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História Kayuri: A história de um coração partido - Meu melhor amigo.


Escrita por: Yuca

Notas do Autor


Mais um capitulo pra vocês, agradeço aos favoritos, espero que vocês curtam <3

Capítulo 2 - Meu melhor amigo.


Hiroki

 

Meu coração acelerou no breve momento em que ouvi a sua voz, aquela voz aveludada que fazia meu corpo arrepiar, ele estava ali, de pé ao meu lado, meu melhor amigo. Usami Akihiko. De todas as pessoas que eu esperava encontrar, ele certamente era a última, não por odiar a sua presença, pelo contrário, eu amava estar com ele, mas aí que estava o grande problema. Eu o amava.

Amava tudo que o envolvesse, amava seu cabelo, sua pele, suas mãos, seu olhar perdido, seu jeito estranho de agir, suas manias, eu o amava de tal maneira que era capaz de tudo por ele, era capaz de abdicar da minha felicidade em troca da dele. Estar perto dele naquele momento não iria me fazer bem, eu tinha que sair de lá o mais rápido possível.

-Desculpe-me Nowaki, eu acabei de me lembrar de um compromisso-Me levantei rapidamente da cadeira, ainda com a cabeça baixa e sem olhar para Usami, sem ao menos falar uma palavra com ele. Se doeu ignorar ele? Doeu muito. Mas eu precisava ser forte. Sai dali o mais rápido que pude.

- Hiro-san....Hiro-san- Eu pude ouvir a voz do Nowaki me chamando, sentia muito por tê-lo deixado daquele jeito, mas eu não podia envolver ele nos meus problemas.

Eu pude ouvir a voz de Nowaki por alguns minutos, como se ele estivesse me seguindo, mas eu fiz questão de me esconder na multidão e fugir. Parei em uma rua deserta, certo de que ele já não me seguia mais, foi quando eu senti algo me puxando. Rapidamente tentei me afastar, mas foi em vão.

-Hiro-san, se acalme- quando eu ouvi aquela voz, minha mente que estava totalmente perdida em vários pensamentos estranhos ficou calma. Era Nowaki, de um jeito ou de outro ele acabou me encontrando, ele estava segurando na minha mão, talvez estivesse cansado eu podia ouvir a sua respiração ofegante, mas não tinha coragem para me virar.

- O que você está fazendo? Eu disse que tinha um compromisso e você devia voltar para a sua loja

-Hiro-san, por que você fugiu? Eu fiz algo de errado?- ele parecia chateado, não era minha intenção.

- Não, você não fez nada de errado.-  Nowaki não havia feito nada de errado, desde o primeiro momento ele só tentou me ajudar, até se dispôs a me ouvir, mas na minha mente eu não podia arrastá-lo naquele lamaçal que era a minha vida.

-Foi por culpa daquele homem? Usami Akihiko-sensei? Você o conhece?

- Isso não é da sua conta.

- O que aconteceu? Me diga, eu disse que iria te ouvir.

-A minha vida não é da sua conta- Falei um pouco ríspido, não era a minha intenção.- Me desculpe- disse um pouco envergonhado, realmente não queria trata-lo mal.

-Tudo bem, eu entendo. Não é da minha conta. Melhor eu te deixar sozinho. Adeus Hiro-san.

Nowaki virou as costas para mim e saiu andando, eu não consegui impedi-lo, pelo contrário, acabei seguindo meu caminho até minha casa, no fundo eu queria muito contar para alguém o que se passava, mas tinha receio do que pensariam e eu o conhecia tão pouco, ele me acharia louco, talvez estúpido, idiota, ou estranho. Ela nunca entenderia meus motivos, por mais que quisesse me ajudar, meu problemas eram bem maiores do que ele. Por falar em problemas, o meu apareceu na minha casa naquela noite.

 Era por volta das 22:00, eu estava sentado terminando de montar umas aulas, pesquisando sobre livros, totalmente concentrado no meu trabalho, quando de repente eu ouço alguém batendo na porta.

