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História Just Sex - Catorze - O troco.


Escrita por: AnnieParker

Notas do Autor


Obrigada a todos os comentários! Responderei a todos depois, estou postando agora por que não terei tempo mais tarde.
Desculpem qualquer erro no capítulo, me avisem qualquer coisa.
Boa leitura o/
~ Não me matem e-e

Capítulo 15 - Catorze - O troco.


É noite. Como a viagem de ônibus demora mais que de moto, são oito horas quando chego ao centro urbano. Foi uma viagem horrível, considerando que estou praticamente nua e sem bolsa. Fiz o Jellal me dar sua jaqueta para que eu ficasse mais... protegida. Comi alguma coisa gordurosa na rodoviária só para não ficar de estômago vazio e ter forças para bater em certo alguém se for necessário. Mas sei exatamente o que fazer para domá-lo.

Depois de andar por alguns minutos, me encolhendo dentro da jaqueta fedorenta do azulado na tentativa de me esconder dos milhares de olhares masculinos, para não ter que pular em cima de cada um deles e ser presa outra vez, chego na mansão dos Dragneel.

O senhor Dragneel é um grande amigo de meu pai. Depois da confusão que tive com o filho dele, nossas famílias se distanciaram bastante, mas sei que ainda mantêm contato.

Fico pensando no que o algodão doce me disse outro dia na aula.

“Talvez eles só finjam me odiar, para não magoar você.”

Isso não é verdade. Por que sei que meus pais, nem mesmo o Laxus, odeia o Dragneel. Quem o xinga sou eu, quem o odeia sou eu. E eles... Eles só me ouvem. Nem dizem sim, nem não. É uma coisa complicada, mas não dou bola para isso. Não quero que ninguém compre minhas brigas ou minhas mágoas.

Paro em frente ao portão e aperto o interfone. Abaixo mais os vestido nas pernas e ajeito o casaco para ficar mais apresentável na câmera do interfone. E dou meu melhor sorriso.

– Quem deseja? – Diz uma voz masculina. Conheço de imediato. É Caprico, o segurança da mansão. Nem preciso dizer que eles são mais ricos do que nós. Na verdade, nem somos ricos mesmo. Digamos que somos de classe média.

– É Lucy, Caprico!  Lembra-se de mim?

Os segundos de silêncio expressam sua surpresa.

– Lucy! Quase não te reconheci, você está diferente.

– É, pois é. – Isso sou eu sem saber o que dizer. – Então, não vai abrir para mim?

Silêncio de novo.

– Ah, sim! Mas é claro, me desculpe. – Ouço um clique e logo em seguida os grandes portões se abrem automaticamente. – É que faz anos que você não vem aqui.

Ele está tenso. Com certeza ele sabe da história. Mas como sou cara de pau, finjo que nada aconteceu. Por isso não esclareço nada. Ele deve estar uma pilha.

– Obrigada por abrir!

Entro rapidamente antes que ele fale mais alguma coisa. Caminho pela passagem iluminada com rapidez, me sentindo até um pouco... Nervosa. Ainda não acredito que vou fazer o que estou pensando em fazer.

Antes que eu termine de subir os degraus até a varanda, a porta da frente se abre com rapidez. Vejo uma senhora de cabelos rosados presos em um coque, com um vestido de algodão azul claro e com o rosto do jeitinho que eu me lembrava. Provavelmente Caprico a chamou no desespero quando entrei.

– Minha Lucinha?

– Vovó...

Corro para abraçá-la. Ela me envolve com seus braços aconchegantes, seu perfume cheirando a café e bolo. A avó do Dragneel, Polyushka, que a considero minha avó, já que não conheci as minhas. A única pessoa que me faz voltar a ser um pouquinho do que era antes. Por que eu não preciso me proteger da vovó. Com ela, posso ser um pouco mais sincera do que com outras pessoas, como as meninas. Mesmo que eu não conte tudo, ela me conhece mais do que eu mesma.

Uma grande amiga.

– Lucinha. – Ela afasta meu cabelo do rosto e me beija na testa. – Faz tanto tempo que não vejo você. Se eu não tivesse ido te ver esses anos, nós nunca nos veríamos.

