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História Jovens Rebeldes JR - Capítulo 3: O que acontece na festa, fica na festa.


Escrita por: IvanBrittoh

Capítulo 3 - Capítulo 3: O que acontece na festa, fica na festa.


Fanfic / Fanfiction Jovens Rebeldes JR - Capítulo 3: O que acontece na festa, fica na festa.

-Você trouxe? -Dizia Lucca para Bernardo já fora do colégio, no gramado. -Claro. E vocês já fizeram a parte de vocês? -Sim. Já demos um jeito de trancar o diretor dentro da sala. -Dizia Lucca e Gabriel rindo. -O que fizeram? -O velho truque do laxante, na sobremesa do diretor, numa hora dessas ele já está no banheiro. -Dizia Gabriel rindo. -Essa eu queria ver. -E quanto aos seguranças? -Questionava Lucca os observando por trás dos arbustos. -Quando ouvirem o sinal, envie uma mensagem para o grupo do colégio dizendo que poderão sair. -Mas que sinal? -Dizia Gabriel. Após isso, do lado de fora do portão uma banda começava a tocar, atraindo a atenção dos seguranças. -Esse! -Sorria Bernardo. E assim após todos receberem a mensagem no grupo do whatsapp, da turma do Elite Way, todos se dirigiam ao galpão, na calada da noite, e os seguranças bobões, mantinham sua atenção tentando dispersar a banda que tocava em frente ao colégio. -Não podem tocar aqui! -O quê? -Dizia um dos guitarristas ainda tocando a guitarra. -NÃO PODEM TOCAR AQUI! -O QUÊ? No entanto ao receber uma mensagem de Bernardo, eles entraram na van da banda e deram no pé, A banda de rock "Mentes Poluídas", eram os antigos companheiros de colégio de Bernardo. Enquanto isso no galpão, a festa começava, com a presença de todos os alunos da turma do 3. Ano. Tinham muitos comes e bebes, a música era de boa qualidade, estavam todos se divertindo e aproveitando a festa, tinha até um espaço com microfones, alguns instrumentos musicais, tudo planejado por Bernardo. "Legal! Vai ter música ao vivo" "Nossa! Irado!" "Será que vai ser alguma banda conhecida?" -Opa! E aí, pessoal? -Dizia Bernardo pegando o microfone. -Como podem ver temos alguns instrumentos aqui, e bom... Toni me disse que adoraria fazer uma homenagem ao RBD, já que estamos no lugar raíz. Então.... Chega aí Toni! Vamos cantar! -Dizia Bernardo desafiando o garoto. Bernardo sabia que essa seria a chance de deixar Toni constrangido perante a todos, pois pelo que ele lembrava o garoto não gostava de estar sob os holofotes na época da infância, e muito menos sabia cantar. -Toni! Toni! Toni! Toni! Toni! -Diziam todos. -Vamos Toni! Não seja tímido! Vai dar pra trás agora! Colucci. -Continuava Bernardo segurando o segundo microfone. -Certo! Certo! -Dizia Toni sem graça. -Mas... Não temos um baterista. -Aqui! -Dizia Lia fazendo um improviso na bateria. -Obrigado Lia. -Dizia Toni para a garota com os dentes cerrados, e assim ela entendeu que havia feito errado. -Não temos guitarrista, nem o baixista, nem alguém para o teclado. -Insistia Toni. -Gabriel e Lucca, sabem tocar guitarra e baixo, e eu posso muito bem ir no teclado, sem problemas nenhum. -Dizia Bernardo. -Vamos Colucci! O centro é seu. -Bernardo ia até o teclado. -Canta alguma coisa do RBD! -Dizia Samuca para o amigo, enquanto todos encaravam Toni, que suava. -Começa! Começa! Começa! Começa! Começa! Bernardo e o resto da banda, combinaram de tocar uma das músicas mais famosas do grupo, "Solo quedate en silêncio", e assim fizeram, Toni se mantinha estático enquanto a melodia começava, e os olhares o penetravam como flechas, apesar do jeito popular de ser, ele tinha muita timidez em apresentações e em situações que ele era o centro das atenções. Por sorte, Toni também herdara a afinação perfeita de seus pais, e começou a cantar mesmo com os olhos fechados no início, e sendo sustentado pela segunda voz de Bernardo, que diferente de Toni, não tinha a mínima timidez em fazer várias apresentações, já que havia recentemente saído da banda "Mentes poluídas". Toni e Bernardo havia dado um show, no entanto, Toni era sensível demais, e mesmo com os aplausos