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História KARD: Operações Especiais - Chapter I


Escrita por: megaraquinn

Notas do Autor


Annyeong! Voltei com um pequeno projeto, vamos vê se ele vai dar certo. Vou começar com essa pequena parte e vamos ver no que vai dar. Acho o K.A.R.D muito interessante e tem bastante material para aproveitar para trabalhar sobre eles, e a história realmente caiu bem para todos. Eu espero que goste do conteúdo da história :3
Quis fazer um estilo dorama, e vamos ver como me saio \o

Capítulo 1 - Chapter I


Fanfic / Fanfiction KARD: Operações Especiais - Chapter I

Seul vivia sua pior noite de crimes desde o último expurgo, adotado pelo país alguns anos depois que as coisas realmente começaram a ficar feia, em relação à bandidagem dos grandes centros urbanos. A grande maioria fazia justiça com as próprias mãos quando a polícia se omitia de fazer qualquer coisa para pegar os culpados. Mas não era como se quisesse ajudar alguém naquela cidade, afinal eram os bandidos quem pagavam suas contas no final do mês e não uma delegacia imunda quase entregue as moscas.

O objetivo estava claro na noite de crimes, tudo podia acontecer, todo mundo podia matar quem quisesse e talvez isso fosse bom por um lado. As pessoas podiam sair de casa e matar aqueles que eram culpados por tirar a vida de um ente querido, ou serem mortas pelas mesmas pessoas que mataram os que amavam, este era um lado ruim dessa noite tão miserável da raça humana. As coisas aconteciam mais com os inocentes do que com os culpados.

Mas as coisas estavam prestes a mudar, a noite de crimes acabaria com o novo decreto assinado pelo presidente, no documento continha a garantia de que em menos de um ano a polícia mostraria serviços para a população e acabaria com todo e qualquer tipo de crimes nas cidades, principalmente em Seul. Caso contrário, se as coisas não se resolvessem tudo voltaria a ser como nos Estados Unidos, o expurgo anual voltaria ainda mais violento.

— A partir de hoje com o novo decreto assinado por todos os parceiros políticos e por mim, é oficial o fim do expurgo anual. Sendo assim nossos oficiais mostrarão que ainda podem defender a população com seus esforços e sua coragem. Os dias de crimes e de pessoas amadas perdidas chegam ao fim hoje.

Diversos aplausos foram ouvidos para o presidente que fazia questão de cumprimentar todos os seus colaboradores e algumas pessoas da sua plateia. Dongwan sabia que conseguira um grande triunfo para seu país, mas não seria tão fácil acabar com algo que seu antecessor deixara de herança para a Coreia.

Jovens de diferentes idades protestavam com cartazes e algumas latas de tinta spray perto do palanque onde o presidente estava, os policiais tentavam manter as grades de contenção para que nenhum deles atravessassem, mas era quase impossível com mais de 250 jovens enfurecidos com a decisão do fim do expurgo. Para eles era a única forma de pegar os culpados e acabar de vez com o sofrimento de muitas famílias.

— Eles não podem fazer isso! – um jovem de cabelos castanhos escuros gritava, tentando passar por um dos policiais. — Isso é injusto com aqueles que perderam pessoas queridas com esses criminosos a solta.

As criticas vinham de todos os lados, o falatório sobre a mesma coisa e perguntas de como seria a vida da população que não apoiava esse novo decreto, algumas pessoas poderiam ficar felizes com o que estava acontecendo, mas os jovens protestantes não, pois eram eles os grandes "heróis" das noites de expurgo.

 

Ao término de seus cumprimentos Dongwan desceu do palanque com seus seguranças atrás, era um dia perigoso para um presidente que havia acabado com algo que durou quase cinco anos. O senhor grisalho caminhava junto de seus seguranças pedindo para que eles não deixassem ninguém chegar perto de seu carro e muito menos dele. Caminhou alguns metros mais até ver no meio daquela multidão um garoto de cabelos negros e traços conhecidos, logo um sinal para um dos seguranças e caminharam para perto da multidão enfurecida.

