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História Karma (Segunda Temporada) - Acabamos Por Aqui


Escrita por: itscamren-yo

Notas do Autor


Eu amo uma autora que procastina as coisas da faculdade para postar coisas para os próprios leitores rsrsrsrsrs Oi meus xuxuzinhos, como vocês estão?

Não, eu não ando sem nada para fazer ou com tempo de sobra, na verdade é completamente oposto! Entretanto, eu estou aqui porque tive um surto de criatividade com Karma e aproveitei para escrever um dos meus diálogos favoritos de todos os tempos.

Antes de vocês lerem esse capítulo, eu só gostaria de dizer umas poucas palavras: as vezes estamos indo com a maré, sabe? Fazendo aquilo que as pessoas nos dizem para fazer, comendo aquilo que mandam a gente comer, estudando aquilo que não gostamos para agradar nossos pais, sendo amigos de pessoas que são contra tudo aquilo que você acredita e etc. Neste capítulo foi exatamente o que eu busquei retratar: a Lauren confusa sobre as decisões que as pessoas estavam tomando por ela, mas as pessoas estavam fazendo isso porque ela estava permitindo e consequentemente se machucando e machucando que não merecia ser machucado. Vocês não precisam ser aquilo que não querem ser, sejam a melhor versão de vocês mesmos e se orgulhem disso. Não tenham medo de começar e recomeçar, isso não te torna burro ou idiota, apenas mais experiente. E jamais deixe que o medo que os outros sentem PELO O SEU SUCESSO, fique no caminho do seu crescimento pessoal. Isso ficou grande, mas é né kkk

Para o capítulo de hoje sugiro as músicas: No One's Here to Sleep do Bastille; I'll Show You do Justin Bieber; Apologize do OneRepublic e Demons do Imagine Dragons. Todas as músicas estão na playlist da fanfic, se você ainda não tem o link é só pedir no privado ou no Twitter (switch5hearts).

Boa leitura:

Capítulo 32 - Acabamos Por Aqui


Fanfic / Fanfiction Karma (Segunda Temporada) - Acabamos Por Aqui

Estaciono o carro do outro lado da rua e sinto minhas mãos ficarem suadas, observo atentamente a casa que eu já havia visitado uma única vez. Encaro o relógio digital do painel do carro e respiro fundo, ansiosa pelos próximos minutos, sem qualquer paciência desço do automóvel e bato a porta com força, caminhando em direção ao meu destino.

Conforme caminhava, deixava minha roupa mais confortável para aquele confronto: arregacei as mangas da minha camisa social e desabotoei os três primeiros botões, da mesma.

Toquei a campainha e não pude evitar de ficar surpresa ao ver o marido de Beatrice, o homem abriu um largo sorriso em minha direção e pareceu realmente animado em me ver ali. Estava a uma frase de acabar com a vida de Beatrice, mas diferente dela, eu não era suja.

- A que devo a honra de te ter em minha casa, Srta. Jauregui? - pergunta exibindo um sorriso charmoso.

Automaticamente me lembro da festa do banco: o homem também é advogado e no dia tentou puxar assunto comigo, mas Beatrice não permitiu.

O homem não era feio, longe disso. Alto, forte, olhos azuis, um maxilar bem marcado e cabelos loiros bem lisos. Assim como eu, Bruce também utilizava roupas sociais, como se tivesse acabado de chegar do trabalho, só que diferente de mim a camisa social estava tão justa que parecia que os botões poderiam estourar a qualquer momento.

Era uma casa de classe média alta, haviam fotos espalhadas pelas paredes, em todas as fotos Bruce exibia um sorriso largo enquanto Beatrice exibia sorrisos forçados ou sua cara estava fechada, era possível notar o quanto seus olhos eram tristes em todas aquelas imagens.

Devia ser sufocante querer ser você mesma e não poder.

- Vim falar com Beatrice. - ele parece decepcionado no mesmo momento.

- Oh… - seu sorriso desaparece - Ela saiu, mas deve chegar dentre uma meia hora, você precisa ir ou…?

- Não. - respondo prontamente - Irei esperar quanto tempo for necessário.

- Neste caso posso te oferecer algo para beber? - pergunta ansioso, voltando a exibir um largo sorriso.

