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História Jovem guerreiro - Revelações


Escrita por: shotosolitario

Notas do Autor


Yo

Capítulo 72 - Revelações


Alheio a confusão que viria, Midoriya entrou na caverna. Durante toda a caminhada até a área segura do túnel, ao soldados conversaram, riram e brincaram. Em nenhum momento eles falaram com Izuku, deixando bem óbvio que não gostavam dele.

Até Todoroki, que sempre ignora as pessoas, e por respeito é deixado em paz, foi convidado a participar das conversas. Midoriya tinha um sorriso superficial no rosto, que aos poucos foi murchando com o rumo da conversa.

A maioria do que falavam, foi sobre Bakugou. Certamente sabiam da provação de fogo, do discurso de Bakugou, da anciã sapo, etc. Na verdade, muitas coisas das quais Midoriya não sabia. Seja quem for que escondeu os detalhes, Aizawa ou All Might, definitivamente não foi uma escolha inteligente. Ouvir algo de um estranho é bem pior.

O rosto inexpressivo de Midoriya não era exatamente assustador, mas Shoto tremia, como se sentisse um frio intenso. O fato dele não estar com raiva o assustava, ficar calado é bem pior que gritar e ameaçar. Era melhor manter os soldados longe, pelo menos enquanto estiverem nas minas.

— Ajuda chegou! — Um Homem gritou, animado ao vê-los.

Alguns mineiros, que conseguiam andar, sorriam aos soldados na frente de uma espécie de acampamento improvisado. Os feridos estavam mais ao fundo, fora de vista. Os soldados seguiram em frente primeiro, para distribuir água e comida, além de checar quantos não conseguiam se mover. Todoroki foi parado, Midoriya parou também, seguindo a ordem de “fique com Shoto” de All Might.

— Finalmente, mas eu não esperava encontrar o herdeiro dos Todoroki nessa situação. — Um homem sorriu e aproximou-se.

Aparência comum, branco, cabelos e olhos pretos, usava roupas normais, uma espada na cintura. Não era uma pessoa de destaque, mas inalava uma aura calma, de uma pessoa confiável.

— Estou seguindo All Might, ele voltou a ativa. — Shoto curvou-se — Viemos atrás de você, não esperávamos que ficasse preso nas minas.

— Depois que Toshinori ficou ferido, me aposentei e me mudei com minha irmã, moramos na cidade mais próxima. — O homem anunciou — Eu não esperava que me procurassem, suponho que meu amigo precisa de pessoas de confiança.

— Sim. — Shoto assentiu — Algumas pessoas poderosas da corte querem a cabeça dele, nada de bom vai vir dessa guerra. O melhor é reunir o antigo exército, All Might me disse que sem seus conselhos, ele não é nada.

— Há! Sempre tão humilde, eu no máximo consigo ser calmo e óbvio. — O homem riu baixo, então olhou para o garoto parado timidamente ao lado — E esse jovem? Cabelos verdes, rosto delicado, poderia ser... Midoriya Izuku?

— Olá, senhor. — Midoriya curvou-se, educado.

— Eu sou Tsukauchi Naomasa, me chame apenas de Naomasa. — O homem bateu de leve no ombro de Izuku — Espero poder ver seu desempenho com a espada, ouvi que você faz maravilhas com ela.

[Notas da autora: Anjos de memória podre, esse é o policial/detetive que sabe o segredo do One For All.]

Midoriya corou, um pouco feliz. Era a primeira vez que alguém sabia seu nome, dos rumores, e apenas lhe deu um olhar amigo.

— Bom, eu estou bem fisicamente, então ajudarei com a retirada dos feridos. — Naomasa se voltou a Shoto — Depois disso, preciso ver Toshinori e voltar a cidade, estou bem irritado com o que aconteceu aqui.

— Não foi acidente? — Todoroki perguntou, curioso.

— O que você acha? — Naomasa bufou — O duque sabia que a estrutura estava cedendo, mas não relatou ao rei, apenas deixou como está. Eu ouvi sobre, pensei em ver a situação e pessoalmente apresentar um relatório. Acho que da para notar que cheguei atrasado.

— Eu irei cuidar dos trabalhadores machucados, Todoroki. — Midoriya avisou em um sussurro, não querendo enrolar mais, a conversa dos dois estava longe de acabar, esperar não era apropriado.