de seus colegas, o garoto largou o microfone na mão de Bernardo, e saiu com os olhos lacrimejando para fora do galpão. -Bernardo você pegou pesado. -Dizia Gabriel com dó de Toni. -Mandou bem! -Dizia Lucca -Algo me diz que eu fiz mal em ter tocado. -Dizia Lia junto aos garotos. -Relaxa, a ideia foi minha. Ele vai superar. -Dizia Bernardo tranquilamente. -Além do mais ele cantou legal, esperava que ele desafinasse, mas ele cantou bem. Sério. Tô impressionado. Todos cumprimentavam a apresentação amadora, podendo ser uma versão atual de RBD, no entanto Toni não tinha intenção nenhuma em estar rodeado de pessoas, e ia até o gramado chorar sozinho, já que apesar do jeito alegre, Toni era muito sensível, mas escondia essa sensibilidade, menos de Samuca que era seu melhor amigo desde a infância. A amizade de Samuca se estabeleceu nos primeiros anos de colégio, já que por muitas vezes Mia levava o filho até a casa de uma de suas amigas do passado, a Vick. Samuel Paz, filho da atriz Vick com o cineasta e diretor Rocco, embora com o tempo o contato de Mia e Vick tenha sido sustentado apenas por telefones, já que Vick e Rocco viajavam muito devido a carreira no cinema. Toni podia contar com Samuca para contar qualquer segredo, a amizade entre os dois era muito forte, apesar das diferenças, Samuel era muito "mulherengo", e cada dia estava com uma garota diferente, além de sempre ter ao seu lado revistas eróticas, tipicamente um adolescente que estava conhecendo seu corpo, aliás idolatrando seu corpo, o garoto se achava o "gostosão" por estar sempre com uma garota diferente. Samuel também defendia o amigo Toni de qualquer fofoca que surgisse antes de chegar aos ouvidos de Toni, protegendo assim o amigo de preconceitos ou até mesmo o bullyng. Toni jamais suspeitava que por trás de suas costas, era Samuca que vigiava os maus olhares e punia os engraçadinhos piadistas. Lealdade era a palavra que descrevia Samuel em relação ao Toni. -Toni. Está tudo bem. -Samuel surgia as costas de Toni que estava em frente a uma árvore chorando.-Olha! Se você quiser eu posso dar uns "surdão" nele. -Samuca fazia gesto de pugilista. -Não. Não vale a pena você se encrencar por minha causa. O ano está só começando. E... -Toni enxugava as lágrimas. -...Estou bem... Sério. O pessoal tá rindo muito? -Tá brincando? O pessoal quer que você cante de novo. Ninguém riu. Por quê nunca te vi cantando? -Samuca puxava Toni pelo pescoço como irmão mais velho. -Quando eu tinha... 7 anos... Eu e o Bernardo estávamos cantando numa reunião de família.... Numa espécie de teatrinho... Éramos amigos... Por incrível que pareça. E... -Toni ficava quieto. -O que houve? O que aconteceu? -Todos riram... Quando eu comecei a dançar... Como se fosse a minha mãe... Claro que meus pais aplaudiram... Mas o resto dos adultos riram, e não porque estavam gostando e sim por maldade... Nós sabemos quando é por maldade... E Bernardo também riu, além de me imitar na frente de todos... -Toni dizia com pausas nas palavras, como se recordasse daquele dia como se fosse no dia anterior. -Nunca mais eu cantei... Ou dancei... Ou tive vontade de ir em grandes reuniões de família... -Deve ter sido difícil, mas é passado cara. -Samuca tentava animar o amigo. -Lembro que longe dos olhos de meus pais... Alguns membros da família comentavam sobre o jeito do filho dos Colucci Arango, e mesmo meus pais me aceitando do jeito que eu sou... Eu não quero que eles passem constrangimento por minha causa. -Não fala besteiras! Seus pais te adoram. Vocês três parecem aqueles comerciais de domingo. -Eu sei que eles me adoram... E é por eu amar tanto eles que não quero que eles briguem com todos para me defender... Não é justo. Por isso eu sou mais alegre no colégio, longe dos olhos maldosos de alguns amigos de meus pais, longe de receio de ser quem eu sou. Samuca ficava quieto, pois, Toni nunca sabia que existia pessoas que o apontavam, mas que eram contidas por Samuel. -Tá! Agora esquece isso! Vamos para a