História Just Breathe - Drarry - Onde você for, eu vou

                                                                      Harry

Eu estava deitado em minha cama me mexendo de um lado para o outro, procurando uma posição confortável para que eu finalmente conseguisse dormir, mas foi em vão; eu tinha me mexido a noite inteira e não consegui achar uma maldita posição. Minha mente estava a todo vapor, aquela sexta tinha sido definitivamente terrível, quando voltamos das Bahamas na quinta feira Malfoy e eu não tivemos nenhum minuto a sós, eu imaginava que por falta de tempo ou oportunidade, ledo engano, era tudo porque ele não me queria mais, eu sinceramente não sabia o que pensar ou como agir, eu não sabia de absolutamente nada.

Quando terminei com Gina eu não tinha a intenção de que Draco e eu fossemos ficar juntos, mas quando ficamos eu pensei que teríamos uma chance já que estávamos livres em todos os sentidos, pelo menos eu pensava estar em todos os sentidos. Eu fiquei tentando imaginar porque aquela briga começou Malfoy talvez tivesse medo das consequências que aquilo podia gerar, seja pelos alunos, amigos ou até mesmo seus pais, eu não sei se sua família tinha mudado seu pensamento em relação a mestiços e nascido trouxas, acredito que Draco sim, afinal nós já tínhamos estado juntos varias vezes, além dele falar com Hermione e todos mais, mas talvez me ter ao seu lado seria algo demais para ele, mesmo que não assumíssemos para todos, nossos amigos iriam saber uma hora ou outra, e talvez isso não fosse aceitável para ele.

Eu queria tanto poder esquecer aquele loiro, mas tudo nele me deixava maluco, seu sorriso, sua voz, seu cheiro, e puta que pariu, que cheiro maravilhoso que exalava dele não consigo descrever, não era perfume ou algo assim, apesar do dele ser ótimo, mas era como o cheiro do próprio corpo, essência de Draco, aquela essência que fazia todos os pelos do meu corpo se arrepiarem, ele despertava algo dentro de mim que eu simplesmente não conseguia entender, eu me sentia livre, selvagem e feliz.

Sábado tinha sido um dia difícil, além é claro de todo o interrogatório que tivemos que responder para Minerva, interrogatório esse que ainda ia se repetir varias e varias vezes, mas o pior não era esse, o pior era ter que fazer a ronda do sábado ao lado dele, tudo bem que Luna e Ana estavam juntos, mas a vontade de agarra-lo naquele momento e beijar seus lábios com voracidade, passar minhas mãos por seu corpo, cheirar seu pescoço e seu cabelo era incontrolável, mesmo com Luna e Ana ali eu considerei fazer tudo isso e muito mais.

Draco durante a nossa ronda tinha falado durante todo o percurso com as duas garotas, mas a mim não havia dirigido uma só palavra, era como se eu não estivesse ali, como se eu não existisse, ou pior era como se ele não se importasse comigo, e ele realmente não se importava. Domingo tinha sido um dia dificil, eu mal vi o loiro e pra piorar Ron não tinha dado noticias, eu teria ido até a toca, mas eu estava proibido de sair do castelo por causa das corujas e por termos escondido sobre o sequestro de Luna, se tudo saísse bem apenas Draco e eu pagaríamos por isso, se não todos que estiveram envolvidos seriam.

Finalmente quando a noite de Domingo caiu, Ron e Hermione voltaram e com eles trouxeram boas noticias, Jorge estava vivo, o ruivo realmente havia atentado contra a própria vida, mas por sorte tinha conseguido sobreviver, eu estava tão feliz pela novidade que até chorei de alegria, assim como Ron e Hermione também, falando nisso os dois tinham voltado a se falar e isso era incrível, eu estava muito feliz por uma parte, mas por outra...

Olhei para o relógio e vi que faltavam apenas trinta minutos para despertar, resolvi levantar mais cedo e fui diretamente para o banheiro, em silêncio para não acordar Neville, Simas ou Ron. Abri o chuveiro e esperei a água esquentar tirando minha camiseta e a colocando em cima da pia, em seguida tirei minha calça e cueca de uma só vez. Entrei embaixo do chuveiro e senti a água quente ajudando a relaxar todos os músculos tensos, levei minha mão até meu ombro e apertei pude sentir que ali doía. Sai do box para procurar uma pomada ou algo do tipo e quando me olhei no espelho vi um arroxeado na região do meu ombro, quase chegando no pescoço, era dele, tinha o formato da boca de Malfoy, não pude evitar sorrir, mas esse sorriso logo morreu dando lugar a uma expressão triste e vazia.

