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História Key of Love. - Capítulo 10: Talvez... O Ultimo...


Escrita por: Pig-Chan e Yokodera

Notas do Autor


Yoko: AEOW PORRAN! KOOOOOOOOOL! ♥ Depois de um eterno hiato, nós voltamos para vocês seus lindos ♥ ~ Eli, à melhor ^3^ ~

Pig: AEEWWWBANDINOIA, cof cof. Oi sjkfnjkenjae. A capa tá tão linduxa ♥. Um agradecimento especial à Eli, que estará para sempre no meu coraxau '3'

Capítulo 10 - Capítulo 10: Talvez... O Ultimo...


Fanfic / Fanfiction Key of Love. - Capítulo 10: Talvez... O Ultimo...

— Pai? Merda, quando ele chegou? — O loiro diz com raiva, afinal, o momento dos dois acabou sendo interrompido e Kei acaba virando a cabeça, muito parecido com um suricato assustado.

— Que falta de respeito é essa aqui na frente da minha casa?! — Diz ele gritando, saindo do carro bruscamente e indo até os dois garotos.

— Falta de respeito? Falta de respeito?! — Ele sorri irônico, apesar de estar tão furioso quanto o mais velho e também vai em direção ao mesmo. — Falta de respeito foi o que você fez com o meu carro, seu velho idiota! — Os olhos azuis percorreram o carro, mas depois o pequeno, que estava assustado ali dentro.

— Não tenho nada haver com isso. — O pai acaba dando de ombros, o moreno sai do carro e vai para perto de Suke, fazendo com que o mais velho olhasse diretamente para si, praticamente rangendo os dentes. — E quem é essa “coisa”? Seu namoradinho? — Ele debocha e cruza os braços.

— É, qual o problema? — Keisuke sorri sarcasticamente e acaba colocando o braço na frente do menor, em um gesto de proteção.

— O problema é que filho meu não é bicha...! — Ele ia socar o loiro, mas o mesmo se esquiva, o fazendo perder o equilíbrio e acabar acertando o pequeno no rosto.

 

Kei dá um passo para trás, devido o soco, coloca a mão no rosto  e observa, na mão, o sangue do corte que ficou em sua boca. O maior percebe que seu braço protetor não tinha ajudado tanto assim e que o velhote havia machucado o pequeno:

 

— Kei, você está bem? — Suke pergunta preocupado, se aproximando dele novamente, o tocando suavemente no rosto, para ver o machucado.

— Estou... — Ele sorri de leve para o loiro, se sentindo um pouco acolhido por aquela preocupação, mas logo olha sério para o pai dele. — Você age desta maneira com seu filho? — Ele levanta a cabeça para poder olhar melhor o outro.

— O que eu faço não lhe diz a respeito, seu inútil...! — O mais velho acaba abaixando a cabeça para encarar aquele “maldito serzinho”, mas continuou com o olhar firme de ódio.

— Cala essa sua boca maldita...! — Keisuke diz com raiva e dando um passo para trás com o companheiro.

— Me diz a respeito quando você machuca alguém que eu gosto. — Kei murmura não recuando junto com Suke, o deixando um tanto surpreso, afinal, seu pai era um tanto alto e o pequeno não parecia ligar para isso no momento. — E mesmo que você continue com essa arrogância, eu não me importo de ser um intrometido... Muito porquê, você também é, já que quer escolher a opção sexual dos outros. — Ele diz sério começando a encarar o mais velho com a mesma sintonia de raiva. — Pare um pouco de ficar apontando o dedo para os outros e se olha no espelho pelo menos...! — Ele diz bravo e coloca a mão sobre a boca, pelo dito, se culpando por ter falado sem pensar e entrado no meio da briga.

— Eu me intrometo, pois sou pai dele, e faço isso pra ele não ficar assim como você, que com certeza não tem pai, pois se tivesse não seria assim, e se tiver, deve ser um viadinho como você. — O outro retruca sério, sem dar muita bola para que o garotinho havia dito.

— Quer ser um pai? — Ele sorri de leve, dá um suspiro baixo e depois diz sério. — Comece a amá-lo, em vez de só criticar. Comece a aceitá-lo pelo que ele é, em vez de querer impor o que você pensa sobre o que ele deveria ser. Comece a estar com ele, em vez de afastá-lo cada vez mais. Comece a protegê-lo, em vez de feri-lo... Se acha um bom pai? Comece a repensar suas atitudes, porque se você fosse, vocês não iriam brigar tanto, não é mesmo? — Ele olha para o Keisuke, que estava assistindo aquilo um pouco surpreso por tudo que saía da boca do menor, e depois abaixa a cabeça irritado.