festa. Não vai deixar aquele punk estragar com a festa que você organizou. -Isso! E é party! Não uma simples festa de fundo de quintal. Samuca ria das pérolas que Toni dizia, e levava o amigo de volta a festa que estava a todo vapor, ainda mais com Bernardo cantando ao vivo, com Lucca, Gabriel e Lia. Bernardo cantava "Fuego", numa versão rock, o que deixava todos eufóricos com à adaptação da clássica música do RBD. Enquanto todos estavam distraídos com o show, um pequeno grupo de alunos mais velhos, trocavam as bebidas sem álcool por bebidas alcoólicas, todos bebiam e não se importavam em saber que tinha álcool, e cada vez mais a festa rolava e a bebida também. -Hum...-Toni enchia um copo de uma das garrafas. -Quê?! Cheiro de álcool? Samuel quem trouxe álcool? -Cara! Não sei, mas do jeito que a galera está "chapada" vai ser difícil escapar durante a madrugada. Toni ficava pensativo ao olhar todos bebendo, beijando, e dançando como se tivessem em uma balada. -E agora? Gabriel mesmo sendo travesso, era sensato, e arrastou o irmão para o dormitório após perceber o desenrolar da festa, Lia já havia saído após as apresentações, no entanto Bernardo era o que estava mais agitado, comandando a festa, gritando, jogando bebida nos outros e sendo o festeiro. -Deixa comigo! -Dizia Samuca. -Aí! Acabou a festa! O inspetor vai fiscalizar os quartos! Todos se dispersavam, cambaleando, mas com Samuca, Rafa e Nai ajudando os bêbados a irem aos seus dormitórios aos poucos, e o restante sendo cauteloso, Lucca, antes de sair da festa, havia dado um sinalizador que era de Bernardo para o Samuel, pois seria usado no fim da festa para distrair os seguranças, e assim foi feito, com o uso do sinalizador em uma determinada área, os seguranças bobos do Elite Way, foram atraídos para o outro lado da escola, dando tempo de todos os alunos irem. Bernardo que de tão bêbado estava deitado no chão, fedendo a álcool e fora de si, não foi ajudado por ninguém, a não ser por Toni, que no meio do caminho se arrependeu por ter deixado Bernardo sozinho adormecido no galpão, e voltou para ajudar o rapaz. -Ai! Levanta seu bebum! Cachaceiro! Ai que nojo! -Dizia Toni segurando o garoto que era arrastado por ele. -N.... N... Não.... B... Bonequinho... Tô.... Com...sono... Apaga a luz... -Eu mereço! Muito bem Toni Colucci! Muito bem! Vai estragar sua roupa por causa desse cachaceiro. -Dizia Toni já com Bernardo andando abaixado pelos arbustos. -Ah... Me levando pro mato... Ahhh... -Fala baixo, palhaço! Por sua culpa somos os únicos fora dos dormitórios. -Sussurrava Toni. Bernardo estava muito próximo de Toni, e encarava o garoto com um olhar estranho, diferente dos olhares que eram trocados antes das brigas, Toni sentia sua respiração ficar pesada, e os corações dos garotos batiam rapidamente, ao que tudo indicava era pela adrenalina de escapar de um castigo do diretor. -Bonequinho... -Cala a... Bernardo derrubava Toni no chão, e o beijava inesperadamente, não com violência ou agressão, mas com paixão, da maneira em que Toni imaginava sentir quando desse seu primeiro beijo, mas o que ele não imaginava era que sua roupa ficasse cheia de grama molhada do jardim, e sua roupa cheirasse a álcool por conta do garoto bruto e desajeitado em cima dele. Aquele foi um beijo muito especial, mesmo que desajeitado, e perigoso. Bernado ao que tudo indicava estava bêbado e Toni era o único consciente, e assim ambos não disseram nenhuma palavra. Toni levou cuidadosamente Bernardo até o dormitório dele, onde foi amparado por Lucca e Gabriel. -Dêem um banho nele... Talvez ainda tenha café na secretaria.