Me afasto e abaixo a cabeça.

– Sinto muito, vovó.

– Oh, minha querida. Eu sei, eu sei. Esse meu neto fez besteira, eu sei disso. – Balanço a cabeça e ela me olha melhor. – Você está diferente.

– Todo mundo me diz isso.

Estou até enjoada de ouvir. Eu sei que mudei muito desde aquele dia.

Mas vovó balança a cabeça e fala como se ouvisse meus pensamentos.

– Não, não do jeito que está pensando. Aconteceu algo esses dias? – Engulo em seco. Zona de perigo. – O Dinho¹ também chegou estranho hoje.

– Não aconteceu nada, vovó. – Tento parecer o mais normal possível. – Mas eu preciso... Er... Falar com o Natsu.

Minha garganta pareceu doer ao pronunciar seu nome. Ainda não acredito que o fiz quando estava desesperada no escuro.

Vovó parece ficar nervosa.

– Falar com ele? Mas vocês...

– Estamos nos resolvendo, vovó. – E isso não deixa de ser verdade.

– Por que não tomamos um chá na cozinha? Assei uns biscoitos hoje à tarde e eles ainda estão quentinhos na estufa.

Quando ela tira minha jaqueta e sai me arrastando de modo suspeito pela casa, sei que algo está errado.

– Vovó, aconteceu alguma coisa?

– O Dinho está com um colega no quarto. Vamos tomar um chazinho enquanto esperamos.

Olho para a escada, ouvindo os barulhos abafados lá de cima. Estreito os olhos.

– Mais tarde, vovó. – Me solto delicadamente de seu braço. Agora que tenho que subir mesmo.

Filho da puta desgraçado!

– Mas meu anjo...

Subo as escadas correndo, os sons vão ficando mais altos à medida que vou em direção ao quarto no fim do corredor. Giro a maçaneta e encontro a porta fechada, mas não penso duas vezes em me afastar e arrombá-la com um chute.

A cena que encontro é nojenta.

Não acredito nisso...

Sempre achei ridículo quando via essas cenas em filmes. A expressão de choque da mulher e a surpresa do homem ao dizer a famosa frase “não é nada disso que você está pensando”. O que é até engraçado, já que o cara está em cima da cama transando loucamente com outra mulher.

Que é exatamente o que Dragneel está fazendo. Com uma garota de quatro, que grita mais que guaxinim com o rabo preso na porta. Ela parece estar gostando mais que ele, já que o desgraçado faz tudo com uma cara de que está comendo chuchu cozido: Totalmente sem gosto.

Eles param abruptamente quando invado o quarto com brutalidade. A garota dá um gritinho escroto e fino, rapidamente se cobrindo com os lençóis. E eu fico ali, olhando diretamente nos olhos da criatura que parece não ligar para o que está acontecendo.

– Dragneel...

Estou com raiva. O maldito me deixou lá sozinha, para estar aqui fazendo algo quem nem parecia estar gostando!

Olho para a garota, que se encolhe mais ainda, com a cara assustada. Fico intrigada por alguns instantes por perceber que ela é bem parecida comigo, igualmente loira. A diferença é que sou natural.

– Chegou cedo, loirinha. – Volto minha atenção para ele, que jogou a camisinha no chão e está vestindo a cueca calmamente e sorrindo com sarcasmo. Por dentro fico aliviada por ele ter se protegido. Senta na poltrona de modo despreocupado: – Não esperava te ver tão cedo. Adorei o vestido, seria um prazer tirá-lo com os dentes.

Passo direto pela cama a passos pesados e estapeio seu rosto com força.

Seus olhos mudam no instante em que ele me olha com ódio, mas volta a si de novo e põe a mão no rosto com uma expressão maliciosa.

– Isso tudo é ciúmes, amorzinho?

– Você é desprezível, Dragneel.

– E-eu não sabia que você tinha namorada! – A garota ousa se pronunciar, me fazendo recordar de sua existência.

