História Just One Moment (Imagine Jungkook) - Concussão

S/n P.O.V

Eu estava muito feliz, depois de quatro dias em coma, Joyun finalmente acordou, abraço ela com dificuldade pois a mesma estava sentindo dores fortes, não espero muito tempo e pego meu celular que estava em um criado mudo do lado da cadeira onde eu estava. Liguei para Hobi, o mesmo ontem não queria desgrudar da Joyun, eu insisti de ficar com ela para que ele não acabasse ficando maluco, ver tanto branco todo dia deveria enlouquece-lo, ele acabou aceitando, mesmo não gostando muito da ideia. Quando Hobi ficava com Joyun o mesmo não pensava em dormir e muito menos em comer, estava esperançoso que Joyun iria acordar a qualquer momento, e que surpresa, ela realmente acordou de repente, pena que ele não estava aqui para ver a carinha da Joyun de “Oque esta acontecendo??”.

Depois de avisa-lo sobre o ocorrido, ligo para Jungkook, durante esses dias não nos falamos tanto, ficamos ocupados tentando fazer as provas surpresas que apareciam e além de visitarmos Joyun todos os dias ainda tínhamos que cuidar de Hobi que estava cuidando de Joyun todos os dias.

Em menos de dez minutos os meninos já estavam no hospital, eu perto da porta, Jungkook do lado esquerdo da cama da Joyun e Hobi do lado direito, fiquei observando o momento mais fofo de todos enquanto tomava um copinho de café puro, eu estava morrendo de sono.

Jungkook P.O.V

Quando ouvi as palavras “Joyun acordou” do outro lado da linha fui correndo para o hospital, Joyun é como uma irmã mais velha para mim, somos amigos desde crianças, nossos pais são amigos desde que eu consigo me lembrar, ela me protege de tudo, é super protetora para comigo, para com Hobi e agora também para com S/n. Pode se dizer que ela ficou apenas 4 dias em coma, mas foram como semanas para mim, ver ela bem é uma coisa grandiosa para mim.

Chegando na sala onde Joyun se encontrava, vejo Hobi já chorando falando com Joyun que estava com uma expressão que não identifiquei, me aproximei, ela notou minha presença e me chamou para um abraço, sua respiração era meio pesada, seus braços meio que “dormiram” em meus ombros, estava fraca, seu rosto se encontrava com um sorriso doce e leve, seus olhinhos levemente mais puxados do que o normal, a maçã de seu rosto estava avermelhada, corada? Talvez, sua cara estava meio inchada, estava engraçada.

Ficamos conversando por um tempo, S/n não estava conosco, estava doando sangue, depois que Joyun ficou mal, S/n virou doadora de sangue e de órgãos, tinha até uma carteirinha, não faltava um dia para a coleta, admiro seu gesto, admiro seu rosto, admiro seu corpo, admiro seu cabelo, admiro cada detalhe daquela garota, seu jeito, sua personalidade, seu jeito de se vestir, seu jeito de caminhar, tudo me encantava nela, esses dias contei para o Hobi, ele disse que eu estava ficando maluco e que iria me internar, me senti o perseguidor, mas eu não ligo, Hobi também disse que sente a mesma coisa por Joyun, só que ele tem medo de dizer pra ela, tem medo de que Joyun não goste dele da mesma maneira, ele é o único que não percebe que Joyun o ama? Pelo amor de Deus.

Depois de um tempo conversando com os dois, percebi que Joyun não lembrava de alguns momentos que tivemos juntos ou algo que incluía ela, toda vez que tentava lembrar sua cabeça doía, era agonizante vê-la desse jeito, além de termos que ver ela reclamar as vezes de suas dores agudas nas costas, eu estava preocupado, ela não sabia nada de si mesma, tudo que lembrava era da gente e de alguns acontecimentos, a mesma não lembrava nem de seu acidente, toda vez esquecia seu próprio nome.

