História Just The Way You Are - Eu vou lhe mostrar

Miguel desceu as escadas, indo para a sala de estar onde se sentou pesadamente sobre o sofá fofo. Vários pensamentos preencheram sua mente, e todos giravam em torno de Cas e seu recente ataque de pânico. O alfa não entendia o porquê disso, afinal já fizera essa reunião com os alfas do trabalho várias vezes e em nenhuma delas o ômega havia demonstrado a reação de agora. Talvez ele tenha tido essa reação pois dessa vez ele tem alguém para recorrer, pensou Miguel, mas isso não faz sentido, antes de ter Dean ele tinha a mim e a Gabriel, a quem poderia falar o que quisesse, concluiu.

O barulho da chave abrindo a porta tira Miguel de seu estado pensativo. Logo Gabriel e Lúcifer entram na casa, ambos carregando varias sacolas de papel nos braços. Eles seguiram em direção á cozinha sem prestar muita atenção a Miguel, provavelmente eles não esperavam encontrar ninguém ali e por isso não se deram o trabalho de olhar. Risadas enchem a sala, deixando o alfa curioso sobre o que os dois loiros estavam fazendo. O moreno levanta-se do sofá, indo para o outro cômodo com cautela e medo do que poderia encontrar, já que Gabriel e Lúcifer eram dois grandes bagunceiros e no final quase sempre sobrava para o alfa limpar. Mas, graças a deus, a cozinha estava em perfeita ordem, porem por pouco tempo já que os dois amigos tiravam alguns mantimentos de dentro dos sacos de papel e pareciam dispostos a cozinhar.

Miguel olhou para Lúcifer por um bom tempo, e então se virou, saindo de casa e batendo a porta com força.

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Castiel banhou-se rapidamente, não querendo deixar o alfa sozinho em seu quarto por muito tempo. Depois de sair do box e se secar com sua toalha azul do Hora de Aventura - o moreno adora desenhos e tem vários itens sobre - ele para e olha para o seu pijama, que consistia basicamente em uma blusa com mangas maior que ele na cor verde piscina e uma cueca samba canção azul. O pijama comum que Cas usava quase todos os dias por ser confortável, porem a cueca não era como as que o moreno usava durante o dia, elas eram mais curtas que o comum, deixando boa parte das coxas dele á mostra. Com um suspiro, o moreno decide que é logo a hora de se vestir e sair do quarto.

Dean o esperava sentado na cama, a camiseta branca que fora pega no armário de Miguel era pequena e apertada para ele, deixando boa parte de seus músculos delineados através do tecido. Assim que o moreno saiu do banheiro, o loiro se levantou. Cas andou até ele lentamente, sentindo o peso do olhar de Dean sobre si, e, em especial, sobre a pele exposta de suas pernas.

— Dean eu... Eu preciso lhe falar algo importante ante de irmos dormir, por que se eu não falar agora sei que não terei coragem para dizer depois. — Castiel sussurra e senta-se na cama.

O alfa, saindo do transe que era olhar as pernas de Cas, volta a se sentar no colchão, desta vez de lado para poder olhar diretamente para os olhos do ômega.

— Então, daqui a uma semana sua família ira vir te visitar. Não que eu veja problema nisso, você deve sentir saudades deles e tem que cuidar dos negócios, coisas assim. O problema é o que virá depois. — o ômega levanta o olhar, antes direcionado para as suas mãos, e fita as orbes do alfa, que o observava atentamente. — O meu cio está vindo, e eu gostaria de passar ele com você.

O rugido que o alfa soltou foi o suficiente para fazer Castiel tremer dos pés a cabeça, não de medo, e sim de desejo. Uma cor vermelha brilhante já se sobre saia sobre as orbes verdes, mostrando seu lado de alfa puro para o ômega.

Algo despertou dentro do ômega, um sentimento enorme de se entregar por completo ao ser loiro a sua frente o consumiu como nada fizera antes, então ele apenas se entregou. O moreno se afasta até chegar á cabeceira da cama, onde se ajeita entre os travesseiros e abre as pernas, um convite direto para o loiro, que se move até ele lentamente, com um olhar predador. O aroma no quarto mudou, a luxúria atada com a paixão dominava o local enchendo as narinas dos dois companheiros em êxtase perdidos no olhar um do outro. O alfa se pôs no meio das pernas abertas do moreno, cobrindo o corpo menor do ômega com o seu corpo grande. Subitamente Cas fecha a distancia entre eles, iniciando um ósculo lento e sensual, o alfa mordiscava o lábio inferior do moreno e logo voltava a explorar a boca do mesmo com a língua, as mãos delicadas de Castiel se puseram ao trabalho de explorar as amplas costas do loiro.