— Senhor presidente, não devia estar aqui. Esses jovens são perigosos – aconselhou um dos policiais.

— Kim Taehyung – o segurança chamou o garoto, que se escondeu atrás de uma jovem loira. — Senhor Kim, por favor, seu pai quer que o senhor volte conosco.

Todos os olhares pesaram sobre a figura alta de Taehyung, que logo foi empurrado para frente pela loira, pois queria mostrar que não tinha nenhum envolvimento com o sujeito esquisito e que era o filhinho do papai Dongwan.

— Ele é o filho do presidente? – muitos não sabiam do parentesco de Taehyung e Dongwan.

Os murmurinhos começaram a passar por todos os jovens, estes que não acreditavam que o filho de Dongwan estava no meio deles, era realmente um desaforo contra a resistência. Taehyung era admirado por muitos daqueles jovens e saber que ele era filho do presidente deixava a desejar sobre suas reais intenções com o grupo.

— Quer que eu mande o exército ir busca-lo? Você já causou muitos problemas para mim com esse seu grupo de baderneiros e delinquentes. Lidera contra seu próprio pai um bando de crianças sem consciência para provar o quê? Sua mãe não estaria nada orgulhosa de vê-lo contra mim.

— Não ouse falar da minha mãe – Taehyung foi à frente, deixando todos atentos. — Liderei muito mais pessoas do que você pode contar. O expurgo era a única maneira de nos libertarmos e trazer a nossas famílias um conforto digno, porque os policias dessa cidade não fazem mais nada depois que os bandidos tomaram conta dos subúrbios. E enquanto você Dongwan, apenas tirou de nós o que poderia nos trazer a justiça.

Uma onda de gritos de protesto começou a se levantar novamente, todos os presentes levantaram os cartazes e chamavam por Taehyung esquecendo-se completamente que era filho do presidente. Taehyung não jogava no mesmo lado que seu pai, ele queria tanto quanto qualquer um daquele grupo a vingança para todos que partiram.

Dongwan nunca mais conseguira controlar seu filho depois da morte da esposa, apesar de muito tentar era impossível manter Taehyung na linha, os gastos com as faculdades que começava e nunca terminava eram sempre motivos de discussões entre os dois. Porém as coisas só pioraram quando Taehyung encontrou o grupo do expurgo no ano de 2014, o garoto juntou-se aos jovens da noite e todo ano depois de uma noite de crimes bem sucedida, ele voltava para casa com a roupa cheia de sangue e um taco de beisebol nas mãos, e durante horas embaixo do chuveiro chorava pedindo perdão por seus atos.

 

Olho no olho, era como pai e filho se encontravam agora. Taehyung olhava com raiva nos olhos de seu pai, enquanto o mais velho só conseguia enxergar um garoto mesquinho de quase vinte e cinco anos lutando por uma causa que considerava completamente perdida. Ele queria mesmo lutar contra aqueles traficantes e assassinos? Pois bem, esse seu desejo seria realizado.

— Tragam-no.

Um simples sinal e uma palavra foi o suficiente para os seguranças que estavam mais a frente entenderem o recado. Os dois pediram passagem para os policiais e entraram no meio da multidão tentando pegar Taehyung, o que não foi nada fácil já que haviam muito mais deles.

— Corre, Taehyung!

O grito de alerta fez com que o moreno despertasse e corressem para longe do protesto e dos diversos policiais que cercavam grande parte daquela enorme praça. Naquele dia nada parecia estar ao seu favor, pelo menos em seu ponto de vista. Tudo estava cercado e os policiais já tinham avisado uns aos outros sobre o sumiço do filho do presidente, o que causou uma grande multidão de policiais correndo para lá e para cá, procurando dentro de comércios e tudo mais o que pudessem encontrar pela frente.

