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História Jughead - bughead - Capítulo 3


Escrita por: Pretty_Poisons

Notas do Autor


Postando mais um hoje porque amanhã não vou poder.

Espero que gostem.❤️

Capítulo 3 - Capítulo 3


Ao estacionar seu reluzente Maverick nos fundos da Miller' s Restauração de Autos, Jughead sentia o corpo esgotado, mas a mente a mil. Dera uma bela canseira em Lola, mas terminara a noite frustrado. Tivera uma mulher, mas não a que desejava. 

Inferno, nunca mais veria Elizabeth Cooper na vida, então tinha de parar de se martirizar por ela!

Desceu de seu carro, seu tesouro, junto com a Harley que tinha em casa. Havia comprado os dois por preços de banana e os restaurara quase que como se houvessem acabado de sair da fábrica. E isso só fora possível pelo que aprendera com seu amigo, Travis Miller, a quem podia dizer, devia sua vida. Trabalhava na empresa de restauração de carros e motos antigas há cerca de onze anos. Eram considerados os melhores da cidade e região nesse quesito. Se não fosse por Travis e aquele emprego que amava tanto, nem sabia o que teria sido dele. Muito provavelmente teria se afundado no mundo do álcool e das drogas.

Travou o carro e seguiu para a porta dos fundos da Miller's coçando a cabeça. Era uma hora estranha para remoer o passado. Mas sabia o que trazia tudo aquilo a tona: conhecer Elizabeth Cooper!

Mesmo sendo tão diferente de Toni, ao menos fisicamente, de alguma forma ela o arremetera a um passado o qual queria manter bem enterrado. Era um lugar sombrio, onde uma mulher fora capaz de o deixar a ponto de perder a cabeça. E era onde entrava Travis que o tirara das trevas. Por todas essas razões, devia estar grato por não mais colocar seus olhos na doce bonequinha Elizabeth! Ela era linda, gostosa como o inferno, mas trazia consigo também um aviso de perigo para a sanidade de Jughead.Mas para torturá-lo como nada antes, enquanto fodia Lola, era no cheiro de maçã verde que pensava. E quanto tinha seu pau sugado por uma boca faminta, que nem mesmo seu apadravya parecia incomodar, desejava que seus dedos estivessem emaranhados em cabelos loiros, com nuances mais escuras, aqui e ali, e não em cachos vermelhos.

Maldição, que primeira impressão aquela mulher havia causado nele! E que ela se fosse logo!

A grande verdade era que ele era um grande filho da mãe fodido que crescera cercado por problemas, brigas em família e miséria. Abandonado pela mãe, aos nove anos, junto com sua irmã, seis anos mais velha, ele cresceu tendo tudo para ser um perdido na vida. Por conta do abandono da esposa, seu pai se tornará amargurado, ausente e procurara consolo para seus problemas na bebida. O pouco dinheiro que trazia para casa mal dava para alimentá-los. JellyBean sua irmã e ele tiveram de aprender a se virar sozinhos e ele começou a trabalhar cedo, sempre em oficinas, de onde veio a nascer sua paixão por carros. FP Jones morreu quando Jughead tinha apenas dezesseis anos, consumido pelo álcool. Em vinte e dois anos não tivera notícias de sua mãe. Não que ele as desejasse. Uma mulher que deixa seus filhos por outro homem, nem mesmo deve ser tratada como mãe!

Os vizinhos de sua antiga cidade Phoenix, Arizona, diziam que era estranho por conta de suas tatuagens. Achavam que era um garoto perdido, o encaravam como se sempre esperassem que ele fizesse algo próprio de sua aparência. Como roubar, se drogar e até mesmo vender esses entorpecentes. Ele não se importava com a opinião deles. Estava seguro de quem era e que não tinha nada a provar para ninguém. Tudo o que fazia de sua vida tinha um sentido, até mesmo suas tatuagens. E era um homem bom. Até conhecer Antoniette Topaz. Por tudo isso, garotas como Elizabeth Cooper, obviamente vindas de famílias ricas e tradicionais, nunca entrariam em sua vida para ficar. Já devia ter aprendido.

Na cozinha bem equipada da loja, contou aos amigos sobre o acontecido da noite anterior.