— Ora seu linguarudo, vou te ensinar a respeitar os adultos! — O mais velho levanta a mão para dar um tapa no maldito nanico emo que queria se meter em sua vida, mas Keisuke segura seu braço em tempo.

— Chega... — Ele murmura e o soca com bastante força o estomago, o fazendo cair de joelhos ali mesmo. — Vamos embora Kei. — Ele anda até o carro, puxando o menor de leve pelo braço e abre o carro para o mesmo entrar. — Não vale a pena discutir com ele. — Soltou um suspiro pesado.

— E-Ele vai ficar bem? — O moreno acaba dizendo preocupado e assustado pelo soco do outro.

— Vai, isso ai não é fácil de matar. — Ele ironiza, apesar de estar irritado, pega a caixinha médica, abre a porta da frente e entra junto ao pequeno que estava adentrando logo atrás. — Guarda ai atrás. — Ele entrega a caixa gentilmente para o menor.

— Okay... — Ele pega o objeto, colocando ao seu lado e se senta em silêncio.

— K-Keisuke...! Espere! — O mais velho vai se levantando e tenta se aproximar do carro.

— Falou, velhote. — O maior liga o carro sem ligar, manobra e acelera indo embora.

— Tsc... Não vai embora não...! — O pai vai até o carro dele, entra e acelera indo atrás dos fugitivos.

 

Keisaki olha para trás, vê a confusão que aquilo estava se tornando, põe o cinto e olha assustado para o Keisuke, que dirigia na maior calma:

 

— E-Ei, isso é perigoso...! — Ele abraça o cinto, que nem aquelas pessoas que são passageiras de um motorista em treinamento.

— Relaxa, eu sei o que estou fazendo. — Suke sorri gentilmente e coloca o cinto... Vai que, né...?

— É, mas a polícia não sabe disso. — O menor resmunga na defensiva.

— Qualquer coisa, nos jogamos de um penhasco. — Ele ironiza enquanto o pai dele ia os seguindo, o fazendo suspirar e tentar conter o estresse que ia voltando.

— Você sempre inventa um jeito novo de me matar... — Kei ironiza também suspirando em reflexo.

— Nem tanto. — Ele acaba rindo. — Olha, já estamos quase na sua casa. —Ele diz animado, como se toda aquela perseguição não estivesse acontecendo.

— Ele vai descobrir onde eu moro e me matar durante a noite... — O menor diz com voz de derrota e balançando a cabeça negativamente, balançando sua franja. — Espera... Ele vai te machucar quando você chegar em sua casa? — Ele se lembra e diz preocupado, se lembrando de leve de uma certa veia que pulsou na testa do pai do maior. — Você vai ficar bem? — Ele se aproxima um pouco do banco, tocando de leve no apoio da cabeça e olha para o Keisuke.

— Quem disse vou ficar na minha casa? — Ele sorri vitorioso, apesar disso ser uma derrota. — Talvez eu fique na casa do Bry... — Ele fica pensativo, mas ainda prestando atenção no trajeto.

— Mas seu pai ta seguindo a gente. — Ele diz confuso e se anima meigamente. — Você pode ficar na minha...! — Ele sorri e depois diz timidamente. — Quer dizer... Eu não tenho muitas visitas e se minha mãe te ver, ela vai querer que você fique... — Ele entrelaça os dedos e se afasta do banco. — Nosso único problema vai ser as roupas. — Ele ri baixo. — Minha mãe é legal...
 

— Não tem problema, eu posso ficar sem roupa mesmo. — Keisuke dá um riso pela animação contagiante e tímida do menor e faz um sorriso malicioso.

— Vou te tacar as roupas do meu pai. — Ele resmunga corando apenas por imaginar. — Ainda sobrou algumas...

— Mas eu ainda prefiro ficar sem roupa. — Ele diz para provocar o Keisaki, observando suas adoráveis reações pelo retrovisor.


— Vou te incubar com roupas, você querendo ou não... — Ele diz emburrado e encarando os olhos azuis de volta.


