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História Keep moving slow - Ninguém além de você me sentir assim


Escrita por: FairyGodmother

Notas do Autor


Olá povo lindo e maravilhoso, tudo certo?

Sei que está tarde... Mas cá estou eu, hehehe

Terminei de escrever agora pouco. Um pouco bêbada devo admitir, hehe.
Mas isso não vem ao caso, hehehe.

Muito obrigada pelos favoritos e comentários gente. Fico muito feliz com isso. Sério mesmo.
Faz eu ver que vale a pena as minhas noites mal dormidas e afim.

Obrigada de verdade!
Aproveitem...

Capítulo 18 - Ninguém além de você me sentir assim


"Absence sharpens love, presence strengthens it." - Thomas Fuller

 

Convencer seus pais de a deixarem viajar sozinha foi um grande desafio. Eles estavam com saudades da filha, e com razão, não a viam a meses. A azulada também sentia falta dele, muita falta, mas prometeu que iria para casa logo em seguida.

Então eles concordaram.

Depois que todas as apresentações acabaram, as garotas arrumaram suas bolsas e foram para a casa da Alya. A mãe da avermelhada a recebeu muito bem. A senhora Césaire, gostava muito da amizade que existia entre a sua filha e a mestiça.

Os pais de Alya concordaram facilmente com a viagem. Conheciam Nino e a família dele, então não viram motivos para não deixar. Julgavam que a filha já era responsável para tomar conta de si mesma, então acreditaram que não haveriam problemas.

As duas amigas estavam no quarto de Alya arrumando nas bolsas tudo o que precisariam, até que a azulada se deu conta de um pequeno detalhe.

- Alya, eu não tenho roupa de banho...

- Como assim não tem?

- Bom, eu tenho. Mas eu deixei em casa. – Esclareceu.

- E como é que você não me trás esse tipo de coisa? – Arqueou a sobrancelha.

- Eu vim para Paris para estudar, não para ficar de folga. – Deu de ombros. – Não imaginei que fosse precisar.

- Assim você me quebra mesmo. – Balançou a cabeça. – Bem, podemos ir ao shopping hoje ainda e comprarmos alguma coisa não é?

- Vai ser o jeito. – Suspirou. Teria que gastar o dinheiro que estava guardando.

Seus pais sempre lhe enviavam dinheiro, achando que a filha poderia precisar de alguma coisa na capital. Não que estivessem errados, havia dias que precisava comprar roupas novas, como meias e peças intimas. Mas a garota não ficava gastando sem pensar, sabia que seus pais se esforçavam muito para conseguir aquele dinheiro.

- Eu falei com o Nino e ele me avisou que o Gorila vai nos levar e buscar de Étretat.

Uma comunidade pequena formada por casas antigas, grandes colinas e penhascos de pedras brancas, a cidade litorânea de Étretat fica a 210 km de Paris. É um município pequeno, mas muito elegante. As praias, que pareciam ter sido retiradas de livros, eram cercadas por grandes penhascos, o mar era calmo e o calor do verão deixava tudo ainda mais receptível.

- Gorila? – Marinette perguntou confusa. Um animal?

- Gorila é o apelido carinhoso do motorista do Adrien. Quando você o ver, vai entender o que eu estou falando...

Depois de arrumarem as bolsas e saírem para comprar as roupas que faltavam para a mestiça, as duas foram deitar e esperar pelo dia seguinte, quando encontraria os meninos pela manhã e partiriam para uma semana de férias na praia.

Nino também não teve dificuldades em conseguir a permissão para usar a casa de praia. Seus pais estavam viajando para fora dos país, o que significava que o garoto passaria as férias sozinho de qualquer maneira.

Para variar...

 

 

 

Alya praticamente pulava em cima da azulada na manhã seguinte, de tamanha era a sua animação. O sol mal havia se colocado no céu e a avermelhada já estava a todo vapor. Marinette tentava dormir mais um pouco, mas a avermelhada a estava pressionando o tempo todo, tornando a tarefa um pouco complicada.

- Ok Alya, você ganhou. Estou levantando. – Suspirou frustrada. Seu sonho estava tão bom. Realmente não queria levantar naquela hora.

- Vamos logo então. O café já está na mesa e ainda temos que levar as bolsas lá para baixo. – Alya saiu do quarto de hospedes, deixando a mestiça sozinha.

