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História Karma (Segunda Temporada) - Novo Visual


Escrita por: itscamren-yo

Notas do Autor


Oi meus xuxuzinhos recém-saídos da horta, como vocês estão?? Quais as novidades?? Preparados para o último show da Fifth Harmony amanhã? Ou irão chorar até ficarem desidratados, como eu irei fazer?? A gente finge que não dói, mas né kkkk

Eu gostei pra caramba desse capítulo, ele é ponte, mas ele ta bem leve e gostosinho de ler, então espero que gostem!! Algumas leitoras me fizeram uma pergunta muito engraçada sobre a Camila no capítulo passado, e espero que a resposta de vocês tenha sido bem respondida HAHAHAHAHA

Para o capítulo de hoje sugiro as músicas: Focus do Fortunes, No Running From Me do Toulouse, Are You da Julia Michaels, My Gospel do Charlie Puth e In My Blood do Shawn Mendes.

Boa leitura:

Capítulo 17 - Novo Visual


Fanfic / Fanfiction Karma (Segunda Temporada) - Novo Visual

Respiro fundo e passo a mão no rosto, sentindo todo o meu corpo se contrair em dor. Parecia que um caminhão havia passado por cima de mim. Estico o braço e desligo o despertador, gemendo em repreensão ao olhar o horário que mostrava lá.

Queria dormir o dia todo, não ir trabalhar o dia todo.

- Lo? - Chamo baixinho, não obtendo resposta alguma.

Ela havia sido perfeita na noite passada, melhor do que eu me lembrava. Usando e abusando de sua experiência, Lauren me deixou exausta após uma noite intensa e maravilhosa de sexo. No final da noite, após uma conversa cheia de carícias, fizemos amor com uma paixão e ternura que jamais havíamos partilhado antes. E em segundos nós voltamos a ser o que jamais deveríamos deixar de ter sido.

- Lauren? - Chamo mais alto, e em resposta escuto o nada.

Parecia que cada parte do meu corpo e da roupa que eu usava exalava o cheiro de Lauren, e eu amava isso. Era como se ela estivesse em mim, sem realmente estar, aquela era uma lembrança constante que eu a pertencia, sem ser com palavras.

Me espreguicei e joguei as cobertas para longe, resmungando baixinho de preguiça. Arrastando meus pés pelo assoalho de madeira caminhei pelo cômodo, empurrando a porta do banheiro. Retirei a blusa de dormir que Lauren havia me emprestado e joguei no cesto, abrindo a segunda gaveta do móvel abaixo da pia para pegar uma das milhares de novas escovas que ela tinha estocada, escovei meus dentes observando meu reflexo no espelho.

Mesmo exausta, eu estava radiante. Meus olhos brilhavam, minha pele -mesmo lotada de marcas de sexo- estava ótima e eu estava com um bom humor ridículo, a ponto de sorrir sozinha para o meu próprio reflexo.

Entrei no box do banheiro e liguei o chuveiro potente, após ficar quinze dias no corpo de Lauren já sabia onde tudo estava na casa da minha ex-namorada e isso facilitava muito as coisas. Lavei meu cabelo e tirei os nós, ensaboei meu corpo logo em seguida e arfei assustada ao ver Lauren só com um top e uma legging preta encostada na bancada do cômodo, me analisando.

- Bom dia. - Murmura com um largo sorriso, descruzando os braços.

- Bom dia. - Mordo o lábio inferior, passando a mão pelo cabelo - Vai se juntar a mim? - Lauren passa a língua pelos lábios.

- Tentador essa sugestão, mas irei preparar nosso café da manhã, e então enquanto você come, eu tomo banho para…

- Entre, Lauren. - Ordeno e ela arqueia as sobrancelhas - Os boatos são que eu não matei toda a saudade de te beijar. - Sinto meu coração acelerar quando ela exibe um sorriso malicioso e começa a arrancar a roupa - Estava na academia?

- Saí para correr, a praia não fica longe daqui. - Entra no espaço e me lança um sorriso malicioso.

