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História Kidnapped - The Night is Young


Escrita por: DeluxeEdition

Capítulo 17 - The Night is Young


Justin P.o.V

Acordei relaxado. Estava sozinho na cama quando tentei encontraram Sam. Ao não encontra-la eu fiquei preocupado. Ainda com desconforto nos olhos, eu me forcei a levantar. No criado-mudo havia um bilhete.

“Kate pediu minha ajuda. Estou lá embaixo ajudando com alguns detalhes da festa de hoje”.

Respirei fundo. Ela está bem.

Me levantei e tomei uma ducha rápida. Não estava com um humor muito bom, mesmo depois de ter dormido com Sam. O bilhete de Erik não saia da minha cabeça. Eu me sentia cansado.

Desci as escadas e pude ouvir risos. Quando me dirigi a tal pista de dança, encontrei Sam, Kate e Carol rindo ao arrumar a decoração. Encostei na porta e fiquei assistindo. Acho que uns dois minutos se passaram quando Kate me viu.

-Bom dia, Sr. Bieber – ela me cumprimentou. Sam se virou rapidamente, nossos olhos se encontrando. Não tinha como não sorrir quando eu vi o sorriso feliz em seus lábios.

-Bom dia – ela disse ao se aproximar de mim.

-Bom dia – eu correspondi o cumprimento com a voz baixa, recebendo um abraço gostoso de Sam – não gostei de não te encontrar na cama hoje – eu deixei meu nariz na sua pele.

-Eu sinto muito – ela tocou meu rosto – você parecia cansado e eu quis deixar você dormir.

-Tudo bem – eu puxei o rosto de Sam pelo queixo. Nossos lábios se tocaram e instantaneamente nós buscamos por mais. Envolvi sua cintura e ela, meu pescoço. O beijo era gostoso e nós nos separamos com selinhos.

-Tome café, eu estou aqui se precisar – ela disse, voltando a ajudar Kate.

Eu respirei fundo, me dirigindo à cozinha. Tomei um pouco de suco e comi qualquer coisa. Não me preocupei com o que.

-Justin?! – Chaz apareceu na porta agitado, ofegante.

-Calma, cara. Respira – ele respirou fundo.

-Temos uma notícia mais do que boa pra você – ele disse com um sorriso no rosto.

-O que pode ser tão bom assim?

-Vem e você verá – ele praticamente corria escadas acima. Eu o segui e ele se dirigiu ao meu escritório.

Lá dentro eu encontrei Chris, Kenny, Mike, Marco e os dois seguranças que ficariam no portão de entrada hoje à noite.

Sentando em minha cadeira, eu escondi meu rosto nas mãos esperando que alguém se pronunciasse.

 -Eu passei parte da noite em claro trabalhando em uma forma de impedir qualquer tipo de invasão – ele colocou seu computador na minha frente. Ergui minha cabeça e na minha frente eu vi uma lista de pessoas. Reconheci várias delas, mas ao lado da foto de cada um havia sua digital – os convidados só passaram pelo portão de entrada se sua digital estiver nesse sistema. O leitor já foi instalado e testado, pronto para uso.

 “Falei com Kate e nós contratamos outros seguranças, de minha confiança – ele colocou uma pasta na minha frente, repleta com as fichas dos caras – essa casa vai virar uma fortaleza, ninguém suspeito vai entrar”.

 Quando processei tudo, Chris estava ofegante. Ele havia soltado tudo aquilo sobre mim. Mas quando eu digeri a informação, eu percebi que tudo daria certo. Teria que dar.

 -Chris – ele me olhou – você é um gênio! – eu fui até ele, lhe dando um cascudo. O garoto só tem dezessete anos e me vem com essas ideias.

 -Sou nada – ele corou.

 -Então, hoje nada pode dar errado.

 -Nada vai – Chaz falou – já exploramos o perímetro para garantir que ninguém tivesse aparecido no meio da noite e nada. Tudo está seguro, temos homens a cada dez metros em constante movimento, todos ótimos atiradores e lutadores.