— Okay, só espero que tenha meu tamanho, se não, você já sabe, né? Ke-i-sa-ki... — Ele fala o nome dele devagar e lhe dá uma piscadela, fazendo o outro desviar o olhar ficando ainda mais constrangido e com os batimentos cada vez mais acelerados.

— O-Oka-ay... — O moreno se encolhe de leve e fica em silêncio, em quanto o maior ia logo avançando um sinal vermelho.

— Ei, meu pai ainda está atrás da gente?  — O loiro pergunta confuso, não conseguindo ver direito.

— Ahm... — Ele fica de joelhos no banco e olha para trás. — Não...  Ele parou ali... Naquele sinal... Todos pararam... — Ele vai dizendo pausadamente e resmunga ao notar o feito pelo rebelde. — Nós passamos direto no sinal vermelho...?! — Ele se senta normalmente e fica um pouco boquiaberto com a ação do outro.

— Acho que sim... Espero não levar uma multa... — Ele diz preocupado apenas agora. — Olha lá, sua casa. — O loiro aponta e sorri.

— Seu fora da lei... — Ele murmura emburrado, apesar de saber que foi por um bem maior. — Ah! As luzes estão acesas... Ou é um capeta do meu pai em casa, ou minha mãe. — Ele diz pensativo e ironizando na parte do "capeta".

— Espero ser sua mãe, não gostei muito do seu pai. — O outro diz também pensativo e fazendo uma certa cara de negação.

— Ele não é tão bravo... — O pequeno diz pensativo e desviando o olhar para a caixinha médica. — Quer dizer, a gente briga muito, ele fala alto, mas só é assim quando bebe... Ou tá de ressaca... — Ele força um sorriso e olho de novo para o maior. — Mas ele não é mais tão bravo quanto antes... Ele anda escutando mais. — Ele fica pensativo e sorri de leve.

— Tendi... — Ele se aproxima da portaria, e fala com o porteiro para abrir a porta. — E como é sua mãe? — Ele diz ainda curioso sobre a vida do pequeno que estava o conquistando de uma certa forma.

— Uma versão menos tímida de mim. — Ele sorri meigo e diz sem sombras de dúvida. — Ela vai gostar de você.

— Interessante... — Ele estaciona já imaginando como a “senhora Kei” seria, tira o cinto quase no mesmo momento que o pequeno, desliga o carro e ambos descem.

—Você vai mesmo ficar?  — Os olhos do menor brilham e ele fecha a porta com cuidado.

— Melhor do que olhar pra cara de bunda do meu pai. — Ele sorri ironizando um pouco, notando uma alegria crescendo no pequeno.

— Okay...! — Ele dá dois pulinhos, fazendo seus fios balançarem ao vento como um ligeiro comercial de shampoo. — Vem. — Ele sorri, puxa de leve o loiro pela roupa, o levando até a porta da casa e procura pelas chaves no bolso.

— Você tem a chave?  — Os olhos azuis percorrem o lugar e depois pousam no castanho brilhante do outro.

— Sim. — Ele tira a chave do bolso, abre a porta e entra. — Mãe? — Ele chama por ela, agora ficando na defensiva ao avistar a cabeça da mesma praticamente brotando ali na casa.

— Kei saindo de casa, é um milagre...! — Ironiza uma mulher morena passando pelo corredor.

 

Sua mãe possui cabelos negros médios, cortados no meio, é baixinha tanto quanto o seu filho e um pouco gordinha, devido ao fato de não fazer exercícios. Porém isso só a deixa com cara de moça vendedora de bolinhos. Ela tem ambos olhos castanhos "normais" e também se veste bem, pois trabalha de Design... Apesar de estar com a roupa nada elegante de ficar em casa. Ela é uma pessoa animada, mas com o pai de Kei, digamos que ela fica muito estressada:

 

— Mas eu saio de casa pra ir pra escola... — O filho murmura emburrado ali e sorri serenamente. —Oi, mãe.

— Oi Kieee...! — Ela abre um largo sorriso, vai até a porta, indo o abraçar, mas para no meio do caminho e olha  pro Keisuke confusa. — Com amigo? Um amigo lindo? Senhor, isso é um milagre... — Ela ironiza, já imaginando segundas intenções, afinal, o filho não levava muitas pessoas para casa.