Lauren entrou debaixo da água e molhou os cabelos, sorrindo confiante enquanto eu observava seu lindo corpo. Seu corpo não era magrelo e sarado como antes, era mais encorpado e permanecia tonificado, provavelmente porque ela corria todos os dias de manhã e jogava vôlei aos domingos na praia, como citou uma vez. Após morar tanto tempo em Londres, ela havia sentido muita falta de sol e praia, por isso, aproveitava tanto agora que tinha oportunidade. Mordi o lábio e não pude evitar de tocar, Lauren tinha marcas de arranhões e mordidas, nosso sexo ontem havia sido… selvagem.

- Se quisesse me ver sem roupa, era só pedir. - Aproxima nossos rostos, roubando um selinho.

- Fácil assim?

- Fácil assim. - Ela ri, colocando shampoo na mão.

- Bom saber, agora toda vez que eu te ver vou pedir para você ficar nua.

- Quer tanto sexo assim? - Zomba e eu a encaro ameaçadora, vendo ela esfregar os cabelos.

- Está fazendo tanto essa pergunta, por que? Tem medo de não conseguir me satisfazer? - Lauren abre a boca, rindo com a minha pergunta, passando água nos cabelos.

- Não foi o que aconteceu ontem a noite, não acha? - Aproxima sua boca da minha, mais uma vez, segurei seu pescoço e aprofundei o beijo.

Encostei o corpo de Lauren contra o azulejo gelado, ouvindo ela arfar com o contato. Suas mãos percorreram meu corpo com a mesma malícia da noite anterior e sua língua foi de encontro com a minha com a mesma vontade de um primeiro beijo. Estiquei minha mão e desliguei o chuveiro, sentindo ela sorrir contra a minha boca quando meu beijo passou a ficar ainda mais apressado.

Parece que não importava o quanto nós nos beijássemos, o quanto ela me tocasse e fizesse meu coração acelerar com lindas palavras, nunca parecia o suficiente. Queria mais, o tempo todo. Sabia que somente Lauren conseguiria despertar o melhor em mim, assim como somente ela conseguiria me satisfazer completamente.

Sua boca se abriu e um gemido baixo escapou quando minha mão foi para entre suas pernas, tocando seu centro já quente. Tanto ela quanto eu ainda estávamos sensíveis, dormimos por poucas horas, e não era como se nosso corpo estivesse acostumado com tantas horas de sexo assim nos últimos tempos. Sua mão esquerda agarrou meus cabelos e seus lábios passaram a maltratar os meus quando comecei a tocar sua intimidade; os suspiros e gemidos ecoavam pelo banheiro e a minha vontade de Lauren exalava em cada poro do meu corpo.

- Camila. - Estica o pescoço, segurando meu pulso - Porra.

Aproveitei a exposição de seu pescoço para que pudesse deixar uma trilha de beijos pelo mesmo. Aumentei a velocidade de meus toques, aplicando um pouco mais de pressão sobre seu clitóris, vendo Lauren se contorcer e gemer mais alto. Foi quando ela soltou meu pulso e tive mais liberdade com o movimento da minha mão que finalmente a fiz gozar.

- Ai meu Deus… - Ri contra a minha boca, quando insisto em deixar um beijo sobre seus lábios - Vou pedir para você dormir sempre em casa se isso significar você acordar com essa disposição de manhã.

- Você me faz acordar com essa disposição.

- Meus 6km essa manhã dizem o mesmo. - Ri divertida, ligando novamente o chuveiro - Agora venha aqui, eu preciso resolver o seu…

- Não. Vamos nos atrasar! - A empurro puxando uma toalha, olho sobre o ombro e vejo ela de maxilar trincado - Podemos resolver mais tarde.

- Isso significa que vamos nos ver hoje?

- Se você tiver sorte… - Escuto sua risada baixa e eu mordo meu lábio inferior, fazendo questão de caminhar para fora do banheiro rebolando por saber que ela estaria encarando minha bunda.

Sequei meu corpo e comecei a secar meu cabelo com a toalha conforme andava pelo enorme closet de Lauren. Observei suas roupas por alguns instantes e cogitei seriamente a possibilidade de ir para o meu apartamento escolher uma roupa para aquele dia, mas talvez eu conseguisse encontrar um vestido de Lauren que servisse em mim. Enrolei a toalha em meu corpo e peguei o secador que estava em cima de um pufe, ao lado da escova de cabelo. Penteei e sequei meu cabelo, levando mais tempo do que achei que levaria, e só notei isso quando me deparei com Lauren me encarando da porta de entrada do closet.

