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História Just Stay - O peso do Hokage


Escrita por: Kaah_ChanUchiha

Notas do Autor


Aviso importante: Leiam as notas finais, deixarem um link de uma one que explica o passado de Tsunade e Orochimaru.


Boa leitura.

Capítulo 14 - O peso do Hokage


Fanfic / Fanfiction Just Stay - O peso do Hokage


Sakura sentia-se estranha, estava ansiosa e inquieta. Não tinha motivos para se sentir assim, até porque apresentar um parente para seus pais não deveria ser motivo de stress, deveria?

- Por que está suando frio, rosinha? – Saori riu, estava sentado no sofá, ou melhor, estava esparramado no sofá, enquanto a prima andava de um lado para o outro.

- Tem certeza que eles irão reagir bem? Eu nunca ouvi meus pais falarem sobre nosso clã.

- Prefere que eu fique escondido? A Godaime não me quer andando pela vila. E também, seus pais iriam saber uma hora ou outra, estamos treinando juntos.

Ela bufou.

- Não, você tem razão.

- Sakura? – ouviu a voz do pai – Hime, por que não foi a loja? Sasuke entregou seu recado e...

O mais velho parou de falar quando viu o rapaz sentado no sofá .

- O que faz aqui? – disse seriamente.

- Olá tio Kizashi, quanto tempo.

- Saori – ele fechou ainda mais a cara – tínhamos um acordo, o que faz dentro da minha casa e ainda por cima ao lado da minha filha?

O ruivo se levantou.

- eu apenas vim lembrá-lo de seus deveres com seu clã, não quero brigas, apenas desejo ser a lembrava muda de sua promessa a minha mãe – encarou Sakura – precisamos treinar Sakura.

- não! Ela não irá treinar com você.

- mas ela já está treinando – sorriu presunçoso.

- Sakura, o que você fez? – o pai a olhava com decepção.

- O que eu fiz? – ela sorriu indignada - Eu mal sabia que tinha familiares fora da aldeia da folha, imagine qual foi minha surpresa quando encontrei com Saori e ele me contou toda a verdade sobre nosso clã?

- Toda a verdade ? – foi a vez de Kizashi rir – Eu duvido muito que ele tenha contato toda a verdade. Seu primo por acaso disse o motivo de morar isolado?

Saori fechou o rosto e soltou os braços.

- Sakura sabe apenas o necessário, eu sou o responsável por seu treinamento, farei o que for preciso para que ela desperte a pétala ametista.

- Saia da minha casa. AGORA! – Essa era a primeira vez que Sakura via seu pai tão irritado e se impressionou.

- Que seja – Saori saiu da casa e Sakura não sabia o que fazer

- Por que fez isso?

- Não quero que converse com esse rapaz.

- Saori é meu primo, está me treinando, não tenho como ficar sem conversar com ele.

- Você não entende filha, não pode se aproximar dessa gente.

- Que gente? Nosso clã? Preciso saber a verdade, não vai apenas dizer que não posso me aproximar de alguém e esperar que eu abaixe a cabeça. Desde que conheci Saori ele tenta me ajudar, me treinou e não pediu nada em troca. No início foi um baka por completo, porém foi se abrindo e agora tem toda minha confiança.

O mais velho passou a mão pelo rosto e sentou no sofá desolado.

- Gosta de nossa vida em Konoha? Gosta do seu namoro com Sasuke? Se trilhar o caminho que esse Haruno quer pra você, irá perder tudo isso.

Sakura respirou fundo.

- Obrigada por se preocupar, mas já estou bem grandinha para escolher minhas batalhas.

A rosada saiu da casa deixando o mais velho inquieto. Correu pela vizinhança até encontrar a cabeleira ruiva próximo a floresta.

- SAORI!!!

Ele a fitou por cima dos ombros e suspirou.

- Decidiu me seguir? Isso é surpreendente.

- Eu confio em você, mesmo você sendo inconveniente e desagradável sinto que posso confiar em você. Se seu objetivo fosse me fazer mal já teria feito, então... Preciso que seja sincero comigo.

O ruivo encarou o chão pensativo e por fim bufou.

- vamos voltar ao apartamento do seu namorado, o que tenho para falar não pode ser discutido no meio da rua.

Sakura assentiu e o seguiu.


[...]


Tsunade encarava a caixa a sua frente incerta, sentia o coração acelerado e as mãos suando.

- Godaime! – Shizune entrou – Oh! – viu a caixa – o quão grave é a situação?

- Saori Haruno e Itachi Uchiha estiveram com Orochimaru. Ele tem informações importantes sobre o ataque da Akatsuki.

- E revê-lo será algo bom?

- Eu nunca sei quando é algo bom – bufou – apenas, sei que preciso ir.

- Onde irá encontrá-lo?