Vou até a cama e ela grita quando a levanto do chão pelo lençol.

– Não somos porra nenhuma, muito menos você. Você nunca veio aqui, nunca me viu aqui, muito menos conheceu esse filho da puta com quem você estava trepando. – A loira oxigenada treme em meus braços. Sinto um pouco de pena dela, mas é a vida. – Você entendeu bem?

A solto no chão quando ela balança a cabeça com veemência repetidas vezes. Pego um amontoado de roupas e sapatos do chão e jogo em cima dela.

– Agora, vaza.

Mal pisco e a garota sai rapidamente tropeçando nos próprios pés. Avisto minha mochila no canto da sala, respiro fundo e me volto para Dragneel, que continua no mesmo lugar, agora com o rosto vermelho e olhando para o nada.

– Não espere nada sentimental da minha parte. – Ele olha para mim quando paro em frente a ele. – Não ligo para as mulheres que você ficou, ou vai ficar. Mas enquanto estiver comigo... – Levanto o vestido e o empurro para trás, sentando em seu colo em seguida. – Quero exclusividade.

Tomo seus lábios para mim.

Dragneel parece apático no começo, mas logo me corresponde, passando a ficar mais desesperado a cada segundo que passa. Ele aperta minha cintura com força, tentando colocar as mãos por dentro do meu vestido, mas o afasto com repreensão.

Aproveito a deixa de sua aparente desorientação e saio de cima dele, o puxando pela barra da cueca até o banheiro. O jogo dentro do box e ligo os dois chuveiros com água morna.

Ele tenta tirar minha roupa, mas essa não é minha intenção no momento. Ainda vestida, o empurro contra a parede e beijo seu pescoço, descendo com uma trilha pelo ombro, peito e abdômen. A respiração dele vai ficando mais irregular à medida que desço e, parecendo acordar, segura meu braço com força aproximando seu rosto do meu.

– O que está fazendo? – Pergunta, ofegante.

Sorrio diabolicamente.

– Exatamente isso que você está pensando.

Antes que ele possa retrucar, abaixo sua cueca de vez e tomo seu sexo rígido em minha boca.

Dragneel solta um gemido alto de surpresa e prazer.

Nunca pensei que saberia o que fazer nessa hora. Também nunca pensei que sentiria prazer nisso, então não é difícil continuar com o ritmo. Ele aperta meu ombro com força, às vezes segurando meu cabelo, me ajudando no processo. Seus gemidos vão ficando cada vez mais altos, o que me instiga a continuar com mais avidez.

– Oh, Deus. L-Lucy, eu vou...

Levanto rapidamente, encostando a boca em seu ouvido enquanto continuo a masturbá-lo com as mãos.

– Goza pra mim.

Praticamente obrigado a atender meu pedido, Dragneel se segura em meus braços, apoiando a cabeça em meus seios. Sinto seu gozo em minha mão quando ele atinge o orgasmo, soltando um gemido profundo e gutural.

Ele respira descompassadamente em meu pescoço. Mas então o afasto e ele se apóia na parede, olhando para mim como se estivesse com vergonha... e algo a mais.

– Eu te tenho nas mãos, saiba disso. – Sorrio vitoriosa e lavo as mãos na água. Beijo sua boca com um selinho e saio de dentro do box. Totalmente encharcada, mas valeu a pena.

– Espera, você já vai embora? – Olho para trás e o encontro escorregando pela parede, suas pernas tremem e seu rosto está rubro. Completamente esgotado.

Pisco um olho para ele.

Perdi o tesão.²

Saio dali antes que ele crie forças para vir atrás de mim, pegando minha mochila no caminho. Pulo a porta quebrada no chão e desço as escadas com um sorriso satisfeito, encontrando vovó me esperando lá em baixo.

– Lucinha, o que aconteceu? – Ela segura meu rosto. – Você está toda molhada, querida! Venha se secar.

Põe molhada nisso. Mas deixo o trocadilho pervertido em minha própria mente.

– Não precisa, vovó. – Digo antes que ela me arraste para algum lugar. Preciso sair agora mesmo. – Eu tenho que ir.