Taehyung corria de um lado para o outro e sempre que achava uma saída dava de frente com um dos policiais.

— Droga – praguejou para si mesmo.  

O moreno correu mais duas quadras até chegar a uma parte menos movimentada da cidade, respirou fundo ao perceber que não tinha sido seguido e encostou em uma parede para poder respirar melhor, pois já estava lhe faltando ar. Depois de alguns segundos normalizando a respiração ouviu a sirene do carro de policia aproximando-se e achou melhor sair correndo dali antes que fosse pego. 

Antes fosse mais esperto saberia que para onde estava correndo o perigo era ainda maior, mas com o senso de direção bem desnorteado e com medo de ser pego pela policia, Taehyung continuou correndo até dar de cara com a garota loira de antes.

— Vem comigo!

A garota puxou Taehyung pela mão e correu junto com ele para dentro de um dos becos. Ela estava com um salto de mais ou menos dez centímetros e uma meia calça preta, com um short jeans e uma blusa de frio larga. Taehyung não reparou muito na garota depois de algumas observações básicas, apenas a seguiu e estava rezando para que ela não fosse alguma enviada de Dongwan.

 

Uma hora depois da correria toda com a policia Taehyung sentia-se aliviado de estar na casa da desconhecida que o ajudara a escapar. Tinham chegado a pouco menos de dez minutos e enquanto ele observava a casa humilde do subúrbio, a garota tirava seu salto o deixando perto da porta. Taehyung a observou por alguns segundos depois que a viu mostrar seus respeitos por um altar que havia perto da lareira abandonada.

— Você deve está com fome, né? Eu vou fazer alguma coisa para comermos. Gosta de salada de batata? Ou eu posso fazer um ramen se quiser. Faço um ramen de galinha que é muito bom.

A garota sorrio depois de terminar as perguntas esperando que Taehyung falasse alguma coisa sobre o assunto do almoço deles, ou qualquer outra coisa.

— Não, obrigado eu estou sem fome. Mas, eu quero agradecer você por me ajudar lá fora.

— Não foi nada, foi um prazer salvar o líder da resistência – a garota sorriu, deixando Taehyung sem jeito. — Eu sou nova aqui em Seul, já participei de muitos expurgos nos Estados Unidos. Vim para cá depois que a minha avó morreu e quando encontrei o grupo de vocês me senti motivada novamente em pegar os bandidos que mataram a minha avó, mas parece que cheguei bem na hora que a festa acabou não é mesmo?

— Parece que sim – disse, cansado. — Eu não sei aonde meu pai quer chegar com isso, ele sabe muito bem que depois que isso aconteceu muita coisa ficou no lugar. Mortes de criminosos foram mais altas e os inocentes que tinham sido mortos estavam sendo vingados, mas agora eu nem sei o que eles vão fazer. O crime vai voltar a tomar conta dessa cidade.

— Nem me fale, eu estou com medo disso – disse, sincera. — Eu não me apresentei, desculpe. Meu nome é Jiwoo.

— J.Seph, mas você já deve saber.

— Me disseram que esse é seu apelido, certo? Gostaria de poder saber seu nome.

— Deixemos isso para o nosso próximo encontro, eu acho que está tudo calmo agora e posso ir embora.

— Salvei você para voltar para casa e ser interrogado pelo seu pai?

— Está tudo bem, eu vou para a casa de um amigo. Não fica muito longe daqui, e acho que por essa noite vai ser bem melhor ficar por lá do que ir para casa.

— Acho uma péssima ideia, pois vai ser lá o primeiro lugar que os policiais vão procurar você. Pode passar a noite aqui se quiser, eu não me importo, pelo contrário seria até uma segurança a mais para mim.