— Espera aí. A mulher te confundiu com um tarado, é isso?

Quem constatava isso era Kevin Keller. Era um cara legal, mas um pouco lento de raciocínio. De aparência bonachona, era corpulento, com cabelos que pareciam não ver uma tesoura há bastante tempo. Podia não bater muito bem da cabeça, mas era um artista na pintura de autos e motos.

— De tudo o que falei, foi nessa parte que prestou atenção? — fingia se indignar Jughead, parando de mexer o açúcar em sua xícara fumegante de café.

— Eu sempre disse que você era estranho. Assustador — ele prosseguia com sua voz lenta, calma, como se nada pudesse deixá-lo abalado — Com esses desenhos estranhos nos seus braços... Que mulher que der de cara com você à noite não teria medo?

Travis e Jughead trocaram um olhar divertido. Aquele era o Kevin de sempre! A diversão do lugar:

— Eu a salvei, entendeu, cara? Na verdade eu fui um herói, está certo?

— Eu só estou falando! — o outro disse, saindo rumo a sua área de trabalho. Que aliás, lhe era sagrada. Ele não permitia que ninguém mexesse em suas ferramentas.

— Mas então, Jughead? Ela era gata mesmo? — Travis inquiria, após a saída do pintor.

— Gata? Não, essa expressão não pode definir aquela mulher. Ela era escultural,linda, uma bonequinha! Tão gostosa que se eu não tivesse me arranjado com a Lola,na noite passada, teria me acabado na mão — ele fez um gesto de masturbação,arrancando risos do amigo — se é que você me entende...

Eles gargalharam enquanto deixavam a cozinha e rumavam para o escritório bem decorado de Travis. Ele não tinha secretária. Dizia que não era necessário, que podia lidar com tudo sozinho.

— Mas apesar disso tudo — Jughead prosseguia, acomodando-se na cadeira frente a enorme mesa de vidro de Travis, enquanto esse se sentava na cadeira atrás dessa — ela não é para o meu bico.

— Por quê?

Jughead torceu a cabeça para um lado, suspirando:

— Ela... Pela aparência e pelo carrão, é uma garota de dinheiro. Da alta, entende? Como disse, não é para o meu bico.

Notou que Travis franziu o cenho, prestando mais atenção ao amigo:

— Sim, tipo Toni! — Jughead respondeu a pergunta nos olhos do outro —diferente na aparência, mas... De alguma forma como ela.

— Então realmente é melhor manter distância, amigão — sua voz soava grave —você não precisa de outra mulher como aquela na sua vida! Definitivamente! — ele concluía sério.

Somente ele conhecia a fundo, tudo o que Jughead havia passado. Se não fosse sua mão estendida ou o puxão que ele lhe havia dado...— Eu sei disso, meu irmão! — Ele batia nos braços da cadeira, antes de se colocar de pé — sei bem disso! Mas isso não me impede de notar como a garota era gostosa, não é? — ele fazia o contorno de um corpo de mulher com as mãos, com um sorriso sem vergonha no rosto — sou um homem de carne e osso, caramba!

Travis também sorriu, parecendo aliviado:

— Olhar não arranca pedaços, não é verdade?

— É isso aí! — abrindo a porta, anunciou — agora me deixe trabalhar que é para isso que você me paga...

— Muito bem por sinal, não? — Travis gritava para ser ouvido por todos na oficina.

Como se podia imaginar, houve um burburinho por parte dos empregados.

— Bem? — Jughead gargalhou, já no corredor — faça-me rir, Travis! — e seguiu para o seu “escritório.” Na verdade, uma desordem onde só ele se encontrava. Costumava dizer que era o estúdio onde fazia sua mágica.

Bom, sim, ele sabia que Elizabeth Cooper inalcançável! Mas isso não impedia de ficar de pau duro, só de pensar naquele belo par de pernas. Ou naquele traseiro bem-feito, o qual adoraria moldar com suas mãos, ele pensava sorrindo travessamente enquanto vestia o macacão estilizado da Miller's Restauração. Seria difícil trabalhar naquele estado. Nem mesmo ter passado a noite dentro de Lola havia acalmado aquele desejo insano e repentino demais por aquela bela bonequinha. Era toda certinha e ele adoraria bagunçar um pouco seus cabelos, deixá-la ofegante,esgotada e pedindo por mais. 