* -Dizia Toni para Lucca e Gabriel. (Nota: Os alunos podem sair de seus dormitórios, desde que seja dentro dos limites internos)* -Pode deixar! Valeu! -Dizia Lucca Toni saía, quieto, vendo Bernardo ser levado por Gabriel até o banheiro. O garoto ainda não podia acreditar que Bernardo havia o beijado, e caminhava lentamente, pensativo até seu dormitório com uma sensação estranha no peito, algo do qual o garoto nunca havia sentido antes, era uma sensação boa misturada a medo. -Senhor Colucci! O que faz perambulando a essa hora? -Dizia o inspetor Charles, em uma de suas rondas noturnas. -Eu... Eu... Estava indo a enfermaria... De repente me deu uma dor de cabeça. -Mentia Toni. -Sei... Pois vamos. Eu te acompanho. -Não precisa mais... Eu tomei umas gotinhas, e já estou bem. Não se preocupe. -Ótimo! Agora volte para a cama. -Sim, senhor inspetor. Toni entrava em seu dormitório, enquanto Nai e Rafa dormiam, Samuel não estava na cama. Ainda sem fazer barulho, Toni tomava banho, trocava de roupas e ainda pensativo deitava na cama, Toni tinha o hábito de escrever um diário, mas não um diário comum de fatos do dia-a-dia, e sim uma história onde tudo que acontece no seu cotidiano é registrado, mas de forma que fique mais fantasiosa. "O pirata então tomou o príncipe encantado em seus braços, e o beijou, cheio de paixão e sentimento, no entanto qual será os sentimentos de pirata? O príncipe não sabia. Mas não conseguia pensar em nada, o pirata era diferente do que lhe falava, não era nojento, e nem asqueroso, talvez um pouco repulsivo, mas incrivelmente adorável por alguns breves momentos, que podiam ser eternos". -Onde você estava? Caramba! Toni! -Dizia Samuca entrando no quarto. -Eu... Eu... Voltei porque achei que tinha deixado cair o celular. -Por pouco não me pegam. -Samuca dava uma bronca em Toni. -Namorem depois? Tô tentando dormir! -Dizia Rafa. -Boa noite. -Dizia Samuca para os colegas, mas nervoso. Toni era o único que mesmo de olhos fechados não conseguia dormir, e cada vez mais as imagens do beijo entre Bernardo era exibidas na sua cabeça como um replay sem fim. -Acorda, bebum! Acorda! -Gritavam os gêmeos nos ouvidos de Bernardo. -Fala baixo. Ah! Minha cabeça. Que horas são? -Quase 7. Rápido ou vai se atrasar para o primeiro dia. -Aconselhava Gabriel. -Ah! Tô nem aí! Vou dormir de novo. -Acorda! Se o inspetor te pegar aqui desse jeito, não só você como nós também vamos nos ferrar. Anda! Levanta! -Dizia Gabriel jogando o uniforme de Bernardo em cima dele. -Acho que vou esperar o frio chegar. Esse uniforme de calor é muito... -Anda! Vamos logo! -Lucca interrompia Bernardo. -Tá! Não grita. Caramba! Enquanto isso no quarto das meninas... -Nossa! Cadê meu blush? Você viu? -Dizia Stela para Marcela. -Eu lembro que te emprestei. Onde você colocou? -Eu coloquei na gaveta, onde você guarda o curvador de cílios. -Dizia Marcela. -Com licença. -Entrava um garota no dormitório. -Aluna nova? Chegando agora? -Dizia Stela. -Eu não consegui vir ontem, mas o diretor me permitiu vir hoje. Me chamo Sofia. -A garota colocava suas malas na cama ao lado de Lia que estava dormindo. -Eu sou a Marcela, aquela é Stela, e a dorminhoca é a Lia. Bem vinda. -Obrigada. -A garota era extremamente bonita, e pelo sotaque não era mexicana, apesar de falar bem o idioma. -Ai! Marcela não tô achando! Me ajuda! -Stela começava a dar chilique. -Que galinheiro! -Acordava Lia, indo em direção ao banheiro. Apesar das diferenças que Lia enfrentaria, a garota estava se divertindo, pois era a primeira vez que se sentia desafiada em estar num universo que não era vivido por ela. -Bom Dia! -Dizia Toni, já arrumado acordando Rafa e Samuca. -Vamos meninos! Nai e eu já estamos indo tomar café. -Cala a boca Toni. Ninguém é feliz de manhã. -Dizia Rafa mau-humorado. -Ai... Que rabugice. Vamos logo. Vão se atrasar! Nai apenas ria baixinho do amigo. O jeito meigo e alegre do amigo era admirável por Nai. Toni estava tão feliz, e não via a hora de encontrar Bernardo e ver qual seria a reação dele, o que ele iria fazer quando o visse, se o chamaria para conversar, se seria amável, Toni estava cada vez mais ansioso. -Vamos, Toni. -Sim. Vamos Nai. -Saía Toni junto a Nai. Todos os alunos se acomodavam em suas mesas. Nas mesas da frente estavam Stela, Toni e Marcela, atrás de Marcela sentava um garoto que vivia paquerando a garota, atrás de Toni estava Samuca ao