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História Junk Of The Heart - Eu queria muito tentar uma coisa...


Escrita por: Lovage

Notas do Autor


Olá meus queridos, um pouquinho antes do previsto estou de volta

Bom, vocês devem ter reparado que eu mudei a classificação indicativa da fic, ou não.
A ideia que moveu esse capítulo é um pouquinho mais pesada do que as coisas que aconteceram nos outros e por isso decidi mudar a classificação. Espero que isso não incomode vocês. Mas ja adianto que não é nada demais.

Voltamos às doses de comédia! Espero que vocês gostem.

Capítulo 8 - Eu queria muito tentar uma coisa...


Os primeiros raios de sol da manhã começavam a incomodar meus olhos ainda fechados. Senti a corrente de ar vinda da janela deixada aberta e busquei por meu lençol, que estava praticamente todo enroscado em Otabek. Ele dorme na minha cama e ainda tem a ousadia de ficar com o meu lençol? Puxei com toda força que pude, arrancando o pedaço de tecido dele e me arrependi quase de imediato.

 Otabek que antes estava de barriga para cima, agora tinha o braço apoiado em minha cintura. Sua respiração arrepiava levemente os pelos da minha nuca e pior, eu podia sentir um volume bem grande e rígido encostado na minha bunda, que eu torci mentalmente para que fosse o controle remoto esquecido na cama.

Tentei me virar para evitar o contato e acabei de frente para Otabek. Sua expressão estava extremamente serena, seus lábios finos, entreabertos. Seu pescoço e queixo eram bem delineados e me imaginei deixando algumas marcas ali. Corei. Eu não queria realmente fazer isso, queria? Observei o contorno de sua clavícula que estava exposta pela gola da mesma camisa que ressaltava seus músculos. E bom, a última coisa que eu observei é que definitivamente aquele não era o controle remoto. Pude sentir meu rosto ficando ainda mais quente.

Céus, ele parecia um anjo dormindo, mas com toda certeza aquele corpo tinha sido feito para o pecado. Cobri o rosto tentando tirar aqueles pensamentos da cabeça. É o Otabek!

- Tudo bem, Yura? – Retirei a mão lentamente do rosto, surpreendido ao ouvir aquela voz ainda rouca. Otabek me olhava um tanto intrigado.

- Está sim... Eu só... Acabei puxando a coberta demais. Acho que ainda está cedo, volta a dormir.

Ele acenou com a cabeça em aprovação e cerrou os olhos. Tentei voltar a dormir também. Seu braço ainda estava sobre a minha cintura e eu pude senti-lo se ajeitar na cama e chegar mais perto, ficando com seu rosto bem próximo ao meu. Engoli seco. Ainda ficamos alguns minutos assim.

- Yuri, você está dormindo? – Sua voz grave ressoou em um sussurro.

- Não...

- É porque eu queria muito tentar uma coisa... Posso?

Senti seus dedos deslizarem pelos meus cabelos e seus lábios passarem pelo meu pescoço. Seu braço que estava sobre mim, agora me puxava para mais perto. Eu não sabia o que ele pretendia, mas tinha certeza que agora que tinha começado, seria impossível parar.

Agarrei seus cabelos e me segurei para não gemer quando ele mordeu a curva do meu pescoço. Fui descendo com a mão, passando por cada nuance que tinha observado mais cedo. Seu pescoço, seu ossos saltados, o músculo do seu peito. O corpo daquele homem era perfeito. Otabek agora brincava com a língua na minha orelha. Aquilo me tirou um pouco a noção e tombei a cabeça para o lado, dando ainda mais espaço para ele.

Ele interrompeu a atenção que dava a aquela região e eu distribuí pequenos beijos iniciando por sua mandíbula e chegando até a sua boca. Suas mãos agora se mantinham uma em minha coxa e a outra em meu cabelo. Beijei sua boca ferozmente e juro que pude senti-lo sorri mediante àquele ato. Sua ereção matinal roçava na minha, por cima das roupas que estavam se tornando cada vez mais incomodas. Eu queria sentir o áspero das suas mãos, a maciez de sua boca e a imprevisibilidade das reações que ele me causava.

Coloquei minha perna sobre seu quadril e ele segurou a minha bunda com força enquanto me colocava sobre si. Sua língua brincava com a minha em um misto de urgência e ternura. Sua mão buscou a barra da minha blusa e a retirou em um movimento tão rápido que nem percebi. Não sei que tipo de emboscada meu próprio corpo preparava para mim, mas agora eu rebolava involuntariamente sentindo todo aquele volume preso pela calça jeans que ele ainda usava. Otabek começou a beijar minhas clavículas meu peito e finalmente passou a língua pelo meu mamilo. Ele tinha roupa demais! Abri sua camisa xadrez e o vislumbrei por um breve momento. Gostoso era pouco para ele.

