele só ficou doente. — a anciã tentou se explicar, aparecia um assunto que facilmente a deixava ofendida.

— Apareci para me despedir, garoto. — o senhor ignorou a mulher e se aproximou entregando um pergaminho a Midoriya — isso é seu. Eu não sei ler, mas sei que lhe pertence. Não mostre a ninguém, pode ser algo muito importante.

— pode ser? — Midoriya pegou o rolo velho e grosso.

— sua mãe me deu antes de sair da vila, ela já esperava morrer e me pediu para te entregar. — o senhor sorriu — mas isso pode ser tanto uma mensagem de carinho como uma reclamação, não faço a menor ideia. — admitiu.

— Inko? — a anciã, que ainda não foi embora, perguntou atônica.

— por favor, não chame minha mãe de coisa. — Midoriya pediu automaticamente, segurando o pergaminho como se fosse algo sagrado.

— Não chamaria nem se me pedisse. Eu respeitava ela. Claro, antes de surtar como todos os outros. — a senhora suspirou, parecendo um pouco decepcionada.

— minha mãe “surtou"?— questionou Midoriya.

— A senhorita Tsuyu realmente te deixou no escuro. — a anciã desdenhou — sua mãe matou mais de mil pessoas, incluindo criancinhas. Fiquei tão desapontada quando soube, ela sempre me pareceu tão gentil. — admitiu.

— Mentira! — Midoriya gritou irritado.

— Não, ela realmente o fez. — o senhor falou um pouco triste.

— Mas... — falou meio fanho — Tsuyu me disse que ela foi incrível.

— E foi. — o senhor concordou na mesma hora — ela apenas cedeu a loucura, mas realmente foi uma ótima e bondosa moça.

— Teatro. — resmungou a anciã.

— Cale a boca, velha insuportável. — o senhor murmurou irritado.

— Você gosta do moleque, não é? Pois se junte ao grupo de suicidas, você eu não me importaria de mandar para a morte. — a anciã levantou um sobrancelha e riu de maneira grosseira.

— Planejava fazer isso. — o senhor não se abalou e até sorriu — Adoraria ser útil, e rever meus pequenos e famintos filhos.

— fala daquele bando de órfão? Todos vagabundos preguiçosos. — a anciã murmurou.

— Sim. E eu ainda os amo. — o senhor levantou uma sobrancelha em desafio.

— Desculpe interromper a conversa de vocês. — Midoriya olhava o pergaminho com lágrimas nos olhos — Mas, poderiam me deixar sozinho?

— Claro. — o senhor concordou ao ver o estado do garoto — Vamos, velha. — puxou a anciã para fora, que resmungava em protesto.


Notas Finais


Sim, eu troquei as aspas por travessão. Fiz isso durante um surto de ansiedade, vou trocar nos caps antigos também. (Espero que não achem estranho, é mais confortável de escrever assim.)

A anciã é chata pra porra, eu adoro escrever as falas dela. KSJSKSJAK

Caso não tenham entendido o plano, ainda vai ter um cap do ponto de vista de Tsuyu mostrando ele em prática.

O senhor chegou para ajudar, pq né. Skjsksjs a interação dos dois é muito boa, ja tenho meu casal de personagens originais favoritos.

Pergaminho da mamãe, serase é algo importante ou algo sentimental? Hummmm...

Obrigada por ler, e pelos comentários anteriores. 💛


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