1. Spirit Fanfics >
  2. Just Close Your Eyes >
  3. The goodbye

História Just Close Your Eyes - The goodbye


Escrita por: breathtaehyung

Capítulo 7 - The goodbye


    Levantei daquele colchão em questão de segundos. Agora sim eu estava desesperado. Precisava ouvir de Jimin a verdade — Onde você vai?

   — Eu preciso falar com ele.

   — Jungkook, espera.

   Parei no meio do corredor enquanto esperava Namjoon.

   — Eu preciso falar com ele.

   — Eu sei, mas já está tarde, ele já deve estar dormindo — disse ele — e, além disso, o que vai adiantar você falar com ele? Sei que você gosta dele, mas ele está doente.

   — Eu preciso falar com ele.

   Namjoon passou a mão sobre seu cabelo bagunçado. Parecia confuso.

   — Está bem, a janela do meu quarto dá direto na janela do quarto de Jimin, toma cuidado.

   Assenti.

   Corri até estar no quarto de Namjoon. Pela janela de vidro pudi ver a luminária de Jimin ainda acesa, o que era muita sorte.

   Cheguei mais perto, abrindo a pequena tranca da janela. Dava para ver Jimin deitado em sua cama, com a musica tocando baixa no gravado. Eu fiquei pensando em varias coisas para dizer antes de chama-lo, mas eu mal estava conseguindo pensar.

   — Jimin — falei em um sussurro audível, mas ele não escutou, tentei outra vez — Jimin.

   Finalmente levantou-se e foi até a janela.

   Ele ficou me olhando por algum tempo, mas não disse nada.

   — Preciso falar com você — Falei.

   — Vem — Apontou sua mão para que eu a segurasse.

   Segurei em sua mão e sai pela janela, por galhos de uma arvore que ficava entre suas casas.

   Em segundos estava dentro do quarto de Jimin.

   Ele desligou o som do gravador e voltou a me olhar, com aquele olhar sem vida que eu odiava sempre que o encarava. Eu não sabia o que falar, mas eu precisava estar ali para dizer que ele nunca precisou fugir, ou que eu sentia a sua falta.

   — Por que você sumiu? — Indaguei.

   — Eu precisava resolver algumas coisas fora do país.

   — Por que você está mentindo?

   — E você acha que eu estou mentindo por quê? Eu precisava resolver algumas coisas fora e... — eu o interrompi.

   — Estou falando da sua doença.

   Eu sentia meus olhos se encherem de lágrimas.

   — Eu sabia que Namjoon iria acabar te contando — deu uma pausa — mas que diferença faz isso agora? Eu vou ficar cego, talvez eu morra, mas que diferença isso faz? Não tem importância pra você.

   — Para de pensar com a cabeça dos outros, eu não sou assim.

   — Tudo bem, eles podem estar errados, mas, eu me afastei exatamente por isso, você não precisa gostar de alguém que vai te deixar daqui a pouco — Sentou-se na cama apoiando os cotovelos nos joelhos.

   Ele estava errado, outra vez errado, ele já exercia grande domínio sobre mim, não adianta mais voltar atrás.

   — Eu acho que é tarde demais para você tentar impedir que eu sinta algo por você — sentei ao seu lado, tentando achar seus olhos escuros.

   — Você não precisa passar por isso — Sua voz soava triste por todo o quarto, latejando dolorosamente em minha mente e em meu coração.

   — Então agora você vai me privar da sua vida?

   — Não é uma opção — ele me olhou tenso — é uma obrigação.

   Levantei da cama, sem sucesso ao tentar controlar as lágrimas que teimavam em sair dos meus olhos.

   — Eu preciso de você — Eu fitava a janela sem ligar para mais nada. Eu tinha a sensação de que iria morrer a qualquer momento.

   — Você não sabe o quanto eu esperei para ouvir isso da sua boca, mas eu nem deveria ter me aproximado se já sabia que isso iria acontecer — ele levantou, colando a mão nas curvas da minha costa — imagina daqui a alguns meses, eu cego, sem poder ver seu rosto, precisando de ajuda até para encontrar você.

   — Você está se preocupando muito com as coisas erradas.

   Eu só queria poder senti-lo perto de mim, dane-se o que podemos ou não ver, o importante para mim é ele e nada mais.

   — Eu estou me preocupando com você, com todas as coisas com que você vai ter que lidar — disse ele se pondo ao meu lado.

   Eu me virei para o outro lado, onde ele não estava, analisando o quarto cheio de coisas, pudi ver no canto do quarto duas malas, pareciam feitas a pouco tempo. Um certo desespero me tocou.