Jiwoo sorrio para Taehyung, que não viu como argumentar contra aquelas palavras, ela estava certa e provavelmente ele teria uma boa noite na casa da estranha. Enquanto Jiwoo ia para a cozinha preparar alguma coisa para comer Taehyung ficou observando o andar inferior da casa, pensando quando morava em uma casa como aquela antes de seu pai se envolver com a politica. Os candelabros eram simples e as escadas forradas com um carpete próprio para o local, onde estava provavelmente era utilizado para que a avó de Jiwoo não tivesse nenhum acidente enquanto descia as escadas.

Os olhos de Taehyung correram pela casa, trazendo para si uma nostalgia tão boa de quando sua mãe ainda era viva. Era engraçado e ao mesmo tempo tão ruim como pequenas coisas faziam com que ele se sentisse tão confuso em relação a morte de sua mãe, quase se no fundo ele não quisesse descobrir o que realmente havia acontecido com ela, talvez fosse o medo de desenterrar algo que nem mesmo ele pudesse lidar.

— Gostou da casa? – Jiwoo o tirou de seus devaneios. — Parece tão concentrado na decoração da minha casa.

— Eu já morei em um lugar como esse na minha infância.

— Sério? Sempre imaginei que o filho do presidente havia nascido em berço de ouro. Mas, você também não me parece nada com um filhinho de papai como todos comentavam.

— Comentários deviam ser como opiniões; só dados quando perguntados ou pedidos, do resto às pessoas deviam ficar quietas e falar sobre suas próprias vidas...  mas infelizmente não é assim.

— E nunca será – a loira cruzou as pernas, o que chamou a atenção de Taehyung por alguns segundos. A bermuda que ela usava era curta e sua meia calça estava rasgada do lado da coxa esquerda. Taehyung não era um santo. — Quer alguma coisa para beber pelo menos? Ah, você pode assistir televisão se quiser.

— Obrigado pela sua hospitalidade, mas eu não quero abusar. Eu ficarei quieto por aqui, enquanto você come e depois irei dormir. Vou embora amanhã cedinho para não incomoda-la.

— Você não me incomoda de forma alguma. Eu ficarei muito feliz em servir você com comida e alguma bebida, e pode tomar um banho se precisar.

A loira levantou-se do sofá com um sorriso nos lábios fartos, caminhou para a cozinha e terminou de fazer a comida instantânea que tanto adorava. Taehyung a seguiu até a cozinha em seguida e sentou-se ao lado de Jiwoo, que fazia uma breve oração agradecendo ao alimento em sua mesa. A refeição demorou pouco mais de vinte minutos por conta da conversa que estavam tendo sobre a infância de Taehyung e a volta de Jiwoo para a Coreia.

 

Algumas horas depois quando já estavam satisfeitos com a comida e com a conversa, Jiwoo levantou-se da cadeira de madeira e lavou sem muita demora as duas tigelas que haviam utilizado. Com as mãos já secas, a loira foi até um armário na sala e retirou uma toalha branca de banho a oferecendo para Taehyung.

— Vá tomar um banho, eu vou arrumar o sofá para você dormir.

— É bom tomar banho depois de ter comido tanto? – questionou de forma divertida.

— Faz meia hora que comemos, está tudo bem. Vá logo, eu preciso dormir. Amanhã tenho que ir para o colégio.

Um ok foi ouvido enquanto Taehyung caminhava para o andar de cima, onde  encontrava-se o banheiro. As roupas começaram a ser tiradas de seu corpo, ele não conseguia compreender ainda algumas atitudes de seu pai quanto ao final do expurgo, e tentaria a todo custo mudar a decisão dele. Quando Taehyung terminou de se despir entrou no pequeno box que havia no banheiro e deixou que a água caísse em seu corpo.

Uma coisa tinha de admitir; Jiwoo era uma garota com muita sorte em ter trago para casa um rapaz de respeito, que sabia quando uma garota estava afim e que conhecia todos os limites. Caso contrário, um rapaz com segundas intenções teria a agarrado assim que viu aquelas pernas se cruzando em sua frente.

