1. Spirit Fanfics >
  2. Kidnapped >
  3. Here We Go

História Kidnapped - Here We Go


Escrita por: DeluxeEdition

Capítulo 36 - Here We Go


Justin P.o.V

As despedidas foram dolorosas. Todos os meus homens estavam ali e cada um deles me abraçou, sussurrando no meu ouvido o quanto queriam que fossemos felizes. Eu me mantive firme, agradecendo as palavras. Abracei Chris com firmeza, reforçando meu convite para que ele saísse dessa, assim como eu.

Despedi-me de Chaz e Kenny, que apenas sorriram. Sam também se despediu de todos, mesmo que não conhecesse a maioria. Cada um deles ficou surpreso com a sua delicadeza e com sua gentileza em se despedir.

Ela apertou firme Chris, que sorria feliz ao girá-la fora do chão. Ela abraçou Kenny por baixo, já que ele alto demais para que ela alcançasse. Depois vieram Chaz e Ryan, que foram extremamente polidos ao abraça-la.

Com um último aceno, nós entramos no avião. Sam sentou ao meu lado e nós colocamos os cintos de segurança. Sua mão se uniu à minha e, com um sorriso, nós esperamos o avião decolar para Miami.

-Lá vamos nós – ela comentou, acariciando a barriga de leve com a mão livre.

-Vai dar tudo certo – eu beijei sua testa, acariciando sua barriga também – você vai ver.

Ela sorriu, beijando meus lábios com delicadeza antes de deitar no meu ombro. A envolvi em meus braços e em questão de minutos, ouvimos o piloto dar as informações de que já estávamos no ar.

Em terra eu havia deixado para trás tudo de ruim que havia acontecido nos últimos onze anos. Havia virado a página e agora eu me concentraria em Sam e no bebê.

Suas delicadas e gentis mãos acariciavam meus braços, como que arrumando os pelos por ali. Eu me dei conta de que agora nada mais entraria no nosso caminho e que finalmente tudo daria certo.

Sam e eu nunca discutíamos, salvo algumas vezes. Foram poucas, mas eu detestava quando aconteciam. Por isso eu a tratava como minha rainha. Eu a fiz passar por muitas coisas ruins e precisava me redimir de alguma maneira. Eu só queria ser o motivo do seu sorriso, nunca das suas lágrimas.

De qualquer forma, Sam comentou que estava começando a ficar enjoada. Ela sentou de novo na poltrona, onde agora estávamos sentados sem o cinto. Pedi que trouxessem um pouco de água e ela fechou os olhos, deitando a cabeça no encosto da poltrona.

-O que está sentindo? – eu perguntei, colocando o copo de volta na mesa que havia na nossa frente.

-É só um enjoo.

-Sabe que eu não acredito mais nisso – eu tirei seu cabelo do seu rosto, deixando que ela apertasse a minha mão caso sentisse alguma dor.

Ela se manteve em silêncio, sabendo que eu não me acalmaria até que tudo estivesse bem com ela. Sam pediu um pouco de café, que prontamente foi servido. Ela tomou a xícara aos poucos, parecia melhor.

Sam olhou para mim, afirmando que iria até banheiro. Eu ofereci ajuda, e quando ela recusou, eu a fiz prometer que me chamaria caso precisasse. Ela ficou lá por uns cinco minutos e eu me senti inquieto.

Estava prestes a me levantar quando senti sua mão no meu ombro. Eu ergui a minha cabeça para encontrar seu sorriso.

-Está tudo bem, estou melhor – ela falou, sentando no meu colo. Eu passei meus braços pela sua cintura, ainda desconfiado – é sério, estou bem.

-Acredito em você, só não gosto de te ver assim – eu dei de ombros. Sam mexeu no meu cabelo, beijando minha testa de leve. Ficamos sentados ali, trocando carícias enquanto o tempo passava. Sam deitou no meu ombro, mas se recusava a dormir.