– Você brigou com o Dinho? – Ela parece nervosa.

– Digamos que eu dei uma lição no seu neto. – Beijo sua bochecha. – Outro dia conversamos melhor, até mais!

Pego a jaqueta fedorenta do gancho e vou correndo até a saída. Caprico abre o portão para mim sem que eu precise falar nada e eu agradeço por isso. No caminho me lembro de uma coisa muito importante, e faço um desvio antes de ir para casa.

Entro na farmácia em que Loke trabalha e o ar condicionado forte me faz tremer mais ainda de frio. O encontro atrás do balcão de vidro, escrevendo alguma coisa no papel. Ele olha para cima quando paro em frente a ele, me reconhecendo de imediato.

– Lucy! O que houve com você?

Reviro os olhos quando ele faz a volta para ficar de frente a mim, tirando o próprio jaleco para me aquecer.

– Está toda molhada!

– Não diga. – Solto um espirro. Ótimo. – Eu preciso de um remédio.

– Para resfriado? – Pergunta, já voltando para o balcão.

– Não. – Engulo em seco, com vergonha de dizer. Loke é meu amigo de infância, e ainda por cima homem. Mas desde quando ligo para essas coisas mesmo? – É para...

– Lucy! – A mãe de Loke surge do nada. – Querida, você está congelando. Venha até aqui.

Vou de encontro a ela, que afaga meu cabelo. Mulher estranha, me trata como se nos conhecemos mesmo, sendo que nunca via a mãe do Loke quando era criança. Segundo ele, ela nunca vinha em casa. Mas ela diz me conhecer e eu apenas não me lembro disso.

Tenho amnésia e não estou sabendo.

– Filho, vou levá-la para a minha sala. – Loke confirma com a cabeça e ela sai me arrastando para dentro. Logo estou em seu escritório com temperatura normal, sentada de frente para uma escrivaninha.

– Eu não sei o seu nome. – Digo quando ela me entrega uma xícara de café e senta em cima da mesa.

– É Evergreen. – Sorri para mim.

Evergreen é uma mulher bonita, jovem demais para ser mãe do Loke. Seus cabelos castanhos caramelo estão presos num rabo de cavalo e ela usa óculos de grau assim como o filho. Parece ser uma boa pessoa.

– Evergreen. – Repito enquanto beberico o café, tentando achar alguma familiaridade com o nome em minhas lembranças.

– Agora, moça. O que houve com você?

– Eu não quero falar sobre isso.

– Tudo bem. – Ela ergue as mãos. – Mas ouvi você pedindo um remédio, do que precisa?

Respiro fundo. Me sinto melhor falando isso para uma mulher.

– De uma pílula do dia seguinte.

Evergreen me olha como se eu tivesse dito que queria trocar de sexo.

– O quê? Não venha com esse papo de “você é tão nova”. – Bufo e faço aspas com as mãos. – Em primeiro lugar, nem te conheço direito.

– Não, eu só... – Balança a cabeça. – Tudo bem. Vou buscar.

Alguns segundos depois ela volta com um caixinha, um copo d’água e uma seringa.

– Tome. – Olho para o comprimido minúsculo imaginando se esse negocinho vai fazer efeito em mim. Arqueio as sombrancelhas.

– Pode tomar, é assim mesmo.

Dou nos ombros e engulo o micro comprimido.

– E para quê essa seringa? – Pergunto depois de lhe entregar o copo e tirar o jaleco que Loke havia me dado.

– Anticoncepcional. – Ela balança o objeto em minha frente. – Uma injeção dessa por mês, e você fica livre de preocupações.

– Tipo, 100% mesmo de proteção?

– Existe uma probabilidade de falha, mas fica na casa do 1%, por isso é raríssimo de acontecer.

Direciono meu ombro em sua direção.

– O que está esperando, então?

Evergreen ri e prepara a seringa. Só em pensar que não vou mais ter que me preocupar em ficar grávida daquele ser, isso já me deixa aliviada até demais.

– Mas Lucy – Começa a dizer enquanto injeta no meu braço a agulha, causando uma picadinha chata. –, você tem plena confiança nessa pessoa com que você... Está se relacionando?