Levei minha mão até o lugar onde Draco havia chupado e a contornei com os dedos, sentindo arrepios apenas de tocar as pontas de meus próprios dedos naquela região. Senti que já estava excitado, meu pau chegava a latejar de tanta vontade que sentia de ter o loiro de novo nos meu braços. Caminhei novamente para o box e deixei a água cair de novo em mim. Comecei a passar minha mão lentamente por todo o meu corpo, imaginado que era a mão do loiro. Após alguns minutos assim toquei finalmente em meu membro ereto, e gemi baixo com meu próprio toque.

Comecei a fazer movimentos de vai e vem imaginado a todo o momento o corpo de Draco, aquela pele branca, os pequenos pontinhos na área do peito, o cheiro maravilhoso, a maneira como ele gemia e pedia por mais quando eu estava dentro dele, os movimentos fortes que ele fazia as reboladas em meu pau, puta que pariu, aquele homem era perfeito, tão perfeito que em poucos minutos eu me derramava e tive que segurar para não gemer alto. Tinha sido incrível, porém não tão incrível quanto ter ele pra mim, mas afinal, o que eu podia fazer?

Sai do banheiro, me vesti e desci para o salão principal onde Hermione já estava acordada, e qual não foi o meu susto quando na mesa da Sonserina eu podia ver o loiro sentado com a cabeça apoiada em uma mão, ele me notou, mas não fez nada, apenas continuou como estava, caminhei lentamente até a mesa da Grifinoria e me sentei ao seu lado, dando um beijo em sua bochecha e ela me retribuía com um sorriso.

- Bom dia - Eu disse com a voz um pouco rouca.

- Bom dia - Hermione respondeu - Dormiu bem?

- Não - Respondi sincero - E você?

-Dormi - A castanha olhava fixamente para mim - E por que não dormiu bem?

- Mione - Eu disse com a voz visivelmente preocupada e a castanha notou isso rapidamente - Eu preciso falar com você.

- Pode falar Harry - Hermione respondeu e em seguida olhou para Draco - É sobre ele, não é?

- Sim - Respondi e bufei - Nós brigamos.

- Por quê? - A castanha franziu o cenho - Vocês pareciam estar indo tão bem pelo que você me contou...

- E nós estávamos - Respondi levando a mão até minha temporas doloridas e as massageando - Eu não faço ideia do que aconteceu  Hermione prestava atenção em cada palavra que eu dizia - Nós estávamos bem, tínhamos até transado e tudo mais, várias vezes - Eu não pude evitar que um sorriso se formasse em meu rosto apenas de lembrar de meus momentos com Malfoy, a castanha também sorriu, mas logo os sorrisos de ambos morreram - Sexta nós estávamos fazendo a ronda e começamos a nos beijar, até que ele falou que não ia dar mais, que não tínhamos como continuar. Nós gritamos e nos ofendemos, e agora estamos brigados.

- Poxa, Harry - Hermione disse - É muito estranho realmente, mas eu acho que você deve chegar nele e conversar, ver qual o problema que esta incomodando ele, e ver se conseguem dar um jeito.

- De jeito nenhum - Respondi - Ele não quer me ver nunca mais, ele mesmo já disse isso.

- Harry, dialogo é chave para qualquer relacionamento ir para frente - Hermione segurou minha mão entre as suas nesse momento - Seja ela qual for...

- Eu sei Mione -Respondi bufando - Mas ele já deixou bem claro, tenho medo de...

- De?

- De me magoar ainda mais - Eu estava me sentindo tão mal nesse momento que era como se tivess acabado de levar um Crucio - Malfoy consegue ser frio quando quer, e convenhamos, é quase sempre.

- Vocês se gostam - Hermione disse - Não tem porque continuarem brigando dessa maneira, isso não é necessário.

- Eu sei, vou tentar falar com ele.

- É assim que se fala - Hermione disse e me abraçou.

Vi que todos começaram a descer, e em poucos minutos o salão principal já estava todo lotado, e mesmo assim a única pessoa que eu conseguia enxergar era Draco Malfoy, que nesse momento estava conversando alegremente com Blásio Zabini, era como se ele não estivesse nenhum pouco triste ou incomodado, e realmente eu achava que não estava, por que estaria sentindo algo por mim afinal? Eu era totalmente idiota de gostar tanto daquele loiro, mas eu não podia evitar, eu já tinha o odiado por tanto tempo, que agora toda aquela raiva se converteu em um sentimento diferente, um afeto muito grande, eu estava totalmente afim dele, mas no fundo eu tinha medo que aquele ódio tivesse se tornado amor, será que eu amava Draco Malfoy? Eu sinceramente esperava que não, de qualquer forma eu não tinha muito tempo para pensar nisso, já que estava na hora das aulas do dia começarem.