Ela afirmava que queria ficar comigo, mesmo que eu tivesse dito para ela dormir. Faltava uma hora, mais ou menos e então aterrissaríamos no hangar que pertencia ao aeroporto. Queria, pelo menos, que nós chegássemos da forma mais normal possível.

Ela conversava sobre o bebê. Disse que se eu não estava confortável com a sua ideia sobre os nomes, eu estaria livre para mudar, mas eu já tinha me acostumado com a ideia.

-Acho melhor darmos alguns dias para que nos acostumemos com a casa, com a cidade – eu comentei, a apertando em meus braços – hoje à noite, se você quiser, podemos sair e eu posso te mostrar a cidade.

-Seria ótimo – ela sorriu contra a minha pele. Como eu sabia? Sam passou boa parte do tempo beijando a pele do meu pescoço, me arrepiando constantemente.

-Mas ainda acho que deveríamos esperar alguns dias.

-Também acho – ela concordou – até por que eu quero aproveitar a nossa casa – um sorriso apareceu no meu rosto. Nossos olhos se encontraram e eu vi um brilho diferente nos seus olhos claros – com você.

Tocando sua nuca, eu a puxei para um beijo. Não era qualquer beijo, era um beijo que demonstrava o quanto eu a amava e o quão feliz eu estava com tudo aquilo. Ela puxou de leve os fios do meu cabelo, sem causar dor alguma.

-Lembra quando disse que queria que fosse um menino para que ele fosse igual à mim? – eu disse uma vez que havíamos nos separados. Sam estava mais uma vez deitada no meu peito e assim eu apenas senti ela assentir – se tivermos uma menina, espero que ela seja igual à você.

Sam sentou ereta, com as sobrancelhas franzidas.

-Para que ela tenha seus olhos, sua boca, seu cabelo... – eu dei de ombros, entrelaçando meus dedos nos fios longos e claros.

Percebi ela corar e eu apenas ri, vendo ela corar mais ainda. Eu a abracei mais perto, beijando sua bochecha extremamente quente. Fomos comunicados de que o avião estaria pousando no Miami International Airport em minutos.

Sam sentou na poltrona, mesmo que eu não quisesse nos separar, e afivelou o cinto de segurança. Eu fiz o mesmo, logo sentindo a mão dela na minha. Seus olhos pousaram em mim e eu pude ver a apreensão e a ansiedade neles.

Sorrindo, nós trocamos um último beijo antes de sentir o avião chegar ao solo. O trajeto até o portão de desembarque foi tranquilo. Eu não havia deixado todos os meus homens para trás, então se eu olhasse para os lados veria alguns seguranças de olho em nós.

Passamos pelo portão principal em direção ao saguão e rapidamente peguei nossa bagagem. Sam segurou no meu braço e quando paramos no lado de fora, vimos o lindo final do pôr-do-sol em Miami. Seus dedos se fecharam com força na minha roupa e eu pude ver que ela estava maravilhada com tudo.

Caminhamos um pouco e chegamos até o estacionamento. Abri a porta para ela e guardei nossas coisas. Eu conhecia bem Miami, então não teria problema em encontrar nossa nova casa.

Quando já estávamos na avenida principal, a voz de Sam se fez presente.

-Esperava que alguém estaria aqui para nos levar até a casa... – ela comentou, olhando pela janela.

-Eu queria fazer tudo do jeito certo – eu dei de ombros e pude sentir seus olhos em mim – e isso significa só nós dois.

Não precisei desviar os olhos da estrada para perceber o sorriso no seu rosto. Sam tocou minha perna e assim nós fomos conversando. Vi a expressão de surpresa e admiração tomar conta do rosto de Sam diversas vezes.

Quando vimos o mar, o silêncio tomou conta do Audi TT Tuning. As praias ainda estavam lotadas e eu sabia que em algumas horas a cidade começaria a festejar. Parei em um semáforo quando já estávamos bem perto do condomínio onde a casa ficava.