Suspiro pesadamente.

– Eu não queria, mas tenho. Infelizmente.

– Sexo sem proteção é uma coisa muito séria, você deve ter cuidado com doenças sexualmente transmissíveis.

– Eu sei disso. Não precisa se preocupar.

– Ótimo. Prontinho. – Depois de jogar o material usado no lixo, ela entra num assunto estranho. – Já contou a seu pai?

O correto não seria ela dizer “pais”?, fico me indagando internamente, mas depois me dou conta de que ela é quase uma desconhecida para mim.

– Por que isso é tão importante para você? De onde você me conhece?

Ela sorri e afaga meu cabelo.

– Não precisa se preocupar com isso agora, apenas saiba que sou uma amiga da família. Pergunte a seus pais depois.

– Vou fazer isso mesmo. – Me levanto da cadeira. – Quanto fica?

– Você não precisa pagar nada. – Ela abre a porta para mim. – Se cuida.

– Um dia pago toda essa conta pendura. Até qualquer dia.

Não encontro Loke no balcão, por isso deixo a farmácia quase vazia rapidamente.

Quando estou quase dobrando a esquina, escuto alguém me chamar.

– Lucy! – Olho para trás e vejo Loke correr em minha direção. Ajeita os óculos no rosto antes de falar. – Está tudo bem com você?

Arqueio as sobrancelhas.

– Ué, que pergunta é essa de repente? Eu estou bem.

– Tem certeza?

– Já disse que sim, cacete.

Eu e minha delicadeza.

– Desculpe. – Ele cora de vergonha. – É que não te vi desde aquele dia, fiquei preocupado com você. Você chorava tanto que eu não sabia como te acalmar.

Faço uma careta confusa.

– Loke, você comeu atum estragado?

– Não, por quê? – Ele faz uma careta confusa.

Santa inocência!

– Não sei do que diabos está falando.

– Você não se lembra? – Ele pergunta e eu esboço uma expressão débil. – Na quinta-feira quando você fugiu da farmácia depois de ter tomado a injeção, eu te encontrei jogada no chão perto da quadra da pracinha.

Arregalo os olhos, recordando-me vagamente do dia. Não me lembro de nada disso.

– Espera, foi você que me encontrou?

– Sim, e depois te levei em casa. Seu irmão também ficou desesperado quanto te viu daquele jeito.

Sinto meu coração vacilar.

– Como eu estava?

Loke faz uma cara triste.

Chorando muito. E a única coisa que você sabia dizer, era “não”.

Não consigo falar nada depois disso. Por que o Laxus não me falou? E por que não lembro absolutamente de nada? Minha cabeça dói de tanto que estou tentando recordar alguma coisa. Eu sei que aconteceu, mas é como se a lembrança estivesse guardada bem no fundo de minhas memórias, trancada com uma chave que foi perdida.

– Desculpe, Lucy. – Loke diz depois de ver minha reação. – Sei que não queria que ninguém te visse assim tão... vulnerável.

– Não, Loke. – Massageio a testa. – Eu só... Tudo bem. Obrigada pelo o que você fez.

– De nada. – Ele parece surpreso em me ouvir falar isso. Nossa, me tornei tão carrancuda que até quando sou educada as pessoas estranham.

Respiro fundo.

– Eu preciso ir agora.

– Tome cuidado.

Preciso saber de mais detalhes e apenas meu irmão pode esclarecer essa história. Droga, Laxus! Por que não conversou comigo na manhã seguinte? Eu sabia que ele estava escondendo alguma coisa!

Chego em casa correndo, entrando na sala como um furacão. Jogo a mochila no chão e passo a gritar a plenos pulmões.

– LAXUS, SEU DESGRAÇADO!

– Lucy. – Papai tira seus olhos do jornal para me repreender. Nem tinha notado ele ali. – Isso são modos?

Bufo.

– Tá, foi mal. Cheguei, boa noite.

– Espere. – Ele agarra meu braço quando passo por trás do sofá. – Que roupas são essas?