 — Ham... Oi? — O loiro nota a intimidade dos dois e olha meio assustado para a animação da mais velha.

— Oi... — Ela sorri gentilmente.

— Mãe, esse é o Keisuke... — Ele aponta o dedo para o outro, notando os dois se encarando... O loiro assustado e a outra com os olhos brilhando.

— Oooh! Eu ouvi muito sobre você...! — Ela sorri abertamente.

— Não ouviu não.  — Diz Kei confuso e meio irônico, já começando a se assustar com o que ela iria dizer.

— Não mesmo, mas eu queria fazer ele se sentir especial. — Ela ri baixo pelo pequeno fora. — Mas pra você deixar ele vir aqui, do nada... Ele deve ser “muito” especial... — Ela sorri maliciosamente e o loiro acaba entendendo o lado “menos tímido” que o menor havia comentado.

— Q-Que? — Diz Kei corando.

—Tô me sentindo uma tarada... — Ela resmunga e cruza os braços. — Mas, oi Keisuke, sou Hakumi. — Ela sorri mais normalmente.

— Ham... Bom, Hakumi... Eu estou aqui por que estávamos sendo perseguidos pelo meu pai. — Keisuke diz um pouco sem jeito, mas também sorri.

— Ué, seu pai é algum Stalker psicopata ou algum ciumento nível extremo? —Ela diz confusa e ficando um tanto preocupada.

— É um imbecil homofóbico mesmo. — Ele resmunga.

— Então você também é do time Rainbow? — Ela diz confusa e depois abre um largo sorriso. — Você é namorado do Kei? — Os olhos dela brilham e ela diz com voz rouca pro Kei, que estava corando com todas aquelas indiretas bem diretas. — Um namorado lindo, heim? — Ela cutuca o Kei, que dá um tapinha na mão dela.

— Digamos que eu seja dos dois lados. — Ele sorri dos dois brigando levemente ali. — Bom no momento temos nada oficial, mas digamos que já fizemos umas coisinhas, né Kei? — Ele sorri maliciosamente, olhando para ele, que estava quase dando um soquinho em ambos.

— Informação sigilosa. — Diz Kei cabisbaixo e emburrado por estar em minoria.

— Adorei esse boy. — Ela diz rindo baixo e achando adorável a reação do menor. — Eu quase achei que o Kei ia ser “BV” a vida inteira. — Ela ironiza balançando a cabeça negativamente. — Você vai ficar para dormir, querido?

— Se a senhora permitir, sim. — Ele sorri calmamente, tentando manter uma formalidade ali. — E obrigado pelo elogio.

— Claro que deixo...! — Ela sorri fazendo “joinhas” com as mãos. — Você vai estrear o colchão novo, de visitantes, que nunca usaram...! — Ela diz animada por não ter comprado o objeto à toa.

— Nossa, só espero não estar sujo... — Ele sorri imaginando as décadas que o colchão estaria ali.

— Não, eu deixei com um plástico em volta. — Ela sorri balançando as mãos em negação e o menor puxa de leve a roupa do maior.

— Você quer conhecer aqui? — Diz Kei calmo olhando para ele.

— Quero sim, você falou que tinha um cachorro, né? — Ele diz pensativo e sorri um tanto animado, afinal, era um cachorro.

 

— Sim, sim...! Ele tá aqui... — Ele segue até o quintal, esperando pelo Keisuke e eles já escutam um latido. — Morder é a última coisa que o Robby vai fazer... — Ele ironiza, já vendo um pequeno animal se aproximando.

— O jeito que eles se olham... — Diz a mãe, bem baixo, indo pra outro lugar e sorrindo.

— Ele tem algum brinquedo? — O maior se anima e olha em volta.

— Sim, mas não pega o coelho, sempre tá babado  — Ele faz cara de desgosto e abre a porta. — Ah, ei... — Ele se abaixa em uma certa posição de bolinha, o cachorro vai até ele balançando o rabinho, ele o faz um carinho suave e o pequeno animal vai logo cheirar o pé do visitante.

O maior foi fazendo algumas perguntas, querendo saber um pouco mais do pequenino, que desta vez não era Kei, era o Robby. Eles brincaram com uma bolinha, demorando alguns poucos minutos até se cansarem, apesar do animal ainda dar alguns latidos confiantes. O bichinho era treinado, então Keisuke ficou um tanto surpreso com alguns dos truques, em quanto Keisaki ria baixo de suas reações.