-Para que isso? – Sam perguntou quando eu colocava uma venda sobre seus olhos. O tecido preto contrastou imensamente com sua pele branca.

-É uma surpresa – eu falei, deixando que minhas mãos pousassem nos seus ombros sobre a roupa leve quando terminei de amarrar o tecido – você não vai ver nada até o último segundo.

-Isso não é justo – ela fez um beicinho – não aguento mais isso.

-Logo vamos chegar – eu acelerei o carro, trocando de pista para poder entrar em uma rua secundária nem tão secundária e subir uma inclinação até o imenso e dourado portão duplo.

Mostrei os documentos e logo nossa entrada foi permitida. Encontrando a casa, eu mesmo me permiti ficar deslumbrado com ela. Estacionei o Audi na frente, logo descendo. A casa era ainda mais bonita do que nas fotos e eu estava louco para ver a cara de Sam quando a visse.

Coloquei-a de frente para a casa, onde ela teria uma visão perfeita. O silêncio era tão grande que poderíamos ouvir o som do oceano no outro lado da casa. Meus lábios se chocaram com a sua pele e eu permiti que meus dedos se entrelaçassem aos dela.

-Pronta? – minha voz se abaixou para um sussurro. Sam assentiu, meio nervosa. Eu apenas beijei seu rosto. Minha mão foi para a sua barriga, uma vez que eu estava atrás dela e a outra se ergueu até a sua cabeça, para desatar o nó da venda – bem-vinda ao lar, meu amor.

Sam P.o.V

A venda preta de cetim caiu e eu pisquei duas vezes para me acostumar com a luz forte. Só para deixar que meu queixo caísse quando vi a casa na minha frente. O que vi foi extraordinário. A casa era tão grande que entrava na categoria mansão, toda branca, com vidros em tom de azul.

Os braços de Justin ainda me abraçavam e eu sabia que ele esperava uma resposta. Mas eu estava estupefata demais para falar alguma coisa. Senti seus lábios no meu pescoço até que seu queixo se apoiou no meu ombro.

-O que achou? – captei um pouco de ansiedade em sua voz e não pude evitar rir um pouco.

 -É incrível – a verdade é que não existem muitas palavras para descrever o que eu via na minha frente – você a escolheu?

 -A comprei alguns dias atrás, Chris me ajudou – ele sorriu abertamente – quer ver como nossa casa é por dentro?

 -Quero.

 Justin P.o.V

 Peguei Sam nos braços, fazendo-a emitir um som em completa surpresa. Sam bateu no meu ombro, passando os braços pelo meu pescoço para se equilibrar, não que eu fosse deixa-la cair.

 -Justin!

 -O que?! – eu rebati – eu disse que ia fazer direito, não disse?

 Ela apenas balançou a cabeça, ainda com um sorriso tomando conta dos seus lábios. Caminhei tranquilamente até a entrada. Sam pegou a chave no meu bolso, a encaixando com a mãozinha trêmula na fechadura e abrindo a porta.

 Tudo estava no lugar, a casa estava extremamente arrumada, mobiliada perfeitamente. Tudo estava pintado e decorado em tons de marrom e mapple. Com detalhes leves, mas outros mais pesados.

 Lentamente, coloquei Sam de pé no chão. Ela olhava tudo ao redor, assim como eu. O som dos seus sapatos era constante, uma vez que ela resolveu explorar o andar inteiro.

 Eu a segui, no meu próprio ritmo. Quando a encontrei, ela estava jogada no sofá, apreciando tudo. Eu apenas ri, me sentando ao seu lado. Ela logo sentou, chegando mais perto. Meu braço pousou sobre a sua perna e eu permiti que meus olhos demonstrassem um pouco da ansiedade que sentia.

 -Gostou?

 -É claro que eu gostei – ela riu, segurando meu rosto entre as mãozinhas – gosto mais ainda porque finalmente tudo acabou e agora somos só nós.