 -Puxa – eu me recostei na minha mesa – vocês estão me surpreendendo todos os dias – eu sorri – tô gostando de ver.

 Nós resolvemos alguns detalhes e eu sentia como que se um peso tivesse sido tirado das minhas costas. Eu desci as escadas atrás de Sam, queria dar a notícia à ela, mas quem disse que eu a encontrava?

 Caminhando pelo primeiro andar da casa, eu não as encontrei. Mas tudo estava praticamente pronto. Bebidas nos lugares, móveis sendo limpos por uma equipe, flores sendo cuidadas, tecidos e cortinas já nos lugares, mas nada de Sam ou Kate.

 -Viu a Kate? – eu perguntei para Mike, que ajudava na iluminação do salão principal.

 -Ela, Sam e Carol estavam lá fora, organizando as flores perto da piscina quando as vi pela última vez – ele falou apontando para o lado de fora pelos fundos.

 -Valeu – eu me encaminhei para o lado de fora. Mas nem sinal delas. Dei a volta pelos fundos e olhei para as janelas da casa, mas nenhum quarto tinha as luzes acesas desse lado.

 Dei a volta, mas a casa era enorme. Quando voltei a entrar pela porta da frente, eu já tinha tirado meu casado. Foi um belo exercício matinal. Mais uma vez dentro de casa, eu fui até a cozinha.

 -Karen, a pessoa que eu queria encontrar – eu disse ao vê-la com o almoço pronto.

 -Está com fome?

 -Na verdade, eu queria saber se você viu a Kate – não sei o que ela estava preparando, mas estava despertando minha fome. Espiei, mas ela não me deixou.

 -Almoce, elas estão se organizando para a festa – ela serviu a comida para mim.

 -Elas quem? – eu disse depois de começar a comer.

 -Kate, Samantha, Carol e todas as outras – bem, pelo menos elas devem estar dentro da casa, seguras.

 -Senta, Karen – eu sinalizei a cadeira na minha frente – sabe que odeio ficar sozinho. Me faça companhia.

 Karen se sentou e nós conversamos. Ela sempre cuidava de mim, me fazia rir. Quando eu tinha doze anos, ela me ajudou a sobreviver nesse mundo e acho que é graças à ela que eu não tenho nenhuma doença sexualmente transmissível ou sou pai, quem sabe.

 Quando terminei, me despedi e subi as escadas. Ainda no começo do corredor, eu podia ouvir os risos das minhas meninas. Mas o que me preocupou foi que o som não vinha de um dos quartos das meninas.

 Ao abrir a porta do meu quarto (nosso quarto se você pensar que eu o divido com Sam) eu me deparei com uma cena inusitada.

 -O que está acontecendo aqui? – todas as meninas daquela casa estavam ali dentro. Todas se viraram para mim, que trazia as sobrancelhas erguidas.

 -Viemos ajudar Sam a se arrumar para a festa – elas disseram com sorrisos no rosto. Elas apontaram para a cama, onde eu encontrei uma Sam sorrindo para mim.

 -E tinha que ser no nosso quarto? – eu falei, voltando minha atenção para elas.

 Elas assentiram, rindo.

 -Então vai ser assim? – elas assentiram de novo, minhas mãos na minha cintura – já que eu estou em menor número, vejo que vai ser mesmo – ela riram, comemorando.

 Sam riu quando eu tentei me aproximar dela, mas não me deixaram.

 -Meninas – Sam disse – só um beijo de despedida.

 -Sejam rápidos – elas disseram.

 -Sim, senhora – eu disse, sorrindo de lado. Sam sorria feliz ao abraçar meu pescoço – Chris achou uma saída.

 Ela ergueu as sobrancelhas, surpresa.

 -Sério?

 -Sim – ela me abraçou, eu pude sentir meu perfume na sua pele. Adoro isso – agora é só aproveitar a festa – ela sorriu, concordando.