Bom, agora já estava desperta. Levantou da cama macia e colocou-se de pé. Trocou de roupa, colocando peças frescas; um shorts, uma camiseta simples e um casaco leve por cima, para aplacar a brisa fresca da manhã.

Fechou a bolsa e a levou consigo quando desceu para o andar de baixo, deixando a bagagem no hall de entrada junto com a de Alya e seguindo para cozinha, aonde encontrou a avermelhada tomando uma xicara de café.

- Finalmente... Achei que teria que te arrastar.

- Quanto exagero. – Marinette sentou-se ao lado da amiga, servindo-se em seguida. – Onde estão seus pais?

- Minha mãe está no jardim de trás cuidando as plantas dela. – Apontou para a janela nos fundos da cozinha. – Meu pai saiu para uma reunião importante agora de manhã.

Marinette somente concordou com a cabeça e continuou a tomar seu café.

- Os meninos falaram alguma coisa sobre horário? – Perguntou enquanto comia uma fatia de bolo.

- Você não perguntou para o Adrien?

- Eu meio que... Não tenho o celular dele... – Respondeu envergonhada.

- Como é que você não tem o número do celular do SEU namorado? – Alya questionou indignada.

- As coisas aconteceram meio rápido. Além do mais estudamos no mesmo lugar... Não tinha essa necessidade antes...

- Falou bem... Antes! – Balançou a cabeça negativamente. – Só você mesmo... Mas respondendo a sua pergunta: Nino me avisou que assim que o Gorila passar para o buscar, ele mandaria uma mensagem para a gente avisando que estariam vindo.

E parecia que era só falar do sujeito que ele aparecia. O celular de Alya tocou, recebendo uma mensagem do namorado, avisando que em menos de dez minutos estariam passando lá para buscá-las.

Não se passou muito tempo e logo a campainha da casa da avermelhada tocou, anunciando a chegada dos dois garotos. Alya foi alegremente atender a porta.

- Prontas? – Nino perguntou assim que a porta foi aberta.

- Com certeza. – Alya sorriu e deu um selinho no namorado como cumprimento, o deixando adentrar na casa logo em seguida, com Adrien logo atrás de si.

O loiro deixou os amigos para trás e foi até a sala de estar, onde encontrou a mestiça sentada tranquilamente no sofá. Com passos silenciosos se aproximou da garota, que estava de costas para si e colocou as mãos sobre os olhos dela.

- Advinha? – Falou próximo ao ouvido dela e sorriu.

- Que difícil... – A garota mordeu o lábio, fazendo uma expressão de falsa duvida, entrando na brincadeira do loiro. Mas não se aguentou e riu. – Chegou rápido gatinho.

- Eu não queria te deixar esperando. – Sorriu e tirou as mãos do rosto dela, dando a volta no sofá e sentando-se ao lado da mestiça. Virou-se para ela e inclinou o corpo lhe procurando os lábios em um beijo.

As mãos dela estavam ao redor do rosto dele, o acariciando calmamente, enquanto os braços dele estavam ao redor do corpo dela, estando um apoiado sobre o braço do sofá, evitando que seu peso ficasse sobre a azulada.

- Vamos para com essa “falta de vergonha” ai... – Alya surgiu na sala com Nino em seus calcanhares, obrigando o casal a se separar.

- Como se vocês fossem um exemplo de castidade... – Adrien comentou irônico.

- Pelo menos eu me lembro de trancar a porta. – Os dois se olharam em desafio.

- Gente, vamos para com isso... Nem começamos a viagem e vocês já estão querendo se matar. – Nino interviu. Não queria o melhor amigo e a namorada discutindo. Ao menos não àquela hora da manhã.

- Meninos, que bom que chegaram. – A senhora Césaire apareceu na sala, indo cumprimentar os dois rapazes. – A quanto tempo não vejo vocês... – Olhava para eles, observando o quanto mudaram naquele ano.

- Realmente já faz tempo... – Nino coçou a nuca em sinal de vergonha.

- Faz tempo que não encontro seus pais também...

- Eles têm viajado bastante ultimamente.

- E você Adrien... – A mulher olhou para o loiro. – Qual a sua desculpa?