lado de Nai, Rafa sentava no fundo e junto dele estava Bernardo, os gêmeos encrenca, e Lia que surpreendia a todos chegando na sala com o uniforme masculino. Toni sempre que podia virava a cabeça para olhar para Bernardo, fingindo falar qualquer besteira para o Samuel. Marcela adorava uma fofoca, não era por menos, já que era filha da jornalista Pilar e do fotógrafo Tomás, ex- alunos do Elite Way. A garota observava a todos e fazia algumas anotações sobre os alunos com algumas marcações sobre brigas, Marcela adorava começar uma encrenca assim como Pilar fazia na época do colégio, com os jornais anônimos, no entanto, Marcela usava seu jeitinho de língua solta para espalhar fofocas, sem se importar em receber alguma punição dos alunos, já que se fazia de vítima na maioria das vezes, fingindo ingenuidade e chorando falsamente. -Ah! Não vou copiar mais nada. Depois você me passa as anotações, Gêmeo nerd. -Dizia Bernardo largando a caneta no caderno. -Bebeu todas ontem. Aposto que nem lembra o que fez ontem. -Dizia Lucca rindo. -Se eu fiz alguma coisa idiota me fala logo. -Quem diria que ia voltar pro quarto carregado por Frescolucci. -Zuava Lucca. -Disse para me falar as coisas idiotas que fiz, e não inventar historinha. -Mas foi isso que aconteceu. Toni te levou carregado. Não sei como aguentou segurar você pelo ombro. Fresco do jeito que é. -Sério isso? Nerd! -Sim. O Colucci ali, ajudou você. -Concordava Gabriel. -Estavam bem juntinhos e tal. -Zuava Lucca, o que irritava Bernardo. No término das aulas, Bernardo saía esbarrando em todos, para ir ao encontro de Toni que já estava no seu armário do corredor, guardando seus livros, e olhando no espelho do armário. Sendo surpreendido por Bernardo. -Bernardo... Eu... -Toni engasgava nas palavras, pois Bernardo estava frente a frente com ele. -Escuta aqui, bonequinho de porcelana. Se você acha que vou ficar no seu pé te bajulando igual seus amigos fazem, porque me ajudou. Não se engane. Não sou assim. Você me fez um favor me ajudando, não pense que serei seu criado. -Dizia o garoto bravo. -Que?! Do que você tá falando! Idiota! -A expressão de Toni mudava, e de sorridente ele sentia raiva. -Isso mesmo! Da próxima vez que me ver caído. Me deixa! -Bernardo encostava Toni contra o armário, o encarando. -Pode deixar, que da próxima vez ainda chuto. Imbecil. -Toni dava uma joelhada em Bernardo que caía no chão. Toni saía correndo, novamente com os olhos lacrimejando. -Toni! Que bom que te achei, e... Você tá chorando? -Dizia Stela. -Não. É que acho que o filtro solar me deu alergia. Não sei... -Toni enxugava os olhos. -Mas o que foi? -Temos que fazer a seleção, o pessoal está te esperando. Vamos! -Stela puxava Toni pelo braço. Um grupo de alunos estava na quadra de basquete, alguns colchonetes no chão, e na arquibancada estavam Samuca e Marcela. Stela arrastava Toni para perto dos amigos. -Oi, pessoal! -Até que enfim. Vamos terminar logo. -Dizia Samuca para Toni mas olhando algumas meninas se alongarem. Toni se recuperava quase que instantaneamente e a alegria voltava ao seu corpo. -Ok! Pessoal! Como vocês já me conhecem, eu sou Toni Colucci, capitão dos líderes de torcida. Comando os exercícios pesados. -E eu Stela Delariva, capitã dos lideres de torcida, e comando a coreografia. -Eu sou responsável, por ensinar coisas como... -Toni demonstrava junto com Samuca uma série de saltos no ar, e levantamento de garotas, jogando Marcela para o ar, demonstrando força, habilidade e trabalho de equipe. -E eu responsável por passos que se encaixem nessas acrobacias. Sincronismo. 5, 6, 7 e 8. -Stela e Toni junto a equipe atual fazia uma apresentação rápida para os novatos. "Uau" "Caraca" "Você viu aquilo?" -Lider de torcida, não é uma coisa boba e a toa, como muitos pensam. Como vocês sabem é um esporte como outro qualquer e já está inserido como disputa entre os colégios do estado. -Continuava Toni. -Não tem espaço para perdedores, fracotes, e irresponsáveis! -Gritava Samuca assustando os novatos. -Exato!