                                                          Hermione

Eu ainda estava tentando assimilar o que tinha acontecido na toca, Ron e eu tínhamos voltado a ser amigos, e isso era incrível, mas será que era só isso que eu queria? Eu sinceramente não sabia tudo bem que eu realmente gostava de Viktor, mas será que da maneira que eu pensava? Eu precisava descobrir.

Eu estava sentada nas arquibancadas do campo de Quadribol, depois das aulas daquele dia. Não havia mais ninguém alem de mim, apenas observando enquanto Ron e Harry corriam dando voltas pelo campo, enquanto corriam conversavam e pareciam graciosos, eu tinha sorte de ter amigos tão incríveis quanto eles, apesar de achar que Ron não deveria ser apenas meu amigo.

Comecei a me lembrar do dia cômico que finalmente Ron foi conhecer meus pais depois da guerra, e depois que eu os encontrei na Austrália.

Flashaback On

- Então, como vai querido? - Minha mãe perguntou olhando fixamente para Ron.

- Eu vou bem senhora Granger - Ron respondeu com a voz já falhando e as orelhas mais vermelhas que seus cabelos - E a senhora?

- Eu estou bem - A senhora Granger respondeu sorrindo - Vamos para cozinha? O almoço já está pronto.

- Claro - Ron respondeu sem animação alguma, coisa que não era muito comum vindo dele em relação a comida.

Minha mãe foi na frente enquanto Ron e eu caminhávamos lentamente e eu não pude evitar rir de sua respiração descontrolada, conseguia sentir o seu coração acelerado apenas de estar tocando em sua mão, isso porque ele estava ali apenas como um amigo imagina se fosse como namorado.

- Sentem - Mamãe disse e assim o fizemos.

- Onde está o papai? - Perguntei tentando deixar o ruivo mais confortável, mas tudo que eu consegui foi deixa-lo mais nervoso já que sua perna começou a balançar compulsivamente, fazendo a mesa tremer e um copo cair no chão e quebrar.

- Me desculpe - Ron falou apressadamente enquanto se abaixava para recolher os cacos de vidro do chão.

- Está tudo bem - Mamãe respondeu enquanto pegava uma vassoura e varria todos os cacos - Pode deixar que eu limpo.

- Boa tarde família - A voz de meu pai soou de detrás de minhas costas e eu levantei instintivamente e corri para abraça-lo.

- Papai - Eu disse enquanto ele me apertava com força e sorria - Que saudade.

- Eu também Mione - Papai respondeu me erguendo do chão e me colocando de volta em seguida - E você deve ser um Weasley?

- Isso mesmo senhor - Ron levantou bruscamente o que fez com que a mesa de madeira fizesse um rangido além de sair do lugar um pouco, ele pareceu imensamente envergonhado e eu novamente não pude evitar rir - Weasley Ron, digo, Ron Weasley senhor.

- Prazer Weasley Ron - Papai brincou enquanto apertava a mão do ruivo, e Ron riu desconfortavelmente.

- Vamos comer? - Mamãe disse.

- Claro - Papai respondeu e se sentou a mesa, assim como todos os fizeram.

- Mas e então... Ron - Meu pai disse enquanto pegava um prato e se servia - Fiquei sabendo que você tem irmãos.

- Tenho sim, senhor - Ron respondeu enquanto se servia e sem querer deixava um pouco de arroz cair no chão - Somos sete ao todo, seis homens e uma mulher, bom pelo menos éramos sete - Nesse momento a voz do ruivo mudou e eu senti como se uma faca tivesse sido cravada em meu peito, a dor da perda de Fred era inexplicável, até meus pais pareceram notar - É que meu irmão Fred foi assassinado.

- Meus pêsames - Papai e mamãe disseram em uníssono.

 - Mas e que tal comermos logo?  - Eu conhecia bem o pai que tinha, ele estava tentando fazer com que Ron não ficasse triste ou algo semelhante.

A campainha então tocou.

- Dever ser o Harry e a Gina - Eu disse e me levantei para abrir a porta, e realmente era o moreno, acompanhado com Gina ao seu lado, e assim que me viram quebraram o beijo.