- Ensaios? – A resposta saiu mais como uma pergunta. E os quatro riram. Quando eram mais novos, os três amigos praticamente moravam na casa uns dos outros. Basicamente cresceram unidos, enfrentando a maior parte da pré-adolescência juntos.

- Bom, se já estiverem prontas, podemos ir... – Adrien levantou do sofá e estendeu a mão para a azulada, que a aceitou, se colocando de pé ao lado do loiro, com as mãos atadas e os dedos entrelaçados.

- Eu espero que vocês se comportem... – A senhora Césaire olhou séria para todos os quatro.

- Não se preocupe mãe, nós vamos ficar bem... Ninguém vai morrer de fome aqui. – Alya balançava a mão em descaso.

- Vou se mais clara... Não estou afim de ser avó ainda, está bem. – Complementou com naturalidade. Nino empalideceu com aquelas palavras.

- C-como? – A avermelhada engasgou.

- Ao contrário do que você pensa, eu não sou tão velha assim... Eu percebi que vocês dois estão juntos, e sei o que acontece quando se gosta de alguém. Então só estou pedindo que tenham cuidado, usem camisinha...

- Mãe, por favor... – Alya já havia mudado de cor mais vezes do que um camaleão, tamanha era a sua vergonha.

- O que foi? – A mulher questionou confusa. – Vocês sabe como se coloca uma camisinha, não é?

- MÃE! – A garota gritou.

- Está bem, já entendi. É para eu ficar quieta. – A mulher respondeu e a avermelhada conseguiu respirar um pouco mais tranquila. Adrien e Marinette só observavam toda situação com um certo constrangimento, até que a mulher também olhou para ele e lhes apontou o dedo. – Vocês dois também, estamos entendidos? Não quero ter que dar noticia nenhuma para os pais de ninguém...

- Sim senhora. – Os dois responderam juntos.

Assim que todos os discursos de cuidados foram proferidos e as bagagem colocadas no porta-malas, os quatro partiram em viajem. A mestiça conheceu Gorila. E ficou surpresa em como um apelido pudesse se encaixar tão bem em uma pessoa. Ele era um homem alto, largo, de expressão séria e extremamente quito. Como um gorila. Chegava a ser assustador.

 

 

 

Os quatro amigos chegaram ao município de Étratet próximo a hora do almoço, isso após duas horas e meia de viajem. Passaram a maior parte do caminho em silêncio ou dormindo. A aura que parecia emanar do motorista colocava medo em qualquer possibilidade que tivessem de se iniciar um conversa.

Mas quando finalmente chegaram, puderam respirar aliviados.

Marinette estava encantada com a cidade. Enquanto passavam de carro pelas ruas estreitas, a garota admirava as casas de estilo antigo, as pequenas praças bem cuidadas, os nichos de restaurantes e lanchonetes. Era uma cidade saída dos filmes antigos. Como se tivessem voltados para os anos dourados do Rockabilly.

O motorista estacionou em frente a um sobrado pequeno, de estrutura antiga e paredes de tijolos. Nino e Adrien se apressaram a sair do carro, sendo copiados pelas garotas. Com uma chave em mão, o moreno passou pelos amigos, indo em direção a porta. Girando a chave a abrindo.

Gorila entrou na frente, colocando as quatro bagagens no meio da sala e se virando para o loiro.

- Está tudo certo aqui. – O loiro o olhou. – Tem certeza que não quer descansar um pouco antes de voltar? – O homem simplesmente negou com a cabeça e voltou para o carro, dando a partida e indo embora. Voltaria somente dali uma semana para busca-los novamente.

- Pois bem... Vamos entrando? – Nino chamou a atenção de todos, que rapidamente o seguiram para dentro da casa.

O lugar era pequeno e simples, mas extremamente confortável. Apesar de aparentar ser uma casa antiga por fora, tudo em seu interior era bem atual. O lugar atenderia perfeitamente as necessidades dos quatro enquanto estivessem ali.

- Esse lugar é uma graça. – Marinette comentou enquanto circulava pela sala, analisando o espaço.

- Era a casa da minha vó. – O moreno esclareceu. – Meu pai sempre gostou muito daqui, então mesmo quando minha avó foi morar na cidade, ele decidiu manter a casa. Só fizemos alguns upgrades. – Deu de ombros.