— Cuide-se, Izu. — falou por impulso — Não se canse, me avise caso... — Shoto parou bruscamente.

Ele acabou de falar Izu, o íntimo apelido lhe deu calafrios, havia se proibido de ser muito descortês. O olhar de Naomasa, curioso e astuto, o deixou ainda mais envergonhado. As bochechas ficaram avermelhadas, um onda de arrependimento misturada com timidez repentina. Deveria se desculpar...?

Midoriya, sem perceber o clima estranho, assentiu inocentemente. Ele realmente não ligava para o apelido carinhoso, talvez por ter ouvido anteriormente, não causou nenhuma estranheza.

— Que surpreendente... — Naomasa gargalhou, achando graça dos dois.

O garoto sorriu, por educação, sem entender o motivo do riso. Ao entrar na zona onde estava os feridos, se culpou por demorar. O primeiro que foi ver, choramingava de dor, o pé esquerdo dele estava quebrado e mole. O homem tremeu quando percebeu que tocariam no ferimento.

— Não se preocupe. — Izuku sorriu suavemente — Vamos contar até três, tudo bem?

— C-certo. — O homem segurou forte a mão de um amigo — Um... — Fechou os olhos e pronunciou. Antes de poder dizer dois, Midoriya agarrou seu tornozelo e, com um estalo, colocou o pé no lugar. O homem gemeu e gritou — Porra, era três! Três!

— Aqui, tome isso e a dor vai passar. — Midoriya gargalhou suavemente e estendeu uma planta — Ferva com água, você vai ficar um pouco sonolento, durma, os soldados vão tira-lo em segurança.

— Obrigado, jovem, muito obrigado. — O homem agradeceu.

— Pfft, olhe como eles caem fácil na fachada dele. — Um dos soldados, distribuindo água, falou. A voz não parecia alta, mas também não parecia esconder seu desgosto. Midoriya ouviu claramente, mas fingiu não saber de quem falavam — E ainda se faz de surdo, eu teria cuidado. Quem sabe se isso é veneno.

Midoriya avançou ao próximo, que tinha o ombro enfaixada as pressas. Quando removeu-a, ficou surpreso ao ver estilhaços presos na carne, que demonstrava sinais de podridão.

— Senhor, isso vai doer. — Izuku avisou suavemente, mas o mineiro estava muito tonto para acompanhar as palavras.

Midoriya colocou uma adaga na brasa, pediu a um soldado por uma tigela com água e um pano, depois pegou uma pequena faca afiada de sua bolsa, e, por fim, colocou um pedaço de pano na frente da boca do paciente.

— Morda. — pediu a ele, que obedeceu.

Depois de todos os preparativos, pediu para um dos soldados segurar o paciente, então começou a tirar os destroços presos na carne, um por um, com muita paciência. O homem gritou e gemeu em protesto, a mordaça na boca abafou a voz e, ao mesmo tempo, evitou algum acidente de morder a própria língua. O sangue escorreu, o ombro abrindo um grande buraco, Izuku limpou, a água tomou uma tonalidade vermelha forte. Ainda não era o fim, mesmo com o homem chorando de dor, Midoriya não hesitou em começar a cortar a carne podre, como se fosse apenas um animal que precisava ser limpo. O sangramento ficou ainda mais intenso, a ponto da água engrossar, o que significava perigo.

Midoriya, esperando por isso, pegou a adaga quente e, sem avisar, pressionou na ferida. O homem gemeu alto de dor e desmaiou, a pele fez barulho de carne queimando, Midoriya tirou o metal apenas quando sentiu que o sangramento intenso parou. O ferimento parecia horrível, mas Midoriya nem piscou. Então, com um sorriso satisfeito, pegou uma pomada de seus pertences e aplicou com delicadeza. Por fim, tampou tudo com algumas ervas que paravam hemorragia, e por cima de tudo enfaixou.

— Que bruto, você sabe que eles não são a porra de guerreiros?! — O soldado ajudando repreendeu — Essa merda dói pra caralho!

— Desculpe, não sabia que você era médico. — Midoriya sorriu, inocente — Pode ajudar com o sangramento do próximo, o que você acha? Vou amar aprender com alguém tão experiente.

— Puahahahha! — Naomasa, que acabou de chegar com Shoto, gargalhou com vontade.