Perdido em seus pensamentos, Taehyung pegou o sabonete ainda embalado e o abriu jogando a embalagem na lixeira do lado de fora do box. Ele se esticou um pouco e logo voltou para debaixo da água, deixando a mesma cair sobre sua cabeça. Seu corpo estava com alguns hematomas causados por conta dos protestos.

— Você é ainda mais bonito do que eu pensei.

Taehyung se assustou quando sentiu mãos delicadas envolverem sua cintura e lábios carnudos tocarem suas costas. Taehyung estava de costas para Jiwoo, mas podia sentir os seios da garota tocando sua pele o atiçando para o proibido.

— O que está fazendo aqui? – disse baixo. — Sou um completo estranho, não pode ir me abraçando desse jeito.

— Posso sim – Jiwoo soltou os braços da cintura de Taehyung, ele se virou para a loira e viu seu corpo todo sem aquelas roupas. — Me sinto atraída por você, e agora?

Um sorriso de canto foi visto por Taehyung, que não pensou duas vezes quando agarrou Jiwoo pela cintura a erguendo do chão e envolvendo suas pernas em sua cintura. Taehyung beijou Jiwoo com uma voracidade que faltou ar para os dois no final desse processo.

 

O começo da perseguição ao filho do presidente Dongwan se deu depois de uma discussão entre os dois, na praça onde estava acontecendo o anuncio oficial que acaba com o expurgo na Coreia. A discussão começou com os seguranças e o líder da resistência, que hoje foi identificado com Kim Taehyung, filho do presidente Kim Dongwan. Policiais correram para cercar Taehyung, mas...

O noticiário anunciava as últimas noticias e Taehyung fugindo de Dongwan era a noticia principal.

— Esse garoto espera que eu faça o que depois dessa humilhação? – Dongwan tomava uma dose de uísque, enquanto conversava com seu vice-presidente. — Depois que a mãe do Taehyung morreu eu não consigo mais controlar esse delinquente.

— Acha que ele pode estragar nossos planos?

— Não, ele é um delinquente, mas não acho que possa vim a se intrometer em nossos planos. Tudo correrá de acordo com o planejado, e hoje já demos um passo grande para isso. Agora eu só preciso do apoio do KARD, sabe que eles são os melhores em toda a Coreia.

— Sim, um dos filhos do nosso senador é do KARD. Dizem que as operações deles funcionam até melhor que a CIA e FBI, mas isso são apenas boatos. Só acredito vendo mesmo.

— Boatos ou não, eu preciso do apoio da agência para poder tudo correr de acordo com o que o Dragon quer. Tenho bons pensamentos sobre esses novos decretos. Usaremos a KARD para nos camuflar, então precisamos fechar com eles e ter o total apoio.

— Pode deixar isso comigo, vamos conseguir esse apoio – o senhor de cabelos grisalhos falava com um sorriso satisfeito no rosto.

 

ATENÇÃO! O cartaz chamava todos os recrutas e veteranos da agência, era a hora de transferências voluntárias acontecerem. Todo ano vagas para transferências eram abertas para aqueles que quisesse voltar para casa, ou para mudar de estado.

— Ei, Somin – uma recruta de cabelos ruivos chamou à coreana. — Abriram vagas para transferências para Seul.

— Sério? – respondeu com seu melhor inglês. — Isso é muito bom.

— Você estava ansiosa para voltar, não é mesmo?

— Sim. Minha prima mora em Seul e pretendia voltar no final do treinamento, mas acho que voltarei mais rápido do que pensei.

— Se eu fosse você corria para pedir a transferência, é uma ótima oportunidade e o salário é muito bom, às pessoas vão atrás.

— Você tem razão. Obrigada.

Somin correu para a sala do comandante da equipe de operações especiais, ele era uma pessoa boa, mas que exigia muito de todos os seus agentes e talvez não fosse tão fácil essa transferência já que Somin estava na equipe principal. Quando chegou na porta da sala, Somin pode ver uma figura um pouco mais alta que seu comandante, de cabelos negros e boa postura sentado na cadeira de costas para ela, e se bem conhecia aquela fisionomia sabia exatamente quem era.