- Bom gente, no momento eu sou super a favor de sairmos para comer alguma coisa. – Adrien falou enquanto passava a mão circularmente sobre o estomago.

- Concordo com você cara. – Nino sentia seu estomago borbulhar. – Vamos deixar as bolsas lá em cima e depois vamos comer. Tem uma lanchonete muito boa aqui por perto aliás.

Com as bagagens em mãos, os quatro subiram a escada estreita em fila, chegando a um pequeno corredor no final, com três portas dispostas em paralelo. Dois quartos e um banheiro.

- Vamos tirar no palitinho para ver quem fica com a suíte? – O moreno perguntou.

- Se vocês prometerem escolher a parede certa dessa vez, ela é toda de vocês. – O loiro levantou as mãos para cima.

- Vai ficar com isso na cabeça até quando? – Nino perguntou indignado.

- Até o dia que eu não tiver mais pesadelos... – Tremeu o corpo, forçando um arrepio. Nino simplesmente suspirou e entrou na última porta do corredor, com Alya logo atrás de si.

Marinette e Adrien entraram na primeira porta. Era um cômodo pequeno, a cama de casal ocupava praticamente todo o local. Havia uma luminária em um dos cantos, uma janela com visão para a rua e uma cômoda.

De modo geral, era um lugar aconchegante.

A azulada colocou a bolsa sobre a cômoda, enquanto Adrien já se encontrava completamente jogado cobre a cama, com braços e pernas espalhados pelos lençóis verdes claros.

- Que cama maravilhosa... – Exclamou satisfeito. A azulada se aproximou dele e sentou-se ao seu lado. O loiro a olhou e a puxou para deitar junto a si. Ficando os dois deitados na cama, rindo.

- Tem uma cidade maravilhosa lá fora e você gostou da cama, é sério isso? – A mestiça ria.

- O que eu posso fazer... Se sou bom de cama. – A pesar de não ser proposital, a frase foi ouvida com certa conotação pela garota. Após o silêncio da azulada, o loiro se deu conta do que havia falado e caiu na gargalhada ao notar o constrangimento da mestiça. – Você é terrível.

- EU?

- Sim você. – Apoiou a cabeça sobre a mão e o cotovelo sobre a cama, buscando enxergar melhor a garota. – O que foi que você pensou?

- N-nada de m-mais... – Suas bochechas queimavam.

- Sei... Vou fingir que acredito. – Sorriu e aproximou o rosto do dela. Os cabelos da azulada estavam espalhados pela cama, um braço sobre o estomago e o outro jogado sobre o lençol.

Adrien virou-se na cama, se colocando em cima dela com um braço de cada lado de sua cabeça. Desceu o corpo, colando ao dela e buscou o contato de seus lábios macios e avermelhados.

O toque era macio e delicado. Os braços se mantinham retos, evitando que o peso de seu corpo recaísse sobre ela. A azulada buscou um contado mais profundo e passou os braços ao redor do pescoço do loiro, o puxando para perto. Gostava de tê-lo assim, com o corpo próximo ao seu, lhe causando arrepios e arrancando suspiros entre os beijos.

- Vocês podiam ao menos fechar a porta... – O casal se separou e olhou em direção a porta aberta. Encontrando Alya e Nino encostados no batente da porta.

- Obrigado pelo aviso. Vou me lembrar disso na próxima vez. – Adrien reclamou e girou seu corpo pela cama, saindo de cima da azulada.

- Vamos almoçar... Mas se vocês preferirem ficar ai... – Alya comentou já se distanciando do local.

- Já e-estamos indo. – Marinette levantou-se da cama rapidamente.

Seguindo os amigos, os quatro deixaram a casa, indo em direção a uma lanchonete próxima. Caminhavam de mãos dadas pelas ruas, cada qual com o seu par, conversando animadamente, aproveitando o sol e a brisa quente do verão.

Olhando para o horizonte, Marinette conseguia enxergar a orla da praia, onde pessoas caminhavam e conversavam animadamente, assim como eles. Aquelas férias seriam maravilhosas. Ela sentia isso.

A casa da família de Nino ficava próxima ao centro da cidade. Não que lugar fosse muito grande, mas o acesso era rápido, e o mar se encontrava a poucos minutos de caminhada.

Marinette estava ansiosa para ir para a praia.

