- Olha só... Porque não deixamos isso de lado? Pelo menos por enquanto... Você não sentiu falta de BamBam? - O relaxamento de Mark me deixa surpresa.
- Eu acordei e vi que ele não estava aqui.... O que aconteceu? - Perguntei.
- Hoje é aniversário do pai dele. Ou seja, seus sogros estão aqui na Coreia!
- Q-QUE? - Gaguejei. Eu já sabia onde isso ia parar. - Mark, não me diga que eu...
- Sim! Você vai ter que conhecer os pais dele. Mas não se preocupe, eles são bem legais. Eu já te falei que sou amigo do BamBam desde que somos crianças?
- Eu não sei falar com adultos... Eu vou passar bastante vergonha! Aahhh por favor!
- O BamBam vai ficar chateado com você se você não for. Vamos, eu prometo pra você que não vai passar vergonha. Eu ajudo você.
- Ai tá... Quando tempo temos?
- Segundo ele, vai chegar do aeroporto com os pais em meia-hora. Então temos meia-hora.
- Caraca que lógica... Só não comente nada do que eu te falei agora ok?
- Hm? Ah, ok. Agora vai se arrumar. Fica bem bonita ok? - Balancei a cabeça concordando e saí. Tomei um banho, sequei e arrumei meu cabelo em uma trança, que eu faço só em casos extremamente formais. Coloquei um vestido simples branco, que o BamBam adorava quando eu o vestia, na verdade, ele gostava mais de outro vermelho um pouco mais curto e com maior decote. Desci de novo e Mark já me esperava. Fomos e ao chegar, os pais de BamBam já estavam no sofá, enquanto eles e o filho conversavam. Assim que entrei, os dois me olharam, dos pés à cabeça. Será que me aprovariam por eu não ser coreana? Não ter os olhos puxados, ou ser fofa como as garotas daqui. Não apresentaram reação, e voltaram seus olhares a BamBam, olhando-o como se estivessem perguntando o que aquilo significava. Ele veio e pegou minha mão, puxando-me até a frente deles.
- Mamãe e papai, essa é a Isa. Mark a salvou depois de sofrer um acidente e acabamos nos conhecendo a partir dele. Ela é minha namorada. - Sorriu. O pai parecia ter se animado, mas enquanto sua mãe...
- É um prazer conhecer você Isa... - O senhor levantou-se e segurou minha mão, balançando-a. - Espero que BamBam esteja cuidando muito bem de você. Sabe como ele é. - Riu.
- O prazer é todo meu. E sim, ele está... Não se preocupe com isso. - Sorri gentilmente.
- Mamãe, a senhora não vai cumprimentá-lá? - BamBam perguntou a mulher, que ainda me analisava.
- Filho, você sabe que a mãe ama muito você mas... Eu pedi você pra arrumar uma garota rica, famosa como essas de Girl Group e de preferência Coreana... - Ela me olhou desprezívelmente e me intimidou totalmente. BamBam parecia ter ficado um pouco surpreso com as palavras da senhora.
- Perdoe minha esposa... Ela é meio ciumenta... - O pai falou. - Não estamos muito acostumados com estrangeiros, exceto o Mark.
- N-Não se preocupe... Eu entendo... - Sorri ainda bastante intimidada. - Do mesmo jeito, é um prazer conhecê-la. - Seu olhar ainda era frio. Resolvi apenas me afastar um pouco, mas antes que eu pudesse mover apenas um dedo...
- É bom que não decepcione nunca o meu filho. Ele realmente não merece nada de ruim, e isso é tudo o que você é. - Um silêncio tomou a sala. Todos travaram. Isso realmente me atingiu no fundo da minha alma. Eu encolhi e juntei minhas mãos, com a cabeça abaixada.
- S-Sim senhora... - Disse com a voz baixa e Suspirei. Pelo jeito, BamBam percebeu que depois das palavras de sua mãe eu havia ficado bastante sem graça.
- Mamãe, eu já tenho 18 anos. Acho que tenho o direito de fazer minhas escolhas agora não é? - Disse.
- Mas meu filho, eu só quero o seu bem.