 Ela me puxou rapidamente para um beijo, me fazendo sorrir com seus lábios colados nos meus. Ao depositar um beijo na sua testa, as meninas tentaram me colocar para fora do quarto.

 -Posso pelo menos pegar as minhas roupas? – eu disse, apontando para o closet. Vi Sam voltar de lá com meu terno e meus sapatos.

  -Aqui – eu os peguei, jogando o cabide por sobre o ombro. Com a outra mão, eu trouxe a cintura de Sam para mais perto. Ela sorriu, mas eu uni nossos lábios.

  -FORA! – elas gritaram quando a beijei.

  -Tá, já tô indo! – eu disse abrindo a porta e saindo, antes que alguma coisa voasse em direção à mim.

  Era só o que me faltava, agora não posso nem me arrumar no meu quarto! Bufando, escolhi qualquer quarto daquele andar que estivesse vago e coloquei tudo em cima da cama.

  São uma da tarde e eu não tenho nada para fazer. A casa está sob comando de Kate agora, ou seja, minha palavra não vale de nada. Sam está trancada num quarto onde eu não posso entrar.

  O que me resta?

  Desci as escadas. Resolvi ver como as coisas estavam. No primeiro andar, Chaz e Mike discutiam sobre como terminar a instalação das cúpulas de luz que Kate havia pedido.

  -Hei! – eu tentei apaziguar a discussão – o que está havendo aqui?

  -Temos que terminar isso logo, mas essa anta não quer me ouvir – Mike reclamou – eu sei o que estou fazendo!

  -Sabe porra nenhuma! – Chaz esbravejou – temos outras coisas pra fazer, então por que não começa?

  -Hei, pessoal! – eu gritei mais alto, só faltava os dois se pegarem ali – não quero sangue no meu tapete, façam-me o favor! Me deixem terminar isso aqui e vão fazer outra coisa! Bem longe um do outro de preferência!

  Chaz e Mike continuavam prontos para a briga. Pareciam dois leões brigando pelo território. Eles se separaram e cada um foi para um canto. Bela ideia a minha de me oferecer. Como se eu soubesse o que estou prestes a fazer.

  -Cadê o manual dessa coisa?

  Sam P.o.V

  Foi engraçado ver Justin ser empurrado para fora do quarto. As meninas eram ótima companhia e era bom poder ter um tempo só com elas. Adoro passar o tempo com Justin, mas é bom poder relaxar e falar sobre cabelo e maquiagem.

  Principalmente depois da notícia que Justin me deu. O alivio tomou conta de mim e então eu pude finalmente relaxar.

  -E então? – Carol, uma das meninas, veio até mim, silenciando as outras – o que você vai vestir hoje?

   -Justin comprou um vestido para mim – eu sorri ao me lembrar – é lindo. Deve ter custado muito caro.

    -Podemos ver? – eu me levantei e fui até o closet. Ao abrir a caixa, as meninas se derreteram pelo vestido.

    -Justin escolheu? – uma delas disse.

    -Ele não se preocupa com o quanto gasta – outra comentou.

    -Ele comprou, mas tenho certeza de que ele pediu ajuda para alguém. Nenhum homem escolhe um vestido desses, com sapatos e joias. Mas eu fico feliz que ele tenha se importado.

    Nós continuamos a conversar e quando vimos já era hora de começar. Revessamos o chuveiro e em pouco tempo todas já estávamos com roupas intimas. Todas elas eram muito bonitas, de rosto e de corpo. Sim, admito que fiquei com inveja.

    Mas eu resolvi tirar aqueles pensamentos da minha cabeça. Hoje é dia de festa.

    -Sam? – eu estava na frente do espelho, passando um creme na minha pele.

    -Sim?

    -Vem, vou arrumar seu cabelo e a Nathelie vai arrumar sua maquiagem.

    Elas me sentaram em uma enorme cadeira de frente para a mesa que havia no quarto. Com o passar do tempo, vi meu cabelo tomar forma. O quarto não estava tão bagunçado quanto eu esperava.

