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História Just Right - Segunda Temporada - Surpresas, lembranças e mudanças


Escrita por: hongsewob

Notas do Autor


Yaaay~
Obrigada a Gabi que me ajudou com esse capítulo, mesmo <3 gente essa menina é um anjo

Capítulo 6 - Surpresas, lembranças e mudanças


Fazia poucas horas que havíamos voltado do shopping, e Mark veio aproximando-se de mim, provavelmente escondendo atrás de si algo. Seu olhar perverso despertava-me cada vez mais curiosidade, a medida que aumentava seus passos e chegava até mim. Ao chegar a seu limite, continuou me encarando, e eu realmente queria saber o que ele estava escondendo. O encarei do mesmo jeito que fazia.

- O que você tá escondendo? - Perguntei, apelando para as infinitas tentativas de olhar, porém era driblada a cada uma dessas.

- Você vai ter que vir aqui descobrir. - Mark soltou uma risada, enquanto eu pulava nele, ainda com tentativas de pegar aquele tão misterioso. Foram cinco minutos de 'pega ladrão' e consegui fazer com que desistisse, revelando-me dois passaportes, ambos para o Brasil, que era meu país natal. Eu parei na hora que Mark colocou os dois pedaços de papel na minha cara, pegando-os rapidamente e depois vendo meu passado ali nas minhas minhas duas mãos, porém, dessa vez, com minha nova família. O abracei o mais forte que podia (ou como devo traduzir, nosso tradicional "abraço de urso"). Então era por causa disso que Mark não me deixou ver suas conversas. Uma das melhores surpresas que já recebi na minha vida, eu admito. No momento eu não conseguia achar nenhuma palavra para descrever o que eu estava sentindo, de tão feliz que eu me encontrava. Agora era só aguentar a ansiedade, até o grande dia chegar. 

~~ Algumas semanas depois~~

- ISA, VOCÊ JÁ TÁ PRONTA? - Um berro veio da sala. Eu ainda estava arrumando minha mala, porém achei que haviam se acostumado com o fato de eu ser bastante atrasada, e até usar como exemplo, todas as vezes em que saí com os rapazes. Desci rapidamente, e já estavam todos reunidos na sala, apenas esperando a atrasada, vulgo, eu. Fiquei feliz apenas de lembrar que passaríamos o ano novo lá, então seria bastante tempo para matar a saudade. Chegamos ao aeroporto, onde os rapazes tiveram de dar uma parada para cumprimentar algumas iGot7s, darem autógrafos, enquanto eu apenas aguardava pacientemente (mentira). Entramos no avião, e poderíamos dizer que eu realmente estava nervosa. Sentei na janela, e peguei meu travesseiro de colocar no pescoço, já me preparando para dormir, porque bem, eu ia para o outro lado do mundo, não queria ficar quase um dia inteiro dentro de um avião fazendo exatamente nada. 

Eu admito que parte do meu trauma já havia passado, porém, retornaram quando eu comecei a sonhar. Deveria chamar aquilo de pesadelo, isso sim, já que minha mente reproduziu de um jeito idêntico aquele dia, só que com os rapazes. Eu já estava bem acostumada com esse tipo de pesadelo, porém com eles, nunca. Tudo isso fez com que eu acordasse num baita pulo, e meu coração parecia estar sambando dentro de mim. Yugyeom estava sentado do meu lado, mexendo em seu iPad, quando notou meu susto, guardando o aparelho rapidamente e virou-se para mim preocupado. Eu estava com minhas mãos no rosto, ainda recuperando-me do susto, e meu rosto foi revelado por Yugyeom, que segurava meus pulsos obrigando-me a encarar sua expressão de preocupação, surpresa por ver meu rosto vermelho tomado por lágrimas. 

- Teve outro daqueles pesadelos...? - Afirmei balançando a cabeça, enquanto suas mãos limpavam delicadamente as infinitas lágrimas que caíam em meu rosto. Ele me abraçou fortemente, que fez com que eu ficasse extremamente calma. Aconcheguei-me entre o envolvimento, e dormi novamente, só que dessa vez, sentindo-me mais segura, de que mais nada iria cair (por agora).

