História Kagome e Inuyasha - Pertencentes um ao outro - Capitulo XXXIII

Há muitos séculos Doragon foi um dos membros do Conselho Marcial de Inu no Thaishou, muito antes dele casar-se com Satori Hime. O youkai-dragão já a conhecia muito antes, a amando secretamente por décadas até que finalmente tomou coragem, e confidenciou seus sentimentos para a Inu-youkai.

- Satori, podemos conversar um instante por favor?

- Que seja rápido Dogo, meu Chichiue quer me falar. – A belíssima youkai estava na flor da idade, em seu auge de juventude e vigor.

- Eu a amo... – Falou segurando as mãos alvas entre as suas.

- Dogo... – Ela ficou séria de repente, como se escolhesse as palavras. Respirou fundo e o fitou nos olhos. – Tire essa ideia insana dos pensamentos. – Soltou-se das mãos dele, virando de costas em seguida. – Meu casamento com o General está marcado... Esqueça-me.

- Satori, se você quiser podemos ficar juntos, eu enfrentaria tudo por você.

- Não interessa o que você faria, interessa o que eu quero. Não terei filhos mestiços meio-dragão, meio-cão. Vá embora Doragon. – Ditas as dolorosas palavras ela partiu, e depois disso nunca mais trocaram uma palavra sequer.

Quanto ao casal Thaishou, o youkai-dragão nunca entendeu realmente o que havia acontecido, de uma hora para outra eles noivaram e casaram em seguida, e a linda Satori tornou-se uma fêmea cruel e vingativa. O nascimento do primogênito foi estranho, ela não avisara para o General que seu filhote viera ao mundo, ele descobriu por boatos, voltando imediatamente para o castelo. A relação deles era distante e gélida, não foi de surpreender que ele procurara nos braços de outra o que não tinha no lar, amor, carinho, sexo... Seu amigo tinha necessidades que somente Izayoi foi capaz de suprir, e mesmo que por pouquíssimo tempo, ele conseguiu ser feliz ao lado daquela humana. Mas o maldito Nahan*, matou a humana e ao seu amigo, deixando ao hanyou Inuyasha órfão. Que 250 anos mais tarde encontrou o amor nessa mulher, que agora dividia os poderes com ele.

O primogênito cresceu longe do amor do pai, a mãe o sufocou com ódio. Dirigindo os sentimentos negativos do filho ao pai, ao meio-irmão e a todos os humanos, mas Doragon leu no coração do Lorde, que ele amava a esposa de seu irmão quase que enlouquecidamente, e ela por sua vez nutria carinho, respeito e algo oculto que ele não forçou descobrir, mas sabia que ela era totalmente apaixonada pelo hanyou, sendo capaz de dar a própria vida pela dele, e ele por ela.

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- Mas explique Doragon-Sama, você a Kagome estão ligados? – Sango perguntou em meio à caminhada.

- Hai. – O youkai-dragão respondeu sorrindo.

- Explique melhor por favor. – Miroku pediu.

- Bem, Kagome-Sama e eu agora possuímos um divisor de poderes, que é essa marca no braço. – Mostrou a tatuagem no braço esquerdo. – Todos os poderes de sacerdotisa dela, eu possuo, e todos os meus poderes de youkai ela possui. Mas essa marca não dura para sempre, porque é superficial.

- Kéh! Não é igual a marca de um casal. – Inuyasha completou. – E ela continua humana, pode morrer ainda de uma gripe. – Ai. – a Miko o beliscou no braço.

- Aceite que é um fracote! – A jovem sacerdotisa o provocou, ganhando apenas um beijo roubado nos lábios.

- Isso é pra você aprender que eu sou seu dono. – Cruzou os braços escondendo as mãos nas dobras do traje vermelho, feito de pelo de rato de fogo.

- Ela sabe, e gosta muito disso. – Doragon falou sorrindo.

- Pare de ler a mim! – A Miko protestou.

- Ora, faça com ele Kagome. – O monge completou, desafiando a Miko.

A sacerdotisa concentrou-se um pouco, mas mesmo assim não obteve sucesso afinal, não fazia ideia de como ler alguém.

- Esvazie sua mente e ouça, mas ouça especificamente a quem você quer ler. – O loiro explicou tranquilamente.

Ela pensou em ler alguém neutro, olhou para o monge e se concentrou, fechando os olhos. Os som dos pássaros sumiu, do rio sumiu, as respirações sumiam até ela ouvir somente a do monge, então abriu os olhos e o viu olhando para o traseiro de Sango.

“Quando será que ela vai me dar de novo essa bundinha linda?”

- Por Kami Miroku! – A Miko ralhou.

- O que foi? – Ele a olhou inocentemente.

- Escolha melhor da próxima vez. – Doragon falou a olhando de maneira divertida. – Alguns pensamentos...  São perturbadores.

Ela apenas assentiu e decidiu que não ficaria mais tentando ler a ninguém, era realmente perturbador saber o que as pessoas pensavam. Mas teve uma coisa que precisava saber, mas perguntou.

- Onde está minha musume? – Questionou chorosa.