    Quando eu abri os olhos, várias das meninas já haviam saído do quarto.

    -Para onde elas foram?

    -Dar os últimos retoques, isso elas gostam de fazer sozinhas – Carol explicou. Ela estava linda, com seu corpo esbelto e sua baixa estatura – algumas gostam de já estar lá embaixo quando os primeiros convidados chegam.

    -E alguém já chegou? – nós três nos debruçamos na janela. Nossos cabelos e maquiagens estavam prontos, mas ainda estávamos de roupa íntima. Usamos a cortina para nos escondermos. Lá fora, vimos seguranças. Estava bastante escuro, mas o caminho estava iluminado.

    -Vista logo o vestido. Daqui a meia hora Justin vai aparecer.

    -Como sabe?

    -Ele quer você como acompanhante essa noite, querida – Kate disse, tirando meu vestido da caixa – por que acha que ele só se preocupou com você?

   -Justin vai esperar por que quer que todos morram de inveja – Carol completou – você vai fazer os outros caras babarem e o que Justin gosta, é que nenhum deles é louco o suficiente para chegar perto de você.

   Aquelas palavras ficaram martelando na minha cabeça. Só podia ser brincadeira delas.

   -Meninas, como eu posso fazer tudo isso? Eu não tenho nada atrativo – eu me olhei no espelho.

   -Vai por mim, você tem – Carol disse, ajudando Kate a abrir o vestido.

   Sorrindo, eu vesti o vestido. Elas o fecharam e finalmente eu me vi com ele. O que eu via no espelho era digno de uma rainha. Eu estava... bonita. Calcei os sapatos com calma, colocando alguns acessórios.

   Quando me dei conta, elas já haviam saído.  Ouvi batidas na porta. Caminhando lentamente, a abri, dando de cara com Kate, que havia mais uma vez assumido seu papel de organizadora de eventos.

   -Pronta?

   -Cadê o Justin? – eu perguntei saindo pela porta.

   -Está lá embaixo, provavelmente falando sobre você com os colegas. Ele queria vir buscar você, mas acho melhor você entrar lá sozinha. Vai ser mais impactante. Imagina a cara que ele vai fazer quando vir você.

   Justin P.o.V

   Meu dia foi um porre! Depois de terminar aquela besteira da instalação das luzes, eu resolvi tomar alguma coisa. No tal bar eu me servi de Whisky. Precisava relaxar, sentia minhas costas tensas.

   Odeio essa sensação. Com o passar do tempo, eu resolvi ir para o quarto que eu havia escolhido. Tive que abrir algumas portas, já não sabia em qual minhas coisas estavam.

   Quando finalmente o achei, fui direto tomar um banho. A bebida havia me dado muito calor então optei por um banho frio. Deixei que a água escorresse pelo meu corpo. Quando meus dentes já batiam, eu acionei a água quente.

   O banho deve ter durado meio século. Não queria sair dali para falar a verdade. Mas eu precisava encarar o que me esperava lá fora. Sam estava no final do corredor e eu estava louco para ver como ela estava.

   Daria um dedo só para espiar. Mas eu resolvi me vestir. Daqui a quarenta minutos aqueles homens nojentos vão chegar e eu preciso estar pronto. Daria tudo pela boca de Sam no meu pênis nesse momento. Não sei por que, mas eu queria aquele contato. Queria ela nos meus braços.

   Antes que meu pênis não se aquietasse, tentei pensar em outras coisas para fazê-lo ficar inerte. Vesti a calça e calcei as Supras. Nem que me pagassem eu calçaria sapatos sociais, nunca mais.

   De frente para o espelho do closet, eu vesti a camisa. Me irritei com aquela bendita gravata borboleta, mas consegui dar um nó apresentável. Vesti o paletó em cima da hora. Estava fazendo meu caminho até Sam enquanto abotoava os botões quando Kate me impediu.

   -Vai por mim – ela colocou a mão no meu ombro – quer fazê-los ver a mulher que você tem? Então desça e fale com eles, ela vai descer em meia hora.