Demorou bastante tempo para que pudéssemos chegar, porém, aterrisamos em segurança, o que me deixa mais aliviada. Foi tão gratificante poder ter pisado em terra firme de novo, que eu quase caí quando coloquei o pé no chão (sério). Havíamos decido na minha cidade Natal, haviam praias muito bonitas aqui, que só de olhar, um sorriso brota no meu rosto, de lembrar quando eu era uma criança e ficava procurando conchinhas na areia com meu pai. Perguntei a Mark se podíamos dar uma passada aonde eu morava, ele concordou com a idéia, porém achou melhor que a gente descansasse primeiro. É verdade, sinto-me como se tivesse carregado cinco sacos enormes de batatas por quase um dia. Chegamos no Hotel, e a primeira reação que pude ter foi me jogar na cama, e abraçar aquele colchão tão macio, que me convidava para dormir ali mesmo, um convite impossível de ser recusado. 

Acordei tempo depois, com um peteleco na cabeça, maldito seja Junior. Ele estava me chamando pois o jantar já estava pronto, e que os rapazes pediram ele pra vir me acordar. Passei a mão em minha testa e retornei seu gesto extremamente "gentil" de acordar alguém, e o outro apenas riu. Lavei meu rosto e fomos, e na mesa tinha alguma das minhas comidas favoritas! Corri e sentei ao lado de Mark, eu estava morrendo de fome.

- Da próxima, lembrem de não mandar o Junior para me acordar. - Falei, enquanto me servia.

- O YoungJae queria te acordar com um berro dele, e eu te garanto que teria sido muito pior. - JB falou. É, essa eu realmente não posso discordar.

- Acredita que eu já tinha dado mais cinco petelecos antes e você sequer acordou? - Agora sei o que eram aquelas abelhas com martelos do meu sonho, que insistiam em bater em mim.

- Acredita que você tem uma boca e pode me acordar com a voz? 

- Nós também tentamos, mas você não acordou. 

- É impressionante como seu sono consegue ser pesado assim como o do Youngjae. - JB falou, preenchendo sua boca com uma boa garfada de espaguete logo em seguida. Ficamos ali comendo, e depois que todos terminaram, decidimos passar na praia, que ficava vazia de noite, porém, era sempre bom passar lá a esse horário, tanto quanto para olhar as estrelas, colocar os pés na água. Tirei rapidamente minhas sapatilhas apenas para ter o prazer de sentir aquela areia branquinha e macia envolvendo meus pés, enquanto eu saltitava em cima dela. 

Voltamos pro hotel, ah, sentir aquela cama macia de novo, com a segurança que não iria levar um peteleco na testa de novo. Rapidamente peguei no sono.

De manhã, eu e Mark acordamos primeiro, porém, com uma razão: visitar minha antiga casa. Eu gostava muito daqui quando amanhecia, já que tinha uma brisa gelada muito gostosa, e ver o nascer do Sol acompanhada do vento é maravilhoso, eu posso te garantir! Chegamos lá rapidinho, e eu me sinto extremamente sortuda e esperta por ainda ter uma chave reserva de casa, já que né, nunca se sabe quando vai precisar. Me senti triste de ter visto aquele lugar extremamente vazio, e ainda estava arrumado como mamãe deixou antes de sairmos para viagem, e soltei um suspiro. Comecei a andar pela sala principal, passando levemente a mão por cima dos móveis organizados, e empoeirados devido a falta de movimento que já não tivera a tempos.

Vasculhei e redescobri cada cômodo, deixando rastros por onde eu passava, relembrando os momentos felizes que passei ali, risadas, tristezas, cada pecinha especial desse quebra-cabeça todo chamado vida, que eu montei enquanto vivia aqui. Entrei no quarto dos meus irmãos, dos meus pais, e quando entrei no meu, não pude segurar as lágrimas que já então estavam desesperadas para saírem. Todos os meus pôsteres, meu notebook, roupas, revistas, e principalmente as fotos que se encontravam em um quadro de aço, presos em ímãs coloridos. Não hesitei em pegar algumas, e enquanto eu recolhia as mais importantes, Mark comentou sobre os pôsteres de Got7 que eu tinha na parede e alguns álbuns que estavam na estante ao lado da televisão.