- Você tem algo fort… - paro no mesmo momento - Água. Água seria perfeito, estou dirigindo. - tento esboçar um sorriso, ele assente.

Acompanho o homem até a cozinha, vendo ele se mover com facilidade pelo espaço, como se estivesse bem acostumado a utilizar aquele cômodo. Enquanto pegava os copos, podia notar seu olhar percorrer e minha direção, ele me analisava de baixo para cima. Após servir um pouco de whisky para si, serve um grande copo de água para mim.

- Irá falar sobre assuntos envolvendo trabalho com Be? - questiona interessado, esboço um sorriso debochado.

- É quase isso. - solto uma risada sarcástica e ele sorri, dando um gole em seu copo - Vocês são casados a muito tempo?

- Nos conhecemos na faculdade, estamos juntos desde então. - explica sem muita animação - Trabalho com o pai dela, nossas famílias são amigas a muito tempo e sua mãe sempre falou muito dela para mim, se você me entende… - ri, olhando para o seu copo.

Oh é claro, Beatrice era previsível, para não levantar quaisquer suspeitas sobre sua sexualidade havia escolhido um homem que seus pais admiravam e gostavam: o filho prodígio de amigos próximos.

- Vocês se dão bem? - não consigo evitar de perguntar, noto o olhar atento dele sobre mim.

- Você parece muito preocupada com o meu relacionamento, Srta. Jauregui.

- Apenas curiosa, em todas as vezes que nós nos encontramos Beatrice nunca deu muitos detalhes sobre. - tento soar o mais casual possível, como se fôssemos velhas amigas - Acho que você sabe que nós costumávamos jogar Softball juntas, não?

- Sim, ela me disse, ela ainda tem as medalhas e fotos dos dias de glória. - brinca e eu assinto, sorrindo de canto.

Que irônico, quem diria que antes de conhecer Camila eu costumava a ser amiga dessa desgraçada.

Conforme conversava com Bruce, podia sentir o meu estômago doer com toda aquela situação. Ele parecia ser, genuinamente, um cara muito bacana e era muito triste vê-lo preso a um relacionamento que não permitiria ele ser 100% feliz e realizado com a própria esposa, era um casamento fadado ao fim. Isso me fazia ter ainda mais raiva de Beatrice, ela prendia alguém a ela que jamais teria seus sentimentos correspondidos.

Meia hora se passou, meu celular tocou e eu pude ver o nome de Camila, inclinei a chamada e pedi desculpas a Bruce por termos nossa conversa interrompida. Após mais quinze minutos de espera, pude escutar o portão da garagem abrindo e sons vindo da mesma, então a porta se abrindo e passos enquanto Bruce gritava que eles tinham visita.

Beatrice parou na entrada da cozinha com um olhar apavorado ao me ver. Ela trajava uma calça jeans justa, uma blusa de algodão cinza e um sapato fechado. Seus cabelos estavam presos e seu rosto livre de qualquer maquiagem. Sua respiração ficou pesada no mesmo momento, seu olhar percorria entre Bruce e eu, como se tentasse descobrir se eu havia dito qualquer merda para ele.

- Quem você esperava finalmente chegou… - Bruce ri, caminhando em direção a Beatrice - Vou tomar um banho e deixar vocês a vontade. - se curva, roubando um selinho dela - Foi um prazer te fazer companhia, Lauren.

- Obrigada pela conversa, Bruce. - ergo o copo de água, virando o resto do conteúdo, esperando ele sair.

O cômodo ficou em um silêncio mortal, enquanto esperávamos Bruce subir as escadas Beatrice e eu tivemos uma longa troca de olhares intensas, seu medo era maior que sua raiva e minha pena era maior que minha sede por vingança. Assim que escutamos a porta do andar de cima bater, ela se aproximou com os olhos arregalados.

- O que você faz aqui?

- Como foi sua conversa com Demetria? - questiono me levantando, sua respiração fica pesada e eu abro um sorriso debochado - Eu sempre soube que você… - paro de falar no mesmo momento, não iria atacá-la - Você acha que eu sou idiota? Por quanto tempo você achou que ela conseguiria manter o emprego fazendo tanta merda para me foder? - questiono irritada, mantendo o tom de voz nivelado.