  -Mas eu...

  -Vai, Justin – ela me empurrou em direção à escada – ela está linda, Justin, mas vai ser melhor se nem você a veja até o momento certo.

 -Tudo bem, você tem meia hora – aceitei, derrotado - se a minha mulher não aparecer quando o tempo acabar, eu mesmo venho busca-la.

 -Tá, tá, agora vai.

 Bufando, desci as escadas. Fui recebido calorosamente pelas meninas, que atraíram a atenção de vários homens importantes nesse mundo. Cumprimentei todos os presentes. Com sorrisos falsos, segurando minha expressão de repulsa por ter que apertar a mão deles.

 Estava conversando com Michael e outros dois grandes traficantes perto do bar.

 -Então, eu esperava ver você acompanhado – um deles comentou, não me preocupei em gravar o nome dele.

 -Ela está terminando de se arrumar, coisa de mulher, sabe? – eu respondi checando meu relógio. Faltavam cinco minutos.

  -Soube que ela é diretora da SHILED.

  -Bom ela era, até eu sequestra-la – eu comentei, os fazendo rir.

  -Eu soube que tem ficado com ela – Michael comentou.

  -Acho que já era hora de eu me arranjar – eu respondi, colocando as mãos nos bolsos.

  -E eu suponho que a mulher mais linda da festa seja sua acompanhante? – Michael falou.

  -Tenho certeza que sim, mas eu não sei, ainda não a vi – eu falei, sem erguer minha cabeça.

  -Bom, eu vi – ele falou, me fazendo olhar para ele, com as sobrancelhas erguidas. Mas ele não olhava para mim e sim para algo mais no alto. Ao me virar, as escadas entraram no meu campo de visão.

  Sam estava no topo delas. Com aquele vestido, ela descia calmamente degrau por degrau. Um sorriso brotou no seu rosto quando ela me viu babar por ela, assim como provavelmente todos os homens ali presentes.

  Caminhei até o pé da escada, estendendo minha mão para ela. Sua pele tocou na minha e eu senti um arrepio passear pela minha coluna. Meu braço passou pela sua cintura, a trazendo para mais perto.

  Devido à música alta, eu tive que sussurrar no seu ouvido.

  -Você está linda – eu falei.

  Ela somente sorriu, ficando envergonhada. Seus olhos claros olhavam através de mim, pareciam encontrar minha alma.

  Sam P.o.V

  Justin tocou minha cintura e eu vi todos os homens daquele salão desviarem os olhos de mim, disfarçando. De fato, nenhum deles é louco de desafiar Justin. Ele entrelaçou seus dedos nos meus e me conduziu por ali.

  Ele queria ficar mais a sós comigo, mas algumas pessoas pararam na frente dele, e ele teve que cumprimenta-las. Eu via a expressão de desgosto no rosto de Justin, então eu acariciei seu braço. Senti ele respirar fundo, captando minha mensagem.

  -Essa é Sam, minha mulher – tentei não cair do salto com aquela palavra. Ela me pegou de surpresa, me deixando sem saía a não ser cumprimenta-los como a ‘mulher de Justin’.

  Justin, assim que nos livramos daquelas pessoas, me levou até um segundo ambiente, onde eu só tive tempo de piscar antes de os seus lábios estarem grudados aos meus.

  O trazendo para mais perto, eu sentia sua pressa. Eu compartilhava de sua pressa. Eu queria tê-lo.

  -Desculpa, mas eu quis fazer isso o dia todo – ele disse, ofegante.

  -Não tem problema – eu disse, tocando seu peito que subia e descia de forma ritmada – pode fazer sempre que quiser.

  Ele sorriu, depositando um beijo na minha testa. Mas logo seu sorriso desapareceu.

  -Eu preciso bater um papo com alguns caras e não quero que você se envolva – ele disse, tocando meu rosto – por que não vai beber alguma coisa? eu logo vou estar com você.

