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História Just Pleasure? - Dezenove. - Uma pessoa estranha e agradável


Escrita por: Mittttttt

Notas do Autor


Olá! Chegueeeeei!
Amores ainda não respondi os comentários do capítulo passado, mas vou responder agora! hehe
E ai, como estão?
Gente, acabei de escrever o capítulo agora e dei uma revisada nele... mesmo assim, não sei se está 100%, então desde já peço desculpa pelos errinhos ):

Bom... Boa leitura!

Capítulo 19 - Dezenove. - Uma pessoa estranha e agradável


Capítulo Dezenove

Uma pessoa estranha e agradável

 

1.

 

Entraram afobados no taxi e Lu passou um endereço para o motorista. Huang não fazia ideia de onde era, devia se preocupar com isso, mas não o fez. Sua mente ébria confiou no cara que nem ao menos conhecia.

 

O automóvel começou a se mover e o mais baixo pousou uma mão na coxa do outro, se aproximando e sussurrando em sua orelha.

 

– Estamos indo para a minha casa, ok? – deixou um beijo ali, vendo-o se arrepiar.

 

O taxista limpou a garganta ruidosamente cortando o clima, e os dois olharam para ele. Logo depois silêncio, sentiram-se incomodados por isso.

 

Huang pegou seu celular, e viu algumas notificações e entre ela uma mensagem de seu melhor amigo.

 

Han ficou apenas observando o outro, ele mudara suas feições de uma hora para outra, não se importou de ser mal-educado e se aproximando olhando para a tela do aparelho na mão do mais alto.

 

– É ele? – perguntou curioso.

 

– O que?

 

– O seu amigo. Aquele.

 

– Ah... – sorriu sem graça. – Sim.

 

– Você quer desistir de hoje? – perguntando sobre ir para a sua casa. Ficaria frustrado, mas entenderia.

 

– Não, porque deveria?

 

– Não sei. – deu de ombros. – Mas você fez uma carinha.

 

– Fiz nada. Não tem nada demais na mensagem.

 

– Fez sim. – sorriu.

 

Tao torceu a boca, fingindo-se indignado pelo outro insistir. Na verdade nem tinha reparado que tinha mudado a sua expressão, apenas lera uma mensagem em que SeHun lhe perguntava se ainda estava acordado, mas alguma coisa se remexeu inquieta dentro de si. Era como se o tivesse traindo, mas ele não tinha nada. E não era Oh que adorava afirmar e reafirmar aquele fato? Guardou novamente o celular, não se importando mais com ele.

 

Se inclinou e deixou um selo nos lábios de Han.

 

Novamente o motorista limpou sua garganta e deu uma leve tossida.

 

Lu franziu o cenho irritado com aquilo. Na primeira vez achara que tinha sido por acaso, mas tinha percebido agora que o homem fazia de proposito, com o intuito de lhes afastar. E por isso mesmo se aproximou de novo de Tao e não deu apenas um selo e sim lhe beijou.

 

Ouviu de novo o homem pigarrear, então se afastou.

 

– Olha, eu tenho uma bala de hortelã aqui, vai ajudar ai na sua garganta. – disse Han, dissimulado.

 

Tao apenas abaixou o rosto e deu uma risada. Depois disso o motorista não incomodou mais.

 

Chegaram logo no prédio, Lu pagou fingindo não entender a expressão desgostosa do homem.

 

Dentro do elevador os dois estavam em silencio, mas uma dúvida surgiu na cabeça de Han. Fitou ZiTao por um tempo, na balada não tinha reparado nesse detalhe, mas ali que podia vê-lo com mais clareza pode perceber.

 

– Quantos anos você tem? – perguntou enfim.

 

Viu Tao morder seu lábio inferior, e suspirar meio culpado.

 

– Dezoito. – confessou por fim.

 

– Ai meu Deus! O que eu estou fazendo? – acabou rindo. – É virgem?

 

ZiTao torceu o nariz, sentindo-se ofendido pela reação do outro.

 

– Não. – cruzou os braços.

 

– Pelo menos isso. Ei, não fica com essa cara... – se aproximou o abraçando pela cintura. – É que não pensei que você fosse tão novo. – deixou um beijo nos cantos do lábio de Tao.