 Pude sentir sua mão alcançando meu pau sobre a bermuda de moletom que eu usava. Puxei seus cabelos de leve e ele me deu uma mordida mais forte do que eu esperava na costela. Eu apenas recobrei a consciência do que estava acontecendo quando Tigre, de supetão, saltou da escrivaninha para a cama, fazendo com que meu olhar cruzasse com o de Otabek, que ainda tinha os olhos completamente negros de tesão. Abaixei a cabeça e a minha voz saiu um pouco mais exausta do que eu esperava.

- Não é um pouco rápido demais?

- Eu também não esperava por isso. Mas eu acho que você estava gostando tanto quanto eu... – Otabek ameaçou retomar o beijo, mas a porta do quarto se abriu. Minha mãe olhava chocada para nós dois. Ela fechou a porta, pude ouvi-la gritar do lado de fora. Percebi como nós estávamos. Ambos bagunçados, sem camisa. Eu sentado sobre seu quadril e bom, acredito que as minhas feições não estavam melhores que as dele. Saí de cima dele que me olhou totalmente atônito. Fiquei na dúvida se ela comemorou ou se estava irritada. A resposta veio quando ela abriu a porta novamente.

- Eu sabia que estava acontecendo alguma coisa, mas você me garantiu várias vezes que não era nada, Yuri Plisetsky! Eu esperava que você soubesse respeitar a sua própria casa. Isso aqui é o seu quarto, não um motel. E você, Otabek? Eu disse para comer o sanduíche, não o meu filho NA MINHA CASA! É um absurdo como vocês trataram esse lar! Eu passei 12 horas naquele plantão para chegar em casa e ainda ter que lidar com essa cena!

- Mas mãe, não aconteceu nada. Nós só...

- Vocês só o que? Yuri, não tem "mas". Eu quero que o Otabek vá embora agora e você vai ficar trancado nesse quarto até aprender a me respeitar. Ah, e sem celular e sem computador. Eu acho ótimo que vocês estejam juntos, ou sabe-se lá o que. Mas na minha casa esse tipo de coisa é inadmissível. Eu pensei que você conhecesse as regras.

Nós dois encaramos o chão. Não tinhamos como responder. Olhei para Otabek, que imagino que estava tão corado quanto eu. Ela continuou:

- E Eu esperava mais de você, Otabek. Sempre foi um menino tão bom, tão gentil, tão respeitador...

- Senhora Plisetsky eu sinto muito por isso. Mas foi tudo um mal entendido. Nós estávamos brigando! Sabe, o seu filho é bem egoísta, eu pedi para tomar um banho e ele não quis nem me emprestar uma tolha... – Pude ver a formação de um biquinho no seu rosto. QUE DIABOS ELE ESTAVA TENTANDO FAZER? – Eu fui tentar pegar uma no armário e ele praticamente me atacou! – A expressão da minha mãe mudou. ELA NÃO PODIA ESTAR CRENDO NAQUELA LOROTA. Não era possível que ela fosse tão fã do Otabek assim...

- Yuri, ele trouxe sorvete pra você e você não pode emprestar uma toalha para o Otabek? Sinceramente! - EU REALMENTE NÃO ENTENDO QUE TIPO DE AFEIÇÃO É ESSA QUE A MINHA MÃE TINHA POR OTABEK PARA ACREDITAR EM ALGO TÃO RIDÍCULO E QUE CLARAMENTE NÃO FAZIA SENTIDO ALGUM.

- NÃO É POSSÍVEL QUE VOCÊ NÃO VEJA QUE ISSO É MENTIRA!

- Otabek, eu é que sinto muito. – Ela o abraçou. – Se quiser tomar um banho aqui eu mesma faço questão de emprestar uma toalha para você. – Senti medo do olhar lançado em minha direção - Vou deixar o Yuri sem sair esse final de semana para ver se ele aprende a dividir.

Eu estava em choque. Além de endeusar Otabek ela ainda me tratava como criança. COMO EU FUI PARA EM CIMA DAQUELE BABACA PRATICAMENTE TIRANDO A ROUPA DELE? Ele ainda teve a OUSADIA de me chamar de egoísta e o pior de tudo. A ÚNICA PESSOA PREJUDICADA COM AQUILO TUDO SERIA EU.