  Eu assenti, aquele era o trabalho de Justin e eu não queria atrapalhar. Até por que eu estava começando a entrar na personagem de ‘mulher do traficante’. Alguns homens passavam por mim me olhando na cara dura enquanto eu fazia meu caminho até o bar.

  Eu apenas sorria para eles. Todos sabiam que eu era de Justin, ninguém ousaria nada.

  -Posso te servir alguma coisa? – o barman disse, simpático, olhando nos meus olhos e não no meu decote.

  -Whisky.

  O copo logo estava em minhas mãos e eu analisei a casa. Tudo estava muito bonito, bem organizado. De um lado, gangsters conversavam entre si. Eu via dinheiro rolando entre eles. Em outro canto eu via alguns homens tentando levar algumas meninas para algum quarto lá em cima. Por isso Kate trancou os quartos mais importantes.

  Mas nem sinal de Justin. Ao me dirigir para a ante sala, lá eu o vi sentado em um enorme sofá branco, que ficava de frente para outro sofá. Ele tinha uma expressão solene, mas séria. Parecia tratar de negócios e eles não eram bons.

  Vi seus olhos se direcionarem para mim e depois voltarem ao homem na sua frente. Resolvi dar tempo ao tempo. Me retirando dali, encontrei Kate.

  -Tudo está perfeito, Kate – eu elogiei.

  -Obrigada – ela sorriu – o único problema nesse tipo de festa são os homens e seus hormônios. A festa começou faz duas horas e já tem gente se pegando.

  -Não pense que eu não vi você e o Chaz – eu sorri safada para ela, que ficou envergonhada.

  -Ah, vá achar o Justin, vai – eu acabei rindo quando ela saiu apressada. Logo depois senti mãos enlaçarem minha cintura.

  -Você está linda nesse vestido. Quem o deu a você? – reconheci a voz rouca de Justin e seu carinho calmo em minha pele. Seu nariz me fazia arrepiar, o que era reconfortante.

  -O homem mais lindo dessa festa – eu respondi – ele é o anfitrião, acho que ele não vai gostar dessa sua aproximação.

  Justin me virou para ele com rapidez, sorrindo safadamente pra mim.

  -Ele não precisa saber.

  Rapidamente nossos lábios estavam juntos. Justin buscava mais contato comigo e eu dava tudo o que ele queria.

  -Cara, odiei ver todos esses homens olhando para você – ele comentou com amargura.

-Deixa eles olharem, Justin – ele ergueu uma sobrancelha para mim – todos podem olhar, só um pode ter.

Ele sorriu abertamente, tocando meu pescoço com seus lábios. Eu havia feito uma mistura do meu perfume com o dele, exatamente como ele gosta. Quando ele sentiu o cheiro, olhou para mim.

-Pensei que um toque seu em mim desviaria maus olhares.

-Bem pensado – ele prensou mais ainda meu corpo contra o dele – mas tem mais uma coisa que vai afastá-los.

-O que? – agora nós já sussurrávamos.

-Minha marca na sua pele – Justin começou a distribuir beijos pelo meu pescoço e eu já estava extasiada. Sentia minhas pernas falharem e quando ele mordeu a pele de leve, eu gemi baixinho.

 -Não faz isso, Jus... – minha voz saiu fraca, ele riu contra minha pele.

 -Por que não vai dançar? – ele sugeriu.

 -Graças à ‘sua marca’ - eu fiz aspas – estou morrendo de calor – ele riu alto – e esse vestido é muito cumprido.

  Me retirei, ainda ouvindo sua risada, procurando Kate.

-Preciso de outro vestido, esse é muito longo – ela me guiou para o andar de cima.

-Esse vai ficar ótimo – se Justin acha que pode me provocar. Eu também posso.

Justin P.o.V

Quando Sam se retirou com passos firmes, eu apenas ri. Voltei a pista de dança com uma bebida na mão. Sentei-me novamente naqueles sofás com os mesmos homens ao redor, mas dessa vez jogávamos conversa fora.

