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História Kawaii desu - Adolescência


Escrita por: proliiixa e 7decopas

Notas do Autor


outro capítulo, porque sim
e tinha esquecido de adicionar essa fanfic no desafio do 30dayslovechallenge, cujo tema peguei o #25, crianças e o #19 dia dos namorados

agradeço de novo de coração a qualquer @ que passar por aqui pra ler ♡

Capítulo 2 - Adolescência


 

Em sinceridade, a vida de Baekhyun era o cenário de um anime shoujo água com açúcar sem tirar nem pôr em nadinha de nada, onde parecia que Jongin era o emoji do macaquinho cego, surdo e mudo para todas as formas de demonstração de amor de Baekhyun, juntamente com a conspiração do universo em estragar todas as formas de demonstração de amor de Baekhyun e o próprio Baekhyun sendo um idiota apaixonado em se avacalhar quando ia demonstrar seu amor por Jongin.

Jongin, por outro lado, era apaixonadinho pelo mais velho fazia tempo e morria de medo de se confessar para ele por pensar que Baekhyun talvez só o enxergasse como o pirralho do irmão mais novo do seu melhor amigo, ficando os dois naquele chove-não-molha, vai-não-vai quando o sentimento de um coraçãozinho apaixonado e a vontade de beijar na boca eram bem mais que recíprocos. Continuavam boca virgem por opção, porque mais ajuda do que o destino já tinha dado, impossível.

– O que tá rolando, Baekhyun? – Junmyeon reclamou quando o amigo passou a fugir de Jongin como o diabo corria da cruz numa semana, deixando o garoto chateado ao ponto de encher o saco de Junmyeon para saber o que tinha feito de errado para Baekhyun evitá-lo.

Como um bom irmão mais velho que era, e como não suportava o bico cheio de chororô de Jongin pela casa sem saber o motivo de Baekhyun estar daquele jeito idiota, prensou o melhor amigo contra a parede quando fizeram as costumeiras reuniões de domingo no quarto do Byun – um antro das suas figuras de ação dos animes mais favoritos, milhares de mangás arrumados na estante atulhada deles, um punhado de pôsteres de animes nas paredes cheios de cores, o videogame e tantas e tantas outras coisas de um otaku de coração – para ver alguns episódios e atualizar as leituras dos mangás da semana.

Estirado na cama a folhear um volume de Slam Dunk, a obra divina responsável por popularizar o basquete na terra do sol nascente e em qualquer outra terra que precisava de uma luz, Baekhyun desviou os olhos da leitura para encarar Junmyeon sentado na cadeira giratória em frente ao computador, enquanto Chanyeol se acomodava em um enorme pufe no chão.

– Jongin tá chateado em casa por sua culpa – Junmyeon explicou. – Por que tá evitando ele?

Chanyeol, ocupado com o joguinho do Mario naquele seu celular cheio de penduricalho, soltou um risinho seguido de um “por que será, né?” e Baekhyun atirou nele o travesseiro, mandando que calasse a boca e cuidasse da sua vida. Maldita hora que tinha feito uma confessa ao seu segundo suposto melhor amigo.

– Abre o jogo pra ele, Baekhyun! – Chanyeol reclamou. – Isso tá mais óbvio que spoiler de episódio.  

Junmyeon, olhando de um para o outro em confusão, franziu o cenho.

– Seja o que for, Jongin acha que você o odeia.

Chanyeol riu.

– Nossa, é muito ódio que o Baekhyun sente por ele – zombou.

– Abre a boca mais uma vez que eu conto pra Kyungsoo que você gosta dela – o Byun ameaçou.

– Só tenta – Chanyeol respondeu. – Conto pro Jongin que você vive com vontade de tacar ele na parede e chamar de lagar–

Baekhyun soltou um palavrão e se levantou da cama num pulo, partindo pra cima de Chanyeol em uma lutinha ridícula que Junmyeon teve que intervir, acabando por levar um tapa na cara no processo. Aquilo era mais uma prova de que eram nerds, otakus sedentários que não serviam para cair no braço com alguém. No fim, estavam descabelados e com cara de tacho na esquina da amargura.

Junmyeon encarou Baekhyun por um longo tempo, vendo o melhor amigo baixar os olhos para o chão em vergonha, percebendo o que se passava ali. Mas era tão claro que sofrimento em fim de temporada.

– Por Goku, Baekhyun! De tanta gente no mundo pra você se apaixonar, tinha que ser justamente pelo meu irmão? – perguntou com descrença.  – Meu irmãozinho?