Por sempre ter morado em uma cidadezinha no centro da França. Foram pouquíssimas às vezes em que a garota teve o prazer de ver o mar. E poder estar naquele lugar agora, junto a seus amigos e a pessoa a qual era apaixonada, tornava o momento mágico.

- É logo ali em frente. – Nino apontou para um estabelecimento situado em um prédio antigo de três andares. Haviam mesas na varanda e na rua, cobertas por guarda-sol, dando um ar de casualidade no local.

Adentraram no estabelecimento e seguiram para uma das mesas próximas a janela. Logo uma atendente simpática apareceu e anotou seus pedidos. Estavam todos muito animados para aquelas férias.

- Estou louca para ir para a praia. – Marinette comentou animada.

- Bem que podíamos ir dar uma volta na orla depois que terminamos aqui. – Alya comentou. Os dois rapazes concordaram.

- Você parece uma criança Mari. Suas pernas não param de tremer. – Adrien notou o entusiasmo da garota.

- É que faz tempo que não venho a praia. Estou animada só isso. – Sorriu para o namorado.

- Vamos passar tanto tempo lá, que você vai acabar enjoando no final da semana. – Alya riu.

- Duvido muito disso.

Os quatro almoçaram tranquilamente em meio a conversas e risada. Depois das contas pagas e todos estarem satisfeitos, saíram em direção à orla.

O contraste entre o céu azul, o mar claro e o sol forte marcavam a mente da mestiça. Aquele, de longe, era o lugar mais lindo que já esteve na vida.

A praia era cercada por grandes colinas brancas, cobertas pela grama escura ao seu final. A brisa do mar lhe enchia os pulmões com um cheiro delicioso, o frescor lhe acariciava o rosto e o sol esquecia-lhe a pele.

- O que achou daqui? – Adrien perguntou próximo ao ouvido da garota.

- Esse lugar é maravilhoso. – Sorriu encantada com a vista; não notando que o loiro a observava admirando o sorriso doce e o vento bagunçando seus cabelos. Na opinião dele, nunca a vira tão adorável. Queria ver aquela expressão em sua face todos os dias.

Queria a fazer feliz a cada dia.

Continuaram a caminhar de mãos dadas, deixando que aquele cenário eternizar o momento em suas memórias.

A tarde já estava na metade. Infelizmente não havia muito que se fazer naquele primeiro dia. Mas aproveitaram ao máximo que podiam. Planejando o que fariam nos dias que seguiriam.

Eles tomaram sorvete, caminharam pela cidade, conhecendo as praças e parques. Voltaram para a casa no final da tarde, já cansados de tanto andarem.

Os quatro se jogaram no sofá assim que pisaram para dentro do sobrado. Todos exaustos.

- Não é por nada não... Mas eu me recuso a cozinhar... Vamos tirar na sorte. – Nino reclamou.

- Eu cozinho. – Marinette se ofereceu. – Mas você é que vai lavar a louça.

- Eu te ajudo. – Adrien se ofereceu.

Os dois levantaram e foram em direção a cozinha.

Os armários e geladeira estavam estocados com comidas. Suspiraram aliviados. Estavam cansados de mais para irem ao mercado aquela hora.

- Nino os armários estão cheios. – Adrien gritou da cozinha, enquanto buscava pela pasta de macarrão nos armários.

- Meu pai mandou alguém fazer as comprar. – Esclareceu.

Marinette pegou uma panela grande a encheu de água a colocando no fogão sobre o fogo.

- Posso colocar o macarrão?

- Ainda não. A água nem esquentou...

- E quando eu coloco? – Olhava a panela com água fria.

- Você já cozinhou antes? – Marinette o olhou, mantendo o corpo encostado na pia.

- Talvez...

-Talvez?

- Ok, não... – Admitiu envergonhado. A azulada riu e se aproximou dele.

- Então hoje você vai aprender a fazer uma macarronada... – Sorriu para ele.

A água ferveu e a azulada foi instruindo o loiro em seus afazeres. Cortaram os temperos e finalizaram o molho, o colocando sobre o macarrão já cozinho em uma travessa.

Adrien sentia-se particularmente orgulhoso de si mesmo. Marinette se divertia ao ver a face de contentamento do garoto. Ele ficava feliz com coisas tão simples, e isso a encantava.