- Vou dizer como a senhora disse... - BamBam me olhou segurando a minha mão. - Isso é tudo o que ela é... - Sorri. Eu nunca havia ouvido coisa mais fofa, e rapidamente o abracei bem forte.
- Viu querida? Você não precisa ter ciúme do BamBam... Pelo jeito a garota é como um anjo pra ele. - O pai disse, sorrindo para nós.
- Humpf... Certo... Seja bem-vinda e cuide muito bem de BamBam, Isa. Perdoe meu comportamento, eu só... Quero o melhor pro meu filho. - A senhora disse sorrindo. Apenas balancei a cabeça dizendo que estava tudo bem. Agora sim, eu me sentia super bem de ter sido finalmente aceita por eles. Bem como Mark disse, não foi tão difícil.
- Certo, agora deixe que os dois pombinhos fiquem juntos enquanto a mamãe prepara o almoço... - O pai disse.
- Faz frango mãe? Por favooor! - BamBam implorou.
- Tudo bem... Agora vá aproveitar. - Subi para o quarto junto de BamBam e fui até sua cama, deitando-me. Fazia bastante tempo desde a última vez em que vim aqui. Ele se deitou do meu lado, parecia extremamente satisfeito de poder rever seus pais. Me sentei em seu colo e deitei-me sobre si, o encarando e sorrindo. BamBam olhava pro teto com seu ante-braço apoiado em sua testa, um pouco avoado. Apertei suas bochechas enormes para que voltasse ao planeta terra e ele me olhou assustado, mas logo riu.
- Você acha que isso é legal? - Disse sem interromper a risada. - Vou te mostrar o quanto é legal. - Ele me jogou deitada e começou a me fazer cócegas. Eu gargalhava como uma gazela sendo atacada, aliás, nós dois. Depois de meio minuto inteiro sofrendo, ele parou, e eu estava extremamente ofegante.
~ No andar debaixo ~
- Você está ouvindo isso, querido? - Eu disse, ouvindo alguns gritos e estalos, provavelmente de cama vindos do quarto de BamBam
- Sim, eu estou. Esse é o meu garoto.
~Mark POV.~
- Jackson, desculpe a demora, eu tive que deixar a Isa na casa do BamBam. - Falei, indo até o rapaz sentado em um dos bancos do parque principal da cidade, que para nossa sorte estava completamente vazio.
- Não sé preocupe, você só se atrasou um minuto. Marcamos onze e meia, agora são onze e trinta e um. Mas ok.
- Porque você me chamou pra cá mesmo?
- Só queria passar um tempo com você... Aproveitar que você vai se livrar dela por quase um dia, poderíamos passar esse meio-tempo juntos, não?
- É você tem razão...
- Eu vim aqui primeiro só pra te dizer uma coisa, Mark. - Jackson sorriu vermelho.
- O que foi? É algo muito importante?
- Bom, pra mim é. Já pra você... Eu não sei.
- Fala logo, estou curioso! - Segurei firmemente as mãos dele e as chacoalhei, fazendo um bico com o meu beiço e enchendo as bochechas. Jackson comecou a se aproximar de mim lentamente, principalmente de meus lábios. Eu só o olhei, esperando que fizesse algo, eu não me importaria de qualquer coisa que ele ia fazer. Chegou perto de meu ouvido, e cochichou, no tom de voz mais sexy que eu já havia ouvido dele em toda a minha vida.
- Eu te amo. - Depois dessas simples 3 palavras, Jackson rapidamente me deu um beijo, abraçando-me. Nos primeiros segundos, eu ainda calculava o que ele havia feito, mas depois eu me dei conta e o beijei de volta, intensamente. Eu esperava por esse momento a muito tempo. Separamos , mas, ainda nos encarando, eu o respondi.
- Eu também amo você, Wang. - Novamente, selamos nossos lábios, passando cada sentimento que um sentia pelo outro naquele exato momento. Depois, sorrimos, encostando nossas testas e segurando nossas mãos.
Agora sim, Jackson. Agora finalmente você entendeu, o que eu realmente quis dizer, esse tempo todo.
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