– Não posso adotar um novo estilo? – Digo, na defensiva. Em assunto de mulher, papai não se mete.

– Como foi o final de semana? – Muda drasticamente de assunto.

– Resumindo em uma única palavra: Produtivo.

– Que bom que se divertiu. – Papai sorri para mim. Ah, pai. Se o senhor soubesse... – E seu irmão está no porão. – Saio correndo do mesmo instante e ouço ele gritar quando estou descendo as escadas. – Não se machuquem!

Encontro Laxus fazendo uma série de chutes e socos no saco de areia e a coisa mais rápida que penso em fazer é jogar minha sapatilha nele.

– Ai! – Ele se vira massageando a cabeça me encontrando bufando de raiva. – Mana? Que roupa é essa? Fazendo cosplay de patricinha da escola?

Começo a pensar que essa roupa não é mesmo da Erza e faço uma nota mental para esmurrar Jellal de novo quando vê-lo.

– Só não te chamo de filho da puta por que temos a mesma mãe, seu maldito!

– Que raiva toda é essa? Juro que não mostrei pra ninguém sua coleção de ursinhos panda!

Quase rosnando de raiva, vou para cima dele no intuito de socá-lo, mas levo uma rasteira facilmente.

– Aberturas demais, Lucy. – Laxus sorri, me olhando de cima. – Você ainda tem muito o que aprender.

– Eu não estava séria. – Tento reverter a situação quando ele se deita ao meu lado.

– Essa é a desculpa.

– Por que não me contou?

– Do que está falando?

– O Loke me disse. Que eu estava chorando. – Viro a cabeça para olhá-lo nos olhos. – Isso é verdade?

Ele se senta com um suspiro e eu faço o mesmo.

– Eu não queria te contar, sinto muito.

– Eu realmente não lembro de nada, Laxus. E isso tudo é uma merda, parece que embaralharam tudo aqui dentro. – Bagunço o cabelo com frustração. – Não lembro de porra nenhuma que aconteceu, e ainda não consigo acreditar que estava chorando.

Eu nunca choro. Parece que meus canais lacrimais secaram de vez no dia fatídico de cinco anos atrás. Ou fui eu que fiquei seca.

Por dentro.

– Mas você estava. Nunca te vi daquele jeito, nem antes daquilo. Você se debatia e chorava muito, vomitou de tanto que chorou.

– Nossa. – Faço uma careta. – Nem parece eu, devia estar muito pirada mesmo. Eu disse o que tinha acontecido?

– Não. Só ficava repetindo a mesma coisa sempre, sem parar.

A expressão desolada de Laxus me faz ter medo de perguntar, mas o faço mesmo assim:

– E o que eu dizia?

Que havia sido traída de novo.

 

No próximo capítulo...
[...]

"– Distância, seu filho da puta. Estamos em público, não quero que ninguém saiba o que aconteceu entre nós. – Ele ri quando ponho um dedo em sua cara. O agarro pela camisa. – Você me entendeu?

– Entendi. – Ele ergue as mãos e eu o solto bruscamente. De repente, seu rosto fica sério. – Tenho uma proposta pra te fazer.

Por algum motivo, sinto meu sangue gelar. Aí vem merda.

– Que proposta? – pergunto desconfiada. 

Ele exibe um sorriso diabólico.

– Seja minha escrava sexual."

Continua...


Notas Finais


Legenda:
¹ Dinho: Maneira carinhosa que a avó do Natsu o chama. Depois isso será explicado melhor.
² Lucy fez um trocadilho com a frase "perdi o tesão" que o Natsu havia dito a ela pelo telefone, quando ela o questionou o por que de ele tê-la deixado sozinha. Mhuahuauua, aqui se faz, aqui se paga ¬u¬
E aí, gostaram do capítulo?
Lembrem-se, a fic se chama "Apenas Sexo". Nada de romance ou ciúmes. Pelo menos não agora, mas se liguem nas dicas que dou. Está tão na cara certas coisas que não sei como vocês não já descobriram heuheueue
Boa sorte!
Beijos e até depois U3U


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