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História Kingers - XiuMin X Tao


Escrita por: Akmi

Notas do Autor


Hey pessoinhas!
Chegou aqui mais um capítulo fresquinho para vocês!!!
Espero que gostem!
O capítulo já estava pronto desde a semana passada, mas como eu disse que só de 21 em 21 dias... Aqui estou eu!
Vamos lá?

Capítulo 3 - XiuMin X Tao


Fanfic / Fanfiction Kingers - XiuMin X Tao

 

 

Capítulo III

 

Era como estivesse tendo seu coração saltar pela boca.

Ver Kris correndo de um lado para o outro era algo viciante. Encantador.

Huang Zitao.

Esse era o nome do chinês.

O jovem aprendiz de moda, que morava com seu melhor amigo em um apartamento onde pagava metade do aluguel, desde que se mudou, com a graça de todos os seres que existem e não existem na Terra.

O lugar que morava antes era horrível, pior que tudo. Coisas espalhadas, eram roupas sujas, comidas, louças.

O moreno, sonhador, ou talvez nem tanto. Aquele que economizava para “coisas importantes”, queria gastar com algo que realmente pudesse se orgulhar algum dia.

Vindo da China, Tao, tinha um sonho.

Encontrar o par ideal de sua laranja.

Aquela pessoa que podia acordar todos os dias e dizer um “bom dia”, ou até mesmo dizer que sentiu sua falta quando o mesmo chegasse da lanchonete, onde trabalhava, mas... Disso tudo havia um pequeno problema, pelo menos, aos olhos da sociedade, era considerado um problema. Ele gostava de homens.

Aos quatorze anos ele havia descoberto quando se apaixonou pelo menino mais popular de seu colégio, ainda na China.

No começo, ficou assustado, seus pais nunca, de jeito maneira, aceitariam um filho “daquele tipo”, ao menos, era como eles diziam.

Como se Huang Zitao fosse uma espécie de animal, aquele que pode passar a maior doença, e principalmente, aquela que pode ser contagiosa.

 

 

-GaoXing... Eu... Eu gosto de você!

 

Tao sempre fora o menino mais escandaloso da turma, disso ninguém podia negar. Aonde chegava, era o centro das atenções.

E ele adorava isso.

Talvez esse tenha sido um dos motivos que o mesmo tenha se identificado em Baek Hyun, que era totalmente igual a si.

Haviam se conhecido da própria faculdade, no meio do ano letivo, quando tiveram de fazer um trabalho juntos.

 

-Eu sabia que isso ia acontecer! Mas eu não tinha dúvida! – Baek Hyun batia no braço esquerdo do amigo que tinha o olhar penetrado em Kris.

-Aigoo! Baekiie! Não me bata... – O chinês uma cara de choro enquanto massageava o local dolorido. – Isso dói...

-É para does mesmo... Você é realmente um pateta, Huang Zitao. – O mais velho cruzou os braços olhando novamente para o treino que estava acontecendo ali. – Ah! Você viu o novo reserva? Ele é lindo!

-Hum... Não mais que o Kris... – O maior empinou o nariz vendo o novo integrante do time.

-Aish... Como você pode ser assim?! O LuHan é lindo! Maravilhoso!

-LuHan? – O moreno perguntou olhando par ao menor. – Chinês?

-Pelo nome... Deve ser... – Baek Hyun deu de ombros. – Mas ele é perfeito... Na verdade... Esse time é perfeito em um todo... Não acha?

-Não. Só o Kris é perfeito... – Tao estreitou os olhos ao ver Lay abraçar o líder do time devido a cesta que o menor havia feito. – Aigoo... Quem ele pensa que é?

-Perdão... – Baek Hyun não ouviu o que o amigo havia dito.

-Esses jogadores estão muito assanhados para o meu gosto. – O chinês bufou antes de desviar o olhar.

-Acalme-se... Eles estão apenas comemorando... – O mais velho revirou os olhos. – Deixa de ser chato, Tao... Mas que coisa!

-Chato!?! Baek Hyun! Não seja assim! – O chinês falou um pouco alto de mais.

-Ow! – O líder do time chamou os dois que serviam de plateia.

-Sim, Kris? – O moreno falou um tanto arrastado enquanto seus olhos brilhavam.

-Querem, por favor, ficarem quietos? Não sei se perceberam... Mas estão atrapalhando nossa concentração... – O loiro arqueou uma das sobrancelhas.

