História Just a Dream - Richard Tawne

Richard estava mais atraente que noite passada, hoje conseguia ver seus olhos claramente, era um verde muito mais potente do que eu tinha visto, como sempre muito estiloso e com um vaso de flor na mão.

- oi – sorriu, e que sorriso! – achei que era o mínimo que eu poderia fazer! – ele disse entrando e colocando o vaso ao lado dela, ele não reagiu a nada, depois olhou para mim – você esta bem?

- é o que a maioria das pessoas tem perguntado!

- e qual sua resposta? – olhei para ele assentindo – e como realmente se sente? -  ele me surpreendeu com a pergunta, olhei para ele mais uma vez mostrando o óbvio depois olhei para ela de novo

- de vez em quando passa pela minha cabeça de que ela não vai mais acordar, mas sei que se eu acreditar nisso... – respirei fundo – não vou ter força o suficiente para estar aqui

- olha Kylie, muitas das vezes as coisas acontecem porque tem que acontecer – sorri para ele, que retribuiu, logo em seguida soltou uma pequena gargalhada

- o que foi? – perguntei curiosa

- me pergunto como ela arrumou aquela garrafa de uísque.

- me desculpe Richard! – lamentei por ter que envolve-lo naquela bagunça

- pode me chamar de Rick! – ele veio até meu lado e pude sentir seu perfume- esta tudo bem, as coisas sem querer fogem do nosso controle e de vez em quando não podemos segura-las – olhei para ele e sorri que fez o mesmo, olhei em seus olhos que estralaram algo dentro de mim, Rick era um homem interessante e eu queria mais do que qualquer coisa conhece-lo, desviei o olhar corada, mas percebi pelo canto dos olhos que ainda me olhava.

- de qual um almoço? – ele disse descontraindo o momento

- estou bem aqui! Obrigada!

- serio? Pois eu não acredito! Estou ouvindo seu estomago daqui! – ele disse me fazendo rir – vamos! Ela não vai sair dai! – olhei mais uma vez para Caroline desejando que aquilo não fosse verdade, mas infelizmente era, olhei para Rick de novo e ele estava com a porta aberta esperando que eu passasse, quando passei ele me fez uma reverencia, me fazendo soltar uma risada.

- de que tipo de filme você gosta?- ele perguntou, já tínhamos almoçado, agora estávamos andando por uma praça grande de Londres tomando sorvete, fiquei feliz por ter aceitado aquele almoço, Rick foi a primeira pessoa que conseguiu tirar os últimos acontecimentos da minha cabeça, com risadas.

- hum... – eu estava pensando, meu braço estava enlaçado no seu, como num casamento – aventura

- uau!

- o que?

-  você é a primeira garota que conheço que não fala romance.

- até gosto! Mas tem muita coisa que me faz diferente de outras garotas – eu disse subindo num banco e andando nele acompanhada de Rick que estava no chão

- eu sei disso! – ele sorriu, pulei do banco o olhando sem graça com um sorriso, mais um que ele conseguiu tirar de mim

- e o seu?

- promete não rir? – ele implorou, levantei a mão como um ato de juramento

- prometo!

- comedia romântica!

- o que?

- prometeu não rir!

- não estou rindo! Só surpresa! É o primeiro cara que eu conheço que fala romance!

- muitas coisas me diferenciam dos outros caras! – ele disse me copiando

- quero muito descobrir todas elas! – senti que o surpreendi com minha resposta, depois um possível pensamento veio em minha mente – posso te fazer uma pergunta?

- já fez!

- engraçadinho! – revirei os olhos

- pode!

- você é... quer dizer...

- você esta tentando perguntar se eu sou gay? – ele chutou de vez, assenti com a cabeça, e ele soltou uma gargalhada – não Kylie! – ele disse e soltei um suspiro aliviada, não que eu tenha preconceito, nada a vê, mas é que me desapontaria se estivesse sentindo algo mais do que amizade por ele.

- olha ela lá! É ela, vamos! – olhamos para tras e conseguimos achar a origem das vozes, havia praticamente uns 5 paparazzi atrás de nós, meu coração parou, e sem que eu pudesse fazer nada, Rick pegou meu braço e começamos a correr, com todos atrás de nós, entramos em uma parte com arvores, ele me puxou para um barranco e nos escondemos debaixo da ponte, começamos a ouvir as vozes dos paparazzi se aproximando, Rick tampou minha boca e sorriu, no começo estava prestando atenção nos paparazzi, mas depois os olhos de Richard tomaram total minha atenção, seu sorriso, as lembranças desde a noite passada que o conheci começaram passar em câmera lenta, e em quanto estávamos debaixo daquela ponte, pude sentir meu coração batendo mais forte por estar ali com ele, Rick era a definição de homem perfeito e percebi que não queria estar ali com mais ninguém. Ele tirou a mão da minha boca lentamente, e nossos olhares não ousaram se desviar um do outro, ele se aproximou e me beijou. Sinceramente não sei o que senti naquele beijo, mas de uma coisa eu tinha certeza, Rick fazia me sentir segura e eu precisava disso agora.