Flashback Off

Eu definitivamente sentia saudade de todos aqueles momentos que havia passado com o ruivo, eu queria que tudo voltasse a se repetir, e eu esperava que isso acontecesse logo, fui tirada de meus devaneios com Harry e Ron que subiam as escadas da arquibancada em minha direção.

- Olha ela ai - Harry disse sorrindo - Estava assistindo enquanto nós corríamos?

- Estava sim - Respondi levantando.

- Cadê o nosso abraço Mione? - Ron perguntou.

- Nem vem - Respondi rindo - Vocês estão todos suados.

- Assim que é melhor - Harry respondeu rindo e começou a se aproximar de maneira teatral, enquanto eu apenas dava passos para trás.

- Nem vem Harry - Eu respondi, mas só então percebi que já tinha encostado de costas em Ron e apenas tentei sair mas atrás estava o ruivo, e na frente o moreno.

Os dois me abraçaram e fizeram cócegas em mim, e eu tentava a todo custo parar de rir e me desvencilhar daqueles abraços suados, mas os dois não davam trégua, ficamos ali por um minuto ou dois, e apesar de eu pedir para que aquilo acabasse eu estava tão feliz como não havia estado em meses.

                                                                Simas

Eu estava deitado na grama do lado do lago negro, apenas ouvindo o barulho da água fluindo, estava pensando em como as coisas estavam esse ano, como tudo tinha mudado, mas ao mesmo tempo parecia exatamente igual, era incrível como cada coisa em Hogwarts parecia em seu lugar, como se nada tivesse sido arrancado fora, ou quem sabe até ateado fogo como em alguns casos.

Eu sentia falta de minha mãe, ela era a pessoa mais amável desse planeta, tudo que eu mais torcia era para que o natal chegasse logo, para que finalmente eu pudesse a ver novamente e dar um grande, caloroso e demorado abraço. Meus devaneios foram tirados quando eu ouvi passos se aproximando e quando virei a cabeça lá estava Stavo.

Stavo era lindo, era magro, alto, a pela branca, os olhos grandes e verdes, os cabelos um pouco acima do ombro, o preto do cabelo constratava perfeitamente com sua pele clara. Olhei para o moreno que parou e me olhou de cima, arqueei uma sobrancelha e ele apenas riu, se deitando ao meu lado e olhando para meu rosto.

- O que está fazendo aqui? - Stavo perguntou olhando em meus olhos.

- Nada, apenas pensando - Respondi - E você?

- Apenas observando a beleza que há em você - Quando ele disse isso não pude evitar corar, foi instintivo - Eu to a fim de ficar com você.

- Sério? - Perguntei sorrindo.

- Sério - Stavo respondeu sorrindo de volta.

- Então o que estamos fazendo aqui ainda? - Perguntei fazendo uma cara maliciosa e me levantando e esticando a mão para que o moreno fizesse o mesmo.

Em poucos minutos Stavo e eu já entravamos pela porta da comunal da Grifinória, alguns poucos alunos que estavam ali fizeram cara feia, eles definitivamente ainda não estavam acostumados a Sonserinos entrando ali. Fomos para meu quarto, que por sorte estava vazio.

Stavo tirou rapidamente sua camiseta e a jogou no chão, fiz um feitiço para que nenhum som que fosse feito ali saisse para fora, além de trancar a porta. Arranquei rapidamente minha camiseta a joguei para o chão; Stavo se aproximou de mim e começou a beijar rapidamente e com força, nossas línguas se entrelaçaram de maneira brusca e gostosa eu simplesmente delirava no corpo daquele homem, ele era perfeito, seu beijo já me deixava completamente maluco, até mais do que eu achava que era possível.

Stavo abaixou sua calça e cueca ao mesmo tempo deixando seu membro completamente exposto e eu me ajoelhei rapidamente colocando seu pau em minha boca. Comecei com movimentos circulares o que fez o moreno arquear suas costas de prazer. Stavo segurou suavemente meus cabelos e começou a controlar a intensidade de cada chupada, que começaram lentas e em alguns minutos já estavam intensas e rápidas.

Em alguns minutos o moreno já havia me deitado em minha cama e ele que trabalhava oralmente em mim, e sinceramente eu nunca havia sentido tanto prazer com uma chupada como aquela, ele sabia exatamente os pontos que me deixava maluco.

Stavo parou de me chupar e me colocou de quatro, posicionando seu membro em minha entrada e me penetrando lentamente, esperou um tempo e em seguida começou com movimentos médios, movimentos esses que me deixaram em completo êxtase, o rapaz movimentava sua cintura com rapidez o que fazia com que o impacto de nossos corpos fossem audíveis.