Betty chegou a Tesouros de Violet, às 08h30. Precisara caprichar na maquiagem para disfarçar suas olheiras. Os enormes óculos escuros em seu rosto delicado ajudavam um pouco... Após se deliciar na banheira e terminar frustrada, não fora novidade ter sonhos quentes com um certo tatuado.

Sorriu, conformada ao abrir a porta pesada de vidro da loja. Era tudo o que teria dele: sonhos eróticos!

Àquela hora, somente as funcionárias estavam por ali, organizando as coisas para começar a receber público, às 09h00. A loja levava o nome de sua avó materna, que fora quem inaugurara o lugar. Desde criança a admirava, tanto seu gosto por antiguidades, como seu jeito doce, tranquilo de ser. Era seu exemplo de mulher! Não podia entender como Alice podia ser filha de uma mulher sensacional como aquela! Quando ela estava à beira da morte, já com seus noventa e dois anos bem vividos, pedira à neta que cuidasse da loja. Não foi um fardo, já que sempre amara aquele lugar. Crescera brincando por entre aquelas prateleiras e balcões. Como não podia deixar de ser, sua mãe fora contra, quanto resolveu assumir de fato a loja, antes mesmo de a avó falecer, seis anos atrás. A verdade era que não se imaginava fazendo outra coisa. Mesmo sua faculdade de administração fora feita já com essa pretensão, e não para ajudar o pai no mundo dos negócios, como seus pais desejavam. De certa forma, desde que se entendia por gente, sabia que seu destino era cuidar da Tesouros de Violet.

Assim que entrou, Verônica, sua assistente, fiel escudeira e amiga veio ao seu encontro.

— Bom dia, chefinha!

— Ele só será bom se ligar para o Eric e pedir um café da manhã completo! —sorriu para a outra — Com café duplo!

— Ok! Você manda! — ela já se voltava para ligar para a Delicatessen preferida delas que pertencia a um amigo, estacou chamando por ele — Charles, está te esperando no escritório — avisou, sorrindo de lado, sabendo que a outra estava pronta para dizimar o colega.

Betty estreitou os olhos, como se estivesse arquitetando um assassinato:

— Oh, ele vai se ver comigo agora! — rumou para seu escritório, pisando duro.

Quando entrou, ele estava comodamente instalado na poltrona à frente de sua mesa, jogando uma pedra fóssil que valia o preço do apartamento dele, de uma mão a outra. Pedindo para morrer! Pensou. Sabia que ela não gostava que mexessem em nada que se encontrava em seu recanto particular.

Assim que notou sua presença a suas costas, colocou a pedra de volta à mesa rapidamente e se colocou de pé:

— Betty, minha rainha! — ele a recebia, com um sorriso largo no rosto, abrindo os braços num gesto muito teatral — Por favor, eu preciso do seu perdão!

Ela conhecia o amigo. E só havia uma razão para ela a ter “esquecido” na tarde anterior.

— Qual é o nome dela, Charles?

— O quê? Não. Quem? Eu não...

Obviamente que ele ia se fazer de desentendido!

— O nome da garota que te prendeu ontem, a ponto de ter esquecido o nosso compromisso! — ela o fitou de braços cruzados, encarando-o de forma impassível. Charles sabia que havia sido pego. Assim nem tentou alongar aquela situação que já estava bem complicada para ele:

— Ok, o nome dela é Sophie e... Meu Deus, eu acho que estou apaixonado! — ao notar a expressão contrariada da patroa, se empertigou — mas eu só fui atrás dela depois de constatar que o Monet da família lá era falso, ok?

Betty bufou:

— E não podia ter me avisado disso? — o rapaz ficou sem jeito, correndo uma mão pela nuca, sem jeito.

— Ah, eu... — evitava seus olhos — me perdoe, Betty! Eu estava para te ligar quando vi a Sophie... Então eu... Me deu um branco, foi isso.

— Foi isso? — Betty o interrompeu incrédula — você sabe o que aconteceu comigo, sozinha naquele bairro que eu não conhecia? — aproximou-se dele, falando com gravidade — eu fui perseguida!