– Que súbito amor fraternal é esse? – Baekhyun quis saber. – Pelo que me lembro, Jongin não cheira nem fede pra você.

Chanyeol riu do canto, assistindo tudo de camarote.

– Isso até eu descobrir que você tá te coração remexido por ele – Junmyeon contestou.

– Coração, boca, a calça também... – o Park soltou baixinho, ganhando de Baekhyun o dedo do meio. – Trabalho com verdades, ué.

– Kyungsoo vai adorar saber umas verdades na segunda-feira sobre o admirador secreto dela – Baekhyun falou com ironia, se jogando na cama de volta.

– Ridículo – Chanyeol xingou com a cara fechada.

– Pelo menos não sou eu que escrevo poemas que começam com “rosas são vermelhas, violetas são azuis, você é tão bonita, casa comigo, chuchu?”

– Isso nem rima – Junmyeon disse.  

– Foi o que eu falei pra essa anta.

– O que vale é a intenção, tá? – Chanyeol resmungou, as bochechas coradinhas.

– Intenção bem ruim a sua, amigo. – Junmyeon fez um carinho nos cabelos encaracolados do grandalhão. – Na próxima vez, tenta: “rosas são vermelhas, o leite vira queijo, queria saber quando é que a gente vai dar uns beijos”.

Baekhyun gargalhou.

– Ou assim: “rosas são vermelhas, violetas são azuis, Kyungsoo vem cá me pegar em nome de Jesus” – Junmyeon acrescentou, logo os três pensando em vários tipos de rimas e cantadas para que Kyungsoo, a garota por quem Chanyeol morria de amores fazia anos, fosse finalmente seduzida.

– Vai me ajudar com o Jongin também, Junma? – Baekhyun perguntou depois, recebendo um olhar incrédulo do amigo.

– Amigos, amigos, irmãos mais novos à parte – Junmyeon respondeu sincero.

– Mas por quê?!

– Quero morrer sem ter que imaginar você dando uns beijos no meu irmão ou coisa pior – falou, mas Baekhyun abriu um sorrisinho maldoso e puxou Chanyeol mais perto, pegando o rosto dele com ambas as mãos para fingir um beijo cheio de estalo. Teve a ousadia de resmungar o nome de Jongin com um suspiro apaixonado, fazendo Chanyeol rir e o empurrar para longe. Junmyeon fez um beicinho de choro e estapeou Baekhyun no ombro com força. – Tomara que você morra virgem – Junmyeon falou com uma careta de nojo pelas cenas em sua cabeça.

– E ele vai – Chanyeol disse. – Porque diferente de mim, um guerreiro na luta – empinou o nariz e bateu no peito –, Baekhyun é cagão. Isso aí não mata nem mosca, imagina se confessar pro Jongin.

– Muito obrigado pela parte que me toca, Chanyeol.

– Disponha, amigo.

Não era à toa que Baekhyun odiava shoujo com todas as suas forças (menos Sailor Moon e Sakura Card Captors, porque pelo Benedito!, uns hinos de criação, não dava pra dizer o contrário, especialmente quando Baekhyun ainda guardava aquele sonho de criança de ser uma sailor e colecionava tudo delas. Inclusive, tinha se vestido com aquela roupinha mágica de marinheiro uma vez às escondidas e dito a si mesmo que ainda faria cosplay da Sailor Mars, aquela linda), era uma droga cheia de coraçõezinhos e sofrimento.  

De qualquer forma, Baekhyun tinha dito a si mesmo que não deixaria que sua vida amorosa passasse mais um ano naquela lengalenga e confusão, um típico Vampire Knight da vida, mais lento que tartaruga subindo o morro e mais confuso que cego em tiroteio – Baekhyun leu o mangá de ódio só pra poder falar mal daquele final esquisito e da Yuuki mais indecisa que mosca em ceia; fazia um threesome de uma vez que ficava mais bonito, ora.

Era seu último ano no ensino médio, logo iria para a universidade e talvez nem mais visse Jongin em sua vida. Tinha que fazer algo a respeito. Precisava. Mas em todas as oportunidades que arranjava para ficar sozinho com Jongin, algo atrapalhava tudo.

Foi no dia dos namorados, contudo, que as coisas se resolveram – e que fique claro que nem foi por iniciativa dele.

Jongin ganhar vários chocolates nesse dia não era novidade pra ninguém. Ele era o típico garoto adorável demais da conta que preenchia o sonho de consumo das garotas da escola que viviam na torcida de conseguir ser a dona sortuda daquele coraçãozinho – que já tinha dono, nome e sobrenome.  