Dessa vez eu estava penetrando o moreno de maneira lenta, apenas querendo que ele sentisse cada centímetro de mim dentro de si, e os gemidos dele eram como música para meus ouvidos, era incrível a maneira como ele me implorava para que eu fosse com mais força, porém eu queria o torturar, doce e lentamente, e assim fui fazendo até que em poucos segundos eu tirei rapidamente de dentro do moreno, me derramando em minha própria cama.

Deitei na cama e Stavo fez o mesmo, deitando-se ao meu lado e acariciando meu rosto, ato que eu confesso que apesar de achar estranho tinha gostado, ele acariciava meu rosto de maneira tão doce que tudo que eu fiz foi fechar os olhos e beija-lo lentamente; nossas línguas se entrelaçavam de maneira tão doce que não parecia o mesmo beijo de um tempo atrás, era como se dessa vez houvesse algum sentimento, mas com certeza isso era algo da minha imaginação, deveria ser apenas o cansaço pós-sexo. 

Continuamos deitados por mais alguns minutos até que nos levantamos, vestimos nossas roupas e saímos do quarto, mas não sem antes darmos um ultimo beijo, dessa vez um pouco mais rápido, eu estava ficando um pouco confuso sobre o que Stavo e eu tínhamos, mas confesso que o que quer que fosse eu simplesmente adorava.

                                                          Gina

A semana tinha passado muito rápido, mais rápido do que eu imaginava que fosse possível, já fazia algum tempinho que havíamos voltado das Bahamas e até agora nada de Bjorn me ligar, ou melhor, ligar para Ron e pedir para falar comigo, eu sentia tantas saudades daquele moreno que ele não fazia ideia, eu não sabia como controlar isso, eu tinha certeza que gostava dele, mas o mais provável era que nunca mais nos víssemos na vida, então de uma forma ou outra eu deveria seguir em frente, afinal foi só um romance de viagem, não é mesmo? Eu poderia sobreviver aquilo, afinal eu sobrevivi a perda de Harry, e falando em Harry, poxa como eu sentia sua falta, sentia falta de sua voz em meu ouvido, seu cheiro, seus beijos, sentia falta de tudo, mas se tem uma coisa que eu não sentia falta é da forma como ele me tratou durante nosso término, eu ainda me sentia imensamente magoada por tudo que ele disse, e apesar de sentir sua falta eu não queria manter contato ou ser sua amiga, não depois de tudo.

Ainda pensando no moreno de óculos, como ele estava aguentando não ficar com nenhuma garota? Afinal eu não tinha visto ou sequer escutado boato algum possível flerte de Harry, e nem na viagem ficou com ninguém, talvez no fundo ele ainda gostasse de mim, e estivesse esperando o momento certo para me pedir perdão e tudo mais, mas será que eu deveria aceitar? Ainda mais com Bjorn agora em minha vida. 

- Gina - Pansy disse impaciente, tirando-me de meus devaneios, olhei perdida para os olhos dela - Finalmente me ouviu, eu já estava te chamando a dois minutos.

- Me desculpa Pansy - Respondi enquanto ajeitava o cabelo - O que estava dizendo?

- Estava dizendo que preciso de sua ajuda - Pansy respondeu jogando uma quantidade imensa de livros sobre minha cama - Temos que entregar esse trabalho, se lembra?

- Ai meu Merlin - Respondi preocupada - Pra quando é mesmo?

- Terça Feira - Pansy respondeu enquanto se sentava com sua saia curta e lindas meias de cano alto - E hoje já é Sexta.

- Não podemos começar amanhã? - Perguntei imensamente cansada - Eu estou super cansada dessa semana.

- Não, não podemos - Pansy repsondeu - A não ser que queira ter nota baixa em Herbologia.

- Ai, tudo bem - Respondi bufando - Vamos começar logo essa porra.

- É assim que se fala - Pansy respondeu enquanto gesticulava com sua mão, como se estivesse procurando uma maneira de acabar com aquele calor infernal que nos assolava - Tá calor demais aqui.

- Está mesmo - Respondi olhando para a morena - Tira a blusa.

- Como assim? - Pansy perguntou olhando fixamente para mim.

- Está muito calor - Respondi tirando minha blusa, ficando apenas de sutiã - Tira a sua também, pelo menos a gente não sua tanto.

- Tem razão - A morena respondeu e tirou sua blusa, deixando sua barriga lisa e belos peitos a mostra, se não fosse é claro o sutiã - Gi, posso te falar uma coisa?