- Obrigado Senhora Plisetsky, mas acho que vou para casa. Até mais, Yuri. – Ele sorriu, acenou, mandou um beijo e saiu.

Ela me olhou com desprezo e fechou a porta do quarto. Eu devo ter sido uma pessoa muito ruim em outra vida. Não era possível. Deitei na cama ainda tentando ignorar tudo o que tinha acabado de acontecer. Acariciei o pelo de Tigre que estava novamente na minha cama e chequei o celular, onde tinha uma mensagem de Mila dizendo que ligasse para ela assim que possível.

- Yuri? Está tudo bem? Como foi com o Otabek?

- NÃO ME FALA NO NOME DESSE SUJEITO.

- Ele parecia tão bem intencionado... Eu pensei que vocês iam se entender, aff.

- O que aconteceu? Por que você queria falar comigo?

- Eu queria saber né... E te falar que encontrei com a Sala ontem.

- Mas como?

- Ah, você sabe. Eu te deixei em casa e fiquei tão motivada pela atitude do... – Ela interrompeu com certo temor da minha reação – Bom... Você sabe. Eu respondi as mensagens dela. Acabei passando lá e nós fomos para um bar. Eu expliquei tudo e ela achou fofo. ELA ACHOU FOFO! Fomos parar na festa do JJ com o Pichito... E marcamos de sair de novo! A gente vai ver no que vai dar!

- Nossa, eu estou bem feliz por você. De verdade. Eu só quero te ver bem, Mila.

- Obrigada, Yuri. Eu amo você. Desculpa por aquilo ontem. Todo mundo sabia que aqueles dois estavam voltando. – Ficamos em silencio por alguns segundos - Ah, o vídeo do Pichit da festa viralizou, alias. Eu nem quero ver o que vai acontecer com ele “famoso”.

- Ele vai ficar insuportável! Socorro! – Nós dois rimos. – Eu estou de castigo, então não vou poder ir para aí hoje.

- Ué, mas o que houve?

- Otabek. Nem pergunta.

- Mas ele tentou se explicar?

Eu corei ao lembrar de tudo. Eu já estava cansado desse conflito entre meu corpo e meus pensamentos.

- Mila, sério. Eu não quero falar sobre isso. A culpa é daquele idiota metido a galã das mamães.

Ela riu.

- Vou desligar então. Até segunda.

Fiquei um tempo ainda deitado na cama quando olhei pela janela e Otabek sorria segurando os bilhetes:

COMO VOCÊ

PRETENDE ME

AGRADECER?

( ͡° ͜ʖ ͡°)

 

Agradecer? AQUELE CARA SÓ PODIA ESTAR LOUCO. Levantei, ofereci o meu pai de todos e fechei a cortina raivosamente. Decidi assistir tv. O primeiro programa era sobre motos, o que me fez trocar de canal. Parei em um filme que parecia ser interessante até perceber que se tratava da história de um DJ. Mudei novamente. Um reality show de cabeleireiros e o desafio era... o corte do Otabek. Coloquei no jornal com a esperança que ali nada mais poderia me lembrar o Otabek, até perceber que no fundo da reportagem havia um motoqueiro com um gato laranja, similar a Tigre, de óculos escuros. O Universo estava mais uma vez cooperando para me torturar. Desliguei a televisão, fui na cozinha, peguei algo para comer e quando retornei, peguei um dos meus livros na estante.

Quando fui ver, já começava a escurecer. Como não tinha claridade vinda do quarto de Otabek, abri a cortina. Me surpreendi com a imagem. Ele estava de olhos fechados, sentado na cama, com as pernas levemente abertas. Sua mão fazia movimentos de vai e vem em seu membro que claramente a calça jeans não tinha feito justiça com o tamanho. Pude ver seus lábios dizendo “Yura” e ele virando a cabeça para trás.

Espera. Aquilo ali era por minha causa? Como alguém como Otabek podia gerar aquela cena extremamente excitante? Eu estava duro por ter aquele homem, ali, na minha frente, chamando meu nome. Sentei na cadeira e comecei a delirar em tudo o que poderia ter acontecido naquela manhã e sem hesitar, me toquei também.

A minha velocidade acompanhava a dele e já estava ficando difícil conter os meus próprios gemidos. Fiquei na dúvida se ele tinha me ouvido, quando acabei gemendo um pouco mais alto que o esperado e ele sorriu do outro lado. Até aquele sorriso safado era tentador. Ele estava chegando no seu limite e aquilo me excitou ainda mais. Aumentei a velocidade e gozei pouco tempo depois dele. Ele deitou na cama, ainda sujo e eu aproveitei para fechar a cortina novamente.

