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História Karma - Capítulo 2


Escrita por: DeadPuppet

Notas do Autor


Eiii... Cheguei gentchy... Eu não me aguento de ansiedade e por isso não tenho dia certo para postar.

Enfim, mais um capítulo de Karma e espero que gostem

Capítulo 2 - Capítulo 2


Fanfic / Fanfiction Karma - Capítulo 2

Capítulo 2

 

- Entre no carro.

Disse Yuu abrindo a porta da frente do carro, um lindo e maravilhoso Bugatti Chiron preto. O carro era lindo, meus olhos chegaram a brilhar ao vê-lo, mas não daria meu braço a torcer por causa de um carro incrível como aquele. Olhei para ele da forma mais fria que consegui, cruzei os braços e disse:

- Eu me recuso.

- Entre no carro “Por favor”.

Eu até poderia entrar agora, mas não ia ceder assim tão fácil só por ele ter usado de boas maneiras, isso é essencial do ser humano, não era algo que ele devesse se orgulhar por ter feito.

-Kou, por favor, entre no carro.

Não era inteligente da minha parte ignorar uma “ordem direta disfarçada” então eu entrei no carro. E assim que me sentei pude ver o interior do carro, não haviam exagerado quando disseram que o console era esculpido em diamantes. Era mesmo esculpido em diamantes. Eu devia estar praticamente babando no carro por que me assustei quando ele perguntou de forma irônica

- Gosta de carros?

-São úteis.

Respondi o ignorando. Ele abaixou a cabeça e riu da minha resposta em seguida girou a chave na ignição e acelerou ao mesmo tempo em que disse

- Isso não vai ser fácil.

-Humpf.

Resmunguei ainda de braços cruzados olhando a rua pela janela do carro. Obviamente não enxergava nada por causa da velocidade, mas me recusava a olhar para Yuu.

Passado um tempo eu verbalizei a pergunta que estava me corroendo

-Quais são suas regras?

-Vou dizer assim que chegarmos em casa. Não seja ansioso.

Ele passou as costas da mão no meu rosto e sorriu

Virei meu rosto para a janela e o ignorei novamente

-Por que você está sendo tão difícil comigo?

O encarei incrédulo com a pergunta e o respondi com outra

- Por que será não é? Vamos ver, talvez e só talvez mesmo, seja pelo fato de que fui arrancado da minha cama enquanto eu dormia por um estranho com roupas estranhas usando uma bandana tampando mais da metade do rosto, ou talvez pelo fato que fui forçado a trocar de roupa na frente desse estranho por que ele estava “seguindo ordens”, também pode ser pelo fato que EU fui o objeto de uma aposta, sem meu conhecimento, ou talvez por ter encontrado meu irmãozinho todo ensanguentado no chão de um cassino e que fique claro que o motivo dele estar ensanguentado é por ter sido espancado pelos SEUS homens, ou pode ser também...

-Certo, certo. Já entendi, não tiro suas razões, me desculpe. Vou conversar com o Reita sobre ele ter te visto trocar de roupa e vou punir meus homens por terem se exaltado com seu irmãozinho. Mas quanto ao fato de você ter sido o objeto da aposta não foi minha culpa.

Ele suspirou e disse

-Estamos chegando. Poderemos continuar nossa conversa em casa.

Ele voltou sua atenção para a rua e pouco tempo depois entramos na garagem. Que parecia mais uma concessionária do que uma garagem realmente, passamos por carros de várias marcas e modelos até que ele estacionasse o Bugatti no devido lugar.

Ele desceu do carro e deu a volta para abrir a minha porta.

- Vamos Kou.

Desci do carro e o segui, quando chegamos ao elevador ele apertou o botão e a porta abriu, entramos e ele me puxou para perto dele e eu recuei.

- Ainda está com raiva?

- Vai adiantar?

-Acho que não.

- Então está aí sua resposta.

-Então por que se afastou?

-O fato de que eu não estou mais irritado não quer dizer que eu te dei liberdade para me agarrar.

- Mas você é meu agora.

- Eu não sou de ninguém não, eu sou meu mesmo.

- Você continua difícil.

Eu me assustei com o que ouvi

- Como assim “continua”?

E por um segundo eu tive a leve impressão de que ele não tinha se dado conta do que havia dito e eu tive quase certeza que tinha algo mais por trás daquele “continua”.

O elevador abriu a porta e ele saiu e eu o segui, e assim que ele abriu a porta meu queixo caiu diante de todo aquele luxo.