- Aldeia da prata. Saori tem um contato que pode nos ajudar. Uma garota Uzumaki, vou aproveitar e investigar melhor essa história. Acho que ela tem alguma ligação com Naruto.

- Certo, o que precisa que eu faça?

- Preciso de um dia, consegue tomar minha forma?

- Se for necessário...

- Será – ela de levantou e abriu a caixa, a pequena serpente sibilou. Tsunade a tirou da caixa e colocou no parapeito de uma janela – Me leve até seu mestre.

Nesse mesmo instante a serpente ficou maior e começou a indicar o caminho. Tsunade colocou a enorme capa, escondeu suas feições e desapareceu, deixando Shizune no enorme escritório.

Horas depois estava na entrada da aldeia da prata. O clima costumeiramente chuvoso a fez suspirar. Sentia o ventre estremecer em ansiedade apenas por imaginar reencontra-lo. Quantos anos fazia desde a última vez? 10... 15?

A enorme cabeleira ruiva chamou atenção em meio a tantas pessoas acinzentadas.

- Karin?

Os olhos curiosos tentaram examinar melhor a mulher por baixo daquela enorme capa.

- Senti sua aproximação, meu mestre está aguardando sua chegada.

Caminharam até uma pousada próxima e começaram a subir uma escada escura. O chakra sombrio e frio precedia sua imagem a deixando ainda mais receosa.

- Entre – a jovem abriu a porta e se afastou.

Tsunade o viu sentado em uma enorme poltrona enquanto acariciava uma serpente.

- Eu sabia que viria – a voz era tão gelada e cortante quanto uma de suas laminas – mas admito que pensei que viria mais cedo.

- Vim como Hokage – tirou a capa vendo que só restavam os dois no ambiente – Saori Haruno me deu informações a seu respeito, sei que sabe sobre o ataque e também sabe sobre a quarta guerra ninja que se aproxima. Konoha já foi seu lar, deve se importar...

- Nada me importa naquela aldeia medíocre – ele a cortou – Já tive meus dias de inocência, sabe bem disso, já que na maioria esteve ao meu lado, contudo não sou mais o mesmo rapaz de anos atrás.

- E nem eu a mesma garota – se aproximou – Por mais vil e ardiloso que passa ser, eu sei que a quarta guerra ninja não irá beneficia-lo em nada. Então me diga o que sabe, precisamos nos preparar.

- Ele continua te farejando não é? Como um cãozinho adestrado.

Tsunade respirou fundo. Poderia muito bem deixar essa história de lado e exigir que ele contasse sobre a ameaça, mas seu sangue fervia só com a ideia de que ele duvidava de sua moral.

- Quantas provas preciso dar para que acredite de uma vez por todas que nada aconteceu? As vezes essa implicância me faz pensar que tudo não passa de blefe para sua verdadeira intenção.

- que seria...?

- Deixar a aldeia, esse sempre foi seu objetivo. Eu apenas fui um atraso conveniente. Tudo o que se passou após aquela noite foi desconfortável para você... A briga com Jiraya foi apenas uma desculpa.

- Não fale o nome desse homem na minha frente – ele a encarou com ódio, em instantes as cobras que saíram dele a prenderam na parede a fazendo respirar fundo – ouvir o nome dele em sua boca me enoja.

- Dessa vez não é sobre a gente... – disse firme, tentando não transparecer o turbilhão de emoções em seu coração.

Orochimaru a encarou, por uma fração de segundos sentiu-se fraco e confuso.

- Nunca é.

Ele a soltou e voltou a se sentar na cadeira.

- Quer as informações de ouro? Então vamos lá, Godaime – disse de forma que a palavra lhe Trouxe náuseas – Madara Uchiha está vivo, ele lidera a organização por trás de Óbito Uchiha que, a propósito, também está vivo, porém sob o codinome Tobi. O mesmo vem orientando os membros da Akatsuki de forma subliminar a atingir seus objetivos para no final de tudo conseguir o controle de todas as nações ninjas e do mundo Shinobi através de um jutsu muito antigo que foi desenvolvido e aprimorado pelo próprio Madara, o tsukuyomi infinito. Mas ele não é o pior dos piores – sorriu ardiloso – A deusa responsável pela criação do mundo Shinobi está se aproximando. Ela deseja a unificação dos clãs, um mundo perfeito liderado por ela.

A Senju sentou-se no sofá com a boca aberta, mal conseguia absorver todas as palavras que o ex companheiro a disseram.

- Então... Esse será nosso fim? Deuses e pessoas já deveriam estar mortas há anos... Como lutaremos contra isso?

O moreno respirou fundo.

- Essa não é a Tsunade que eu conheço. Desistindo sem nem ter tentado?

- Madara Uchiha... óbito Uchiha e outros nekunins treinando a anos para um único plano... Sem contar os planos dessa deusa. Espera mesmo que vençamos?