- Que fofa, você era mesmo uma fã nossa uh? - Disse sorrindo, enquanto pegava o álbum recente de Just Right e o olhava admirado. 

- Bastante... - Sorri, recolhendo a última foto e virando-me para ele, que guardou o objeto novamente em seu lugar e pôs as mãos juntas atrás das costas e se aproximando de mim. Guardei as fotos no bolso do meu moletom e o encarei, com as mãos também depositadas no mesmo lugar. Ficamos cinco segundos nos encarando, até que riu.

- Você é baixinha. - Disse. Ah, e no momento em que suas palavras entraram em minha mente, pude ver em sua imagem o meu irmão, que sempre fizera isso pra me animar quando não me sentia bem. Fiz um bico com o beiço, mas logo sorri, acompanhando sua risada, e o abracei forte. Mark me carregou em cima de seu ombro, me levando para a sala. Ele realmente havia gostado da casa, e estava bastante animado assim como eu. Perguntou se eu havia terminado de matar a saudade, e respondi que faltava apenas um detalhe... Corri até a cozinha e voltei com uma caixinha de madeira com detalhes em dourado, e Mark me olhou curioso, querendo saber o que era. Abri devagar a tampa da caixa e lá estavam: os chocolates que meu pai sempre trazia do trabalho, e depositava-os no recipiente, e acrescentava que apenas poderíamos comer nos fins de semana. Como ele não estava mais presente, eu peguei um e dei outro para Mark. Ah, aquele sabor delicioso de chocolate com marshmallow, que deixava-me louca em meio a tanta nostalgia.

Voltamos pra casa de braços dados, cantarolando músicas coreanas que havia me ensinado durante todo esse tempo, enquanto rondava pelas calçadas que já começavam a ter movimento a essa hora da manhã, a caminho do hotel. Chegando lá, alguns já estavam acordados, e acabamos nos deparando com um Youngjae sonâmbulo no meio do corredor, ou pelo menos parecia, e se não fosse, poderia ser facilmente confundido com o "menino do corredor". Disse um Bom Dia manhoso e voltou para seu quarto. Eu e Mark rimos baixinho em segredo e entramos em nosso aposento, onde Jackson ainda dormia na cama de Mark, encolhido no meio dos cobertores brancos. Deixei as coisas que recolhi dentro da minha bolsa e fiquei na sacada que tinha no apartamento, olhando o fim do nascer do Sol, e aproveitando a pouca brisa gelada que ainda soprava. O cheiro do mar que exalava da praia a frente do edifício que estávamos. Pude sentir braços envolvendo minha cintura, enquanto um corpo sem camisa encostava-se no meu, e na hora, pude notar que era BamBam. Eu não tive reação, e pela primeira vez, não me senti confortável com suas acaricias presentes, porém, hesitei em tentar sair de seus braços, já que o outro parecia tão envolvido com o momento. Apenas continuei parada, esperando até que saísse. Não que eu odeie BamBam, nem seus carinhos, apenas senti um leve desconforto, e eu não esperava algo assim.

Voltei para a cama e comecei a escutar música, agora um pouco mais séria e sem graça. Fiquei assim por algumas horas, até todos decidirmos passar a tarde na praia. Chegando lá, todos já iam tirando suas roupas. Não me surpreendi com a animação deles, já que suas peles eram brancas como papel, mas eu estava mesmo era nervosa por exibir o meu corpo. Eu não tinha seios muito fartos, nem coxas a um ponto que podem ser exibidas. Na minha escola, sempre diziam que eu tinha o corpo perfeito, porém, eu não concordo. Mesmo que eu já tenha recebido muitos convites para ser modelo, que foram recusados. Mark disse para que eu não tivesse vergonha de mim mesma, e que deveria me amar e ser mais confiante. Ah, eu concordo, porém, ainda vai levar um tempo até eu superar isso. Tirei meu short e minha cropped, passei protetor e fiquei ali, relaxando. Algumas pessoas que passavam tendiam a olhar para mim, deixando-me levemente ruborizada. Notei que BamBam também olhava para algumas garotas, porém, não senti o ciúme de sempre, o que era também estranho, assim como mais cedo, quando eu não queria ficar perto de BamBam. Não demorou muito para passar aqueles clássicos vendedores de água de coco, e eu não podia deixar passar em branco. Comprei um e comecei a tomá-lo, e os garotos me acompanharam, aprovando. O clássico gostinho doce, me fazia lembrar bastante de antigamente. Eu realmente me sinto muito bem de estar aqui de novo.