—Que legal, agora falta apenas ele falar e voar...! — Ele começa a rir e se levanta, pois estavam brincando com o pequeno. — Quero conhecer o resto da casa. — Ele diz animado e estende a mão para o moreno. — Não me estranhe animado, sempre fico assim em casas com cães... — Ele diz um pouco sem jeito.

—Quando ele pula em mim, ele meio que voa... — Kei ironiza e ri baixo. —Okay... — Ele se levanta segurando de modo um tanto acanhado a mão macia e cálida do outro. — Eu gostei de te ver animado assim. — Ele sorri meigo. — Vamos ali. — Ele aponta para a sala e vai guiando o visitante, junto com o cachorrinho curioso.


            Então eles seguem nos cômodos. A casa de Keisaki não é tão grande, digamos que é normal, mas sua mãe trabalha com design de interiores, então ela aproveita cada espaço, deixando tudo como deveria ficar e mais um pouco. 
Seu quarto é normal, como aqueles monótonos, todo preto, de filme. A única coisa diferente, é que a parede é branca, tem duas prateleiras com livros, um computador no canto, um tapete meio fofo e macio, ao lado da cama, e uma espécie de lousa preta, ao lado da parede dos livros. Na lousa ele desenhou coisas que tinham nas capas dos livros, ou que eram objetos importantes dele, mas também tinham coisas aleatórias, já que era bem criativo. Em baixo da prateleira tinha, apoiado a um tipo de cabide, seu violão azul marinho, sua guitarra branca, com desenhos de canetinha permanente preta e seu violoncelo.

 

— Acho que depois de entrar aqui eu fiquei com vergonha do meu quarto. —Suke diz desanimado, apesar de surpreso com toda aquela decoração caseira.

— Por que? Eu gostei do seu quarto. — Kei diz confuso e preocupado com a carinha triste do outro. — E eu também não sou design de interiores pra ligar pra decoração da casa alheia... — Ele ironiza se aproximando um pouco do maior.

— Imagino se você fosse... — Ele murmura desviando o olhar.

— Minha mãe que é... — Ele diz emburrado e cutucando o maior, o fazendo olhar para si. —Mas eu também só ligo para as minhas coisas, as dos outros eu não me importo direito, no caso de decoração... E seu quarto tem aquele adesivo legal. — Ele sorri gentilmente.

— Obrigado, mas o orgulho do meu quarto é minha coleção de carrinhos. —Ele diz com um sorriso vitorioso e determinado.

— Com aquele fusca legal. — O menor ri baixo, vai até o violoncelo e o abraça na parede, fazendo sua bochecha se amassar um pouco. — O orgulho do meu quarto é esse amorzão gigante aqui. — Ele sorri.

— Tamanho não é documento, meu fusca é melhor que esse violino tamanho família. — Ele resmunga irônico.

— Vou me lembrar dessa fala quando você falar da minha altura... — Ele ironiza no mesmo tom. — Mas não é porque ele é grande que é melhor, é porque eu gosto de musica mesmo. — Ele diz emburrado, sorri e puxa uma corda, fazendo um som grave.

— Eu prefiro guitarras, ou baterias, parecem mais legais. — Ele coloca o pé na beira da cama do Keisaki, pega um dos travesseiros ali mesmo e faz de guitarra. — Ai você fica assim e blein, blein, blein...! — Ele começa a "tocar" o travesseiro e balança a cabeça irônico. — É muito legal. — Ele ri e ajeita a almofada no lugar, observando o companheiro rir ali pela sua brincadeira.

— Também tenho guitarra, Sr. Rock and roll. — Ele ironiza cutucando a guitarra, ao lado do violão e faz uma certa pose heroica ali.

— Gente, o menino tá ostentando aqui, ta rica, hein jovem. — Suke ironiza e sorri. — Mas eu não sei tocar. — Ele resmunga em derrota.

— Eu comprei tudo com intervalos de tempo, então não foi caro... — Ele faz biquinho. — Ah...! — Os olhos dele brilham e ele coloca as palmas das mãos fechadas na frente do rosto em uma quase palminha. — Eu posso te ensinar uma coisa fácil, mas vai ter que ser com o violão, a guitarra faz barulho forte se errar alguma nota. — Ele sorri.