Notou quando o amigo ficou extremamente pálido. Quase teve pena, mas ele precisava saber qual poderia ter sido a consequência do ato dele.

— Eu poderia ter sido assaltada, estuprada e Deus sabe mais o que, se uma boa alma não aparecesse para me ajudar!

— Betty... — ele se sentou, ainda muito pálido, engolindo em seco — eu... Você está bem agora?

Sim, graças a Jughead Jones meu herói! Poderia dizer. Tinha de admitir que não estava de todo brava com ele, pois com sua falta, tivera a oportunidade de conhecer aquele homem incrível. O lado ruim era não mais vê-lo.Porém Charles tinha de aprender a honrar seus compromissos! E se Jughead não aparecesse? Ela nem gostava de pensar nisso.

— Estou, mas e se aquele bom homem não aparecesse? Tem ideia do que poderia ter acontecido comigo? Tudo por que você não pôde resistir a um rabo de saia? — cruzou os braços e suspirou, demonstrando sua decepção com o amigo — eu estou muito desapontada com você, Charles! — só não mais por causa da oportunidade de ter conhecido aquele homem que ela sabia, frequentaria seus sonhos por um bom tempo.

— Por favor, Betty! — agora todo o ar zombeteiro, constante na expressão de Charles, havia sumido — me perdoe! — ele se aproximava, as mãos unidas frente ao corpo — isso não vai se repetir, eu prometo!

Ela sabia que ele estava realmente arrependido. Conhecia bem o amigo. Não era um mau caráter, só tinha um fraco muito grande por mulheres bonitas.

— Eu vou pensar em uma forma de me redimir! Só me dê uma chance, querida! —ele buscava sua mão, pegando-a entre as suas e a levando aos lábios, enquanto fazia sua melhor carta de conquistador.

Ele sabia que seu charme não a atingia, pois se conheciam a mais de anos, mas devia estar desesperado.

Betty apertou os lábios e libertou sua mão, indo para trás de sua mesa:

— Oh, você terá de fazer algo bem grande para se redimir comigo, Charles! Algo como encontrar um colar perdido de Cleópatra!

Charles arqueou as sobrancelhas, esperando que ela dissesse que estava brincando.

Betty parou de ajeitar a cadeira e o fitou ainda séria:

— Algum problema, Charles?Ele ergueu as mãos e deu um passo atrás, meneando a cabeça:

— Claro que não! Saindo agora, a procura dos tesouros de Cleópatra!

Quando ele fechou a porta, Betty enfim pôde sorrir. Ele era louco o suficiente para partir em busca de algo da rainha do Egito!

— UH! — sua assistente voltava — Charles saiu com uma cara num misto de alívio e estou enrascado!

— Eu tinha de colocá-lo em seu lugar! Ele é um bom amigo, mas não pode agir com tanta displicência em relação ao trabalho! E essa não é a primeira vez que acontece uma falha dele por causa de mulher!

— Eu sabia! — Verônica socava o ar — Tinha de ter uma envolvida, senão não seria Charles!

— Pois é, só que dessa vez as coisas quase saíram do controle...

— Ah, espere, antes de mais nada, deixe eu te avisar que Archie O Chato Andrew ligou três vezes a sua procura!

— Oh, Deus! O que ele quer agora? Se o bloqueei em meu celular e não o atendo em casa, o que o faz pensar que vou atender aqui?

— Bom, não sei! Eu disse que você não havia chegado e que seu dia seria cheio. Aí ele fez ameaças ao meu emprego, como se ele pudesse fazer algo em relação e tudo mais, caso eu não lhe passasse seu recado dizendo que ele ligou e precisava muito falar com você!

Betty soprou o ar para fora junto com uma exclamação. Archie já estava se tornando inconveniente! A ponto de ligar de madrugada, bêbado como um porco,somente para lhe dizer que a amava, que sentia sua falta. Agora era tarde demais para lamentar. Que pensasse antes de fazer o que tinha feito.

Verônica o odiava com todas as forças. Sabia de tudo o que havia feito à patroa e amiga. Começara a trabalha na Tesouros de Violet há uns quatro anos e por causa de seu jeito fácil de lidar, logo se tornara amiga de Betty.