-Omo! Desculpe-nos... – Tao falou sorrindo enquanto babava em cima da beleza e masculinidade do líder.

Baek Hyun ficou boquiaberto ao ver o amigo ainda cair de joelhos aos pés de Kris mesmo o loiro ter sido grosso com eles.

 

~~

 

O treino havia acabado e todos haviam seguido para o vestiário, onde iriam tomar uma ducha. O que também custou muito para Baek Hyun ter que quase amarrar o amigo, tamanha era a vontade do outro em ir junto com o time.

-Eu já dis...

-Quem são vocês? – Uma voz ecoou na quadra fazendo ambos os amigos olharem em direção aquele quem havia os chamado.

-Omo! Quem é o senhor? – O mais velho perguntou olhando de cima a baixo o moreno que entrava e se aproximava deles.

-Senhor?! – O estranho arqueou as sobrancelhas enquanto apontava para si mesmo. – Olha como fala, garoto!

-Mas... Eu chamei o senhor de “senhor”... – Baek Hyun ficou um tanto perdido.

-Não me chame assim, garoto! Eu não sou velho para estar me chamando dessa for...

-SiWon? – SeHun apareceu, com os cabelos úmidos, na quadra enquanto ia em direção aos três que tinham uma “discussão”.

-Ah! Finalmente! – O moreno fez uma cara de aleluia. – Cadê os outros?

-Como assim “cadê os outros?”. – O maknae do time o olhou incrédulo. – Você some... Depois chega aqui e é tudo o que diz?

-Ei... Não fale assim! – SiWon levantou o indicador. – Eu sou o treinador de vocês, e é claro que não né... Eu já estava aqui. Eu vim com o Kai, ele não disse?

-O que ele deveria dizer? – SeHun perguntou cruzando os braços enquanto ia se sentar ao lado de Baek Hyun.

-Que ele, folgado, me despachou para a sala do filho do dono e me fez ficar lá... Assinando e assinando mais papéis... Estou precisando até de uma pomada de assadura para os meus dedos... – O mais velho dali fez uma cara de dor.

-Deixa de ser mole... – O loiro revirou os olhos.

-Ele? – Baek Hyun perguntou franzindo o cenho. – Ele quem é o treinador de vocês?

-Sim, algo contra, garoto? – SiWon cruzou os braço fitando aquele curioso e enxerido.

-Quando eu pensei em um treinador dos Kingers... Nunca pensei em alguém como você... – O fã do tipo fez uma cara de nojo. – E com menos barriga...

-Mas... Aish! – O treinado bagunçou o próprio cabelo freneticamente. – Mas que garoto! Afinal... Quem é essa criatura, eim SeHun?

-Meu convidado... – O maknae deu de ombros enquanto sacudia a cabeça tentando eliminar as gotinhas de água que ainda insistiam em cair dos fios de seu cabelo.

-Convidado? – SiWon franziu o cenho. – SeHun... Mas que raios é você? Trazer um garoto de programa aqui já é de mais... E esse aí? Também é?

-É o que?! – Baek Hyun arregalou os olhos. – Garoto de que?

-Programa, filho... – O treinado fez questão de repetir com um sorrisinho malicioso. – Vocês trabalham em particular ou só para o time?

-Mas... Aigoo! – Baek Hyun estreitou os olhos. – A culpa não é minha que você tem uma pança maior que esse seu nariz gigante! Agora não venha me chamar de “garoto de programa”! Seu velho barrigudo!

-Eu vou te matar, garoto! – SiWon deu um passo ameaçador.

-Ei! – Kris apareceu na quadra terminando de colocar sua blusa polo branca. – O que está havendo aqui?

-Kris...? – Tao se levantou, já que até então não havia se pronunciado para se defender ou o defender o amigo.

-Nada... Esses “amiguinhos” de vocês... – SiWon se pronunciou  olhando com desprezo para ambos os estranhos que acabara de conhecer. – Muito folgados.

-Não são nossos amigos. – Kris jogou um balde de água na cabeça dos dois que ficaram de boca aberta. – São a diversão de SeHun... Eu acho.

-É o que? – Baek Hyun perguntou procurando a resposta no rosto de SeHun que apenas revirou os olhos.

-Não seja tão grosso, Kris... São apenas meus convidados. E eles são, sim, meus amigos... – O maknae deu de ombros enquanto tinha o resto do time entrar em quadra.

