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História Juri e sua Tristeza - A dolorosa dor de amar


Escrita por: Akaiane_Kiddo

Notas do Autor


Gostaria de ter trabalhado melhor o enredo, mas creio que da maneira que está é suficiente para expressar o que eu queria.

Capítulo 1 - A dolorosa dor de amar


A manhã caia carinhosamente sobre a Academia Ohtori. A luminosidade que incidia sobre os jardins produzia um colorido fascinante, que enchia de alegria os estudantes que se amontoavam pelos cantos, conversando, brincando, enfim, aproveitando esse magnífico dia.
Do alto, observando todo esse cenário de felicidade, Juri Arisugawa não conseguia compartilhar desses bons sentimentos provocados pelo dia claro. A única coisa que poderia trazer-lhe um poço de alegria, de alguma maneira ligada também a um profundo pesar, era olhar aquela a quem Juri amava. Shiori estava no pátio, junto a outras garotas, conversando despreocupadamente. Ela nota a presença de Juri na janela, e lhe lança um sorriso. Seu olhar terno e sua voz suave conseguiam esconder o grande e inexplicável rancor que sentia por Juri. O que poderia ter feito para deixar a garota com tanto ódio? Era algo doloroso, pois Shoiri parecia sentir prazer pelo sofrimento que causava à Juri.
Essa grande amargura era escondida por um sorriso cínico, tal quais os sentimentos de Jury, ocultados por sua face séria. A vida seguia assim. Ela permanecia com essa “felicidade”. Um conceito vago desse sentimento, mas era o que tinha.
Mesmo aparentemente conformada com o que lhe aprontara a vida, ela ainda tinha momentos de angústia, principalmente quando se encontrava só, sem nada para fazer. O tempo vaga fazia sua mente se ocupar de pensamentos depressivos que Juri já havia rejeitado no passado.
Pela, noite, alguém bate à porta. Arisugawa não imaginava quem poderia visitá-la àquela hora. Por mais que fosse popular, seu jeito não permitia intimidades do tipo visitas noturnas em casa. Deixando o livro que nem sequer começara de ler de lado, ela abre a porta. É Shiori, que a cumprimenta sorridente:
-Boa noite, veterana Arisugawa.
-Boa noite... – responde Juri, vacilando ao abrir a porta, imaginando o que motivaria a visita da garota. – Entre.
O convite fez por educação. Não desejava que a outra ficasse ali. Não que não a quisesse próxima. Mas sabia que a presença de Shiori costumava lhe causar mais mal que bem. Ofereceu uma bebida, que foi recusada por um aceno de leve com a cabeça; sentou e fiou os olhos na garota. Mesmo que não fosse falar nada, não queria desviar o olhar para não dar impressão de que estava incomodada, embora estivesse.
-Tem treinado muito ultimamente, veterana Arisugawa... – fala Shiori, puxando assunto.
-Sim. – responde Juri, secamente.
-Sem falar, é claro, sem falar Conselho Estudantil. E... com tanto coisa na cabeça, ainda tem tempo para pensar de mim?
Juri nota o olhar perverso de Shiori; sabe que esse assunto a faz sofrer, mas insiste justamente por isso. Involuntariamente muda o olhar da face da garota para a parede. Sentia que era melhor fazê-lo, pois a outra poderia saber o que lhe passava pela mente apenas pelo olhar. Não sabia, no entanto, como proceder depois.
Voltando o olhar novamente para Shiori, percebe que esta se levantara e agora estava de pé à sua frente, com um terrível sorriso imundo no rosto.
-O que será que as pessoas diriam se soubessem de nós? ... – falava ela, enquanto deslizava cuidadosamente a mão pelo rosto da orgulhosa duelista.
-Nós não temos nada... – interrompia Juri, fazendo menção de retirar o braço da garota da face.
-Ainda não, mas teremos... – falava maliciosamente, enquanto se aproximava da outra, que embora tivesse em pensamento a idéia de detê-la, não o fez.
Era a primeira vez que sentia os lábios daquela que amava junto aos seus; seus braços, outrora mantidos em posição defensiva, agora se faziam em um abraço que impediria a outra de ir embora. O porquê da atitude de Shiori, qualquer que fosse não seria boa coisa. Mas a razão apenas acenava desesperadamente de longe, pois os sentimentos ocultos de Juri buscavam incansavelmente se libertar.
Shiori insinua desabotoar a roupa de Juri, que em dado momento de sanidade que lhe passou pela mente,afastou a outra.
-O que quer fazer comigo? Me dando falsas esperanças para depois me abandonar, podendo assim se divertir com o meu sofrimento depois?!...
-Isso mesmo... – concorda Shiori, enquanto sorri diabolicamente. – Você, uma garota que tem o respeito e a admiração de tantos, provavelmente abandonaria tudo isso por mim, não é? Mas garanto, - diz, enquanto caminha em direção à porta. – nunca conseguirá.
Após a porta se fechar, Juri desaba, imaginando que apesar de ser melhor evitar acreditar em ilusões e sofrer dolorosamente no futuro, o que sentia naquele momento também corroia seu coração lentamente. Era como se a vida lhe tivesse dado somente as opções de sofrer aos poucos, ou sofrer mais tarde, impiedosamente.
A manhã do dia seguinte é nublada, parecendo partilhar dos mesmos sentimentos da garota, que novamente observava agora apenas relance, Shiori, que andava junto às amigas pelo jardim, e pensava, “Como posso amar alguém tão desprezível?...”


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