-Yoongi pediu para irmos no barracão outra vez vigiar aquele babaca – disse Jungkook atirando nas latinhas que chamamos de alvos.
-Eu tenho desprezo por aquele cara, viu como ele me encara – disse mirando e acertando a latinha ao lado da que estava a que Jungkook acertou – aquele cara é masoquista, não importa a tortura que eu faça, ele me olha com malícia – Jungkook ri.
-Claro! Quem não gostaria de ser torturado por uma gostosa como você – ele se aproxima, me puxa e me beija.
Jungkook e eu somos melhores amigos atualmente, além dele ser meu ex e meu parceiro de crime, a gente se pega as vezes.
Lembro que ele surtou e quebrou a casa inteira quando soube que eu iria trabalhar com ele, mas eu fingi superioridade. Porém estava morrendo de medo do que ele era capaz de fazer.
-Yoongi admira muito você – disse ele olhando em meus olhos – ele te trata muito bem – eu ri.
-Talvez porque ele quer me comer – ele ri de meu comentário.
-Não só isso, eu acho que ele tem um sentimento de proteção – disse sério.
-Que seja – atiro em uma garrafa que havíamos deixada no chão.
Com o tempo Yoongi passou a ser mais carinhoso comigo, como diz Jungkook, eu sou a protegida dele enquanto os outros levam esporro. Min me chamava para jantar algumas vezes e eu fingia estar interessada só pra agradar o chefe.
Assim que Jungkook e eu cansamos, fomos até o carro guardar nossas armas e ir para o nosso trabalho. O caminho foi tranquilo e eu acabei me distraindo olhando pela janela.
Eu nunca sequer matei alguém, eu apenas torturava-os e Jungkook fazia a execução. Ele nunca deixou que eu fizesse tal coisa e eu o agradeço por isso.
Chegamos ao barracão e eu fui até o cara que estava amarrado em uma cadeira e de cabeça baixa. Assim que ele me viu, me olhou com seu olhar malicioso/psicopata.
-Se comportou bem? – perguntei com os braços cruzados – espero que você não tenha dado trabalho á ninguém – ele sorriu e arqueou uma sobrancelha.
-Vai me torturar hoje, ou veio apenas me intimidar – disse me olhando nos olhos – você me excita garota – dei risada.
-Tsc! Nojento – bufei – logo, logo não teremos mais a sua presença. Você vai para o inferno – dei risada.
-Porque não acaba comigo agora sua vadia? – o mesmo me olhou sugestivo.
-Quem decide as coisas aqui não é você – esbravejei.
Nessa hora Jungkook entra e me olha preocupado.
-Aconteceu algo enquanto eu não estava? – perguntou Jungkook.
-Nada demais. Podemos conversar? – eu disse dando de ombros.
-Vamos no escritório – ele saiu pela porta e eu fiz o mesmo, o seguindo em direção ao “escritório”.
-Quando vamos elimina-lo – digo me sentando na mesa que havia lá.
-Yoongi ainda não disse sobre o dia – disse Jungkook ficando no meio de minhas pernas – esse cara está me irritando.
-Só você? – reviro os olhos – o jeito que ele me olha e sorri é nojento, não aguento mais esse cara. Afinal o que Yoongi está fazendo? Ele anda muito sumido.
-Está preocupada, Mery? – disse o mais velho arqueando as sobrancelhas em tom de brincadeira.
-Nem morta – o empurro e desço da mesa – só estou estranhando – ele ri e me puxa para um abraço.
-Melhor você não se meter nos assuntos do Min – disse sério.
-Qual é, Jungkook. Ta sabendo de algo que eu não sei? – me afastei do mesmo.
-Eu não sei de nada – ditou parecendo nervoso.
-Ok, tanto faz – dou de ombros.
Jungkook sabe o que ta acontecendo e eu sinto isso só de olha-lo e ver seus olhares para mim vacilar.
Eu sai do “escritório” e fiquei deitada no sofá da sala improvisada, estava cansada e ainda passaríamos a noite aqui. Adormeci e quando acordei já era 15:30, me levantei e fui toma um ar fresco naquele fim de mundo, sentada num tronco de árvore sinto meu celular vibrar e vejo que recebi uma mensagem de Yoongi.
Mensagem de Demônio
“Boa tarde princesa, amanhã cedo quero você e JK no centro de Busan, teremos que pegar um carregamento. Obrigado e tenha uma boa noite”
Suspirei e fiquei confusa ao terminar de ler. Que porra de carregamento é esse. Jungkook com certeza sabe de algo, mas não vou dizer que temos que buscar esse tal carregamento, ele nunca deixaria que eu fosse.
Entrei e fui até Jungkook que estava na mini cozinha do barracão cozinhando algo para comermos.
-Yoongi me mandou mensagem.
-Agora? – perguntou alternando seu olhar sobre mim e a panela no fogo.
-Sim – disse observando o mesmo agora cortando legumes.
-O que ele queria? – experimentou o caldo.
-Quer que a gente vá ao centro amanhã cedo.