Todoroki riu baixinho, sentindo uma inexplicável onda de orgulho e alívio. Era impossível não notar, Midoriya parecia um pouco mais audacioso. Não que anteriormente não fosse, afinal o garoto tinha sentado em sua mesa quando se conheceram, mesmo sendo ignorado, e ainda foi irônico ao sair. O garoto sempre teve a língua afiada, apenas escondia isso com um belo e inocente sorriso.

— Os que podem andar, por favor, se dirijam a saída. — Naomasa ordenou, reprimindo o riso anterior — Os que não podem, e já foram tratados, esperem, vamos até vocês em breve.

Os soldados começaram a organizar tábuas, o homem com a ferida queimada era prioridade, então foi levada por dois guerreiros. Os outros, distribuindo água, conversavam e perguntavam sobre os ferimentos. Depois relatavam a Midoriya, que seguia, de pessoa a pessoa, ajudando.

— Parece um jovem bom, o que acha dos contos sobre ele? — Naomasa perguntou a Todoroki, curioso.

— Conheci ele antes de ficar famoso, posso afirmar que é uma boa pessoa. — Todoroki assistiu o garoto trabalhar com uma carranca — Sinceramente, chega a ser absurdo o que falam.

— Pobre criança, até eu fiquei assustado com o que falavam. — Naomasa suspirou — Deve ser difícil, reconhecido como uma fera furiosa que se move trazendo o ar da morte.

— Vai ser complicado limpar seu nome. — Shoto resmungou.

— Complicado? Eu diria impossível. — Naomasa afirmou.

Enquanto falavam, um dos soldados, claramente querendo problemas, derramou o balde de água suja de sangue em Midoriya. O garoto levou um susto, se erguendo para limpar o rosto.

— Que porra? — O soldado, ao invés de pedir desculpas, gritou — Qual seu problema? Por que colocou o pé no caminho? Quer que eu pareça maldoso para os outros? Quer tanto assim ser visto como herói?! Fera imunda!

— Ficou maluco? — Midoriya lagrimejou, água tinha entrado em seus olhos — Eu estava agachado, desde quando arrumei uma terceira perna?

— Nojento, falso, manipulador, mentiroso! — O soldado amaldiçoou — Ainda quer chorar? Sabe, com todo esse sangue, você apenas parece assustador! É assim que fica quando faz massacres, selvagem?

Midoriya não respondeu, apenas limpou os olhos, então virou e foi até o próximo paciente. Não desperdiçaria tempo com essas pessoas, acabaria rápido e sairia da mina.

— Nem vai tentar negar, Midoriya Izuku? — O soldado gargalhou.

O clima ficou tenso, um silêncio estranho se instalou, nem gemidos de dor foram ouvidos mais. Os mineiros ficaram todos em alerta, alguns recuaram com medo. A fera verde, o jovem na frente deles, que matou centenas, apenas para ver sangue. Era de se esperar um reação tão drástica.

— Qual o próximo ferido? — Midoriya perguntou, calmo.

O olhar dele, que antes era gentil, parecia assustador agora. Os mineiros tremeram, como de enfrentassem uma divindade da morte. Alguns lembraram de Izuku cortando a carne do mineiro, como se não fosse nada, o medo se intensificou. Os soldados gargalharam e para provocar ainda mais, prometeram protege-los, mesmo assim ninguém pediu por ajuda, por mais dolorosa que fosse a ferida.

O rosto de Izuku tornou-se deprimido. Estar com os cabelos pingado sangue, não ajudou a passar credibilidade. Aos olhos dos outros, ele não passava de um psicopata.

— Qual o problema de você? Izuku já disse que não colocou o pé na sua frente! — Shoto berrou, com raiva — Voltem ao trabalho!

— Os feridos, por favor. — Midoriya pediu, sua voz suave e doce, soava como uma súplica.

O efeito foi o contrário, as pessoas desviaram o olhar, temerosos. Vários “estamos bem" foi ouvido. Midoriya não é idiota, apenas um olhar ao redor, e vários feridos poderiam ser vistos.

— Pfft, ninguém quer uma falsa ajuda, fera. — O soldado cuspiu, desdenhoso.

— Soldado! — Todoroki gritou em aviso.

Mesmo com Shoto emitindo uma aura perigosa, não calou o soldado e os mineiros. Os cochichos começaram a crescer, falaram em todo os cantos coisas cruéis e frias.