 Eu já havia acabado com a bebida e ainda não tinha visto Sam. Encostado no sofá, deixei que minha cabeça se apoiasse em minha mão, deixando meu cotovelo contra o braço do sofá. Meus olhos estavam presos lá fora, olhando pela janela estava distraído.

Até que senti lábios no meu pescoço. No começo pensei ser Sam, mas depois percebi que era outro perfume, outros lábios, outra maneira de beijar. Devia ser Ashley tentando alguma coisa comigo, mesmo eu estando com Sam.

Mas eu não estava a fim de me irritar então simplesmente a deixei ali. Até que ela foi puxada para longe, algo que atraiu minha atenção. Vi Sam parada na minha frente.

Rapidamente um sorriso encontrou seu caminho em direção aos meus lábios.

Sam P.o.V

Uma vez com outra roupa, eu voltei a procurar por Justin. Mas desisti, resolvendo fazer o que ele havia sugerido e ir dançar, relaxar um pouco. Não bebi mais, não queria ficar com dor de cabeça amanhã.

Percebi homens me olhando, mas eu não estava nem aí. Até que eu vi uma cena que não me agradou nem um pouquinho: Alguma vadia loira estava sentada ao lado de Justin no sofá, uma das mãos pousadas em sua coxa, ela beijava o pescoço dele.

Agora, a cara de tédio de Justin era impagável!

Resolvi, de qualquer forma, tirar aquela vadia de cima dele. Ele não percebeu minha aproximação, mas os outros homens, sim. Segurando no braço daquela coisa loira, eu a afastei, atraindo o olhar de Justin.

Seus lábios se curvaram em um sorriso e eu sabia que ele era só pra mim. Mas eu queria provoca-lo por deixar aquela vadia tocá-lo.

Justin P.o.V

Sam não trazia uma expressão muito boa, o que me preocupou. Ashley ainda estava li, pronta pra fazer barraco. Até que Sam disse três palavras que me deixaram inquieto, pra dizer o mínimo.

-Veja e aprenda – e com essas palavras Sam sentou no meu colo. Com uma perna de cada lado da minha cintura, ela se apoiou no encosto do sofá. Estando mais alta, ela dominou toda a situação. Em questão de segundos minhas mãos buscaram contato com a sua cintura.

 Sam sorriu safada ao ver que eu reagia aos carinhos dela, não aos de Ashley. Sua boca encostou na minha, iniciando um beijo rápido, quente. Algo que nunca havíamos trocado. Minhas mãos acariciavam todo o caminho das suas costas até um pouco antes da sua bunda.

 Sam sabia exatamente o que fazer para me deixar louco. Fingindo se arrumar melhor sentada no meu colo, Sam esfregou sua intimidade no meu pênis. Um gemido queria muito escapar, mas eu mordi os lábios, fazendo Sam rir.

 Seus lábios escorregaram para o meu pescoço, onde eu fechei os olhos. Deixei que ela brincasse, fizesse o que quisesse comigo. Estava adorando aquilo. As pessoas olhavam, mas eu não dava a mínima.

 Com meu pau já excitado, ela se levantou. Me deixando no maior vácuo, ela sorriu e mandou um beijinho por cima do ombro, indo em direção à pista de dança. Os outros caras começaram a tirar sarro de mim, mas eu nem ouvi.

 Não ia deixar barato para ela. Encontrei Sam dançando no meio das outras pessoas. Colando meu corpo no dela, pude ouvir seu riso.

 -Nenhuma mulher me excita e vai embora – eu disse no ouvido dela.

 -Então vem comigo – ela pegou minha mão. Sam me guiou para outro corredor perto da cozinha. Eu não sabia onde estávamos, a sala estava escura. Sam não se deu ao trabalho de acender nenhuma luz antes de eu senti-la me puxar pelo paletó até que nossos corpos se encontrassem.

 Enquanto estávamos muito ocupados tirando as roupas, eu me dei conta de onde estávamos.