- Achei que já teria escolhido uma roupa minha para usar…

- Acho melhor ir para a minha casa, assim posso escolher uma…

- Se você for para o seu apartamento se trocar não poderemos tomar café da manhã juntas! - Empurra as roupas penduradas, olhando rapidamente uma por uma - Aqui, acredito que este sirva. - Me estende o mesmo - Mas acredito que seja melhor usar sem calcinha, é bem provável que fique justo na sua bunda.

Não pude evitar de revirar os olhos, prendendo a risada. Não me senti intimidada em jogar a toalha no chão e vestir o lindo vestido branco justo na frente de Lauren, que parecia pronta para me atacar a qualquer instantes. O vestido ficou um pouco largo na parte do busto, mas justo na região da minha cintura/bunda. Daria para o gasto, e nada me impediria de ir para casa durante o almoço trocar de roupa rapidamente antes de voltar para o banco.

Quando me virei novamente Lauren já trajava uma calcinha e um sutiã pretos com rendas transparentes, era um lindo conjunto que possibilitava que eu visse suas partes íntimas. Respirei fundo ao ver ela puxar um vestido preto, vestindo o mesmo e se aproximando para que eu subisse o zíper nas costas, assim fiz, deixando um beijo em sua nuca antes de me afastar.

Fomos até o seu banheiro novamente, ela puxou a gaveta onde suas maquiagens ficavam perfeitamente organizadas, por conta de termos tons de peles muito diferentes eu não poderia utilizar muito das coisas ali, mas usei o básico para não ir de cara lavada até o banco. Por terminar de me maquiar antes de Lauren fui para a sala, juntando as peças da minha roupa da noite passada antes que ela aparecesse, encontrando minha calcinha em cima do seu aparelho de som. Guardei tudo dentro da bolsa, calcei meus saltos e conferi meu celular, apenas para saber se alguém havia me ligado ou me mandado alguma mensagem que me faria ter que ir mais cedo para o banco, mas nada.

- Existe uma cafeteria muito boa na esquina da minha rua, podemos ir lá ou você prefere ir para outro lugar?

- Está ótimo para mim. - Assente, ajeitando sua bolsa em seu ombro.

- Podemos ir? - Concordo com a cabeça, saindo de seu apartamento e sendo seguida por ela.

Ficamos alguns instantes esperando o elevador e sorri quando vi que estaríamos sozinhas ali dentro. Antigamente, quando namorávamos, Lauren sempre traçava comentários sacanas em lugares públicos, elevadores eram seus lugares favoritos para me provocar antes de ficarmos sozinhas.

- Gostei do novo visual tanto quanto gostava do antigo. - Franzo o cenho, me virando para ela assim que o elevador se fecha.

- Novo visual?

- É. - Sorri de canto - Achei que manteria ao natural, como manteve nos últimos tempos, mas eu gosto de você assim também.

Abro a boca descrente quando percebo sobre o que ela estava falando. Sobre a minha vagina novamente e sobre a estética da mesma.

- E presumo que você não tenha dormido com ninguém, então me sinto lisonjeada que você já estava preparada para caso algo viesse acontecer entre nós, mas espero que você tenha em mente que eu não me importo nem um pouco com um visual mais… natural. - Quando estuda minha expressão começa a rir e eu semicerro os olhos.

- Você é muito convencida! - Me viro, ficando mais próxima dela - Eu não voltei a me depilar por ter segundas intenções com você. - Aponto o indicador em sua cara e ela ri.

- Oh não? - Envolve minha cintura, puxando meu corpo contra o seu, me fazendo arfar em surpresa - Por que fez isso então?

- Não é da sua conta! - Ralho, e ela segura meu rosto, roubando um longo selinho.

- Quando sou eu que chupo, passa a ser. - Pisca maliciosa, abraçando minha cintura para que saíssemos do elevador - Bom dia. - Cumprimenta o porteiro.

Eu queria rir e socar a cara linda dela, sabia que ela estava dizendo aquelas coisas somente para me provocar, era um traço da personalidade de Lauren: a constante necessidade de me provocar de qualquer maneira, fosse de uma que me deixasse irritada ou uma que me deixasse excitada.