— Tudo bem, eu entendo. — Midoriya ofereceu um sorriso — Irei me retirar.

— Espere, Izuku! — Todoroki pediu, preocupado.

— Eu vou ajudar do lado de fora, é melhor. — Midoriya não olhou para trás, suas costas pareciam solitárias.

— A vida dessa criança é tão complicada. — Naomasa suspirou, uma mão coçando a nuca.

— Pode fazer o favor de ficar? — Shoto pediu — Quero saber se...

— Pode ir, menino. — O homem sorriu — Um coração ferido também importa, vá e ouça os choros dele.

Todoroki não hesitou mais, correu na direção de Midoriya com passos largos.

...

Bakugou resolveu não esperar mais, assim que ouviu o que Hakamata disse, pediu por um reunião. Dois dias depois, o velho imundo estava em sua frente, um sorriso lisonjeiro no rosto.

— Eu ainda estou me recuperando, diga o que quer e vá embora. — A voz soou estranhamente calma.

O motivo disso era o casaco em suas mãos, que pertenciam a Midoriya. Foi uma das peças que ficou para trás, provavelmente foram colocadas para lavar quando estava de mudança, por isso não foi levada junto. Apenas ver uma roupa dele, deixou seu humor muito mais calmo, como se o próprio estivesse em sua frente. Estava nostálgico e triste. Midoriya partiu a mais de cinco meses, o tempo parecia andar cada vez mais lentamente, a saudade que sentia foi se intensificando, mesmo que no início fingiu não sentir nada, e evitou pensar nele, as vezes acordava esperando encontra-lo dormindo em seus braços.

— Serei breve. — O velho falou, com sua voz irritante — Você deve pedir minha filha em casamento.

— ... — Bakugou piscou, confuso. Sequer sentiu raiva, foi mais como ouvir uma piada, e para expressar isso, soltou uma gargalhada alta — Alguém bateu na sua cabeça? Do que diabos você está falando?

— Eu serei morto muito em breve. — O velho parecia muito mais calmo, como se tivesse aceitado esse fato — Para proteger minha criança, o único jeito é casar com alguém importante. Mas, os nobres, nem oficias do exército são o bastante. A pessoa que vai me matar... bem, é poderosa. Apenas alguém que tem o apresso dos poderosos da capital poderiam mantê-la em segurança. E você tem o antigo conselheiro, além de um nome famoso, ninguém vai tentar comprar briga com você, por isso deve ser aquele a se casar com ela.

— Por que você continua afirmando “case com ela.” como se eu quisesse? — Bakugou apenas balançou os ombros, desinteressado — Matar você e ela, que boa pessoa é essa que você irritou. Eu não ligo nem um pouco para essa merda toda.

— Não era você que gostava dela? — O velho fez uma expressão confusa.

— Quem diabos gosta daquela puta?! Ficou louco! — Bakugou finalmente perdeu a calma, como se acabassem de ofende-lo.

— Bakugou, não tenho paciência para seu joguinho difícil. Eu estou dando minha permissão, você pode finalmente casar com ela. — O velho resmungou também, não gostando do tom de voz — Apenas protege-a, é meu pedido como sogro.

— Sogro? Pega essa merda e enfia no cu! — Bakugou bateu na mesa, fazendo o chá que foi servido tremer — Com quem você acha que está falando? Eu já disse, quero que você e essa puta morram!

O velho olhou inacreditável para Bakugou. Talvez fosse sua filha que tinha colocado isso em sua cabeça, mas ele sempre achou que Bakugou gostava dela. Estava errado?

— Então, me de o endereço atual de Midoriya. — O velho pediu, com uma expressão ainda confusa.

— O que...? — Bakugou sentiu uma premonição ruim — Por que?

— Para o casamento. — Respondeu simples, mas ao ver a expressão de choque de Bakugou, um sorriso malicioso surgiu — Você sabe, ele é famoso agora. O povo sapo quase declarou guerra por ele, ainda tem o fato dele ser visto como uma pessoa muito perigosa. Ninguém ia tocar na esposa dele, o rei ficaria nervoso, pois o povo sapo ia querer sua cabeça. Na verdade, pensando agora, ele é muito melhor que você.

— Não ouse! — Bakugou sibilou em ameaça.

— Sem falar que é o Midoriya, ele jamais negaria. — O velho continuou, o sorriso ainda mais radiante — Ele me deve uma, e gosta da minha filha, nunca deixaria ela morrer.