- Saía da minha casa agora mesmo e não ouse voltar! - sua respiração estava descompensada.

- Não até conversarmos. - ela olha para trás, como se pudesse ser surpreendida a qualquer instante pelo seu esposo - Você pode relaxar, não estou aqui para fazer escândalo ou contar quem você realmente é para seu marido, isso é você quem vai fazer. - junto minhas mãos - O que você quer?

- O quê? - arregala os olhos, claramente confusa.

- Eu quero acabar com isso de uma vez por todas, o que você quer para encerrar esse assunto? Quer que eu advogue para você em seu divórcio? Quer fazer uma rota de lugares que eu vou para você não ir e nós não nos encontrarmos? - sinto a raiva começar a tomar conta do meu corpo, me aproximo dela - O que você quer para nunca mais entrar na minha vida ou na de Camila sem que eu tenha que acabar com a sua? - ela encolhe o corpo.

Estava exausta de acabar com tudo e Beatrice ressurgir das cinzas como se pudesse mudar algo para afetar minha vida e melhorar a sua, como se magicamente Camila fosse me abandonar, meu emprego sumir  e ela estar em meu lugar.

- Você é tão arrogante, Jauregui.

- E você é tão patética, Miller. - cuspo as palavras, não conseguindo evitar de aumentar o tom - Você não parece notar, não é mesmo? Não importa quantas vezes você tenta ou o que você faz, você nunca consegue me separar de Camila ou não consegue acabar com o nosso sucesso, você só se fode com isso. - percebo sua expressão se transformar em vergonha.

- Cale a boca! - seus olhos transbordavam raiva.

- Eu estou mentindo? - pergunto debochada - Você quase foi expulsa da escola anos atrás por conta daquelas atitudes estúpidas acompanhada de outros babacas, Camila te odiava tanto quanto eu, você provavelmente se encontrava com meninas às escondidas para não ter que decepcionar seus pais, só tem amigos que não te aceitam do jeito que você é, é casada com alguém que não ama, perdeu o emprego por conta de uma vingança que nem deveria existir e machuca quem realmente gosta de você. - seus olhos estavam marejados.

- Pare de falar, apenas cale a merda da boca. - uma lágrima rola pela sua bochecha, sua expressão era uma mistura de vergonha e pavor - Você não tem noção de como é estar na minha pele. - seu indicador estava apontado em minha cara e sua mão tremia - Você não tem noção como é ver quem você mais odeia tendo tudo o que você quer.

- Então isso é puramente inveja? - semicerro os olhos - Isso significa que eu não estive errada um minuto sequer.

- Isso significa que você é uma babaca! - dá um passo para trás - Você fala sempre as coisas como se eu não tivesse noção delas e como se fosse fácil ser isso. - aponta para mim - Como se ser esse ser asqueroso fosse algo positivo. - arregala os olhos, passando as mãos pelos cabelos - O que você acha que vão me dizer caso um dia eu admita que sou como você? Vão falar as mesmas coisas que eu falava para você.

- E…? - dou um passo em sua direção -Você quer continuar tentando aprontar com a gente para se sentir melhor sobre quem é? Tudo bem, mas não pense que irei deixar barato e tenha certeza que você será processada e eu farei questão de fazer um escândalo para ter certeza que todos descubram quem você realmente é! - sua respiração fica ainda mais descompensada - Agora se você parar com essa merda, nós nunca mais precisamos nos ver e cada uma segue sua vida como se nada disso nunca houvesse acontecido. - ela olha para trás, temerosa de que alguém possa ouvir.

Era digno de pena vê-la daquela maneira, apavorada com a possibilidade de alguém sequer imaginar sua orientação sexual. Era como encarar Normani na época em que ela tentava aceitar que estava apaixonada por Dinah e precisava contar para todos para que pudesse se sentir completa.

- Você não pode contar para as pessoas. - ela não estava falando de uma maneira ameaçadora, mas como se implorasse.

- E você não pode, e nem vai, continuar se metendo em nossas vidas. - olho no fundo de seus olhos - Eu odeio você, mas minha pena é maior que meu ódio. - me aproximo dela - Pena por você não ter coragem suficiente de ser quem é, pena de não respeitar Bruce o suficiente para permitir que ele encontre alguém que realmente irá amá-lo, pena por você ser tão infeliz que precisa tentar acabar com a felicidade alheia para conseguir o mínimo de satisfação. - olho no fundo de seus olhos, vendo os mesmos não conseguirem segurar as lágrimas grossas - Irei embora, Miller, deixando você ciente de que lhe darei uma última chance para que você siga sua vida e eu siga a minha.