— Aquele palhaço! — murmurava ela. — Quando vai entender que mancadas do tipo que ele fez, não se perdoa? Mesmo amando muito, o que não é o seu caso.

— É um filhinho de papai mimado, acostumado a ter tudo na hora que quer! Isso não me inclui!

— Hey, meninas! — era Cherly quem entrava carregando a cesta de café da manhã,erguendo-a ao ar — olhem o que eu encontrei perdido lá fora? E isso é ótimo, pois estou faminta!

Betty conhecia Cherly de toda sua vida. Era uma ruiva radiante, de lindos e expressivos olhos castanhos.

— Melhor ainda eu ter pedido tudo dobrado! — Verônica ria. — Você é um verdadeiro dragão para comer, Cherly, nem sei como consegue se manter toda gostosa assim! — ajudou—a a ajeitar a cesta no aparador e logo todas estavam em volta da comida.

— Malho muito, para poder comer tudo o que quero, senão... Já estava uma bela porquinha! – ela gargalhava, batendo em sua barriga lisa.

Betty também riu e pegou seu café. Não era ninguém sem um belo café preto e forte!

— Bom, agora que as duas estão aqui, preciso compartilhar minha aventura da noite passada! — já estava de volta a sua cadeira e sentou-se depositando os pés, agora descalços, sobre a mesa, fazendo ar de mistério — e o Deus em forma de homem que conheci no processo!

Pronto! Já conseguia total atenção das garotas que a fitavam com muito interesse agora. Os bolinhos e pãezinhos da cesta foram temporariamente esquecidos.

O sorriso de Betty se alargou. Se envolvia homens, elas logo estavam alertas.

— Muito bem, cadela! — Cherly se sentava frente a ela, as mãos repletas de petiscos

— Comece a falar!

— Agora! — Verônica, também munida de gostosuras, sentou-se ao lado da ruiva. —

Com detalhes, por favor!

— Ok! — prostrou-se para frente e narrou à noite passada, começando pela perseguição que sofrera.

— Meu bom Deus! E tudo por causa de Charles! Por isso ele saiu daqui com aquela cara! — concluía sua assistente — deve estar se sentindo muito culpado, e afinal, ele é!

— Total! Ele não resiste a uma mulher bonita e eu sei disso, mas dessa vez passou dos limites!

— Tudo bem. Charles é um mulherengo, mas vendo que você está bem, onde entra o Deus em forma de homem?

Betty riu do jeito afobado e direto da amiga:

— Bom, enquanto eu esperava por Charles no bar, vi esse homem...

Tanto Verônica quanto Cherly se apuraram, até mesmo parando de mastigar.

— E? — Cherly inquiriu ao que Betty fez uma pausa dramática.

— Pensem num homem grande. Forte, com um corpo musculoso como um Apolo! Com cara de mal, de homem! Com uma bela tatuagem por todo seu braço...— olhou diretamente para a ruiva, pois sabia que a amiga adorava tatuagens, mas não tinha coragem de fazer.

— Caramba! — os olhos castanhos eram vidrados agora.

— Quieta, assanhada! Deixe ela prosseguir! — cortava Verônica, humorada.

— Por favor, não se detenha por mim!

— Bem, acontece que foi ele quem me salvou de ser atacada! E, meninas... —Betty recostou—se na cadeira, revirando os olhos com ar sonhador — que homem,que voz, que mãos! Um olhar misterioso, como se estivesse me desnudando em sua mente...

— Oh, pare ou terei de passar em casa para trocar de calcinha!

— Cale a boca, Cherly! — Verônica ralhava de novo. — Pare nada! Quero detalhes!

Betty gargalhou:

— Eu bem que gostaria de ter mais detalhes, Vee, mas foi só isso... — ela suspirou, resignada. — Ele me salvou, eu agradeci e fui embora!

— Só isso? — Cherly se exaltava — como assim? Você conhece um homem de verdade e... É só isso?

A outra só torceu os lábios, dando de ombros:

— O que eu poderia fazer?

— Eu não sei o quê, mas algo! — Vee erguia um dedo, rodando-o no ar — eu faria! Esse cara parece ser o meu número!

— O meu também! — interrompeu, sentindo certa possessão. — Mas isso não significa que eu vá usar...