Só descolaram suas bocas quando o ar se fez necessário, mas não pararam de se tocar nem se afastaram. Dean passou os braços por trás do moreno, o puxando para cima de si e se sentando no colchão, achando que assim Cas não iria ficar numa posição muito submissa, já que, estando em cima dele, o ômega poderia decidir melhor o que queria e o que não queria no momento. Pele contra pele, o loiro sentia como se fosse desmaiar de tanta emoção, a sensação de ter uma parte do corpo do ômega contra si era quente, como se um fogo invisível subisse pelo seu corpo atiçando ainda mais o seu lobo interior.

Castiel apoia as mãos no ombro do alfa, sem deixar o olhar do loiro nem por um segundo sequer, ele mexe os quadris pela primeira vez, soltando um murmurio baixo de prazer ao sentir o membro já semi-ereto do Winchester contra sua bunda. Então ele mexe de novo, de novo e de novo. Logo ele dançava sensualmente em cima do membro do alfa enquanto os mais apetitosos gemidos saiam de sua boca, fazendo o alfa salivar de pura luxuria. O pau do loiro já se animava, ficando ereto contra os glúteos gostosos do moreno, o que o incentivava a aumentar os movimentos, rebolar mais e gemer ainda mais alto, só para Dean. Sem ficar para trás, Dean agarra os quadris do ômega com uma força um tanto exagerada e o ajuda nos movimentos, aproveitando ao máximo para apertar a carne gostosa dos quadris e das nádegas redondinhas e perfeitas do moreno, imaginando o quão quente e apertado seria o canal virgem do moreno.

Os gemidos dos dois amantes se misturaram no quarto, sem muitas palavras, o olhar já era o bastante para transmitir o tamanho do amor que um sentia pelo outro. O alfa, querendo sentir mais a pele do seu ômega contra si, passa a mão direita debaixo da blusa do pijama de Cas, acariciando e apertando a cintura carnuda. A reação do ômega não foi tão boa como Dean pensou que iria ser, ao invés de aproveitar o toque Cas se afastou abruptamente, saindo do colo do loiro e caindo na cama novamente.

— Cas, você está bem, eu fiz algo de errado? — o alfa questiona ao moreno, se aproximando cautelosamente do mesmo, não querendo assustar o ômega ou o fazer ter outro ataque de pânico.

Assim que Dean chega aos pés do ômega, o moreno bate com as costas na cabeceira da cama, os braços dele envolvem a si mesmo, como se estivesse sentindo um frio enorme assolar seu corpo, um pequeno soluço cai de seus lábios seguidos de murmúrios sem sentidos aos ouvidos do alfa. E então ele colide as costas com a cabeceira da cama novamente, dessa vez mais violentamente, fazendo a madeira bater com força na parede e algumas coisas caírem da prateleira que fica acima da cama. Pequenas caixas se espalharam pela colcha da cama, caixas dos mais variados tipos de remédios, esses que Dean não fazia nem a minima ideia para que serviam. A preocupação do alfa dobrou de tamanho, ele se perguntava o porque de tantos remédios e se eles eram a causa da fragilidade do ômega.

— Cas. — o Winchester chamou o moreno, sem saber se era seguro se aproximar do Novak, se o estado iria melhorar ou piorar. — Cas! — ele chamou novamente.

Como Castiel não respondeu ao seu chamado, o alfa se viu sem mais alternativas, então jogou as caixas de remédios que estavam em seu caminho no chão sem delicadeza alguma e praticamente pulou para cima do moreno. De inicio, o ômega se assustou, ele estava tão desconectado de tudo ao seu redor que nem ao menos notou a aproximação do alfa loiro. Lentamente e com cuidado para não assustar ainda mais o moreno, Dean acariciou as mãos de Cas, que apertavam sem piedade algumas os próprios ombros, fazendo as pontas dos dedos ficarem brancas e as unhas penetrarem na pele tirando um pouco de sangue. A cena cortou o coração do loiro, doia para ele ver seu companheiro num estado desses.

— Castiel, olhe para mim, levante a cabeça. Sou eu, Cas, o Dean. — o Winchester fala no ouvido do moreno, tentando fazer o ômega ao menos o olhar. — Eu não sei o que eu fiz, mas, por favor, me desculpe. Talvez eu tenha passados dos limites, sei que não deveria lhe tocar desse modo tão... Ousado, só que eu não consegui me controlar, quando eu escutei que você, o meu ômega, vai entrar no cio e me quer junto, meu alfa saiu.

— Não é você. — Cas diz.

— O-o que?

— Não é você o problema, alfa, sou eu. Será que não vê? Não somos compatíveis. — o ômega, finalmente, relaxa as mãos, parando de machucar a si mesmo, e olha diretamente nas orbes agora totalmente verdes de Dean. — Você merece algo melhor que eu.

— Não existe ninguém melhor que você, Castiel. — o Winchester pega o rosto de seu companheiro entre mãos, sentindo a pele que estava alarmantemente fria. — E eu não sou tudo isso. Eu tenho falhas e vergonhas, muitas delas.

— Isso é impossível, Dean. Você é o galã de novela bonitão que todas as mulheres e homens sonham pelo simples fato de não ter nenhuma falha.

— Isso não é verdade, e eu vou te mostrar.