- Você não sabe de…

- Me poupe de ouvir mais da sua merda. - a interrompo rudemente - Se você acha que eu irei me sensibilizar com toda a merda que você está passando, você está muito errada. - a olho de cima abaixo - Você teve tantas chances de mudar e ter apoio de pessoas, não espere que eu seja uma dessas agora. - abaixa o olhar, envergonhada - Estou exausta de você tentar me arrastar para o mesmo caminho você, o do fracasso - falo entre dentes, tentando me conter para não gritar em sua cozinha - Resolva suas coisas e nos deixe fora disso. Você está avisada pela última vez.

Passei por Beatrice, fazendo o mesmo caminho que havia feito minutos antes, abro a porta de saída e atravesso seu jardim para ir em direção ao meu carro, assim que entro, encaro minha mão trêmula e sinto minhas pernas ficarem mais moles que gelatinas. Havia sido como derrotar o meu maior pesadelo.

Após respirar fundo algumas vezes, dei partida no carro e saí dali. Abaixei os vidros e desliguei o rádio, não querendo ouvir nada a não ser o barulho exterior. Enrolei para ir até minha casa, não queria conversar com ninguém, o que resultou em eu parando o carro perto da orla, retirando meus sapatos e correndo em direção ao mar.

Senti a água gelada entrar em contato com a minha roupa social e minha pele, fazendo a mesma ficar completamente arrepiada. Mergulhei por alguns instantes, sentindo o meu corpo ficar mais leve e minha mente mais livre. Esperava que as ondas levassem todo o sentimento horrível que eu sentia por Beatrice, assim como esperava que levasse toda a nossa história junto.

Aquele dia havia sido surreal: Camila e eu havíamos brigado feio; não tinha ideia se Louis havia, ou não, conseguido ganhar o caso que estávamos esperando fazia tempos; consegui ganhar o caso da minha vida, e provavelmente, conseguido a promoção da minha carreira; descoberto que uma das minhas pessoas de confiança era uma verdadeira traíra; enfrentado a pessoa que mais me tirou do sério.

Etapas estavam se encerrando, entretanto eu continuava me sentindo perdida e sufocada.

Não havia mais claridade no céu, apenas algumas estrelas e meus pensamentos consumindo minha cabeça. O vento forte fazia o meu corpo tremer, me obriguei a sair do mar, recebendo olhares confusos conforme eu saía de lá com a roupa social completamente ensopada. Parei ao lado do carro e abri meu porta-malas, retirei minha camisa social e joguei a mesma ali, peguei uma toalha e me enrolei na mesma, entrando no carro para finalmente ir para casa.

- LAUREN. - me assusto com o grito de Camila - Onde você estava? Olha que horas são, você não me deu notícias. - se aproxima, franzindo o cenho - Por que você está toda molhada? Você está tremendo! - passa a mão pelo meu rosto - Você precisa tomar um banho.

- Eu ganhei o caso. - murmuro amortecida.

- Onde você estava? - ignora o que eu havia dito - Você sempre chega mais cedo quando saí do tribunal. - solto a toalha no chão, ficando apenas de calça social e sutiã.

- Eu acho que ganhei a promoção. - me encara, fechando a expressão, irritada.

- Não foi essa pergunta que eu fiz. - noto que ela fica verdadeiramente irritada com a minha insistência naquele assunto - Quer saber? Não importa onde você estava, agora você está aqui e está molhando o meu chão. Irei limpar aqui enquanto você vai tomar um banho quente para impedir de pegar uma pneumonia.

- Camila.

- Lauren, banho. Agora. - comprimo os lábios, caminhando em direção ao nosso quarto para finalmente tomar um banho.

Lavei meu cabelo e meu corpo duas vezes em água bem quente, podia sentir meu corpo agradecer finalmente por aquele contato quente, quase como um abraço confortável após um dia sufocante. Após sair do banho, sequei bem o meu cabelo e escolhi uma calça de moletom e uma blusa de algodão com mangas compridas, o frio finalmente havia batido.