Assim que saímos do seu prédio caminhamos lado a lado, Lauren não abraçava mais a minha cintura e eu sentia um desconforto por estar tão perto e não ter seu toque, por mais singelo que fosse. Estiquei minha mão a procura da sua e não demorei para encontrá-la, entrelacei as mesmas e pude sentir o olhar fixo de Jauregui sobre mim, mas nada ela disse.

Entramos na cafeteria e ocupamos uma das únicas mesas livres, sentamos frente a frente e aguardamos sermos atendidas. Não disse nada, e ela muito menos, apenas nos observavamos furtivamente. Nossas trocas de olhares e as carícias que Lauren fazia em minha mão sobre a mesa deixavam meu coração acelerado e transbordando amor.

Aí está uma coisa bizarra da vida, parte dela você acha que atos simples como abraços, dar as mãos, beijos e palavras gentis são coisas insignificantes, até que você encontra alguém que valida essas coisas de uma maneira singela e que você jurava que jamais seria possível.

Nosso pedido foi servido, e só ao sentir os cheiros das deliciosas waffles com nutella que tive consciência do tamanho da minha fome. Dei um longo gole em meu chocolate quente e Lauren em seu café com leite, sorrindo de canto ao notar que eu lhe observava, sua mão quente não demorou para procurar a minha.

- Camz… - Franze o cenho, ficando com as bochechas rosadas - O que nós seremos agora? - Enfio um pedaço da waffle na minha boca para ganhar tempo e pensar no que diria para ela.

- Podemos ser ficantes fixas. - Ela arqueia as sobrancelhas - Nós duas gostamos muito uma da outra, Lauren, e sabemos disso… - Assente - Vamos voltar a ter encontros e nos conhecermos, as coisas mudaram e precisamos nos conhecer novamente como duas amantes…

- Amantes? - Zomba e eu rio, sentindo minhas bochechas ficarem vermelhas - Estou apenas brincando… - Acaricia a palma da minha mão - Então teremos encontros? - Assinto com a cabeça - E seremos exclusivas? - Arqueio as sobrancelhas - Estou brincando, eu sabia a resposta dessa.- Pensa por mais alguns instantes - Iremos contar para alguém?

- Podemos contar, porque sabemos como esconder pode ser horrível e um caminho sem volta, mas apenas se as pessoas perguntarem. - Concorda com a cabeça, dando mais um gole em sua bebida - Mais alguma pergunta?

- Eu vou poder te beijar em público? Te buscar no trabalho? Fazer gestos românticos? Talvez te raptar por um final de semana? - Começo a rir e ela me acompanha, deixando um beijo nas costas da minha mão.

- Vai… - Sorri de canto - Desde que eu possa fazer o mesmo. - Noto a surpresa com a minha fala e não posso deixar de rir baixo.

- Combinado, Cabello.

Acabamos mudando de assunto, e pedindo mais uma waffle. Lauren me contou sobre o que iria fazer hoje e eu acabei contando sobre como seria o meu dia no banco, tendo sua atenção toda em mim. Gostava de falar para ela sobre qualquer coisa que fosse sobre mim, ela prestava atenção e parecia compartilhar o mesmo pensamento que eu sobre diferentes assuntos, sempre fazia questão de traçar comentários -desde os mais bobos até os que me faziam questionar- e me instigava sempre a falar mais.

Após dividirmos a conta saímos da cafeteria e caminhamos abraçadas em direção ao seu prédio, peguei meu celular para chamar um Uber e Lauren disse que iria esperar comigo. Foi questão de instantes até eu ver um homem estacionar do outro lado da rua e chamar meu nome, fiz um sinal para que ele esperasse alguns minutos e encarei Lauren por longos segundos.

- Ugh, eu não quero ir. - Falo dengosa e ela ri, segurando meu rosto.

- Amanhã iremos nos ver, sem falta. - Aproxima seu rosto do meu, selando nossos lábios - Não quero que você se atrase. - Rouba mais um selinho - Me mande mensagens, principalmente caso você possa almoçar comigo. - Sela nossos lábios por mais tempo.

- Tudo bem. - A beijo mais uma vez - Eu te vejo depois. - Ajeito a bolsa, descendo da calçada para atravessar a rua - Tenha um bom trabalho.

- Você também. - Entro no carro, não sem antes observá-la mais uma vez - Desculpe o atraso, podemos ir agora.