- Não tenho muito mais o que perder – ele a encarou, a intensidade naquelas palavras a feriu mais do que qualquer lâmina.

- Está enganado – ela de levantou – e quanto tudo isso acabar, irei te mostrar o quão errado esteve esses anos todos.

Ele riu e a viu se distanciar.

- Vou esperar ansioso para esse dia.

- Adeus Orochi.

O apelido carinhoso deixava um gosto amargo em Orochimaru.

- Adeus Tsu... – a porta se fechou e ele respirou fundo. Quantas vezes mais a veria partir?


[...]


Sakura estava sentada, com os braços cruzados fitando o primo a sua frente de forma seria.

- Está me deixando com medo – ele brincou.

- Então me conte de uma vez por todas e termine com minha inquietação. O que é tão sério que não pode ser tratado em uma rua pacata?

Saori bufou.

- Você é tão irritante... Como te aguento?

- Está perdendo mais tempo, temos que treinar esqueceu?

- Essa história é antiga, começou bem antes de eu nascer. Quando nossos pais ainda eram crianças e viviam tranquilamente dentro da segurança do clã. Seu pai era o mais velho de quatro irmãos, minha mãe era segunda após seu pai e consequentemente segunda na sucessão da liderança do clã. Quando nossos pais tinham quase 15 anos, minha mãe foi capturada por alguns nekunins e oferecida em sacrifico a um deus pagão. Seu pai a encontrou e a livrou da morte, porém já havia sido liga através do sangue a uma seita macabra. Com o tempo seu pai tentou reverter essa situação, pois se sentia culpado por essa situação, já que era o responsável pelos irmãos. Semanas após minha mãe retornar ao clã, descobriu que estava grávida de mim. Por eu ter sido fruto de um ritual pagão os líderes do clã não me aceitaram como um Haruno legítimo e mandaram minha mãe viver isolada na fronteira entre a aldeia da névoa e Sunakagure.

- Eu sinto muito – Sakura disse penalizada

- Isso não é tudo rosinha – ele riu sem humor - Quando eu tinha quatro anos seu pai decidiu sair do clã e entregar sua liderança para o segundo filho, ou seja, minha mãe. O clã aceitou que ela voltasse, só que para isso teria que me renegar como filho. Minha mãe não aceitou e então eles a baniram. Quando eu estava com 13 anos minha mãe faleceu, teve uma doença rara e não tínhamos condições para procurar um tratamento. Dois anos depois o clã me procurou, nessa época você deveria ter uns nove ou dez anos. Nosso avó me fez uma proposta, me aceitaria novamente como Haruno caso eu aceitasse te treinar para despertar a Pétala ametista e assumir a liderança do clã.

- O que é a Pétala ametista?

- O jutsu mais poderoso do nosso clã, ele dá ao portador a habilidade de prever ataques, manipular todos os elementos naturais e impor genjutsus aos inimigos.

- Mas você usou genjutsu quando nos conhecemos... Você tem a habilitação de...

- Não – ele deu de ombros – o genjutsu que usei em vocês é uma ilusão simples, apenas caíram porque estavam distraídos.

- Entendi.

Sakura ficou em silêncio por um tempo e Saori não quis dizer mais nada. Não sabia como ela o encararia após toda a verdade.

- E você planeja fazer isso?

- O que? – ele a encarou confuso.

- Planeja me obrigar a ser a líder de um clã que apenas nos fez mal?

O Haruno riu.

- eu jamais disse que concordei com a condição deles. Não desejo ser reconhecido por um clã que nunca me quis e fez tanto mal a minha mãe. Mas fiquei curioso ao seu respeito e passei a ter observar, eu quero te treinar porque acredito que realmente é capaz de despertar a pétala ametista e sinceramente, com um ataque a caminho e uma possível guerra a nossa porta, qualquer truque a mais será bem vindo.

Sakura sorriu.

- Eu sempre quis um primo. Na verdade eu sempre quis um irmão... Mas primo já serve.

O ruivo sorriu.

- Você é a primeira familiar que eu conheço e não me detesta, já é um grande avanço.

Ela sentiu vontade de abraça-lo, mas não sabia se já tinham essa intimidade. Então apenas sorriu.

- Vamos – ela se levantou – vamos Treinar.


Notas Finais


Bom, duas coisas importantes nesse capítulo, uma é a história por trás de Saori Haruno e outra é o passado de Tsunade e seu colega de equipe.

Bom, óbvio que não é a cabeça de Kishimoto , mas é o que @nanda_SK e eu queríamos que tivesse acontecido com esses dois... Então, para entender melhor, leiam a one dela que é DE-LI-CIO-SA !!!!

https://www.spiritfanfiction.com/historia/uma-noite-para-esquecer-orochitsu-17585804


Enfim, até a próxima 😘


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