   Eu não perguntei nada, mas ele sabia para onde eu estava olhando.

   — Eu vou embora amanhã para a casa do meu pai na china — deu uma pausa sufocante — talvez eu não volte.

   Eu me virei para olha-lo, incrédulo do que estava prestes a acontecer. Minhas esperanças haviam sido jogadas no lixo em dois segundos.

   Não disse nada. Dei as costas para Jimin e sai pela janela, de volta em um pulo para a casa de Namjoon.

   — Jungkook... — ele me chamava pela janela do seu quarto. Eu me virei novamente para olha-lo — eu amo você.

   Aquelas palavras sim haviam me deixado sem ar e sem chão. Como ele podia dizer tudo aquilo e depois dizer que me amava? Eu não aguentava o fato de que para ele eu não conseguiria lidar com isso. Lidar com o quê? Ninguém entendia o quanto ele significava para mim, nem ele mesmo. Eu o odeio por achar que é tão simples para mim.

   Não respondi, apenas fechei a janela e voltei para o corredor, o deixando para trás. Eu ainda estava chorando muito. Não iria conseguir dormir. Verifiquei se Namjoon ainda estava acordado, e ele estava, pedindo para que eu deitasse ao seu lado naquele colchão de ar. Afoguei meu rosto em seu peito enquanto ele me abraçava. Eu dormi entre as lágrimas.

 

   Acordei com a voz de Namjoon a me chamar, tomei uma ducha e depois desci para tomar café. Estranhei o fato de Yoongi não estar junto a Namjoon na mesa, quando tinha acordado, não tinha o visto na cama, achei que ele já tivesse tomado seu banho e ido tomar café junto com Namjoon.

   — Onde está Min Yoongi? — Perguntei enquanto puxava uma cadeira para me sentar.

   — Ele acordou bem cedo e já foi embora de volta para casa, e te agradeceu por ontem, queria ficar para agradecer pessoalmente, mas tinha coisas para resolver, sei lá o que — Respondeu.

   — Hum.

   — E como foi à conversa com Jimin? Ontem você voltou chorando, não queria perguntar.

   Voltamos à estaca zero outra vez. Lembrar do que Jimin dissera, sempre iria ser duro.

  — Ele disse que eu não tenho que lidar com isso, que eu não preciso lidar com isso, ele acha que é tudo muito simples pra mim — eu levava a xícara de café até a boca.

   — Ele tem razão. Você não merece passar por isso, ainda tem aquele irmão dele, que nunca iria aceitar isso. Ele acha que você pode machucar Jimin, e agora você entende por que Jimin não pode sofrer, absolutamente por ninguém — Eu sentia a preocupação em sua voz — tenta esquecer ele, tá?

   — Isso não, nunca, jamais, entendeu? Nem se eu quisesse, isso não vai acontecer — eu parecia uma criança, uma criança teimosa, que mesmo com tantos conselhos sabia que iria se machucar de algum jeito.

   — Então está bem — levantou-se indo até a porta de saída — sofra.

   — Namjoon — eu fui atrás dele — para com isso, não é algo que eu posso escolher, é somente uma coisa que faz parte de mim, você entende?

   Fui até a calçada tentando explicar o quanto isso era difícil, mas ele parecia não escutar nenhuma palavra que eu havia dito.

   — Infelizmente eu entendo, e eu espero que você comece a lutar por isso a partir de agora — ele apontou para um carro parado em frente à casa de Jimin, onde o mesmo estava colocando, a mala que eu havia visto na noite passada, no porta-malas.

   Ele estava partindo de verdade. Eu não podia deixar isso acontecer.

   Andei até ele, que ainda estava de costas, tentando achar uma maneira de dizer para ele não ir.

   Toquei em seu braço, assim que ele virou eu senti um arrepio por todo o corpo. Seus olhos brilhavam na direção dos meus.

   — Desiste — foi a única coisa que eu consegui falar.

   — É tarde demais.

   — Não, você ainda está aqui, você pode ficar, você não tem que ir.

   — Não, desculpe, eu tenho que ir — Disse ele tentando se afastar de mim, mas eu o parei com minha mão apertando seu pulso.

   Não pensei direito, só queria sentir o seu gosto pela ultima vez. Eu o beijei, ali, no meio da rua, atrás daquele carro, durante uma manhã clara. Eu estava sujeito a desmoronar ali mesmo assim que eu me afastasse dele e de sua boca. Minhas pernas estavam tremulas, meu consciente estava rejeitado ideias sensatas.

   Depois que fomos separados, eu tive a chance de olhar em seus olhos novamente. Finalmente eu tive a chance de responde-lo.

   — Eu também amo você.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...