- Claro - Respondei enquanto chegava um pouco mais para o canto da cama, abrindo mais espaço para que ela pudesse se deitar - O que foi?

- Sinto falta de Bob - Amorena respondeu bufando - Muita, até mais do que eu queria, e isso é foda.

- Eu sei como é Pan - Respondi apoiando a cabeça na mão, procurando ficar de frente para ela - Eu também sinto muitas saudades de Bjorn, você não imagina o quanto, é quase insuportável.

- Ontem eu chorei por Bob - Pan respondeu e seus olhos se encheram de lagrimas - Queria estar lá com ele.

- Eu também queria estar lá - Respondi e me inclinei para olhar nos olhos da morena, levei minha mão até sua bochecha e comecei a acaricia-la, Pansy levou sua mão até a minha e começou a passar a ponta dos dedos em meu braço - Mas nós temos uma a outra, eu estou aqui por você.

- Eu também estou aqui por você - Pansy respondeu calmamente, eu podia sentir sua respiração ofegante de tal forma que movimenta levemente meus cabelos, o coração da morena estava batendo mais forte, era como se ela estivesse tão nervosa que não pudesse controlar seus próprios batimentos cardíacos - Pode contar comigo sempre, Gi - A morena agora levou sua mão esquerda até atrás de minha cabeça e a segurou com força, passando os dedos em meu pescoço, o que fez todos os minúsculos pelos do meu corpo se arrepiarem - Mas é isso - Pansy disse se levantando bruscamente, fazendo com que eu me assustasse - Vamos logo começar essa merda de trabalho.

- Claro - Respondi tentando não parecer assustada ou algo do tipo.

Pansy e eu ficamos ali durante toda a tarde, fazendo o trabalho e é claro, jogando conversa fora, nós simplesmente necessitávamos aquilo, eu nunca pensei em toda minha vida que um dia Pansy Parkinson fosse estar deitada em minha cama, que faríamos trabalho juntas e que ela me faria rir tanto com suas piadas bobas, coisas que eu pensava que ela não fosse capaz de fazer, já que tinha percebido que sua aparecia séria era apenas uma fachada para o mundo exterior.

                                                            Theo

Sexta Feira e adivinha o que eu tinha que fazer nessa noite? Isso mesmo, enfrentar uma detenção de uma hora, tudo porque um idiota, desgraçado e filho da puta tinha dado em cima da minha garota, e eu tinha feito um favor para a humanidade de lhe arrancar sangue de dentro de seu corpo. Tudo que eu queria era apenas passar essa noite com minha Luna Lovegood, e era exatamente isso que eu iria fazer, assim que saísse daquela maldita sala; eu já esperava ali fazia dois minutos, mas pareciam duas horas para mim, eu cumpria detenção com uma garota também da Sonserina, mas eu não sabia seu nome e também não tinha a mínima vontade de descobrir seu nome, eu já estava estressado o suficiente.

A garota estava sentada ao meu lado em silêncio, ela tinha os cabelos pretos, na altura do ombro e olhos cor de Mel, seu cheiro também era muito agradável, algo como sabonete, mas nada muito especifico para que eu pudesse distinguir qual era a fragrância. Estávamos calados a mais de quarenta minutos, até que ela decidiu quebrar aquele silêncio.

- Theodore Nott, não é? - A garota perguntou calmamente me fazendo virar minha atenção para ela - Por que está aqui Theodore?

- Isso mesmo - Respondi tentando amenizar toda a raiva que eu sentia de estar perdendo tempo ali -  Estou aqui por ter estourado a cara de um imbecil que tentou dar em cima da minha namorada, alias, me desculpe, qual seu nome?

- Eu sou Helena Julian, sangue puro, sou da Sonserina também - Helena respondeu - Entendi, mas será que ele mereceu ter apanhado?

- Eu sei já te vi pelo salão comunal, e também na mesa da casa - Respondi olhando no rosto da garota, ela incrivelmente linda - Ah, ele com certeza mereceu, espero que ele tenha aprendido para não mexer com a garota dos outros.

- Entendo - Helena respondeu - E você só vai cumprir essa detenção?

- Não - Respondi bufando - Mais duas depois dessa.

- Entendo - Helena respondeu e ficou calada por alguns segundos, como se pensasse no que diria a seguir, e era melhor não ter perguntado - Você namora a Di-Lua não é? Por que está com ela?

- Olha, me desculpa, mas eu namoro com a Luna Lovegood, e eu não gosto nenhum pouco que a chamem assim - Respondi soando um pouco mais rude do que pretendia, mas sinceramente ela merecia - E eu namoro com ela porque ela é a garota mais bonita, inteligente, legal, divertida, companheira e sexy que eu já conheci.