— Por quê? — as duas perguntaram em uníssono.

— Porque muito provavelmente eu nunca mais o verei e... Imagina Alice Cooper vendo a filhinha dela com um cara com essas características?

Verônica fez uma careta de desagrado. Ela não se dava nada bem com sua mãe. Apenas a suportava.

— Titia ia surtar! — concluiu Cherly. — Mas você não iria ser casar com ele!

— É, apenas uma boa trepada bastava! — ela se levantava e cutucava Cherly. sugestivamente, dando uma piscadela maliciosa. — Certo?

— Muito certo! — a ruiva erguia a mão para bater na da outra. — Titia nem ficaria sabendo da existência desse tesão de homem!

Betty suspirou frustrada, outra vez.

— Mas acontece que eu sou uma covarde e deixei minha oportunidade passar! E agora, eu nunca mais o verei.

— Não pegou o número do celular dele? — a assistente se indignava.

— Não deu o seu a ele? — Cherly com voz esganiçada.

— Oh, sim! Claro, não é, meninas? – Betty também se exaltava. — Eu havia acabado de me safar de ser estuprada e morta, e ia sair distribuindo meu número aoprimeiro que aparecesse! Sim, ele era gostoso, tesudo como o inferno, que me deixou de calcinha tão molhada, que eu tive de me aliviar sozinha, senão nem conseguiria dormir...

— Hulk! — Cherly deduzia, dando de ombro em Verônica

— Ele nem foi necessário, amiga! — Betty elucidava. — Mas como eu dizia. Ele me impressionou, de um jeito que nenhum homem antes conseguiu, mas, ainda assim,era um desconhecido!

— Ele salvou você... — Cherly dizia, como se algo estivesse óbvio ali.

— Sim, mas... Eu não podia...

— Pedir que ele a possuísse loucamente, que a fizesse gritar de prazer? — Verônica resumia teatralmente.

— Bom, está precisando disso, depois do canalha do Archie... E você mesma disse que não teve nenhum sexo interessante desde que terminou seu ex...

— Nem durante o ex dela! — sua assistente lembrava.

Betty bufou revirando os olhos:

— Bem isso!

— Perdi sete preciosos anos com aquele idiota e nem fui bem fodida! Sei disso tudo, garotas. Mas eu não sou assim, não teria coragem... Sabem, de simplesmente me insinuar dessa forma. Parecer desesperada, entendem? Não era uma situação típica, nós nem ao menos estávamos no bar, flertando um com o outro mais. Eu havia acabado de quase ter sido atacada e ia me oferecer? O que ele ia pensar de mim?— Isso ia importar? Depois da transa vocês nem iam mais se ver... — a ruiva dizia,com ares de riso.

— A menos que fosse muito boa e quisessem repetir — Vee emendava — Mas até então, o que importa o que ele pensaria de você? E eu duvido, bonitona como você é, com esse corpão, minha filha, que ele recusaria!

Betty sorriu, com ar convencido:

— Não, ele não recusaria. Ele estava me devorando com os olhos. Como disse,parecia me desnudar mentalmente. Era como um predador, prestes a atacar...

— Oh, meu Deus! Tatuado, musculoso e me olhando desse jeito... Que calor! —Cherly se abanava.

— Eu não deixava passar! Pulava no pescoço grosso dele e dizia: me devora, seu gostoso!

Cherly e Betty riram com vontade do gesto de Verônica, jogando a cabeça para trás e prostrando os seios para frente.

— Eu queria ter tido essa sua coragem, mas não tive! Então o jeito é seguir com essa frustração e continuar a vida!

Dessa vez foi a assistente quem suspirou frustrada:

— Pois é! Sendo assim, eu vou trabalhar! E pensar no seu tatuado... — já ia pela porta, quando se voltou — ah, não se esqueça: ligue para o senhor Dumas. Ele quer falar com você.

— Ok.

— Bom! — Cherly também se colocava de pé — Já que você não fodeu com esse gostosão... Me resta ir trabalhar também. Almoçamos juntas?

— Marcado. — Ela respondeu distante.

Não, ela não havia fodido com Jughead Jones, mas como queria…


Notas Finais


Comentem e apertem o coraçãozinho. ❤️


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