- Kamijou, Kamijou – ele batia na porta constantemente enquanto gritava o meu nome- Hiro, eu sei que você está em casa.- sua voz parecia triste, como em todas as vezes em que ele me procurou tarde da noite.

 Por um momento de razão eu pensei em não atender, mas decidi fazê-lo para parar com o incomodo que estava causando.

- Akihiko-san? – disse abrindo a porta, claro que eu sabia quem era, mas usei a minha melhor cara de surpresa, como se não esperasse que ele fosse me ver.

-Kamijou, preciso de você- ele entrou na casa e foi me abraçando- Preciso de você, Hiro- sua voz era tão doce e ao mesmo tempo regada a umas boas doses de bebida.

- O que houve dessa vez? O mesmo problema de sempre?- Perguntei tentando consolá-lo

-Eu só preciso de você- Seu abraço se tornou mais forte e eu pude sentir suas mãos deslizando pelo meu corpo.

-Usagi-san- tentei impedi-lo, porem meu corpo estremecia com o seu toque

- Só mais uma vez, Hiro, seja ele para mim, só mais essa vez-

Sua mão deslizava por todo o meu corpo e eu não conseguia dizer para parar.  Seu toque era perfeito, seus lábios, seu cheiro, tudo nele me deixava louco, eu queria aquele homem para mim e o único jeito de tê-lo era fingindo ser o homem que ele amava, e assim foi feito naquela noite. Mais uma vez eu deixei ele me tocar imaginando que era outro, deixei ele me amar pensando em outro, ele não era meu. Eu era apenas o seu brinquedo. Mais uma vez eu atendi a porta para o homem que eu amava e mais uma vez eu fui usado.

Tudo acabou, ele se sentiu arrependido, não por mim, mas pela memória do homem que ele amava, se despediu de mim e foi embora. E eu mais uma vez fiquei lá, sozinho, arrependido, me sentindo como uma prostituta, bem pior do que isso, elas ao menos eram pagas. Por mais que isso fosse corriqueiro, naquela noite eu me senti mais sujo, senti que já passava da hora de acabar com isso. Eu precisava me livrar desse amor a qualquer custo, não sabia como, talvez nem tivesse forças para isso, mas eu tinha que ao menos tentar.

Naquela noite eu não consegui repousar por nem cinco minutos, todas as lembranças vinham a minha cabeça, todos os momentos em que fui um tolo, usado pelo homem que eu sempre amei. A lembrança do nosso amor de infância, do primeiro beijo que ele me deu, de quando eu descobri que era apaixonado por ele e como meu mundo se partiu ao saber que ele não me amava, me lembrava da nossa amizade e de como eu tentei apenas ser amigo dele, mas sempre foi mais forte que eu. Seu cabelo, sua pele, seu cheiro, seu toque, seu olhar, sua boca. Tudo nele era perfeito.

As horas passaram e logo o dia amanheceu, decidi seguir com minha rotina, talvez no meio do dia eu tivesse alguma boa ideia para me livrar desse mal. Comecei os meus afazeres normalmente, terminei de corrigir uns trabalhos antes de sair de casa, me arrumei, peguei o mesmo caminho de sempre, e iria parar na mesma lanchonete de sempre para pedir o mesmo, como sempre.

Eu era bem acostumado com essa rotina, tudo tão natural que era capaz de fazer o caminho de olhos vendados. E naquela manhã nada seria diferente, isso se eu não tivesse reparado em algo. Algo que sempre esteve ali, que estava presente na minha rotina, mas eu ignorei como tantas outras coisas, porém naquela fatídica manhã parece que o sol iluminou um pouco mais aquela pequena floricultura e o seu sorriso me tirou da rotina, de todas as pessoas que eu poderia imaginar, era ele:

-Nowaki.

 

 


Notas Finais


Perdão pelos erros de português, aceito criticas construtivas e correções caso tenha algo errado.


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