Dois toques na porta foi o suficiente para chamar a atenção do homem de cabelos castanhos escuros.

— Jeon, por favor, entre. Eu estava mesmo querendo falar com você.

A morena se sentou ao lado do mais alto enquanto observava curiosa a atitude do seu superior. Ele estava inquieto, ao mesmo tempo que animado.

— É bom que vocês dois já estejam aqui mesmo – começou devagar. — Sabem que as vagas para transferências abriram hoje.

Um sim senhor foi ouvido de Somin e do rapaz.

— Eu sei que estão aqui para pedir as transferências para Seul, mas sabem que são da equipe principal, e eu não poderia deixar vocês saírem assim.

— Senhor, me perdoe, mas espero por essa oportunidade há mais de seis meses.

— Por isso mesmo que eu disse que não poderia deixa-los ir, mas eu sou um soldado e cumpro ordens. As ordens que vieram para mim foram: vocês dois voltam para Seul nos próximos dois meses, quando terminarem o treinamento. Não posso deixar que voltem despreparados para sua novas posições.

— Novas posições? – questionou Somin.

— Sim. Vocês vão voltar para Seul como líderes de equipes encarregados de treinar jovens delinquentes que o governo reuniu para formar a nova força tarefa da Coreia. Ficarão responsáveis por no máximo quarenta jovens, todos delinquentes com passagem. A diretoria decidiu que são os melhores para isso, junto com o governo da Coreia. Eles já pediram suas transferências.

— Espere – o garoto falou pela primeira vez. — Como podem fazer uma coisa dessa sem nos avisar? Temos o direito de decidir se queremos ou não.

— Certamente, Matthew. Mas, se quiser voltar para Seul com seu treinamento concluído e conseguir uma posição melhor do que a estou oferecendo para vocês, devem primeiro treinar todos eles. Do contrário, pode pegar suas coisas no alojamento e voltar para Seul como um civil.

Somin abaixou a cabeça depois do longo suspiro de Matthew, ela sabia como o espírito de soldado dele era orgulhoso e que não desistiria tão logo de seu treinamento, ainda mais se aproximando do término.

— Quer acrescentar mais alguma coisa? –  perguntou o comandante. — Ótimo, voltem para o campo de treinamento e se preparem para voltar para Seul em dois meses. E quanto aos jovens, não acho que devam se preocupar. Todos eles participavam de expurgos e agora que o decreto contra essa prática foi assinado precisam de um incentivo para voltarem a ativa, mas dessa vez do jeito certo.

— Só uma pergunta, senhor – Somin se pronunciou. — Eu poderia perguntar sobre esses jovens? Eles vão esperar por dois meses?

— Sim, ainda estão tentando pegar o filho do presidente Dongwan para saber sobre o esconderijo da resistência. Quando isso acontecer todos os nomes serão colocados no sistema. Me desculpe, Somin não posso falar muito mais sobre isso. Vocês vão receber todas as coordenadas logo mais.

— Obrigada senhor.

Somin e Matthew saíram da sala assim que terminaram a conversa com o comandante, ambos se entreolharam antes de Matthew se pronunciar novamente sobre o ocorrido de um minuto atrás.

— Eu não quero nem saber o que eles fizeram, eu vou ser o pesadelo desses pivetes – disse, logo caminhou de volta para o campo.

Nos planos de Matthew não estava incluso treinar um monte de pivetes que fizeram uma baderna pela cidade, ele só queria voltar para casa e nunca mais olhar para trás, queria esquecer que os Estados Unidos existia. Somin por um lado estava feliz, mas ao mesmo tempo preocupada, pois queria voltar para a Coreia para poder morar com a prima e não para ser supervisora de jovens delinquentes. Definitivamente o trabalho não era agradável para nenhum dos dois.


Notas Finais


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