Entrei no banco exibindo um largo sorriso, fiz questão de cumprimentar todo mundo que cruzou meu caminho e pouco me importei de ajudar as duas pessoas que nem esperaram eu subir para o meu escritório para pedir ajuda com problemas em contas de clientes, mas eu não me importei.

Eu sempre me senti bem estando com Hailee e com outras parceiras, mas ninguém me deixava radiante como Lauren conseguia me deixar. Nós tínhamos uma conexão surreal e estranha, sempre funcionamos muito bem juntas tanto na cama como na vida. Era um encaixe perfeito, em todos os sentidos.

Quando tive alguns minutos em paz, antes de ter que atender um outro cliente, cogitei muito se eu deveria fazer algum gesto romântico como ela havia feito da última vez, então decidi fazer. Lauren havia tomado a atitude que eu tanto havia pedido, agora iria tomar outras e esperava que ela correspondesse tanto quanto eu gostaria de corresponder dali para frente.

Pensei em mandar flores, mas não gostaria de “copiar” sua ideia, desta maneira liguei para o estabelecimento de Ally e pedi para falar com Lane, minha atendente favorita, passando instruções específicas. Pedi para que mandassem um pedaço generoso do bolo favorito dela, abacaxi com marshmallow, junto de um bilhete com as seguintes palavras: “Decidi te mandar um doce tão gostoso quanto sua companhia. Obrigada pela noite de ontem, mal posso esperar para te ver novamente; Camila”. Após passar o endereço da empresa de Lauren e o horário que deveria ser entregue, alertei Lane para não citar nada disso para Allyson.

Acabei tendo que almoçar no banco mesmo, pedi meu almoço e comi dentro do meu escritório respondendo uma boa quantidade de e-mails, mas tive que parar quando Dinah entrou no mesmo sem ser anunciada, me assustando com a atitude repentina.

- Mulher, que susto. - Me levanto e ela fecha a porta, caminhando até mim.

Minha melhor amiga estava bem inquieta, parecia que tinham a beliscado e ela havia sido ligada nos duzentos e vinte. Enfiei a última batata em minha boca, caminhando até o suporte onde havia uma jarra com água e servi um pouco em um copo, estendendo para DJ.

- O que houve? - Ela bebe todo o conteúdo de uma vez.

- Contei para meus pais que eu sou bissexual. - A encaro sem saber o que dizer.

- E como foi?

- Foi okay? - Arqueio as sobrancelhas - Minha mãe disse que já sabia e meu pai não ficou muito feliz não. - Sua respiração estava descompensada e ela parecia estar ao ponto de ter um infarto - Meu pai não acredita que alguém possa ser bissexual.

- Como assim? - Ela me fuzila com o olhar - Oh, entendi.

Pessoas mais velhas quase sempre tem dificuldade de compreender bissexuais, muitos alegam que são pessoas confusas por não “conseguirem escolher”; fora o preconceito de parceiros e parceiras que não se sentem seguros o suficiente para confiarem seus corações a bissexuais com medo de serem trocados pelo sexo oposto por uma, suposta, preferência.

- Dinah… - Acaricio suas costas, vendo seus olhos ficarem marejados - Eu sei que é difícil, mas a princípio as coisas são assim, é novidade para eles você assumir agora! - Ela começa a chorar - Veja minha mãe, lembra de todo o drama e dificuldade que ela teve a princípio? Isso passa… - A abraço e ela me abraça apertado de volta - E você pode pegar meu pai emprestado, caso o seu não aceite. - Ela ri baixinho em meio às lágrimas.

Sabia o quanto as coisas estavam sendo difíceis para Dinah, é horrível quando você busca o apoio das pessoas que mais confia no mundo e eles acabam por terem uma reação completamente oposta da qual você esperava. Entretanto, também conseguia ver o quanto era complicado para os pais de Dinah descobrirem sua orientação sexual após tanto tempo, talvez fosse mais difícil de assimilarem, mas não impossível. A outra parte complicada é que minha melhor amiga anda em uma fase complicada em seu relacionamento amoroso, e isso apenas a deixa mais sensível e vulnerável.