 -Nós três – as palavras escaparam dos meus lábios e eu vi seu sorriso ir de orelha à orelha.

 Seus lábios estavam nos meus em segundos, com uma rapidez exagerada. Meus braços a envolveram e nós apenas aproveitamos o fato de que aquela era a nossa casa e que nada nem ninguém iria nos atrapalhar.

 -Tenho uma surpresa para você – eu levantei do sofá, estendendo minha mão para ela. Estávamos agora de pé e com a mão livre eu tentei puxar um pouco as minhas calças para cima, mas sem muito sucesso.

 As Supras não faziam barulho no acoalho, deixando apenas o som dos sapatos de Sam audível. Mas então o barulho do oceano começou a aumentar. Eu a guiei para o lado de fora, onde nós nos deparamos com aquela vista de tirar o fôlego.

 -Meu deus...

 Sam pronunciou de forma baixa, mas clara. Eu concordei mesmo assim. Era incrível. A piscina, a entrada do barco, a área verde, as mesas, as espreguiçadeiras, as lanternas enormes... tudo junto formava uma linda visão.

 -Justin, quanto custou essa casa? – sua pergunta me pegou com a guarda baixa. Seus olhos não desviaram da paisagem, mas eu senti um aperto maior na minha mão indicando que ela esperava uma resposta.

-Porque quer saber?

-Porque eu não esperava nada disso – ela sinalizou a vista e depois a casa.

-Não importa o quanto custou – eu soltei sua mão, enlaçando sua cintura, fazendo seu pequeno corpo colidir com o meu peito – o que importa é que você tenha gostado e que seja funcional para nós, lembra?

Seus olhos encontraram os meus e eu soube que ela sabia que eu estava certo. Já havíamos falado sobre aquilo e eu já havia deixado bem claro que dinheiro não era problema.

Ela assentiu, relaxando a cabeça contra o meu peito. Nós ficamos ali, aproveitando a vista e a brisa de final de tarde, abraçados. Minhas mãos acariciavam as suas costas, e eu estava completamente perdido em pensamentos até que me lembrei que ainda queria leva-la para conhecer a cidade.

-Porque não vai explorar o andar de cima enquanto eu esvazio o carro? – eu sugeri baixinho no seu ouvido. Ela ergueu a cabeça para me olhar e eu vi um brilho travesso neles. Ela beijou rapidamente meus lábios antes de se livrar do meu abraço, correndo para dentro.

 Eu apenas ri, seguindo para a porta da frente para tirar as nossas malas do carro. Subi as escadas uma vez que eu tinha pego tudo. Chegando em um enorme corredor, eu vi as portas do que seria nosso quarto, sugeri, entreabertas.

 Empurrei de leve uma delas com o braço, uma vez que minhas mãos estavam ocupadas. Sam estava sentada na cama, olhando tudo ao redor.

 -É lindo – ela comentou, alisando o lençol cinza da cama. Ela tinha tirado os sapatos e seu cabelo agora estava solto. Eu larguei as malas, caminhando até ela. Ela riu quando a deitei na cama, subindo sobre ela.

 Minhas mãos seguraram com firmeza sua cintura e me permiti beijar seu pescoço. Ela gemeu baixo quando atingi o ponto certo logo de primeira. Suas pernas se arrastaram contra as minhas e assim nós ficamos por alguns segundos, até que nossos lábios se uniram.

 -Finalmente – eu não tinha certeza se ela ia entender o sentido da palavra nesse contexto, mas ela apenas sorriu, tocando meu rosto.

 -Finalmente – ela repetiu, me puxando para mais um beijo. Minha mente esvaziou e eu apenas retribuí, deixando que ela tivesse o controle.

 Sentamos na cama juntos, ainda acariciando um ao outro. Comentei que queria sair para que ela conhecesse a cidade e ela pareceu gostar da ideia. Pensei em leva-la para jantar e depois podíamos visitar alguns pontos famosos da cidade.

 -São 20:00 horas – ela disse, olhando no Rolex de ouro no meu pulso direito – que horas quer sair?