— Ele não te deve porra nenhuma! — Bakugou gritou, as veias em sua testa pareciam prestes a explodir.

— Ah, ele deve. — O velho confirmou — Eu salvei ele de um destino bem pior do que algumas torturar em casa, sem falar que vou morrer por causa dele. Mas, eu já aceitei essa fato. Caso precise usar isso, vou. Ele é mole, vai se sentir culpado.

— Morrer por causa dele?! Pare de inventar, seu merda! — Bakugou gritou, o rosto contorcido de ódio. Ele parecia resistir fortemente em matar o homem.

— Ele não te contou? — O velho parecia chocado — Eu fiz o favor de compra ele, por causa de um pedido da minha filha e dele. A pessoa não tinham muito desejo de vender, por isso ele me custou muito caro, um desperdício de meu dinheiro. Quando você foi embora, lembrei que o antigo dono dele parecia ter apego por ele, então o convidei para minha casa. Quem esperaria? Ele veio mesmo, e quando viu Izuku de relance ficou muito interessado, então afirmei que se me desse dois bons escravos, poderia leva-lo. — suspirou com uma expressão de arrependimento — Então, em uma noite, Midoriya foi embora. O dinheiro em minha mesa era demais, por isso não fiquei muito relutante. Os meses passaram, eu pensei que o homem tinha desistido do nosso acordo, a ponto de eu nem lembrar mais. Porém, a uns dois meses, ele veio pessoalmente com os dois escravos, que pareciam até guerreiros, fortes e submissos. Devo dizer, ele é muito importante, eu fiquei chocado dele vir pessoalmente novamente. Mas, Midoriya não estava mais comigo. Eu tentei explicar, mas ele ficou furioso, e ofendido.

Bakugou, no começo, queria mandar o velho calar a boca. Mas, por alguma razão, sentiu que deveria saber. Ele lembrava do garoto quando criança, que chegou medroso e quieto. Sem falar que ele tinha muitos pesadelos, as vezes chorando e gritando por ajuda, o que deixava Bakugou muito irritado.

— Então, ele me disse para pegar o garoto de volta. — O velho continuou — Eu nem consegui dizer nada, quando ele foi embora. Eu tentei ir ao acampamento da tribo, mas não consegui, sempre me falando que estavam ocupados, que a chefe estava em guerra ou coisas assim. Desisti e pensei em esperar a guerra deles acabar, por enquanto eu queria pelo menos garantir a segurança dela, por isso fui até sua casa. Mas, poucos dias depois ouvi sobre o rumor. Isso indicou o fim da linha. O homem provavelmente também sabe, por isso fiquei desesperado. Bem... então teve sua provação de fogo, o povo sapo deixou obvio que compraria guerra por ele. Eu soube ali que não tinha mais escapatória, eu seria morto. Mas, minhas esperança cresceram ainda mais sobre salvar minha filha, se você recusar, eu também posso pedir a Midoriya. Afinal, atualmente ele é intocável.

O velho pausou um pouco, e percebeu que Bakugou estava congelado no lugar. Um sorriso vitorioso surgiu em seus lábios, como se tivesse acabado de ganhar uma guerra sozinho.

— Resumindo, minha morte é por culpa dele, e como bom garoto que ele é, vai me fazer o favor de casar e proteger Ochaco.


Notas Finais


Eu responderei os comentários passados logo, ok?

Atrasei um pouco de novo, dessa vez foi culpa do tamanho do cap! Kajskajaka

Shoto coitado, o arrependimento anda junto dele, mesmo tendo recebido o perdão. Ele tem medo de ser um Endeavor, coitadinho do meu bb 🥺
(Algumas pessoas acham que eu não gosto dele, mas, bem, meu user é (shoto) solitário. Isso ja deveria ser uma resposta, né? KKKKK)

Midoriya só sofre. Ele nem fez nada, cara, tava de boa ajudando o povo. Ser o protagonista é uma benção e uma maldição ✊

Bakugou vai explodir, eu consigo até ouvir o impacto da bomba aqui de casa KKKKKKKKKK

E Ochaco Uraraka finalmente surge, todas as meninas da U.A ja estão na fic, faltava só ela

Obrigada por ler, pelo apoio, e pelos comentários anteriores. Amo vocês. ♥️


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