Depois de aproveitar aquela praia toda, o pôr do Sol expunha sua beleza ao horizonte do oceano. A área onde estávamos na praia já esvaziara bastante a essa hora, e só tínhamos nos lá. Vesti apenas meu short e deixei meu cabelo preso em um coque mal-feito, e enquanto ia andando junto com os rapazes, BamBam me chamou, puxando-me para um canto mais privado, onde o Sol marcava a nossa silhueta certinho. Ele segurou minhas mãos e encarou-me, sorrindo levemente. Eu não tive reação, e apenas o olhei de volta, esperando que fizesse logo o que queria. Aproximou-se para me beijar, e eu recuei um pouco, impedindo-o e depois, coloquei meu palmo sobre seus lábios, e o afastei. Minha atitude o deixou surpreso e confuso. E eu olhei para o lado.

- ...? O que foi? - Perguntou, tirando minha mão e soltando as duas.

- Nada... Só... Não quero mais...

- O que quer dizer com isso? - Virou sua cabeça levemente para o lado, sem entender.

- Não me sinto confortável... Desde que... Nós brigamos, não sinto a mesma coisa que sentia, a mesma emoção... Me desculpa. - BamBam suspirou. 

- Acredite, eu também não... - Um sorriso bem pequeno surgiu em seu rosto. - Só tentei me aproximar mais de você para ver se eu conseguia mas... Sem sucesso... Mesmo...

- Me sinto culpada.

- Não, não se sinta, sério. Eu entendo, mesmo, e eu também não estou me sentindo muito satisfeito.

- Acha que deveríamos... Ficar apenas amigos ou continuar insistindo?

- Amizade já basta, não quero forçar a barra com você. - Beijou minha testa. - Vamos... Aliás, vi que está bastante amiga do Yugyeom. - Suas últimas palavras fizeram-me ruborizar.

- S-Sim... 

- Não se preocupe, não ligo pra vocês dois se realmente estiverem juntos... Acho até legal... - Pelo jeito notou minha insegurança. Suspirei e sorri um pouco, e chegamos até onde os outros estavam. Eu me sentia livre e aliviada, já que BamBam não se importou muito. Abaixei minha cabeça e sorri para mim mesma, enquanto pude sentir um dedo mindinho cruzar-se com o meu, e deixarei que você descubra quem foi.

Chegando ao Hotel novamente, fui diretamente para o banho, tirar todo aquele Sal e toda aquela areia do meu corpo. Saí sentindo-me extremamente relaxada, sequei meu cabelo e saí, deitando-me ao lado de Mark, que mexia em seu celular na cama, e fiz questão de deitar em seu ombro. Ele estava organizando algumas fotos que tirou com os outros membros, e logo que notou minha presença, estendeu seu celular para o alto, mostrando que queria tirar uma comigo também, postando-a em seu Instagram. Era legal quando uma foto comigo ou uma foto minha recebia muitas curtidas, pelo menos para mim, eu me sentia especial e importante. Mark passou seu braço atrás de meu pescoço e me confortou.

- Você parecia tão leve hoje, o que aconteceu? - Perguntou, deixando o celular no criado-mudo branco ao lado da cama, e virou-se para mim.

- Ah, Oppa... Apenas um alívio de que tudo está certo agora... E não precisarei de me preocupar com algo complicado por muito tempo... - Pude ver o sorriso que se formou no rosto de Mark.

É, ele entendeu a mensagem.

 


Notas Finais


Eu estou preparada para alguns apedrejamentos
MESMO


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