Ele podia ser só um pouquinho menos idiota? Decidi tomar um banho para me limpar. Quando retornei, me deparei com uma mensagem de um número desconhecido no celular.

Número desconhecido

Tudo bem, Yuri?

Yuri

Quem é?

Número desconhecido

Otabek. Eu estava pensando em você e decidi mandar uma mensagem

 

Eu ia matar a Mila. Certeza que aquilo era culpa dela. Tive vontade de responder que tinha visto muito bem o quanto que ele pensava em mim. Mas a situação se tornaria mais constrangedora do que eu gostaria.

Yuri

Eu estou de castigo por sua causa. Por que você acha que eu gostaria de falar com você agora?
 

Otabek

Seu celular e seu computador estão aí, não é? Poderia ser pior.

 

Analisei a situação. Talvez ele não fosse tão filho da puta assim. A minha mãe tinha me colocado sem sair por tempo indeterminado, sem computador e sem celular. Agora eu só ia passar o final de semana. Nada que não tivesse feito antes.

Otabek

Ainda aguardo por uma boa resposta para a pergunta que te fiz nos bilhetes
 

Ok, eu estava errado, mas ele também estava se exibindo demais. E ainda me chamou de egoísta. Eu não ia deixar aquilo passar em branco.

Yuri

Você me tirou de uma situação que você mesmo me colocou. “Eu queria tentar uma coisa...”. O que exatamente você queria tentar?

Otabek

Eu só queria ver quanto tempo você demorava para me beijar sem reclamar, já que da ultima vez fui eu quem avançou. (:
 

Aquela resposta me deixou indignado. Aquilo nem sequer merecia réplica. Foi quando chegou mais uma mensagem:

Otabek

Eu tenho que ir trabalhar hoje e depois vou para casa da minha avó. Não devo conseguir falar contigo tão cedo. Mas já avisei para Mila que segunda eu te levo para a aula. Até lá.

 

Nem respirei. Liguei de imediato para Mila

- Como você pode?

- Se eu dependesse de você para me contar o que acontece... Pelo visto as coisas estavam melhores do que você disse. Estou muito orgulhosa de você, real oficial.

- Desde quando vocês são amigos?

- O Altin é gente boa. A gente meio que sempre se falou pelas suas costas. Você precisa ser menos orgulhoso e rancoroso. Isso é sério.

- Mila, eu... Aff. E ele precisa ser menos egocêntrico, Mila. Ele veio todo metido por ter me ajudado.

- Velhos hábitos não se mudam. E você sabe que ele fica tentando te ajudar para te impressionar. Para de ser tão teimoso! Aceita a carona dele. Está na cara que você está afim dele. Só você não vê.

- VAI SE...

- Tchau Yuri. Até segunda.

Mila era imprevisível quando o quesito era me deixar irritado. Comecei a refletir. Tudo me levava ao Otabek. Eu só pensava no Otabek. E o meu corpo com toda certeza queria o dele. O que estava acontecendo comigo?


Notas Finais


Aos que chegaram até aqui, esse capítulo foi bem difícil pra mim por causa da putaria e começou da ideia do Yuri observando o Otabek na janela. O resto eu escrevi em cima. Então agradecimento a @Guardiangel e a Elisa, que ainda não revisaram esse capítulo, então DESCULPEM POR POSSÍVEIS ERROS.

Acho que termina no próximo, mas não tenho como garantir.

Por causa do carnaval, eu não devo postar até sexta de novo.

Nas observações, a reportagem na televisão com o motoqueiro e o gato é real e ocorreu aqui no meu país, Rio de Janeiro
http://jconlineimagem.ne10.uol.com.br/imagem/noticia/2018/01/29/normal/f80a96a5a285f9d823646d7ee7174058.jpg
https://ogimg.infoglobo.com.br/in/12584539-678-36b/FT1500A/550/xIMG_20140517_111346227.jpg.pagespeed.ic.rim_qZOusP.jpg

E ah, eu e uma das minhas betas a @Guardiangel, postamos hoje uma one shot baseada numa fanart que tem JJBek grifinórios, se alguém quiser ler, o link ta aqui.

https://www.spiritfanfiction.com/historia/tao-simples-quanto-quadribol-12000044

Até a próxima e eu prometo que volto logo.


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