O número de doces naquele ano aumentou bastante, tanto é que Jongin dividiu grande parte deles com seu irmão mais velho, com Chanyeol e guardou o resto para que desse a um Baekhyun enfurnado em algum esconderijo do colégio lendo mangá ou jogando no celular escondido. Jongin o encontrou na sala de música, uma careta de quem tinha virado a noite fazendo a tarefa atrasada.

– Nossa, você ganhou um monte de chocolates esse ano! – Baekhyun resmungou maravilhado, pescando um de recheio de caramelo da sacolinha de Jongin.

– É – ele respondeu baixinho, em desânimo, sentando-se ao lado de Baekhyun enquanto o assistia comer.

– Por que parece chateado?

Jongin mordeu o lábio inferior e fitou Baekhyun com timidez.

– Não ganhei de quem eu queria.

Baekhyun deu mais uma mordidinha no chocolate sem saber o que dizer, o coração na boca ao pensar que Jongin estava a fim de alguém, provavelmente alguma guria bonita do colégio.

– Você gosta dessa pessoa?

Jongin brincou com a barra do uniforme, aquiescendo.

– Muito – confessou num sussurro, o cheirinho de chocolate escapando da sua boca. – Gosto muito, muito mesmo. Faz tempo.

– Deveria dizer isso pra ela. – Baekhyun se xingou mentalmente, não acreditando que havia sugerido uma coisa daquelas.

– E eu disse.

O mais velho mordeu o chocolate de novo, não acreditando nisso.

– O que ela falou?

– Que eu deveria me confessar.

– Que idiota.

– Sim, um idiota ele.

Um longo e demorado minuto de silêncio, até que:

Ele? – Baekhyun perguntou em um tom de sussurro, fitando Jongin com atenção.  

– É – Jongin respondeu, também encarando Baekhyun bem mais profundamente. – Ou eu deveria dizer...você?

Baekhyun ficou estático, encarando as bochechas de Jongin ganharem um leve rubor. Não demorou muito para que seu cérebro em pane juntasse um mais dois e desse quatro – ele tá de quatro por você.

Ah! – soltou por fim, vendo Jongin rir.

– “Ah!” mesmo – Jongin repetiu. – Lerdo – xingou baixinho, fazendo um bico avermelhado depois.

Baekhyun não conseguiu conter o sorriso de idiota, vendo Jongin corresponder na mesma altura. Dois bobinhos se olhando como idiotas apaixonados. Então, Baekhyun largou o chocolate, pescou a mão de Jongin, os dedos se embrenhando como sempre no automático e com a outra mão livre, mordendo o lábio, levou até o rosto ardido do menino mais novo e acarinhou sua bochecha. Jongin suspirou, fechando os olhos com aquele contato gostoso. Adorava quando Baekhyun o tocava assim, com tanto carinho.  

– Posso beijar você? – o mais velho perguntou em um cochicho a Jongin, olhando diretamente para sua boca sem vergonha alguma.

O garoto sorriu, aproximando-se um pouco mais até recostar sua testa na de Baekhyun, o hálito de chocolate dos dois sendo o ar que respiravam.

Sempre.

O momento seria lindo e perfeito se, minutos depois, Chanyeol não entrasse esbaforido na sala, as bochechas avermelhadas pela corrida e algo a mais que fazia seu coraçãozinho bater de felicidade.

– Baekhyun! Cê não acredita que a Kyungsoo disse também que gosta de m– a voz animada de Chanyeol morreu diante daquela cena: o irmão mais novo do seu melhor amigo, todo descabelado e com a boca roxa, no colo do seu outro melhor amigo, este que tinha a mão no traseirinho alheio com gosto, se beijando com bastante...paixão. – Finalmente, hein.

Jongin soltou um risinho e escondeu o rosto na curvatura do pescoço de Baekhyun, aproveitando para beijar o local e fazer o outro suspirar alto demais.

– Parece que não vou morrer virgem – foi o que Byun disse, fazendo sinal com a mão para que Chanyeol vazasse dali logo porque queria mais alguns beijos.

O melhor amigo sorriu e devolveu com um joinha, saindo da sala para deixar o casalzinho a sós por mais um pouco. Ele não foi, contudo, sem antes gritar algo que fez Baekhyun cogitar em se levantar dali e matá-lo se a boquinha de Jongin não colasse na sua novamente e levasse embora todos os seus pensamentos.

– Eu vou contar pro Junmyeon!  


Notas Finais


brigada por ler ♥

talvez daqui a pouco poste o outro capítulo


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