- Vamos nos conectar a ela, mas primeiro você precisa ir para sua casa, comer e descansar. Não esqueça que está prenha Kagome. – O loiro disse abraçando aos ombros dela e aos do hanyou, ficando no meio deles.

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Finalmente chegaram às Terras do Leste, cansados e famintos. Os servos já haviam reconstruído, o que foi demolido durante a batalha contra Soraya e seus asseclas. Foram recebidos com muito carinho, e logo uma deliciosa refeição foi servida na mesa. Miroku e Sango ficaram na moradia de Inuyasha e Kagome, Doragon também foi instalado em um dos aposentos.

Anoiteceu com eles terminando a deliciosa carne assada, com pães e frutos. A Miko misturava todos os sabores, e comia como uma pessoa que estava sem comer há um mês.

- Isso meu amor, alimente bem o nosso musuko. – O hanyou sorriu para ela, que colocava um pedaço de melancia e um pedaço de carne, dentro de suas enormes fatias de pão caseiro. – Mas eu não sei se isso é saudável... – Ergueu as sobrancelhas.

- Com certeza é! – Sango completou olhando para a amiga com carinho. – Eu também comia muito, e eram coisas estranhas...

- Nem me lembre... – Miroku olhou-a rindo, e se pôs a rir também. – Ela uma certa vez, comeu três pimentas enormes com feijão e mel, e queria que eu cozinhasse aquilo!

- Mas você cozinhou! -  A exterminadora disse, vendo-o fechar a cara.

- Claro que cozinhei, você me acusou de fazer o filho e não assumir minha responsabilidade...

- E no fim eram duas lindas princesas. – O hanyou falou, vendo a Miko desbotar o sorriso da face. – Meu amor, se acalme está próximo o momento de termos nossa Hime em nossos braços. – Abraçou-a beijando lhe a face.

- Hai. – Ela forçou um sorriso.

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Após a refeição, cada um se recolheu ao próprio aposento, e assim que entraram no quarto o hanyou tratou de despir a Miko, beijando-a nos ombros delicados sorrindo a cada arrepio que causava.

- Eu a amo tanto...

- Eu também o amo. – Fechou os olhos, aceitado as carícias que a fariam esquecer de tudo, encolhendo-se ao sentir o abraço por trás, e a respiração quente rente ao seu ouvido.

- Nunca imaginei que poderia ser tão feliz, até encontrar você... – Livrou-se das vestes vermelhas, a conduzindo até o quarto de banho.

O Ofurô estava cheio de água morna e perfumada, onde eles imergiram em seguida, com ela sentando de costas para ele entre suas pernas.

- Eu levava uma vida tão comum... – Ela murmurou fechando os olhos, e relaxando ao toque das mãos massageando seu ombros, com óleos perfumados. – Obrigada por tornar minha existência, extraordinária. – Pousou a cabeça ao peito dele, que sorriu ao ouvir aquelas palavras.

- E eu agradeço, por fazer-me existir. – Beijou o pescoço alvo com sutileza de forma meticulosa, do jeito que sabia que ela gostava, descendo as mãos cheias de óleo até os seios, enquanto ela se permitia relaxar emitindo alguns gemidos.

Uma das mãos desceu até o ponto sensível do prazer dela, e a estimulou cuidadosamente, com movimentos circulares ainda acariciando seu pescoço com a boca. Ela sussurrou pelo nome dele repetidas vezes, enquanto a sensação do gozo se apossava de seu ser, e ela podia sentir a ereção dele pressionando suas costas.

- Meu querido... eu... estou pronta para você... – Murmurou as palavras, literalmente zonza de prazer.

Ele respirou pesado mais um tempo, apenas aproveitando mais do abraço com ela, depois a erguendo sobre as coxas no encaixe em coito, segurando-a pelos quadris enquanto ela movia-se contra o órgão, acomodando-o em seu interior repetidas vezes, ouvindo-o dizer ao “pé do ouvido”, o quanto era amada, linda, maravilhosa e gostosa, até sentir o pulsar que indicava a satisfação dele, acompanhado da respiração que foi solta de repente, sendo envolvida e apertada por ambos os braços deles ao redor do seu corpo. Ficaram assim, por mais alguns minutos, até levantarem secando um ao outro, e partirem para o leito macio, onde ela adormeceu profundamente, apoiada ao peito do seu protetor e shujin.

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Doragon pousou sua cabeça no travesseiro, fazendo força para não sentir nada do que o casal compartilhava no outro quarto, não queria saber, nem ouvir, nem cometer o descuido de se desconcentrar e partilhar das sensações que só cabiam a eles. Esse era um problema da ligação de poderes místicos, as sensações compartilhadas. Amanhã faria contato com a energia da jovem musume do casal, e saberiam a exata localização dos inimigos, mas teriam que agir rapidamente, pois Zayn tinha o espelho da alma, e ele não poderia se ocultar dele por muito tempo, se não fossem os poderes de Kagome, ele já teria perdido o controle dos próprios.