Quando cheguei na sala pude ver Camila preparando nosso jantar na cozinha, não havia música e a televisão estava tão baixa que parecia estar no mudo. Ela ainda estava furiosa comigo, provavelmente ainda mais furiosa após eu chegar completamente atrasada, molhando todo o nosso apartamento.

Ocupei a cadeira alta, fazendo questão de fazer barulho para que ela soubesse que eu estava ali. Notei Camila virar a cabeça para me observar com o canto do olho. Suspirei alto e instantes depois ela colocou um prato com um sanduíche bem feito, bem na minha frente.

- Meu dia foi perturbador. - murmuro, sentindo minha voz mais rouca que o normal, provavelmente eu ficaria gripada - Após ganhar o caso, descobri que Demetria estava de complô com Beatrice Miller. - só então Camila me encara, completamente confusa, mas ainda assim - Elas estavam tentando acabar com a minha carreira por dentro da empresa e sem Beatrice mover um dedo sequer.

- O quê? - Camila se aproxima, completamente horrorizada - Como assim?

- Demetria estava fazendo de tudo para me prejudicar, não só dentro da empresa, mas fora dela também. - não havia sido difícil juntar as peças depois - Por que repentinamente meus clientes queriam marcar reuniões apenas na parte da noite? Por que eu não aparecia em alguns almoços com nossos amigos ou chegava muito atrasada? Perda de documentos? Confusões de casos? - minha namorada parece pensar por alguns instantes, juntando as peças.

- Mas como… o quê?

Então expliquei tudo o que havia descoberto, ou melhor, tudo o que Demetria havia me contado e o que eu havia conseguido juntar de informações. Informações que pareciam bem coesas e que faziam muito sentido quando eram colocadas lado a lado.

Camila ocupou a cadeira ao meu lado e parecia verdadeiramente horrorizada com toda aquela situação, podia notar a clara confusão e o quanto parecia fazer sentido para ela quase tanto quanto parecia fazer para mim.

Demetria e Beatrice estavam me levando ao ápice da loucura, elas estavam me lotando de casos que se tornavam difíceis demais quando provas e documentos sumiam. Aos poucos dificultavam meu relacionamento com Camila, já que eu estava priorizando meu trabalho ao meu relacionamento. Elas estavam me tornando uma pessoa tão ruim quanto elas, e eu havia permitido.

Contei para minha namorada o que havia feito após demitir Demetria, não poupei detalhes sobre minha visita até a casa de Miller, muito menos deixei de contar as coisas maldosas que havia dito. Entretanto, deixei bem claro que sequer encostei um único dedo em Beatrice. Palavras, quase sempre, possuem o poder de serem piores que o tapa mais forte que alguém pode dar. Não precisava bater em Beatrice para machucá-la.

Finalizei minha trajetória contando que precisava ficar um tempo sozinha e pensar, por este motivo acabei indo para a praia para pensar e nadar um pouco, o que se fosse analisado: não havia sido uma boa ideia de fazer vestida com roupa social e no final da tarde com um vento gelado desgraçado.

- Eu sequer sei o que te dizer… - passa a mão rosto - Eu sinto muito que ela tenha ido atrás de você para tentar se vingar de uma maneira diferente, é a minha culp...

- Não ouse dizer isso. - seguro sua mão - Não é sua culpa e nunca será, o fato dela ser uma pessoa que precisa de cuidado psicológico. - Camila suspira.

- Eu sinto muito por não ter tentado entender você, Lauren. - esboço um sorriso pequeno.

- Você só está dizendo isso porque está com pena por eu ter tido uma crise de doida e ter ido para a praia nadar de roupa social, porque você sabe tanto quanto eu, que quem estava certa nessa briga era você. - Camila ri, me abraçando apertado, fecho os olhos - Eu sinto muito por ter falado com você daquela maneira hoje cedo, eu apenas estava muito estressada, o que não é uma justificativa para descontar em você, mas você…

- Eu sei. - segura o meu rosto, encostando as nossas testas - Se importa em repetir?

- O quê?

- Que eu estava certa e você errada. - sorri debochada e eu reviro os olhos, rindo.

- Você é uma idiota.