Normani ainda tinha muita dificuldade para se aceitar, e isso acarretava muito em Dinah e sua vontade de estar junta da pessoa que ama. Mesmo sabendo como todos se machucam, e principalmente ela se machuca, Mani não consegue se posicionar perante aquele assunto, mesmo todo mundo se disponibilizando de todas as maneiras para ajudá-la.

- Você quer sair daqui? Podemos tomar um sorvete ou…

- Eu só precisava falar com alguém sobre isso, ouvir palavras reconfortantes, se eu corresse até Normani ela iria surtar. - Assinto, ainda acariciando suas costas.

- Pode sempre me procurar, você sabe disso. - Sorrio de canto - De tempo para eles digerirem o assunto, tenho certeza que eles vão ser tranquilos perante esse assunto… seu pai me perguntou mais de uma vez, após meu término com Lauren, quando nós iríamos voltar. - Ela solta uma gargalhada e eu sorrio de canto - Vai dar tudo certo, e se não dar certo, vamos estar todos aqui para te apoiar sempre.

- Vocês são os melhores. - Resmunga me abraçando novamente.

- Eu sei.

- Nunca diga que eu falei isso em voz alta para todos eles. - Rimos e eu a aperto ainda mais.

- Tarde demais, usarei para sempre contra você.

Queria ser o mesmo suporte que Dinah foi para mim quando as coisas ficaram difíceis em casa, e faria de tudo para ser.

Decidi acompanhar minha amiga escadas abaixo para garantir que ela estaria bem, descemos rapidamente as escadas e de longe pude ver meu chefe Antony conversando com uma mulher baixa e loira, assim que ele me viu abriu um largo sorriso e fez um sinal para que eu esperasse.

- Eu já vou, precisamos marcar de sair e dançar…

- Apoio demais. - A abraço apertado - Se precisar de qualquer coisa me ligue.

- Pode… - Sua fala é interrompida no mesmo momento.

- Camila, desculpe interromper, gostaria que você conhecesse a nossa nova funcionária, ela foi transferida de New York! - Dinah aperta meu pulso e eu não consigo evitar de abrir a boca em choque.

Beatrice Miller estava parada ao lado de nosso chefe vestindo um terninho azul marinho social, seus cabelos estavam curtos e perfeitamente cortados, a maquiagem realçava seus olhos escuros. Pude vê-la trincar o maxilar com força ao encarar Dinah, que a olhava com repulsa e não consegui de deixar sua hesitação em me tocar assim que estendi minha mão.

- Esta é Beatrice Miller, não sei se você a encontrou em uma das nossas festas de final de ano. - Engulo minha saliva com dificuldade.

- Ela me é vagamente familiar. - Sorrio forçado, soltando rapidamente nossas mãos - Seja bem-vinda.

- Camila é a nossa estrela. - Meu chefe comenta animado - Ela e Shawn me ajudam muito aqui, tudo o que precisar é com eles que devem falar. - Assente, ele toca suas costas - Se quiser me acompanhar vou mostrar onde você pode se instalar.

Eles caminharam em distância e tanto Dinah quanto eu ficamos encarando ambos se distanciarem, e foi impossível não vê-la se virar para nos encarar uma última vez. Quando me virei para olhar para DJ, minha melhor amiga já me encarava com a boca aberta.

- Inacreditável.

- Ela é sua vadia agora, você vai mandar nela e ela vai ter que obedecer - Solta uma risada baixa - Meu Deus, eu amo o karma, Deus abençoe a América. - Não consigo evitar de rir, negando com a cabeça.

Mas Dinah tinha razão, o karma é uma beleza.


Notas Finais


Então??? O que acharam??? Beatrice está de volta e as coisas vão pegar fogo!! Dinah está finalmente a limpo com os pais, e os próximos passos de Normani, quais serão?? Façam suas apostas!!

Gostaria de agradecer todo o carinho e apoio, vocês são maravilhosos!!! Não se esqueçam de me seguir no Twitter ou no CuriousCat (switch5hearts), também irei deixar meu Tumblr (switch2hearts ou itscamren-yo) e meu Instagram (natsnogueira) para que nós possamos sempre conversar e tudo mais!!

Não se esqueçam de serem gentis, com vocês mesmos e com as pessoas a sua volta! Façam uma ação bacana para um desconhecido, todo mundo precisa de mais gentileza ♥ Um beijo e um chêro, Natália xX(:


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