 

– Quantos anos você tem afinal? – perguntou com um pequeno sorriso, não conseguindo ficar realmente chateado com a reação do outro. Olhando o bem, não daria mais do que dezenove anos para o outro, porque tinha ficado tão espantando com a sua idade?

 

– Tenho vinte e dois.

 

– Oh! – abriu ligeiramente a boca diante da informação. Não era tanta diferença, mas eram cinco anos, e ele como maior de idade devia se sentir meio incomodado de se relacionar com um menor. Tentou entender seu lado.

 

A porta abriu e Lu segurou a mão do outro e lhe guiou até seu apartamento. Destrancou-o e os dois adentraram.

 

– Fica à vontade. Eu moro com duas pessoas, mas eles não vão aparecer em casa essa noite. – informou enquanto acendia a luz da sala. Não ficaram muito tempo no ambiente, seguiram pelo corredor e adentraram uma das portas.

 

Entraram no quarto e o anfitrião fechou a porta apenas por precaução caso algum dos moradores decidissem chegar. Foi natural quando os dois se aproximaram novamente e se beijaram. Por causa da bebida Tao não estava pensando direito no que seria dali pra frente, faria sexo com um homem, e se tivesse sóbrio isso iria lhe preocupar por vários motivos, e o principal era: quem iria ficar por baixo?

 

A questão só surgiu quando os dois já estavam deitados na cama, Tao acabou afastando um pouco o rosto e perguntou, sem inibição.

 

– Como vai ser?

 

– Em relação? – ergueu uma sobrancelha.

 

– Quem vai ficar por baixo?

 

Claro que Lu acabou rindo com aquela pergunta, rolou com o mais novo, ficando por cima dele, viu-o arregalar levemente os olhos, surpreso com a troca de posições. O mais velho deixou mais um risinho escapar.

 

– Relaxa. – acomodou-se sentando em cima do quadril do outro. – Sabe, pra ser passivo precisa de uma certa preparação antes, e eu aposto que você não fez. – piscou um olho. – Pode deixar que eu tô limpinho.

 

Huang entendeu o que o outro quisera dizer, apenas ficou envergonhado demais para ter qualquer tipo de reação. Ele não era de ficar tímido facilmente, mas aquele outro chinês parecia falar sobre tudo com tanta naturalidade que as vezes ficava sem graça. E Lu Han interpretou aquele silencio como ignorância sobre o assunto.

 

– Fiz a chuca antes de sair de casa pra ir a balada. – esclareceu. – Sabe?

 

O mais novo afirmou com um aceno de cabeça, antes que o outro continuasse a querer entrar em detalhes.

 

– Ei, não precisa ficar com vergonha disso. – sorriu, achando-o fofo. – Se quiser posso usar o termo hidrocolonterapia.

 

– Não, é só quer... – não soube como se explicar e as palavras acabaram morrendo em sua boca.

 

– Ok, é sua primeira vez com um cara, vou pegar leve. – aquele sorriso brincalhão ainda continuava exposto nos lábios bonitos.

 

Lu curvou-se alcançando os lábios de Tao, voltando com os beijos. Sentiu mãos em suas coxas, e ficava feliz de que mesmo sem muita experiência o mais novo não fosse nenhum bobo, ele era atrevido e fazia as coisas direitinho. Mesmo que ele não fosse bom de cama, podia muito bem cavalgar sobre ele e talvez não perdesse a noite.

 

Suas mãos entraram por debaixo da camisa de Huang, sentindo sua pele quente, sentiu-o arfar entre beijos quando esfregou seus mamilos com as pontas dos dedos. Tirou então a camisa que vestia e deixou que ele tirasse a sua.

 

Aos poucos as peças foram sendo jogadas para fora do corpo e tudo era intenso e gostoso. Tao nunca pensou que fazer sexo com um cara fosse tão natural, talvez fosse pela experiência de Lu que lhe guiava muito bem.

 

O sexo foi bom, e no fim Tao acabou dormindo na casa de Han, por sugestão do mesmo.

 

2.