- desculpe! – ele disse se afastando – rápido demais! – disse de cabeça baixa, peguei seu rosto e levantei, olhei nos fundos dos olhos e o beijei

- e eu gosto assim! – conclui o fazendo sorrir.

Depois voltamos para o hospital, Rick ficou mais umas duas horas comigo e foi embora. Com certeza eu estava bem melhor do que hoje de manha, mais calma e contente, sorria sozinha no quarto pensando nos nossos beijos.

- ele é bonito neh? – comecei meu dialogo com minha irmã – acho que gosto dele, iria gostar dele, ainda mais porque ele é superestiloso – me sentei ao lado dela e coloquei uma mecha de cabelo para tras – eu acho que ele gosta de mim – sorri com a possibilidade – foi seguida por um monte de paparazzi hoje, ele me salvou, nos beijamos debaixo da ponte você acredita? – olhei para ela desejando que ela ouvisse minha palavras, logo depois a porta do quarto se abriu lentamente, e de tras dela surgiu Liam com um buque de rosas, me levantei ao ve-lo me segurando para não voar na garganta dele

- ah! Oi! Não sabia que estava aqui! – ele disse entrando, fiquei calada o seguindo com o olhar até colocar as flores ao lado da minha irmã e começar a olha-la

- por que esta aqui? – perguntei ainda o encarando

- vim visita-la! – ele disse o obvio

- acho que ela não iria querer te ver agora!

- e ela tem toda razão! Nem eu consigo me olhar ultimamente! – ele chamou minha atenção com aquela resposta – eu sei que esta brava comigo! Com certeza viu a foto!

- vi!

- foi num evento – começou a contar a historia, que eu não tinha certeza que queria acreditar, mas queria saber – ontem, a Cheryl estava lá, não dirigi uma palavra a ela, mas na van para a festa depois do evento ela sentou do meu lado, Cheryl pode ser muito persuasiva quando quer, quando a gente desceu ela aproveito o enxame de fotógrafos me puxou e me beijou sem que eu pudesse fazer nada, mas é claro que a mídia não transmite a parte certa da historia, o pior de tudo é que Carol tinha pedido para mim ir com ela naquela festa – ele encerrou piscando para conter as lagrimas e eu me sentei sem dizer nada pensando em como minha irmã estava estranha naquela festa, ela olhando o celular antes de entrar, era isso, a maldita foto – não tenha um momento que eu não me contorça de culpa pelo aconteceu com ela, um misero momento que eu não pare de pensar nela e no idiota que eu fui.

- não foi culpa sua – conclui, ambos estávamos olhando para ela – parece que ultimamente a mídia tem tornado nossa vida difícil – eu disse e ficamos em silencio por um tempo – ela estava linda ontem!

- sempre esta! – ele conclui segurando a mão dela, o olhei ali olhando para ela e fiquei feliz por ela ter Liam

 Deixei Liam passar um tempo com ela no hospital e voltei para a casa, no caminho torcia para que aquela multidão tivesse ido embora. Pedido atendido. Só tinhas alguns no começo da rua, mas perto de casa ninguém, obrigada Clary!

Destranquei a porta e me dei com dois seres morenos na sala.

- OI! – Louis disse abrindo um sorriso engraçado

- pensei que não iria voltar mais – Harry disse me abraçando

- esta melhor? – Louis

- já estive mais!

- vai passar Kylie – Harry

- e pra isso, trouxemos... – Louis disse estendendo três filmes na mão – filme!!

- sujeito a pizza e tudo, já até pedi!- Harry

- eu agradeço garotos, mas eu quero ficar um tempo sozinha, se divirtam vocês! – disse subindo as escadas, me senti mal por deixar os garotos lá em baixo, mas eu precisava de um tempo sozinha para pensar, por em ordem tudo que tem acontecido, apesar das pessoas que eu tenho ao meu lado, eu ainda precisava dele, e sempre vou precisar.

- ah papai! Como faz falta! – pensei alto, me joguei na cama e um turbilhão de pensamentos veio em minha mente junto com o medo extremo de perder minha irmã, se eu pudesse fazer qualquer coisa por ela. Olhei no canto do quarto e avistei meu violão, sorri. Tive uma ideia.