As paredes do apartamento eram ovaladas e tinham cores sóbrias os móveis e a decoração mesclava entre o preto e o cinza e tinha uma janela na parte da frente que ocupava de um canto a outro da sala, a iluminação contrastava com as cores na parede tornando aquele ambiente moderno e muito aconchegante.

Ele colocou as chaves do carro sobre a mesa de centro e voltei minha atenção a ele que já me encarava sorrindo descaradamente com minha reação um tanto quanto exagerada na opinião dele.

- Posso ver que do apartamento você gostou não é?

- Quais são as regras Yuu?

-Você não quer conversar sobre outras coisas? Podemos falar dessas regras depois.

-Não quero, eu quero saber quais são essas malditas regras de uma vez. Vamos acabar logo com isso.

Ele se sentou no sofá e me indicou o sofá a sua frente para que eu me sentasse também e eu assim o fiz.

-Bom, então vamos lá. Primeira regra: Eu sou o chefe. Tudo o que eu digo é ordem não aceito não como resposta.

Segunda regra: Não quero você fora do quarto quando eu for tratar de negócios em casa.

Terceira regra: Não se envolva com meus funcionários. Irei designar alguém para te fazer companhia, e será a única pessoa a quem você irá se dirigir além de mim.

Quarta regra: Quando formos sair quero que vista as roupas que eu escolher. Por enquanto são essas as regras, provavelmente tem mais alguma, mas estou cansado demais para me lembrar agora.

- Sim “Chefe”, mais alguma coisa “Chefe”?

-Não seja irônico Kou, eu não sou um monstro eu já disse, no entanto se você me desobedecer precisarei puni-lo mesmo contra minha vontade.

- Não prometo nada.

Respondi revirando os olhos.

- Olha, para provar que não sou esse monstro quero que me diga, tem alguma coisa que você queira ou que você queira fazer?

- Só quero ficar sozinho agora.

Eu estava cansado de me fazer de indiferente, queria colocar minha cabeça em ordem e chorar, eu precisava chorar e precisava ficar sozinho.

-Tudo bem, vou te levar até seu quarto.

E assim ele fez, saímos da sala passamos pelo corredor enquanto ele me mostrava a casa e no segundo piso ele abriu uma porta e disse:

-Esse é seu quarto Kou, espero que goste.

O quarto tinha uma tv gigante na parede de frente para uma cama enorme, um closet e um mini freezer ao lado da cama, em um canto do quarto tinha uma mesa e um computador e um banheiro que cabia todo o meu apartamento dentro dele.

- Descanse um pouco vou resolver umas coisas no seu emprego.

Me virei pensando que não tinha ouvido direito e ele riu

-Você não pensou que eu ia te trancar dentro do apartamento o dia todo não é? Amanhã você não vai trabalhar, mas não se preocupe com isso, deixe que eu resolvo.

E saiu do quarto me deixando ali sozinho como eu o pedi, fui até a cama e me joguei nela me permitindo chorar o quanto eu pude, sem que eu percebesse acabei dormindo e quando acordei vi que estava deitado corretamente na cama e não da forma que eu estava quando me joguei nela e que eu tinha sido coberto em algum momento e me senti grato por que durante a noite fez muito frio.

Ouvi alguém batendo a porta e me levantei pra ir abrir e ao fazer isso vi que estava usando um conjunto de pijama de cetim cinza.

Praguejei Yuu mentalmente por ter me trocado enquanto eu dormia. “Como assim ele me trocou sem minha permissão? Que atrevido”. Fui até a porta emburrado pronto para o xingar.

Mas quando abri a porta vi que não era Yuu e sim um garoto provavelmente um menor, apesar da expressão que ele tinha e das roupas “adultas” que usava a aparência dele era de um menor, e a altura também não contribuía muito.

Ele me olhou e disse sorrindo

-Ohayou Kouyou-sama, me chamo Takanori, Matsumoto Takanori. Sou seu acompanhante a partir de agora. Muito prazer

Eu estava em choque de pé escorado no batente da porta encarando aquele pigmeu que quando começou a falar me surpreendeu com o seu tom de voz.

-Kouyou-sama, o senhor está bem?

Ele me perguntou um pouco preocupado e eu acenei com a cabeça enquanto voltava à razão.

-Es-estou, me desculpe, Takanori não é? Pode me chamar de Kou ou de Uruha, segundo seu chefe você vai ser a única pessoa além dele com quem eu poderei conversar então não precisa ser tão formal comigo.