 -O mais rápido possível – eu disse, levantando com ela junto – por isso acho que seria mais rápido se tomássemos banho juntos – eu não tinha segundas intenções, talvez só alguns amassos, mas ela revirou os olhos, me deixando guia-la para o banheiro.

 Sam P.o.V

 Gostava quando Justin mostrava seu lado pervertido. Era bom saber que ele me desejava.

 Nosso banho foi tranquilo, mesmo com as suas mãos bobas em mim de vez em quando. Saímos e ele me envolveu com uma toalha, como sempre fazia. Justin envolveu a cintura com uma toalha, deixando aquele peitoral definido à mostra.

 Nossas roupas ainda estavam em malas ao pé da cama, mas não seria problema. Justin não me deixava fazer esforço, então ele me impediu de pegar a mala, mesmo que fosse só para coloca-la sobre a cama.

 Nós nos vestimos em silêncio. Justin ficou pronto primeiro, enquanto eu terminava de me vestir. Ele beijou meus lábios rapidamente, descendo as escadas. Resolvi vestir um vestido, acompanhado de um par de Ankle Boots.

 Nada muito chamativo, no final das contas. Descendo as escadas, encontrei Justin falando com alguém. Imaginei que fosse ao telefone, mas me surpreendi quando percebi que a porta da frente estava aberta e que Justin falava mesmo com outra pessoa.

 -Sam? – ouvi a sua voz me chamando. Eu caminhei até ele, encontrando um casal parado na porta – essa é minha esposa, Samantha – o braço de Justin me envolveu e ele sorriu para as duas pessoas quando me apresentou.

 -Somos os Stewart – a jovem na minha frente se apresentou, trocando um beijinho comigo – meu nome é Jessica e esse é o meu marido, Drew – eu apenas apertei a mão do homem, que se limitou a sorrir.

 Eles, pelo que entendi, eram nossos vizinhos. Eles não eram mais velhos do que nós, e nós ficamos conversando por alguns minutos.

 -Não quero ser intrometida, mas esses sapatos são Louis Vuitton? – ela perguntou, apontando para baixo – estou esperando por eles a séculos, ainda não estão a venda.

 -Bem, eu tenho meus privilégios – torcia para que ela não entendesse, mas como ela tinha bastante dinheiro, talvez entendesse que Justin geralmente conseguia comprar qualquer coisa.

  -Você tem bom gosto, já vi que vamos nos divertir – ela sorriu, fingindo esbarrar em mim – devíamos sair para fazer comprar qualquer dia desses.

   -Claro, vai ser divertido – seria bom ter uma amiga, principalmente se ela fosse minha vizinha. Continuamos a falar sobre sapatos por alguns minutos e eu pude ver Justin e Drew revirarem os olhos, rindo logo em seguida.

   -Bom, nós não queremos atrapalhar – Drew se pronunciou, pegando na mão de Jessica – só queríamos dar as boas-vindas.

   -Obrigada.

   Eles foram embora e então Justin pode me guiar para o carro. Nós fomos conversando todo o trajeto até a avenida principal, onde ele perguntou o que eu gostaria de comer.

   -O que quer comer? – ele perguntou, sem tirar os olhos dourados da estrada – nenhum desejo em especial?

   Seu tom era brincalhão, mas com um que de verdade.

   -Não, mas eu gostaria de ser surpreendida – eu me apoiei melhor no acento para olhar para ele – não conheço nada e eu sei que você não vai me desapontar.

   -Tudo bem – ele respondeu sorrindo. O trajeto foi curto e logo nós chegamos em uma espécie de centro comercial onde o movimento era muito maior. Tudo era lindo, haviam muitas pessoas, casais, famílias.

   Justin parou o carro na entrada de um restaurante que eu julguei ser muito caro. Ele desceu do carro e eu pude ver ele jogar a chave sobre o ombro para o motorista depois de abrir a porta para mim.