 -Na dispensa, Sam? – eu disse sussurrando no seu ouvido enquanto ela abria o zíper da minha calça.

 -Não estou podendo escolher lugares agora – eu ri, beijando sua clavícula – e nem você – a mão dela foi de encontro ao Jerry, o acariciando por cima da cueca. Encostei o corpo de Sam contra a parede, sustentando seu peso.

 -Pra mim tanto faz onde, só sei que eu preciso de você agora – ela riu. Meus olhos estavam se acostumando com o escuro, mas mesmo assim eu não conseguia enxergar o caminho certo para dentro de Sam.

 Com uma mão no meu pênis, o ajudei a encontrar o caminho certo. Minha glande tocou toda a extensão da sua intimidade antes de encontrar o ponto certo, fazendo ela arfar no meu ouvido.

 Também não era fácil para mim. Eu me segurei para não dizer um belo palavrão em entrar totalmente nela. Sam gemeu, o que me excitou mais ainda.

 -Vai logo, Jus – Sam disse, sussurrando no meu ouvido. Ela não precisou dizer duas vezes antes de eu começar a bombar. Com força e precisão, eu entrava e saía, deixando só a glande dentro.

 Gemíamos e não nos importávamos com nada já que a música estava muito alta. Com a posição na qual estávamos, senti meu gozo ir fundo em Sam. Ela cravou as unhas em mim quando gozou, e eu deixei meu rosto no seu pescoço.

 Com calma a coloquei no chão, mas não nos separei. Meu pênis escorregou para fora com facilidade.

 -A gente termina isso lá em cima – ela disse. Eu concordei, vestindo minha roupa de novo.

 Esperei Sam terminar de se arrumar antes de abrir a porta. Sam saiu primeiro. Depois de um tempo eu saí. Ela pediu para que fizéssemos assim, ela acha que pega mal se me virem saindo da dispensa com uma mulher. Eu digo que não dou a mínima para o que os outros pensam.

 Meu pênis estava mais calmo, mas só a ideia de ter mais já me excitava. Jerry latejou por todo o resto da festa.

 -Kate? – a festa estava começando a esquentar para as minhas meninas. Era geralmente às três da manhã quando os quartos ficavam lotados e tudo virava uma grande orgia. Não queria que Sam presenciasse isso então nos retiramos – eu vou subir, você cuida de tudo?

 -Cuido, sim.

 Eu subi as escadas com a mão de Sam na minha. Ela já havia tirado os sapatos. Eu abri a porta do nosso quarto esperando uma bagunça. Mas tudo estava bem arrumado.

Sam trancou a porta caso algum casal apressado quisesse entrar. Logo senti suas mãos tocarem meu corpo, deslizando para o meu abdome. Eu já tinha tirado o paletó, o que deixou tudo mais fácil para que ela começasse a tirar minha camisa.

Um sorriso brotou no meu rosto.

Me virei para Sam, a pegando no colo. Ao deitá-la na cama, eu olhei fundo nos seus olhos.

-Me deixa fazer o que eu quero, deixa? – eu beijava seu decote. Eu já estava sem camisa.

-Pode fazer o que quiser.

Eu rasguei a lateral do vestido, sem tempo para procurar como se abria aquela coisa.

-Era da Kate – ela comentou.

-Me lembra de comprar outro para ela – eu disse, ainda com a boca contra sua pele.

Sam riu.

Durante toda a nossa noite, Sam me obedeceu. Praticamente brincamos de ‘o mestre mandou’.

-Não sei de onde você tira toda essa vontade de transar, garoto – ela disse. Nós dois arfávamos, deitados na cama.

-Nem eu, só sei que todo esse tesão é por você – eu voltei a ficar por cima dela – e ainda não acabou.

Ela riu, me puxando para mais perto. O sol já brilhava no horizonte, iluminando nosso quarto, mas para nós, a noite ainda era um criança. E essa criança queria brincar.


Notas Finais


Espero que gostem!
XoXo


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