 

 

Após o jantar e a louça estar limpa, os quatro se digeriram cansados para os quartos. O sono atingia seus corpos com força.

Marinette fora tomar um banho primeiro, deixando a água morna relaxar seu corpo. Quando voltou para o quarto, encontrou Adrien sentado na beirada da cama, sem camisa e com uma toalha ao redor dos ombros. Ele sorriu para ela, assim que a viu entrar no quarto.

- Eu já volto. – Ele levantou-se e foi rapidamente para o banheiro. Deixando a azulada sozinha no quarto.

Ela estava absorvendo o que acabara de ver. A pele clara e lisa. Os ombros largos, braços firmes e relaxados, o abdômen modelado por pequenos gomos discretos. Ele não era musculoso, mas era definido, devido aos treinos e ensaios.

Sabia como o corpo dele era graças ao uniforme. Mas vê-lo desnudo era uma situação completamente diferente. Acendia algo em seu interior, uma curiosidade que nunca havia notado em si mesma antes.

Com os cabelos soltos, deitou-se na cama, espalhando os fios escuros pelo travesseio claro.

Poucos minutos depois, Adrien retornou para o quarto, vestindo somente uma calça de malha fina.

A garota estava com a cabeça voltada para a janela. Fitando a iluminação que vinha da rua. Assimilando e guardando as cores na memória.

O loiro se deitou atrás dela e passou um braço ao redor da sua cintura, assustando a garota que estava distraída.

- Pensando em que? – Ele sorriu e a virou para si. A garota estava completamente corada. Não estava acostumada com aquilo. A dormir junto a um homem. Por que aquele momento, tudo o que ele não parecia era um garoto. O modo como a apertava e trazia para si, tão calorosamente, buscando protege-la.

Se tornando um ponto seguro para ela.

- Em nada para falar a verdade. – A voz dos dois era baixa, quase como um sussurro. Não precisavam de muito para serem ouvidos.

- Quero que essa seja a melhor semana da sua vida. – Ele sorriu e encostou o nariz no dela, como um beijo de esquimó.

- Pretencioso você... – Ela riu.

- O que posso fazer se é um dos meus charmes. – Sorriu com olhos fechados e a beijou, buscando o doce de seus lábios.

Os corpos, antes deitados em paralelo sobre a cama, agora estavam um sobre o outro. O corpo do loiro praticamente cobrindo o dela. As mão buscavam afoitas por um contato maior. Lhe apertavam a cintura sobre o tecido da regata de forma possessiva. Os lábios eram prensados com força, as línguas se buscavam com euforia.

As mãos dela estavam espalmadas sobre o peitoral desnudo. Tilintava os dedos sobre a barriga, deixando apele do loiro arrepiada com os toques dela.

O ar já lhes faltava, e o garoto desceu os beijos para o pescoço, o chupando com força, passando a língua, pouco ligando se deixariam marcas. A mão escorreu ao redor da silhueta dela, indo ao encontro das pernas desnudas. Gostava de sentir a macies da pele dela sobre suas mãos.

Os suspiros que saiam pelos lábios da azulada se tornavam cada vez mais altos e ininterruptos. O coração batia ligeiro em seu peito, a respiração estava falha, a mente nebulosa e o corpo a mercê das caricias do loiro.

Adrien descia os beijos em direção ao colo da mestiça. A mão que até o momento se mantinha na cintura dela, lhe subia o corpo, passando o umbigo, o estomago, pairando sobre o seio coberto pelo tecido do pijama e o sutiã.

O peito lhe foi apertado e um gemido escapou pelos lábios inchados e avermelhados. Sentia seu corpo em extasse, tomado pela adrenalina.

Os dedos ligeiros do loiro se enroscaram nas alças da regata que ela usava, e as foi baixando lentamente, deixando o tecido lhe escorrer pelo corpo, mostrando para ele o sutiã delicado que protegia os seios da garota.

Ele queria um contado mais profundo. Queria sentir a pele dela junto a sua.

Voltou a tomar os lábios da garota em um beijo feros, buscando os lábios com sofreguidão. Uma das mãos adentrou pela regata dela, buscando o toque da sua mão contra a pele macia do abdômen dela.