— Prefiro guitarra...! — O loiro diz decidido e encorajado.

—... Okay. — Ele sorri ironicamente, já imaginando a barulheira que seria, tira ela da parede, pega alguns cabos, coloca na extensão que ficava já no cantinho, deixa o som meio baixo, mas mesmo assim audível e entrega para o Keisuke com um certo medo. — Aqui... E a palheta. — Ele entrega uma palheta preta e já fica na defensiva.

— Pra que serve isso? — Ele diz confuso olhando para o pequeno objeto preto em seus dedos.

— Assim... — Ele ri baixo pela cara de paisagem do outro, se aproxima timidamente, fica na ponta do pé por causa de sua altura desfavorável, coloca o apoio no ombro dele, vê se está firme e observa. — Coloca a mão aqui... — Ele segura a mão dele e coloca no local das notas. — Essa aqui... — Ele coloca a palheta nos dedos dele e passa entre as notas, fazendo um som. — Ai você mexe esses aqui. — Ele levanta os dedos de leve. — Ai é só repetir... — Ele sorri, olha pra os olhos azuis calmamente, acaba ficando tímido pela aproximação e se afasta. — E-Entendeu? — Deu um riso nervoso.

— Não. — Keisuke diz serio e fica cabisbaixo tentando entender o que havia realmente acontecido ali.

—... Assim... — Keisaki se aproxima novamente e mexe os dedos dele nas devidas notas, fazendo o som, mais lentamente e repetindo algumas vezes. — E agora? — Disse preocupado, mas na esperança.

— Hum... Bom... Estou com medo de acabar arrebentando uma dessas cordas. — Ele diz preocupado e tentando buscar apoio moral no menor.

— Hm... Tudo bem, a corda mais sensível é a do violoncelo. — Ele diz calmamente observando em volta, ainda movendo os dedos lentamente e depois olha para o outro. — Não precisa ficar tão "tenso"... Se acalma. — Ele sorri tentando passar confiança.

— Eu tô calmo, mas eu sou meio desastrado com as coisas de outras pessoas, e não confio em mim mesmo, vai que eu acabo quebrando...? — Ele fica irritado, depois desanimado e suspira se sentando na cama. — Melhor deixar em uma aula de música, não quero quebrar seus instrumentos...

—... Mas eu confio em você. — Keisaki diz emburrado e se senta ao lado do maior, tocando de leve nas costas dele, sentindo de leve alguns dos músculos que o loiro tinha. — Sukye, você nunca vai conseguir alguma coisa se aos 5 minutos de tentar, você já desistir. — Ele sorri de leve, apesar de estar sem jeito ao sentir a curvatura nas costas do outro. — Q-Quer tentar com o violão? Eu dou uns batuque nele, então é difícil de quebrar. — Ele diz ainda tentando ter alguma esperança e afasta a mão dali.

— Eu desisto de uma coisa que eu saiba que não vou conquistar, por isso não desisti de você. — Ele sorri e faz um cafuné nos cabelos escuros e macios do outro, passando algumas mechas para trás, num impulso de tentar ver os dois olhos dele.

— Na verdade foi por causa daquela aposta... — O menor resmunga desviando o olhar, sentindo seu rosto ficar um pouco mais quente, faz uma pausa e sorri. — Que por algum motivo sobrenatural você desistiu...

— Por que eu já tinha conquistado você. — O loiro segura no pequeno rosto do outro e faz com que ele o olhe nos olhos de volta. — Assim como você fez comigo. — Ele sorri calmamente, conseguindo visualizar ambos olhos de Keisaki, agora sem liga muito por serem de cores diferentes, já que eram lindos para si.

— Você é o primeiro que eu consegui essa proeza... — Ele resmunga e sorri de modo terno.

— Deveria se orgulhar, pois foi o primeiro e, talvez, quem sabe o último... — Suke murmura e vira o rosto envergonhado pelo que estava dizendo, afinal, não era muito de dizer coisas românticas antes.

 


Notas Finais


Yoko: Segurem seus forninhos, sabemos que isso foi muito lindo ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ~ Oi Feh, te amu, não nos mate pela demora ighsipdgohioghodhg ~

Pig: Um pequeno tiro no coração das pessoas aqui nesse final, mas tudo bem skjfnsjkngjanejkfn. ~ OiFefeheLiginha ♥ ~


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