 

ZiTao sentiu-se perdido assim que acordou, não reconheceu onde estava e não sabiam que horas eram. Depois de sentado na cama que se lembrou se sua noite, mas olhando em volta no quarto percebeu que estava sozinho. Provavelmente o mais velho já tinha se levantado.

 

Esticou-se na cama e pegou sua calça que estava por perto, tirou seu celular do bolso e voltou a se sentar direito. Era uma hora da tarde. Espreguiçou-se e ouviu vozes vindas de fora do quarto. Reconheceu apenas uma, a de Han, mas não sabia se tinha uma ou mais pessoas lá na sala. Sentiu-se subitamente constrangido de sair do quarto.

 

Acabou por ficando por mexer em seu celular, talvez Lu voltasse logo e ele poderia apenas fingir que tinha acabado de acordar, ia ser bom se isso acontecesse.

 

Ouviu um barulho na porta e ergueu o olhar, vendo aquele chinês bonito entrar no quarto com uma xicara fumegante em sua mão. Sorriu-lhe ao ver que estava acordado.

 

– Não sabia que já tinha acordado, se não, trazia café para você também. – disse naturalmente, sentando-se na cama frente ao garoto.

 

O mais novo morde o lábio inferior, sem saber muito bem como agir, levemente constrangido com a situação. O que deveria responder? Será que já tinha que ir embora? Seria mal educado se fizesse isso? Sua falta de experiência era perceptível em seu olhar.

 

Ficou a observar Lu que nesse momento soprava seu café enquanto aguardava alguma palavra vinda de seu convidado.

 

– Bom dia... – disse Huang com a voz levemente rouca.

 

– Bom dia. – retribui, se inclinando para frente e deixando um selo nos lábios do menino tímido. – Não precisa ficar constrangido. – deu um risinho e então toma um gole de café.

 

– Não estou. – respondeu, achando-se tolo por negar, era óbvio que estava. Ficou feliz pelo mais velho não ter dito nada em resposta, apenas ter aberto um sorriso sincero e então beber mais um pouco de seu café.

 

O silencio que se seguiu não foi desagradável, Lu continuou a beber o seu café e o mais novo espreguiçou-se e deitou de novo na cama. Ouviu a caneca ser posada sobre a mesa de cabeceira, e sentiu um movimento na cama, logo o Han estava deitado ao seu lado com a cabeça apoiada em seu ombro.

 

– Alguma das pessoas que divide o apartamento com você já chegou? – perguntou mesmo já sabendo da resposta, mas estava curioso para saber quem era.

 

– Sim. – acomodou-se e fitou o rosto do menino. – Yifan. Ele é meu melhor amigo, veio na mesma época comigo para cursar faculdade aqui também. – explicou.

 

– Então você faz faculdade. Veio para cá pra isso?

 

– Sim e sim. – concordou. Mesmo conhecendo ZiTao apenas superficialmente, Lu era alguém que adorava conversar e contar da sua vida, e perguntar sobre a vida dos outros. Era comunicativo e fácil de lidar. – Na verdade viemos em três, Yifan, meu ex-namorado e eu.

 

E o mais novo se sentiu muito desconfortável com essa informação. O ex do cara podia aparecer daqui a pouco e eles estavam lá juntos, que situação que ia ser. Talvez eles lidassem com isso muito bem, mas para Tao aquilo era um tanto incomodo.

 

– Um tempo depois que morávamos aqui, – continuou contando. – Meu ex e eu acabamos brigando e terminando. Ele achou melhor se mudar e agora mora com a gente um intercambista que está estudando com o Yifan. Ele é tailandês. Acredita que eu não sei o nome dele até hoje? – riu.

 

– Como assim?!

 

– Já ouviu um nome tailandês antes? São muito diferentes. – se justificou. – O apelido dele é Mike, assim que eu conheço ele. Pra mim tá bom. – deu de ombros.

 

– Entendi.

 

Depois disso, nenhuma outra palavra foi trocada. Como Han conseguia agir assim tão naturalmente? Querendo ou não Tao era um completo estranho, se conheceram apenas em uma noite e o garoto agia como se fossem amigos a tempo. Mesmo o achando estranho não podia negar que estava encantado com aquele garoto; ele era muito bonito, agradável, simpático, divertido...

