História Jovens Titans - Segundo Capítulo (O inicio)

A visão que os quatro jovens tiveram fizeram eles ficarem chocados. Havia uma menina com uma vestimenta estranha parecida com as que usam em hospitais, ela estava amarrada e mesmo assim conseguia fazer um estrago nos três grandes homens que tentavam a segurar, isso fez com que todos concluírem que ela não era uma humana. Dick que já estava preparado para situações como aquela largou a mochila e arrancou um cano de agua que estava preso na parede e foi ajudar a menina. Não tinha como Dick saber se ela inocente ou a vilã da situação, mas ele confiava em seu instinto, coisa que ele tinha certeza que Bruce não apoiaria. Antes que algum dos outros tivessem alguma reação a menina já tinha deixado os três no chão e com os braços estendidos com um estranho núcleo de energia verde ameaçava Dick. Este logo analisou a situação e se puniu internamente por ter seguido seu instinto, e antes de tomar alguma decisão ouviu..

- KORTADK NTISK SHOUZ KATHEFR – Disse a menina fazendo todos ali não entenderem nada o que ela tinha falado.

 Logo após a fala a menina começou a flutuar e começou a voar com intuído de sair dali.  Garfield analisou a situação e ficou indeciso por um minuto se ele queria fazer mesmo aquilo, mas por instinto se revelou e ele se transformou em um Pterandon e foi atrás da menina a impedindo que fosse mais longe.  Os outros que já estavam surpresos pela situação ficaram mais quando viram o menino se transformar. A menina ficou zangada com a atitude do animal esverdeado em sua frente e começou a atacar ele com seus starbolts. Num movimento rápido Garfield sobrevoou para cima da menina e se transformou em um elefante, fazendo o mesmo cair levando a menina junto, porem para a surpresa do mesmo quando ela estava no chão ela segurou ele, mesmo na forma de elefante, e o jogou contra a parede do beco. Dick se preparou para mais um ataque da garota, porem logo viu o garoto com metade do rosto robótico transformando seu braço em um canhão de luz. Antes que o mesmo disparasse um grande escudo negro surgiu entre eles e a menina.

- Talvez lutar não seja a melhor solução – Disse Rachel fazendo todos perceberem que ela era a causadora do tal escudo.

- Se você não percebeu ela não fala nossa língua e ela é bem violenta – disse Dick um pouco grosso por estar nervoso com a situação – não podemos deixar ela ir para cidade ela pode... – disse, a menina que antes o atacavam olhava para eles com um olhar de que não estava compreendendo tudo aquilo, porem logo começou a tentar morder as amarras.

- Ela está agoniada com as amarras no braço dela.. talvez se .. – Dizia a menina porem foi cortada pelo menino robótico.

- E como você sabe que ela está agoniada? – Perguntou o mesmo.

-Olhando talvez – falou óbvia.

Rachel não sabia porque estava ajudando aquela menina, evitando que ela seja atacada, mas quando ela posou os olhos pela primeira vez ela se viu no passado. Como um flash as lembranças dos experimentos que fizeram nela vieram na cabeça fazendo a mesma abaixar a cabeça. Dick pensou no que Rachel disse e se aproximou da menina com os braços levantados demostrando que não iria fazer nada. Quando Dick estava já perto da menina a mesma parou de morder e olhou com raiva. Num gesto simples o menino rapidamente pegou uma ferramenta e libertou a menina, a mesma sorrio com o ato, mas logo fechou a cara e com um ato surpreendente o beijou. Todos ficaram surpresos e Dick mais ainda. Dick se permitiu fechar os olhos, fazia tempo que tinha contado com uma mulher deste jeito, deste Barbara, logo o beijo acabou e ela o empurrou.

-Eu não sei quem vocês são e nem para quem trabalham, mas eu não vou com vocês – disse a menina apontando novamente seus starbolts esverdeados para eles, a fala da menina surpreendeu a todos.

- Se você não percebeu estávamos tentando te ajudar – disse Rachel com sua cara de obviedade.

- Então vocês não querem nada de mim? -Perguntou a menina ainda os ameaçando.

- Talvez o Dick, o cara que você beijou, queira uma explicação por conta do beijo, mas ruivinha acho que só – disse Garfield.

- Aaah – disse a menina suspirando e se desarmando dos starbolts- eu não sou daqui, aprendo línguas por meio do contado labial, bem me desculpa não sei muito sobre a cultura terráquea – disse a menina sem graça ajudando Dick a se levantar o pegando pelas costas e o colando em pé deixando ele com uma cara engraçada.