-Obrigado senhor, o senhor é muito gentil.

-Sem formalidades, por favor, pode me chamar de você.

-Certo, me desculpe, sendo assim pode me chamar de Ruki.

-Tudo bem Ruki.

Apertamos as mãos e o disse para entrar

- O Chefe saiu cedo e me disse para fazer tudo o que você quisesse então, quais são as ordens?

- Ordem? Eu não dou ordem nenhuma, mas...

-Sim Uruha-san?

-Posso tomar café?

Ele sorriu e disse

-Sim, eu já vou buscar só um momento.

Ele se levantou e quando ele ia saindo eu o chamei novamente

-Ruki, por favor.

Ele parou de andar e ao se virar me encarou quase como se estivesse ouvindo demais

-“Por favor”? Quanto tempo eu não ouço isso.

Ele disse baixo, mas como estávamos apenas nós dois naquele quarto eu consegui ouvir, mas por não saber se ele disse para si mesmo ou para mim eu simplesmente deixei passar.

-Ruki, você poderia me trazer o jornal, por favor?

Ele parecia que ia chorar com aquilo e disse mais empolgado do que o necessário

-Sim, sim senhor... Quero dizer, desculpa, eu trarei o Jornal Uruha-san

E saiu.

Eu fiquei no quarto esperando pela volta do baixinho, pois se ele havia dito que iria trazer meu café eu presumi que eu não deveria sair do quarto naquele momento e foi o que eu fiz. Não iria querer arrumar problemas no meu primeiro dia naquele lugar.

Não muito tempo depois Takanori voltou empurrando um carrinho que tinha uma bandeja com frutas, alguns pães, bolo, café e uma outra bandeja com café, chá, suco e algumas xicaras de porcelana.

- Me perdoe, Uruha-san eu não sabia o seu gosto então trouxe de tudo. Por isso me demorei.

Olhei assustado para tudo aquilo me sentei na cama e disse

- Com toda certeza eu não conseguiria comer tudo isso sozinho.

Ele abaixou a cabeça constrangido e eu pensei que ele fosse chorar

-Taka, você já tomou café? Podemos tomar café juntos se quiser?

E nesse momento ele desabou, e eu fiquei perdido sem saber o que fazer.

-Taka o que foi? Por que está chorando?

- O-o senhor é muito ge-gentil Uruha-san.

Dei uns tapinhas no colchão indicando que ele poderia se sentar e ele veio, quando ele se sentou eu o abracei, e ele escondeu o rosto em meu pescoço enquanto chorava baixinho

-Me desculpe senhor.

Segurei em seu queixo fazendo-o levantar o rosto aos poucos e disse

-Shhhh já disse para me chamar de Uruha.

Dei um beijo em sua testa e indiquei o carrinho.

- Agora pare de chorar e vamos tomar café.

-Sim senhor.

- Eu desisto, você não vai mesmo parar com isso de “senhor” não é?

Ele abaixou a cabeça envergonhado e disse

-Provavelmente não senhor.

Eu ri e me levantei da cama indo até o carrinho para tomar meu café

-O que não tem remédio... Venha Taka, pegue uma xicara e vamos tomar café.

Ele sorriu e se aproximou do carrinho. Assim que cada um se serviu nos sentamos à mesa que tinha no quarto e eu perguntei

-Onde foi o Chefe?

Ele tomou um gole de café antes de responder

-O Chefe não costuma nos dizer aonde vai, mas ele me disse que caso você perguntasse eu deveria dizer que ele foi “trabalhar”

-Entendi.

Ficamos em silencio alguns minutos e eu me lembrei do que havia pedido a Taka

-Você trouxe o jornal?

-Ah, sim eu trouxe, me desculpe senhor acabei esquecendo de te entregar.

Ele se levantou foi até o carrinho e abriu uma portinha pegando lá dentro o jornal que por sorte era o mesmo que eu leio.

-Obrigado Taka.

Ele sorriu e se sentou novamente

-Taka, qual o seu signo?

-E-eu não sei, quero dizer eu nunca me importei muito com isso então eu não sei.

-Em que dia você nasceu?

-Primeiro de fevereiro

-Vamos ver.

Fiz minhas contas mentalmente e disse

-Você é do signo de Aquário Taka.

-E qual é o do senhor Uruha-san?

-Eu sou de Gêmeos.