A outra mão, que antes a apertava a coxa, lhes subiu o contorno do corpo, indo em direção ao ombro, baixando a outra alça do pijama.

Voltou a descer com os beijos, a deixando respirar novamente.

Ela sabia aonde aquilo poderia parar, mas sua mente se encontrava completamente dopada pelas sensações. Seu corpo reagia como nunca havia acontecido antes.

Os beijos voltaram para o colo da mestiça, e em um puxão, ele desceu o sutiã o suficiente para que os seios dela ficassem desprotegidos. Levou uma dão mão ao seio desnudo e o apertou levemente. Resultando em um gemido alto saindo dos lábios da azulada.

Ele suspirou pesado. A voz dela lhe incendiava o corpo.

A baixo de si, seu membro já ganhava vida. Sentia-se espremido pelo tecido da cueca. A situação era extremamente incomoda, queria muito se aliviar daquilo, livrar-se daquelas peças de roupa.

Ela se movia inquieta, uma das pernas entre as sua, a coxa lhe roçando o membro, fazendo com que gemidos ficassem presos na garganta.

Passava o dedo indicador delicadamente sobre o irisado mamilo da garota. Desceu a cabeça e lhe capturou o outro com os lábios. O gemido que saiu pelos lábios dela foi alto e extremamente audível.

- Ah A-Adrien. – As mão dela foram de encontro aos fios loiros. A sensação da boca dele contra uma parte tão sensível deixava seu corpo em chamas. Mexia as pernas inquieta, buscando aliviar a sensação incomoda no meio das pernas e que lhe pressionava o ventre.

Ele levantou a cabeça por um momento, encarando a face rosada da mestiça, os olhos semi-abertos a boca levemente aberta, por onde ela respirava com dificuldades.

Desceu uma das mãos pelo corpo dala, apertando cada pedaço de pele que encostava-se em seus dedos,  parando próximo ao cós do shots que ela usava. Ameaçou o descer ao colocar a mão parcialmente para dentro do tecido.

Marinette se assustou com o contado mais intimo, os dedos dele próximos sua calcinha. Não estava pronta para aquilo ainda. O medo lhe atingiu o coração. Fazendo com que ela freia-se qualquer movimento. Alcançou a mão dele e a segurou, o impedindo de continuar.

O loiro olhou para cima confuso, e viu no olhar dela o que os dois estavam fazendo. O desejo era latente, principalmente da parte dele, mas encontrou nos olhos dela, vestígios de medo e receio. Ele não queria que ela se sentisse assim. Não queria que seus toques lhe deixassem com medo, insegura ou qualquer outro sentimento ruim.

Afastou-se dela, voltando a deixar no seu lado da cama, deixando com que ela ajeitasse as roupas.

As respirações estavam descompassadas. Nenhum deles sabia o que falar. A atração entre eles era clara. Sempre foi.

Mas na prática as coisas funcionavam de modo diferente.

Adrien virou a cabeça para o lado e encontrou a azulada com os olhos fechados, cabelos bagunçados, o peito subindo rápido, respirando pela boca.

- Desculpa... Acho que eu fui rápido de mais. – Ele falou baixo. Marinette abriu os olhos e virou a cabeça para encara-lo. O olhar do loiro demonstrava preocupação.

-Eu só... Estou um p-pouco surpresa. – Virou o corpo, ficando deitada de lado.

- Você nunca fez isso antes não é? – Virou-se também, ficando de frente para ela.

- ...

Nada ela respondeu. E o loiro sorriu.

- Sem pressa. Eu espero você... Sempre vou. – Sorriu e passou a mão delicadamente sobre o rosto dela.

Marinette lhe segurou a mão, e eles ficaram assim... Quietos, apreciando o olhar um do outro, se deixando perder um no outro.

Até que o sono se apossasse de seus corpos.


Notas Finais


E ai... Que comecem as férias dos nossos lindinhos, hehehe
Quero aprontar bastante nessa viagem deles... Se é que vocês me entendem.

Música do capitulo: Jonas Blue - Perfect Strangers ft. JP Cooper - https://www.youtube.com/watch?v=Ey_hgKCCYU4

Toda em clima de viagem, hihi.

Me digam ai o que acharam...
tivemos um pseudo hot... Mas as coisas virão...
E logo... Logo mesmo!

Enfim...


XO





(Revisado)


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