- Entendo - Helena respondeu - Mas eu sei bem a sua fama, Theo, sei que você pegou várias garotas da Sonserina e das outras casas também, fiquei até sabendo que você uma vez comeu duas garotas da Lufa- Lufa de uma vez, como você se acalmou tão rápido?

- Olha, primeiramente é Theodore para você - Respondi querendo e conseguindo soar rude - E outra, nada da minha vida pessoal tem haver com você, o que eu fiz ou deixei de fazer no passado não lhe condiz.

- Mas eu sei que é verdade - Helena respondeu arqueando uma sobrancelha e olhando sem vergonha alguma, diretamente para a região do meu membro - Você era um safado Theodore Nott.

- Isso foi no passado - Respondi bruscamente - Eu não sou mais assim, eu encontrei na Luna quem eu sempre quis, uma mulher de verdade, não essas qualquer.

- Você é incrivelmente gostoso - Helena respondeu enquanto levantava e vinha em minha direção, chegando até meu ouvido e sussurrando - Não quer me comer?

- Sai fora garota - Respondi levantando bruscamente, o que fez a garota se assustar e recuar alguns passos e em seguida rir - Eu já disse que namoro, não quero mais ninguém.

- Não me acha gostosa, Theodore? - Helena perguntou se aproximando mais - Não quer me sentir por dentro?

- Eu já disse que não garota - Eu gritei, e escutei minha voz se propagando pelo castelo - Eu amo a Luna, jamais seria capaz de magoá-la, muito menos com você.

- Tudo bem então - Helena respondeu passando por mim e me dando um tapa forte na bunda - Fique com sua Di-Lua, nos vemos na próxima detenção.

Helena passou e fechou a porta, a detenção havia acabado, enrolei na sala por mais alguns minutos, dando tempo para que não corresse o risco de trombar com a garota lá fora, ou até mesmo na sala comunal da Sonserina. Eu com certeza não iria comentar sobre isso com ninguém, talvez com Draco e Blásio, mas jamais com Luna, sei que ela ficaria irada e iria querer acabar com Helena. Abri a porta e sai caminhando pelo castelo a passos lentos, cheguei no salão comunal da Sonserina bem na hora que Draco descia para fazer a ronda, trocamos duas palavras e em segundos eu estava em meu quarto, contando toda aquela situação bizarra para Blás.

                                                              Draco

Havia acabado de passar por Theo e ele parecia estranhamente perturbado, como se algo houvesse acontecido, quando voltasse par ao quarto eu perguntaria o que havia acontecido, a não ser é claro que ele já estivesse dormindo, ou até mesmo não tivesse ido passar a noite com a loirinha.

Eu estava um pouco nervoso de ir fazer aquela ronda, eu ia ter que enfrentar a cara de Harry Potter por uma hora, e eu não sabia se estava preparado, eu até pensei em fazer como havia feito na noite anterior, apenas andar pelo castelo evitando esbarrar com o moreno, mas meus planos tinham acabado de fracassar, já que lá estava ele, descendo lentamente cada degrau daquela imensa escada. Harry estava incrivelmente sexy, era como se ele estivesse ainda mais bonito do que eu me lembrava.

Tudo que eu queria era pular em seu pescoço e o beijar, beijar como se não houvesse amanhã, mas eu já havia feito minha escolha, e tinha deixado isso bem claro pata ele, talvez não tão claro assim, afinal eu não havia explicado que eu tinha decidido me afastar com medo de onde aquilo nos levaria provavelmente apenas a dor e lamentos, eu não queria o ter para logo em seguida o perder, não era dessa maneira que eu me imaginava com o moreno, mas eu sabia que a forma como eu idealizava tudo de maneira fofa, e duradoura nunca iria dar certo, por isso decidi me manter longe dele, por mais que aquilo me machucasse.

Assim que Harry chegou ao meu lado começamos a caminhar em silêncio, era um silêncio perturbador, era como se eu não estivesse ali, ou pior, era como se ele não se importasse ou sequer notasse minha presença bem ao seu lado, sinceramente aquilo me machucava, machucava como se alguém estivesse enfiando uma adaga no meu peito, colocando centímetro por centímetro lentamente, rasgando a pele, até chegar em meu coração. Eu sentia que não iria aguentar por muito mais tempo ficar ao seu lado sem falar alguma coisa, então reuni minha coragem e disse a primeira frase.