- Oh não, você não pode me chamar disso hoje. - ri divertida, selando nossos lábios em um longo selinho.

Fechei meus olhos e segurei Camila pela nuca, impedindo que ela se afastasse daquele contato entre nossos lábios. Minha língua invadiu sua boca a procura da sua língua, suspirei em deleite ao sentir nosso beijo ser aprofundado. Precisava daquele contato, precisava de Camila e seu corpo no meu.

Minha namorada se levantou e ficou entre minhas pernas, aproveitando que eu estava sentada no banquinho alto da cozinha. O ritmo do nosso beijo ficou mais intenso e eu podia sentir todo o meu corpo ficar animado com aquele contato entre nós.

Nada melhor do que sexo de reconciliação.

- Ah não, você está proibida de atender. - Camila murmura contra minha boca enquanto suas mãos iam de encontro com o meu abdômen abaixo da blusa.

- Pode ser Louis… - ela bufa e eu a prendo com as minhas pernas, impedindo que ela se afaste - Vá para o quarto e me espere nua com o bullet, prometo que você não irá se arrepender. - noto seus olhos brilharem intensamente.

- Você tem dez minutos, nada a mais. - começa a se afastar de mim, já retirando sua blusa de pijama, sorrio largo e pego meu celular, atendendo o mesmo.

- Alô?

- Jauregui? - afasto o celular, vendo o nome de Gabriel no visor - Adivinhe a notícia da noite, precisamos sair para comemorar, a promoção é sua! - fala animado e eu arregalo os olhos, não conseguindo evitar de rir.

- Meu Deus, você está falando sério?

- Estou. Passo em sua casa daqui meia hora, vamos sair para comemorar.

Olho para a porta onde Camila havia saído e penso em minha namorada e como minha profissão havia ficado em nosso caminho diversas vezes, e como aquela promoção seria um grande empecilho, como ela significaria ficar igual ao meu chefe: sozinho e louco pelo emprego, vivendo somente para isso. Olho ao meu redor e penso como isso poderia significar desistir do local dos meus sonhos, mas que se fosse assim, tudo bem, Camila e eu passaríamos por isso juntas. Tomo fôlego e falo para o meu chefe o que jamais conseguiria acreditar:

- Não, Sr. Specter.

- Como é? - pergunta confuso.

- Eu agradeço a oportunidade da promoção e a oferta para a comemoração, mas não.

- Como não?

- Eu não irei aceitar a promoção, na verdade, estou pedindo minha imediata demissão. - suspiro alto, sentindo minhas mãos tremerem - Trabalhar com a Personal Injury foi a maior honra da minha vida, e não consigo colocar em palavras o quanto aprendi, entretanto eu não posso aceitar essa promoção. - Gabriel permanecia em silêncio - Amanhã irei até o escritório para conversar melhor com você, mas gostaria estivesse ciente.

- Você definitivamente irá, não deixarei você partir facilmente, Jauregui. - sorrio de canto - Tenha uma boa noite, descanse e não tome nenhuma atitude que irá se arrepender mais tarde.

- Tudo bem, Sr. Specter. Nos vemos amanhã.

Após encerrar a ligação, desliguei o celular e retirei minha blusa e minha calça de moletom. Minha namorada seria o motivo que me faria perder o sono naquela noite, não a empresa.


Notas Finais


Então o que acharam?? Vocês imaginaram que Lauren teria essa atitude perante a Beatrice? Perante a vitória da promoção?? O que acharam??? Quais suas apostas para os próximos capítulos?

Não irei mentir, estamos chegando na reta final da fanfic (nem acredito que estou dizendo isso kkk) então se querem ver algo acontecendo no enredo, comentem aqui e façam suas sugestões!!!! Também não esqueçam de me seguir nas redes sociais para que possamos interagir e virarmos bffs: twitter (switch5hearts ou nattnogueira) ou instagram (natsnogueira).

Obrigada a todo mundo que me acompanha e continua esperando as atualizações, sei o quanto é chato ficar esperando kkkk Prometo tentar voltar o mais rápido possível ♥

Não se esqueçam de beber água, se alimentar corretamente e serem gentis uns com os outros, mas principalmente com vocês mesmos. Um enorme beijo e abraço, Natália xX(:


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