Abri o jornal na pagina que eu queria e comecei a ler meu horóscopo. Era segunda feira e durante a semana é o horóscopo diário e nos domingos o horóscopo semanal e eu queria ter uma ideia do que iria enfrentar naquele dia.

“GEMEOS:

A Lua em Libra recebe um ótimo aspecto de Marte e Sol em graus exatos em Leão indicando um dia de movimento intenso, mas equilibrado na vida social e aproximação de amigos, novos e antigos. Se estiver só, um romance pode começar a qualquer momento. Se for comprometido, aproveite este dia junto de seu amor....”

 

- Você só pode estar brincando comigo. Nem me dignei a continuar a ler aquilo fechando o jornal e o colocando dobre a mesa

-Algum problema Uruha-san?

-Não Taka, não é nada.

Ele já tinha terminado o café e estava me encarando curioso

-Vamos ler o seu horóscopo Taka.

Eu disse abrindo novamente o jornal na pagina de horóscopo. Ele não pareceu muito crédulo naquilo e eu comecei a ler

“Aquário:

De manhã, pode ter desafios. Há risco de atrito com amigos e de perder dinheiro. Você terá mais chance de progredir à tarde. Se já achou sua alma gêmea, renda-se à paixão!”

Ao terminar de ler olhei para ele e ele desviou o olhar

-Espera... Você já encontrou essa paixão Taka?

-O-o que mais diz aí senhor?

Ele disse envergonhado ainda sem olhar pra mim

-Certo, vamos ver.

“Por ser muito racional, às vezes, você se atrapalha quando precisa lidar com suas emoções. Pode até demonstrar frieza, mas quando se apaixona, deixa-se envolver completamente por este sentimento e pelo par. É uma pessoa fiel, mas deixa claro que sua felicidade depende de que respeitem seu espaço. Acredita que, se o casal não preservar sua individualidade, ambos podem perder a identidade por viverem em função um do outro. Agora, se não houver cobranças, dedica boa parte das suas energias ao romance.

CIÚME: esse sentimento não costuma fazer parte do seu relacionamento, pois sabe respeitar as vontades do par. Não abre mão da sua liberdade e, se a outra pessoa for ciumenta, você tentará resolver a situação com diálogo.

PAR PERFEITO: a pessoa precisa ser animada e criativa, mas são as atitudes que vão definir se é ou não sua alma gêmea. Você busca alguém que entenda seus ideais, valorize a liberdade e, juntos, possam criar as próprias regras para que o romance não se prenda a convenções pré-estabelecidas. Respeitar seu espaço e privacidade é fundamental, assim como não fazer cenas de ciúme.”


-Você é muito ciumento Taka? Me diz, quem é a pessoa?

-E-eu... Senhor isso é verdade mesmo?

- É para quem acredita. - Respondi dando de ombros – Mas agora me fala, quem é a sortuda?

-Na-não é ELA senhor. É ELE, mas sinceramente não sei se ele sente o mesmo por...

E nesse momento alguém bateu na porta

-Takanori você está aí?

-Estou.

Ele se levantou em um pulo, foi até a porta e a abriu e de onde eu estava pude ver claramente como ele se desmanchava perante aquele loiro de penteado estranho com a faixa no rosto. Acho que ele era um tanto óbvio demais, não é possível que aquele ser não conseguisse enxergar os sentimentos do baixinho.

Eles conversaram sobre alguma coisa que eu não prestei atenção e quando Taka voltou eu o perguntei

-É ele?

-É sim senhor.

-Eu duvido que ele não saiba mesmo sobre seus sentimentos

-Po-por que diz isso senhor?

-Desculpa Taka, mas você é transparente demais, acho que você deveria tentar ser ou mais discreto se não quiser que ele saiba ou você deveria se declarar de uma vez. Se quiser eu te ajudo com isso?

-O-o senhor faria isso por mim?

-Claro que sim Taka. Seremos amigos a partir de hoje então pode contar comigo para o que precisar.

-Obrigado senhor.

-Não por isso. Agora me diga, por que Akira veio aqui.

-Ah sim, ele disse que o Chefe está voltando e que quer conversar com o senhor.

-Conversar? Ele disse sobre o que?

-Não senhor.

-Está certo, o jeito é esperar.

Abri o jornal e voltei a ler o horóscopo novamente.


Notas Finais


Obrigada por lerem e pelos comentários...eu amo muito ler eles

Desculpem qualquer erro e Bia se eu estiver fazendo qualquer besteira ao escrever a parte do horoscopo por favor me fala...


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