Estava feliz por finalmente poder ser útil, pagar o voto que fez ao seu amigo Inu no Thaishou, olhando pelos filhos dele, pena o mais velho não entender o que aconteceu, ele é muito ciumento e possessivo, nem o próprio Inuyasha, que é o shujin de Kagome ficou tão enciumado, realmente Wu Fa fez um bom trabalho, mas o Kōtaishi Sesshoumaru ainda era inexperiente em relação à afetividade, e decidiu por se afastar para não sofrer mais, porém, ele desconhece que a distância e a saudade vão fazê-lo sofrer muito mais. Pobre criatura, cheia de orgulho e solidão.

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- Só um pouquinho vai... – Miroku tentava a todo custo, tirar as roupas de dormir que a exterminadora usava, porém, levava tapas e beliscões por todo o corpo, e alguns safanões já apresentavam manchas roxas.

- Não seu pervertido! – Ela tirou a mão dele do meio de suas coxas. – Mas você não pode sossegar nem uma noite?

- Mas ontem e antes de ontem não teve um momento só nosso, Miroku e Sango, juntinhos e peladinhos... – Tentou apalpar o seio dela, sem sucesso mais uma vez.

- Hoje não! – Ralhou mais uma vez, virando-se de costas para ele, que a agarrou por trás segurando-a com as pernas e com os braços, enquanto lambia sua orelha e falava coisas censuráveis.

Ela acabou cedendo, pois as obscenidades que ele falava a deixavam louca, era seu ponto fraco e ele sabia disso, dizendo em narrativa de 1ª pessoa tudo o que faria com ela, se ela deixasse ele agir.

Permitiu que ele lhe fizesse, uma verdadeira averiguação com a língua, por todo o seu corpo, ouvindo-o gemer falando que adorava o gosto dela, e que isso o deixava mais louco ainda. Mas quando ele finalmente a penetrou, foi que ela viu o quanto ele era pervertido e safado, virando-a em todas as posições executáveis do Kamasutra, ele realmente estava em forma para um homem da idade dele.

Depois do amor feito, dormiu abraçado a ela como uma criança, uma expressão angelical que chegava a dar medo, não parecia a mesma pessoa, ela pensou rindo consigo mesma. Acariciou os cabelos grisalhos do monge, até também sucumbir ao sono.

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Pela manhã, Doragon esperava por Kagome na sacada de seu aposento, seria a hora de fazer contato com a energia de Tsunade, e descobrir seu paradeiro e onde estava o odioso Jinn. Mais um tempo de espera, até a Miko surgir pelo corredor, a aparência estava serena, e o loiro não conseguiu conter a risadinha, sabia que devia ao hanyou a tranquilidade de sua amiga.

- Ohayou!

- Ohayou. – Respondeu ao cumprimento da jovem, que lhe deu um discreto sorriso.

- Podemos começar? – Estava ansiosa.

- Hai. – Aproximou-se segurando ambas as mãos da Miko. – Agora, relaxe. – Respirou fundo. – Esvazie sua mente.

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- Mariskah! – A jovem hanyou corria ao encontro da youkai azul, sorrindo, os braços protetores a envolveram com ternura.

- Nem meu amor!!! – Respondeu prontamente.

- Eu queria conversar com você, mas lá no jardim. – A menina começou a falar, mas de repente estacou emudecida e com os olhos injetados, e imediatamente Mariskah percebeu que era uma conexão espiritual, então ajoelhou-se defronte à menina e segurou suas delicadas mãos alvas, fechando os olhos e a harmonizando para que conseguisse canalizar a energia.

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Doragon e Kagome irradiavam chamas e energia, podiam ver com clareza uma youkai de cabelos azuis e energia pura, fortalecendo a ligação entre eles e permitindo comunicação, ela se pôs a falar como mediadora.

- Sou Mariskah, e não sou inimiga. A jovem está sob meus cuidados, mas também sou prisioneira. O que precisam saber?

- Onde fica o maldito covil do desgraçado Zayn? – Doragon questionou diretamente.

- No Médio Oriente. Onde as guerras dominam nosso povo, que perdeu a paz. – A youkai respondeu. – Um palácio Alabastrino em meio ao deserto, circundado pelo Éden, mas não adiantará tentar encontra-lo agora, ele já partiu ao seu encontro.

Ambos se soltaram, tinham que avisar aos outros. O inimigo estava próximo e a batalha era eminente.

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- Inuyasha! Inuyasha! – A Miko corria pelos corredores, chamando pelo hanyou. – Inuyasha, por favor!!!

- Mas o que foi? – Ele perguntou aborrecido, com a boca cheia de comida.

- Zayn! Está vindo, prepare-se. – Ela continuou a correr, até chegar ao quarto de Sango e Miroku. – Levantem! Zayn está vindo, preparem-se!!!

Ficaram prontos e em alerta sabendo que dentro em pouco, o ataque começaria, e assim foi.

Os zunidos de espadas e gritos de uma exército, fez com que o grupo entrasse em alerta. Sango com o Osso Voador, Miroku com seus pergaminhos e poderes de Buda, Inuyasha com sua Tessaiga, Kagome com seus poderes, Issa e Shinrai, e Doragon possuindo seu domínio do fogo e poder de ler mentes.

O barulho infernal das almas em gritos guturais, fazendo-os arrepiar. O que queriam com eles afinal?

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