-Concordava Stela. Essa atividade também contará pontos como atividade extra. -Antes de começarmos. Alguém aqui tem alguma dúvida? Podem perguntar. -Dizia Toni. -Vocês já praticaram ginástica olímpica? Muitos levantaram a mão. E Lia entrava na quadra, o que causava espanto de todos pelo jeito bravo com que ela entrou. -Certo. -Dizia Toni retornando a atenção para seus colegas. -Começaremos então. A Stela preparou uma coreografia. A equipe vai ficar se apresentando. Tentem acompanhar. Stela, Marcela, Samuca e eu ficaremos de olho. Respirem e comecem. -Toni dizia para Marcela soltar a música. Samuca fazia questão de olhar apenas para as garotas, enquanto Stela dizia "Fora" para as meninas por ciúmes do rapaz, Marcela observava a todos com Toni. A única que desempenhava o papel de "nojentinha" de torcida era Stela, mas Toni freiava o jeito da garota a fazendo lembrar todos os dias que ninguém é melhor que ninguém, e ainda sim eram amigos, já que para Marco Antônio, Stela só tinha esse jeito para afastar pessoas que acreditava ser péssimas amizades, talvez por ciúmes dos amigos. Enquanto alguns alunos eram dispensandos, outros se mostravam firmes, e uma em especial era Lia que era talentosa, pois praticava ginástica desde pequena, além de outros esportes. -Gostei desses alunos aqui. -Toni mostrava uma lista para seus amigos. -Ah, não! Ela não! -Dizia Stela de costas para o restante dos alunos. -Concordo com Toni. Esses alunos se saíram bem. -Dizia Samuca ainda admirando algumas garotas. -Ah! Mas ela não! Olha o jeito dela. Ela só usa roupas masculinas, vai desequilibrar a equipe. -Stela. Seja razoável. Ano passado a equipe ficou em segundo lugar, e agora é a nossa chance de estar no primeiro lugar. Não podemos dispensar ninguém por causa de roupas. -Dizia Marcela. -Sempre achei que a roupa representa o que somos por dentro... Então... Bom... Acho que não preciso continuar. -Dizia Toni. -Todos concordamos que a Lia fica. Stela ficava emburrada, mas logo mudava de opinião, já que queria chutar os traseiros dos colégios rivais na disputa interclasse. -Certo. -Dizia Stela. -ATENÇÃO! -Berrava Samuca. -Parabéns! Vocês estão na equipe. O ensaio começa amanhã as 15h. Até. -Dizia Toni que era cumprimentado por todos os aprovados, menos Lia, que saía ainda emburrada. -Não precisa agradecer, lindas. -Samuca era abraçado por uma meninas. -Tá! De nada! Solta! -Dizia Stela para uns garotos. Lia sentava na arquibancada externa, frente a quadra de futebol onde os alunos estavam jogando uma partida por treino, além da equipe de líder de torcida, o futebol também estava na disputa entre os colégios. -Não gostou de entrar na equipe? -Dizia Toni sentando ao lado da garota. -Não... Não é isso. É que de todos os esportes, o único misto é a ginástica. Queria poder jogar futebol. Jogo melhor que aqueles pé de alface. -Tenho certeza. Eles sempre ficam em 4. E 6. Lugares. Menos a equipe de líder de torcida, pegamos sempre entre os finalistas. -Toni se gabava. -Ah! Você não entende, Toni. Você não é olhado como um alienígena como eu. -Hum... Será mesmo? O único lugar que me julgariam se eu pisasse é aquele campo ali. -Toni apontava para a quadra. -O futebol é um esporte incrível, mas ainda é o berço do machismo. Tenho certeza que não está perdendo nada. -Valeu, Toni. -Dizia a garota pela ajuda do rapaz. -Olha, aqui está todas as informações sobre a atividade da torcida. Se tiver alguma dúvida. -Vou ter que usar aquelas saias frescas de líder de torcida? -Podemos falar com o diretor sobre isso, mas acredito que nas disputas entre os colégios sim. -Dizia Toni sem graça. -Mas... Olha, se realmente quiser fazer parte da equipe, mesmo que tenha que usar essas saias, nós iríamos ficar felizes, até a Stela que... -Toni ficou quieto. -Vou pensar. Ei! Valeu Frescolucci. -Lia brincava, e se sentia grata pelo garoto. -Esquece esse apelido. Eu mato aqueles gêmeos. -Dizia Toni se levantando.



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