 

– Você tá com fome? – perguntou Lu interrompendo os pensamentos do outro.

 

– Um pouco. – quando o mais velho se sentou, fez o mesmo segurando seu braço antes que ele se afastasse.

 

– Hm?

 

– Sabe... Tô me sentindo meio estranho, não sei. – disse meio constrangido. – Essa situação.

 

Lu sorriu.

 

– Sabe, quando eu saio à noite, e encontro um cara legal e a gente acaba transando, eu não costumo trazer aqui pra casa. Normalmente a gente vai pra um motel ou sei lá, porque eu não conheço a pessoa. – explicou. – Mas, ontem quando eu te conheci, eu te achei uma pessoa legal, e eu senti um certo tipo de intimidade contigo como se eu te conhecesse já há algum tempo... sei lá. – deu de ombros, não ligando para o quanto absurdo aquilo parecia. – Achei que você parecia alguém legal e não me importei de te trazer aqui pra casa.

 

– Han... Vou ser sincero, você só está contribuindo para imagem de cara estranho que estou formando na minha cabeça. – disse sem a intensão de soar como uma ofensa, e ficou feliz que o outro não tenha ficado chateado e sim rido.

 

– Eu sei. As pessoas me acham um pouco estranho. – levantou-se. – Mas vamos, vista alguma coisa e venha comer algo. – e com isso ele saiu do quarto.

 

3.

 

Quatro da tarde foi o horário que chegou em casa, e estava muito feliz por seus pais não estarem em casa e reclamarem sobre isso. Tinha dito a eles que iria sair com uns amigos e dormiria na casa de um deles, mas que antes do almoço já estaria em casa.

 

Caminhou até seu quarto e uma das primeiras coisas a fazer foi colocar seu celular para carregar, já que tinha acabado a bateria. Pegou uma muda de roupa e a toalha e foi tomar banho. Quando voltou ao quarto novamente pegou seu celular, deixando-o conectado na tomada ainda, e foi ver as notificações.

 

Entre todas as que mais lhe importaram foram uma mensagem de Lu Han e uma de SeHun. Tinha passado seu número para o chinês e ele dissera que mandaria uma mensagem para que soubesse o dele também.

 

A mensagem era breve e só dizia.

 

“Aqui é o Han! Anote meu número hehe”

 

Sorriu e gravou na agenda telefônica o contato. Depois disso abriu a mensagem do seu melhor amigo.

 

“Fui na sua casa hoje cedo, sua mãe me disse que tinha saindo com uns amigos ontem à noite.”

 

E novamente tinha aquela sensação de traição. Odiava se sentir assim, ele não estava traindo ninguém! Porque diabos tinha que se sentir culpado?

 

O celular apitou avisando de mais uma mensagem. Era outra de SeHun.

 

“Quando chegar em casa me avisa? Queria conversar um pouco contigo.”

 

E assim o fez, discou o número do amigo e ligou para ele.

 

– Tao?

 

– Oi, Hun ah.

 

– Oi.

 

Era muito perceptível aquele tom apático do amigo. Muito provavelmente ele estava chateado por Huang ter saído sem falar nada com ele. Mesmo quando saíam sozinhos eles tinham o costume de comentar sobre isso pro outro.

 

– Cheguei agora em casa. – informou, meio sem saber como prosseguir a conversa.

 

– Hmm... – fez como se não se importasse.

 

– Você... Quer vir aqui?

 

Ouviu-o suspirar, e então concordar. A ligação foi encerrada.

 

Detestava o fato de estar se tornando tão suscetível a Oh, apenas uma palavra dele podia mudar completamente seu humor. Nesse momento estava em um misto de insegurança e irritação. Não gostou nenhum pouco da indiferença que SeHun tinha o tratado. E sabia muito bem que esse não era um bom momento para ambos conversarem, mas agora já estava feito, ele já estava chegando.


Notas Finais


O que acharam do capítulo? Por favor, se puderem, deixem comentários, fico feliz com eles e me anima para escrever mais! <3 Aceito criticas e elogios :)


Qualquer coisa:
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Ask: http://ask.fm/mit_ushi


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