- O que aqueles caras queriam com você ruivinha? – Perguntou o menino robótico.

- Bem digamos que o pessoal da terra não são os mais receptivos – disse a menina falar de um jeito que não ofendesse as pessoas que não queriam fazer mal nenhum a ela.

- Estranho a aceitação alienígena cresceu bastante – disse Robin confuso.

- Em alguns lugares sim, mas a aceitação não só dos aliens como de todos que são um pouco diferentes ainda é bem baixa- Disse o menino robótico com um tom de amargura, pois vivia na pele o que falara – bem acho que já vamos já que você está bem .. – disse o menino caminhando para fora do beco sendo acompanhado por Dick, Garfield e Rachel.

 A garota alien se encolheu um pouco, estava um triste, pois as primeiras pessoas que foram legais com ela desde do incidente com sua irmã estavam indo. Rachel percebeu o coração inquieto da menina com seus poderes e paro no lugar antes de sair dali. Rachel se xingou por ter feito aquela promessa a sua mãe, mas tinha que cumprir.

-Você pode vir com a gente se quiser – disse Rachel baixo, mas foi o suficiente para a menina voar até seu lado alegre.

- Rachel não sei se é uma boa ideia, nossa casa é financiada pela faculdade .. – Começou Dick a falar, o menino queria evitar problemas e algo o dizia que aquela alien era um grande problemão.

- Richard ela não dará problema, só vamos ajudar ela a se estabelecer, certo Rachel ? – Perguntou Garfield tentando ajudar a menina, e essa afirmou com a cabeça.

-Okay, vamos fazer uma identidade para ela ...- começou Dick

- Oque é uma identidade? – Perguntou a menina flutuando do lado do menino que falara, fazendo que ele se assustasse.

- É uma identificação do governo, para te reconhecer como cidadã – disse Richard explicando e achando graça da cara da menina.

- Então se alguém quiser saber onde estou isso facilitaria? – Perguntou a menina inocentemente, e Richard estranhou confirmando com a cabeça – NÃO PRECISO DISSO NÃO – gritou a menina assustada.

-Por que você não precisa, está fugindo de alguém ? – Perguntou Dick desconfiando.

-Deixa de ser paranoico Richard, e como é seu nome? – Perguntou Garfield para tirar o clima pesado que estava sendo criado.

-  Meu nome é Koriand'r – disse sorrindo – e  os seus meus novos amigos ?

-Não força – disse Rachel com cara de tedio.

-Victor – disse o menino robótico rindo do jeito espontâneo da menina.

-O meu é Garfiel e dos dois ali você já sabe, Rachel e Richard..

Richard suspirou pesado, e pensava se aquilo era realmente uma boa ideia. O garoto não sabia o que definir o que seu cérebro tinha defino pela nova menina alienígena, algo queria ajudar ela, mas ele sabia que ela, não só ela, mas eles, iriam fazer seus objetivos mudarem de cabeça para baixo.

Rachel analisou a situação, via naquelas pessoas a esperança de cumprir a promessa de sua mãe, a promessa que tanto temia devido à presença obscura de seu pai, a mesma sentia que essa promessa iria fazer sua vida ser virada de cabeça para baixo.

Garfield sorria sapeca conversando e aprendendo sobre sua nova amiga. Este era o mais feliz do cinco, ele via ali a oportunidade de não se sentir mais só. Garfiel perdera muitos amigos e família e seu jeito sempre afastava a todos, via neles a oportunidade de virar sua vida de tristeza de cabeça para baixo.

Victor analisou suas mãos e andava junto a todos quieto. O acidente com aquele medico maluco trazia sequelas bem evidentes na sua aparência. O menino estava com medo e receio, não queria mais ser rejeitado por ser metade robô. Victor olhou para Garfiel e Koriandr, e sorriu ele sabia que aqueles dois o aceitariam e os outros dois o apoiariam, e sua vida de rejeição e complexidade iria virar de cabeça para baixo.

Koryandr afastava todos pensamentos do passado que a fizeram sofrer, isso era uma das melhores qualidades dela, não se afetar com os problemas. A menina olhando para aqueles quatro e só queria poder viver o momento com eles, pois sabia que chegaria a hora de enfrentar sua irmã. A menina queria que eles virassem sua vida de cabeça para baixo.

Com um futuro bem imprevisível, mas resumido em uma expressão “ vida virada de cabeça para baixo” os cinco foram para casa.