- Boa noite, Potter - Eu disse e o moreno levou seus olhos rapidamente até os meus.

- Boa noite, Malfoy - Harry respondeu dando um sorriso pequeno, o que fez com que eu não conseguisse evitar que no meu rosto se formasse um sorriso imenso, e chegasse até a corar, apenas de ouvir aquela voz suave que enchia meu coração de esperança.

- Como passou a semana? - Eu perguntei, me esforçando para não soar patético, mas não havia mais como não soar dessa forma.

- Ruim - Harry respondeu, um vinco se formando entre suas sobrancelhas - E a sua?

- A minha também - Respondi bufando - Mas por que a sua foi ruim?

- Porque senti muito sua falta - Harry deixou escapar, era como se ele tivesse pensado alto demais, e então seu rosto corou, seus olhos azuis fixaram nos meus.

- A minha foi ruim pela mesma situação - Respondi sentindo meu rosto esquentar e pude ver que Harry sorriu, doce e lentamente, como se tudo que ele esperasse era ouvir aquelas palavras saindo de minha boca.

- Draco - Harry diss se aproximando de mim de maneira lenta, me encostando na parede daquele corredor escuro, Harry levou sua boca até meu ouvido e sussurrou - Eu sinto sua falta.

- Eu também sinto Harry - Respondi deixando escapar tudo que eu sentia em meu tom de voz, Harry então mordeu o lóbulo de minha orelha, o que me fez gemer e segurar sua cintura com força - Mas não podemos Harry.

- Por quê? - O moreno olhou para meu rosto, sua expressão era de duvida e frustração - Você me quer, eu te quero, o que nos impede?

- A vida - Respondi tentando me desvencilhar de seu abraço que envolvia todo meu corpo de maneira reconfortante - Somos de casas diferentes, temos anos de inimizade, meus pais jamais aceitariam que eu ficasse com um mestiço.

- Puta merda, Malfoy - Harry tirou seus braços de volta de mim com brutalidade, seu tom era alto, ele havia começado a gritar - Sério que depois dessa guerra toda você ainda escuta e obedece a seus pais? Porra vai se foder.

- Vai se foder você seu idiota - Gritei o pressionando contra a parede, prendendo-o com o meu joelho - Quem você acha que é para falar assim comigo? - Perguntei sussurrando perigosamente - Não é só isso, vocês acham que eles me aceitariam com outro homem?

- Eles não precisam saber - Harry respondeu, sua respiração estava ofegante, e seus olhos estavam vidrados em minha boca - Draco, não vamos perder tudo isso, eu quero você, quero tanto que chega a doer, te quero mais do que preciso do ar para respirar.

- Cala a boca Harry - Eu disse com a respiração tão ofegante quanto a dele, eu estava ali a poucos centímetros de sua boca, apenas sentindo sua respiração quente que tocava minha pele enquanto ele me dizia aquelas palavras - Nós nunca daríamos certo juntos.

- Você nunca vai saber se nunca tentar - Harry respondeu - Me beija Draco Malfoy - A voz de Harry era como um sussurro que implorava por meus lábios nos seus, Harry tentou mover sua cabeça mais para frente, em busca de meus lábios, porém eu segurei sua cabeça.

- Que se foda o mundo, onde você for eu vou - Respondi mais para mim mesmo do que para ele, e em milésimos minha boca estava tocando a de Harry.

Foi um beijo violento, eu soltei o corpo do moreno e ele me agarrou com força, puxando-me para mais perto de seu corpo com voracidade. A língua de Harry se movia de forma rápida e intensa em minha boca, só Merlin sabia o quanto eu queria aquilo, o quanto eu estava desejando ter aquela boca na minha, aquelas chupadas no pescoço que só Harry sabia dar; o moreno apertou minha cintura com força e eu fiz o mesmo, enquanto movia minha cabeça de um lado pro outro de maneira rápida procurando mais aproximação entre a gente. Harry quebrou o beijo para respirar, mas em segundos já estávamos colocados, boca com boca, dessa vez o beijo estava mais lento e doce.

Harry conduzia sua língua teatralmente por toda a mina boca, querendo tocar cada centímetro dela, e eu fazia o mesmo, dando algumas mordidas de leve em seus lábios, aquele com certeza era o beijo mais gostoso e doce que eu já havia dado em toda minha vida, era como se houvesse algo a mais naquela hora, como se todos os sentimentos que mantemos presos por tanto tempo finalmente haviam sido libertos, e eu não sabia onde aquilo ia dar, mas onde quer que fosse, se Harry fosse, eu iria junto.