Choi entrou no quarto com uma pasta, ela sorriu para nós logo começando a se pronunciar.

- Joyun, 18 anos, 1,62, acidente de carro na rua ****, braço quebrado, uma costela fraturada que já foi resolvido, perda de sangue que também já foi resolvido, teve uma concussão, apresenta cortes na região dos braços, pernas e barriga, ficou em coma por 4 dias no total e acordou faz... – Ela olha para o relógio em seu pulso – meia hora.

Ela sai e quando vejo a mesma estava falando com um médico que deveria ser seu chefe ou algo assim, S/n estava ali também, tinha acabado de entrar após a Choi se retirar.

- Vocês sabem oque significa concussão? – Hobi nos olha vendo S/n se aproximar.

- Uma batida na cabeça que pode resultar em perca de memória, transtorno e/ou trauma – S/n diz pegando na mão de Joyun.- E já sei oque ela teve, boa parte de suas memórias sumiu... Então...

- Ela realmente não lembra de muita coisa, como o porquê de suas marcas, ela nem lembra de como as fez, não se lembra do dia do acidente, não se lembra de momentos que prometemos não esquecer... – Digo triste, realmente ela não parecia nada bem.

- Logo suas memórias voltam, é normal, em questão de horas sua memória volta – S/n diz positiva.

- E se eu não me lembrar? – Joyun diz preocupada.

- É difícil você não se lembrar... – S/n se mostra calma.- E mesmo que você não melhore daqui algumas horas, certamente será daqui a alguns dias – Ela sorri.

{...}

Parecia um anjinho dormindo, seu rosto estava sereno, nem parecia que a dois minutos atrás estava gritando de dor e pedindo para alguém dar a “maldita injeção para dormir” como a mesma denominou, Hobi e S/n saíram dali após o horário de visita se encerrar, 14:35, estou de acompanhante hoje, já eram 18:00 horas e Joyun tinha capotado na cama. Sinto meu corpo amolecer diante o sofá incrivelmente desconfortável. Logo adormeci.

Acordei no meio da madrugada com Joyun resmungando, seu rosto repleto de desconforto, com certeza um pesadelo, me levanto com cautela para que o sono não me levasse ao chão e vou me aproximando o mais rápido que eu consegui naquele momento, a chacoalho com a maior delicadeza do mundo para que não se machucasse, a mesma acorda em um susto me olhando com um semblante misturado com medo, tristeza e solidão, realmente não faço ideia do que esta passando naquela cabecinha.

- Sonhei com uma luz branca vindo na minha direção de forma repentina e agressiva – Joyun corta o silêncio com receio em suas palavras e com semblante sério.

- Seu acidente, talvez?! – Indago esperançoso.

- Pode ser, não tenho certeza – Diz se arrumando em sua maca que parecia ser macia e confortável com o típico cheiro de hospital.

Fico em silêncio, afinal seu comentário me trancou, sem nenhuma resposta ou comentário adicional, assim entendi que o assunto tinha se encerrado ali.

- O que aconteceu enquanto eu estava dormindo? – Seu semblante muda de séria para curiosa.

- Nada tão estrondoso, nossas vidas ficam paradas sem você... Principalmente a do Hobi – a última frase saiu como um sussurro, alto o bastante para que Joyun ouvisse e ficasse envergonhada.

- Você acha que o Hobi gosta de mim? – Eu sempre soube desse sentimento que um tem pelo, os dois só não se pegam por que não querem, por mim já teriam casado.

- Pela milésima vez, ele te ama mulher – Rio tirando onda da cara dela afinal, já disse isso inúmeras vezes.

- Mesmo assim... Eu tenho medo de me machucar de novo – Seu rosto ficou imóvel, ela realmente não estava olhando para mim, seu olhar estava perdido para a janela que apresentava uma imagem alaranjada, estava amanhecendo, sinceramente, eu não estou com sono.

{...}