   Entramos e eu só vi pessoas extremamente bem vestidas, todos bem reservados, sem sequer desviar os olhos dos pratos em suas mesas. Justin foi educado (como sempre) e segurou a minha cadeira para que eu sentasse.

   O garçom veio e dessa vez eu pude escolher o que queria. Descobri que queria muito comer massa então foi isso mesmo que eu pedi. Justin me acompanhou no pedido, mas ele abriu mão de tomar o vinho, afirmando que não tinha graça em beber sozinho.

   Do contrário ele aceitou tomar água, assim como eu.  Nós ficamos jogando conversa fora, nossos dedos entrelaçados. Ele me fazia rir, sempre com suas piadas sem graça e suas cantadas para cima de mim.

   Por baixo da mesa, nossas pernas estavam em contato, uma vez que agora nossas mãos estavam ocupadas. Nossos olhos se encontraram várias vezes e Justin não se importava em sustentar o olhar, até que um de nós cedesse e desviasse o olhar.

   E assim tudo se passou. Justin recusou a sobremesa, afirmando que queria me levar em um lugar especial. Ele pagou a conta sem me deixar ver nada, como sempre fazia. Justin deixou o carro no restaurante, e nós fomos caminhando pela rua.

   Depois de um quarteirão, ele apontou para uma soverteria.

   -Sorvete?

   -Vai dizer que não gosta? – ele perguntou, se virando para mim enquanto segurava a porta aberta para mim.

   -Na verdade, eu adoro – ele sorriu, beijando minha bochecha enquanto sentávamos em uma mesa mais afastada. Justin mantinha nossa privacidade não importa aonde íamos e eu devo admitir que gosto disso.

   Fizemos nossos pedidos e no fim nós fizemos a maior sujeira. Justin sujou meu rosto com a colher algumas vezes, só para ter a chance de lamber o local sujo. Se continuasse naquele ritmo, eu teria que tomar outro banho, mas devo admitir que estava adorando aquilo.

   Sujei seu lábio inferior e ele estreitou os olhos para mim. Também posso brincar disso. Ignorando seus olhos em mim, eu me permiti beijar sua boca, passando a língua para limpar o sorvete. Justin, como eu sabia que faria, não conseguiu manter a pose e logo me deu passagem, me puxando para um beijo.

   Ele sorriu quando nos separamos. Terminamos a nossa guerra de sorvete e, quando vimos, já estava tarde. Justin pegou o carro e dirigiu de volta para casa. Era tão bom poder dizer que agora nós tínhamos a nossa própria casa, simplesmente parecia a frase mais perfeita de todos os tempos.

   Nós chegamos e ele logo me conduziu até o quarto. Nós nos trocamos. Eu me troquei, se você considerar que Justin dorme apenas com uma cueca. Eu prendi meu cabelo e limpei qualquer resquício de sorvete que pudesse haver.

   Ele já estava deitado na cama quando entrei no quarto. Ele bateu na cama ao seu lado, me chamando. Sem hesitações eu caminhei até ele. Seus braços me envolveram no segundo em que meu corpo deitou na cama.

   Ficamos em concha, a respiração de Justin batia contra o meu pescoço. Ele beijou a região várias vezes enquanto suas mãos acariciavam minha barriga com calma, uma vez que ele tinha erguido a minha roupa.

   -Boa noite – ele sussurrou no meu ouvido, puxando o lóbulo devagar com os lábios.

   -Boa noite – eu me permiti acariciar seus braços, sentindo os mesmo se fecharam protetoramente ao meu redor.

   O som constante do seu coração batendo era como uma canção de ninar e seu carinho foi contínuo até que eu deixei de estar consciente. Não tive certeza se o que aconteceu em seguida aconteceu mesmo ou se era coisa da minha imaginação, mas eu já estava grogue demais para me manter acordada até descobrir.

   -Eu amo você. Amo vocês dois.


Notas Finais


Espero que gostem!
XoXo


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...