-Ele não disse o porque disso? – tampou a panela e se virou para mim.
-Não – dei de ombros.
Claro que eu mentiria, ele iria me deixar aqui e iria sozinho e eu não ia poder fazer nada. Conheço Jungkook a muitos anos e sei bem o ser complicado que ele é.
Muitos acham que ele tem sangue frio, ou que não está nem ai para nada. Mas eu conheço uma parte dele que ninguém conhece e seu que ele teria um futuro brilhante se não fosse um criminoso.
No começo JK me dava medo, ele matava sem dó e nem piedade, o seu olhar vazio e a fúria eminentemente de seu corpo me fazia estremecer. Porém Jungkook nunca deixou de ser o garoto que eu conheço e com o tempo ele foi se acostumando ao ver que não tínhamos outra saída a não ser trabalharmos juntos. E estamos aqui até hoje, fomos diversas vezes elogiados pelo chefe e isso nos deu um crédito de confiança.
Jungkook me ensinou a atirar, mesmo que eu não precise matar ninguém. Ele me ensinou para eu me defender do perigo, já que eu já estava muito exposta a isso.
Me acostumar com minha nova rotina não foi nada fácil, mas acho que me sai bem.
As horas se passaram, eu e JK alimentamos o cara e também já tínhamos jantado. Enquanto eu estava na sala mexendo em meu celular, Jungkook estava vigiando o ser que estava preso. Eu não sei o nome desse cara e nem faço questão, muito menos Jungkook.
Decidi dormir um pouco já que Jungkook não me deixou ficar a noite com o cara, ele diz que é questão de segurança.
Acordei com JK me chamando as 4:30 da manhã para irmos ao centro de Busan. Estávamos a 2:30 de lá e chegaríamos por volta das 7:00 horas. Fomos até o carro e entramos, logo já estávamos na estrada.
-Você descansou – falei colocando uma música numa rádio qualquer.
-Sabe que é impossível com aquele cara lá, mas eu consegui, pelo menos um pouco – disse o mais velho prestando atenção na estrada – e você?
-É, na medida do possível sim – digo olhando pela janela.
Faltava um bom tempo ainda para chegarmos, mas o silêncio se fez presente.
Quando chegamos ficamos esperando Yoongi mandar o local certo em uma cafeteria qualquer, assim que ele mandou partimos.
Chegamos em um beco bem reservado e Jungkook ligou para Yoongi perguntando sobre o que era o carregamento que tínhamos que pegar. Vi o caminhão se aproximar e estacionar a nossa frente. Um cara barbudo desceu do mesmo.
-O que? Drogas? – disse JK aflito.
Drogas? Como assim? Então era isso o tempo todo?
-Eu falei para você não colocar ela nessa. Eu tudo bem, mas ela não – continuou Jungkook passando a mão pela cabeça.
-Senhorita, Min Yoongi disse para entregar a você a carga que ele pediu e pelo visto seu namorado está exaltado demais – riu o cara.
-Ele não é meu namorado e obrigado – eu disse e ele partiu.
JK desligou o celular e me olhou furioso.
-Você sabia, não é?
-Sabia que era um carregamento, mas não o que. Ah Jungkook não enche – digo indo em direção a porta do caminhão e entrando no lado do passageiro.
Ele bufou e fomos com ele dirigindo até o galpão de Min sem ao menos nos pronunciarmos.
Chegando lá Jungkook fecha a porta com força e vai em direção ao escritório de Yoongi.
-Eai Mery, como está? – pergunta Tae se aproximando e sorrindo quadrado.
-Bem e você? – sorriu também.
- Vou bem – ele colocou as mãos no bolso.
-O que esse caminhão faz aqui? – chega J-Hope analisando aquele imenso caminhão.
-Ordens do chefe – digo dando de ombros – aliás, V poderia me dar uma carona para buscar o carro?
-Claro pequena – ele sorri e assim saímos de volta aquele beco onde JK deixou nosso carro.
Quando chegamos lá, eu o agradeci e entrei no carro de JK, o mesmo que ele havia aparecido em casa estranhamente à meses atrás.
Vou a uma cafeteria que eu sempre costumo ir que fica perto de casa e peço o de sempre. Um cappuccino.
Estava mexendo em minhas redes sociais até que entra 3 garotos universitários no café e eu não deixei de notar o quão feliz eles estavam e isso me chamou atenção. Eles sorriam, davam risadas e o mais fofo era o garoto menor que quando sorria seus olhinhos formavam duas linhas.
Me peguei o observando e sorrindo disfarçadamente, até que um deles viu que eu estava os olhando. Eu terminei um cappuccino e fingi que estava olhando para o celular, até eles pararam de rir e sinto alguém vindo em minha direção parando á minha frente.
-Posso me sentar? – perguntou o garoto sorrindo, fazendo seus olhos virarem duas linhas – ah me desculpe, que falta de educação a minha – ele coça a cabeça – me chamo Park Jimin – ele estende a mão e sorri para mim.
Eu me senti envergonhada e sem reação alguma.
Park Jimin.....
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