-SiWon? – Lay perguntou vendo a figura de seu treinador ali. – O que faz aqui?

-De novo? – O mais velho dali perguntou. – Esse traste do Kai que não conta o que aconteceu.

-E o que aconteceu? – LuHan perguntou perguntando para o moreno que sorriu malicioso.

-Nada... Eu só disse para ele ir falar com o SuHo enquanto eu vinha aqui na quadra treinar... – Jong In sentou-se ao lado de SeHun.

-Que seja... A questão é... – Kris o interrompeu. – O que ele perguntou a você?

-Nada... – Siwon pegou a garrafinha da mão de Chan Yeol que o olhou torto. – Só me deixou informado de tudo e me fez assinar alguns papéis.

-O que vamos fazer agora? – Tao cortou o assunto olhando para Kris de forma esperançosa.

-Como? – O líder perguntou. – Nós... Vamos para casa... Já vocês... Eu não sei.

-Vamos também... – O chinês insistiu dando um sorriso infantil. – Com vocês.

-Dê um jeito nos seus amigos, SeHun. – O loiro e líder do time disse como um sussurro perto do maknae assim que todos se levantaram para voltarem para suas respectivas casa.

 

~~

 

Tao e Baek Hyun andavam de braços dados pelas ruas de Seul sem se importar com ninguém, apenas seguiam seu time preferido.

O time, junto do treinador, andava um tanto em silêncio pelas ruas.

-E o que você achou do LuHan? – Baek Hyun perguntou baixinho para que todos em sua frente não ouvissem.

-É... Ele é cheiroso... Não posso negar. – O chinês respondeu também em um sussurro para o menor. – Mas ainda fico com o Kris.

-Tao... Que coisa! Tem outros no time... – O mais velho repreendeu o maior por ele ter preferência.

-Ah... Falou quem era todo caidinho pelo Chan Yeol... Você só falava dele... – Tao mostrou a língua para o menor.

-Eu não sei se vocês sabem... Mas dá para escutar tudo o que vocês dizem... – SeHun se virou para os dois que pararam de andar tamanho foi o susto e a vergonha que sentiram. – LuHan cheiroso... Puf... Desde quando? Ele sua mais que um porco quando estamos treinando.

-SeHun! – O reserva se virou para o mais novo. – Qual é seu problema comigo?

-Quer que eu enumere? – O maknae arqueou as sobrancelhas enquanto via o chinês do time bufar e continuar a olhar para frente.

-Acho que você tem um pretendente... – Kai cochichou para Chan Yeol que apenas sorriu malicioso.

-Bom, eu vou voltar para a casa, você vem Lay? – O líder perguntou para o outro jogador que assentiu dizendo que estava cansado. – E você? Vão para onde?

-Eu vou para o bar... – SiWon ergueu as mãos para o céu. – Tchau para vocês...

-Falô... – Chan Yeol acenou para o treinador. – Eu acho que eu também vou... E você, Kai? Vem comigo ou fica com eles?

-Não... Vou contigo... – O moreno respondeu se espreguiçando.

-E você? Vai voltar comigo ou vai ficar com eles? – LuHan perguntou para o mais novo dali.

-Vou ficar com meus amigos aqui... – O maknae passou o braço direito pelo ombro de Baek Hyun que apertou o braço do amigo em forma de mostrar o quão assustado estava.

-Por que não vai conosco, LuHan? – Tao perguntou dando de ombros. – Não quero ficar de vela desses dois...

-Ei! – SeHun o chamou. – ‘Tá me estranhando? Aqui é espada...

-Ah... Sei... – O maior disse irônico.

-Ok... Tudo bem... Eu vou. – O reserva olhou confuso.

 

~~

 

-Como assim?! – Zitao meio que gritou no meio da mesa da quitandinha que estavam. – Eles moram juntos?! Kris e Lay?! Ai... Meu coração não aguenta...

-Sem drama, Tao... Por vezes eu disse à você... Mas não... Nunca quis me escutar. – Baek Hyun deu mais um gole em seu Soju. – Sempre te falei que Kris e Lay moravam juntos, assim como o Kai e o Chan Yeol...

-Ah... A culpa não é minha que eu não conhecia o Kris... – O chinês disse fazendo um bico.

-Você realmente gosta muito do Kris, né? – LuHan disse rindo nasalmente enquanto comia algo.

-Se eu gosto? – Tao perguntou abismado. – Eu amo ele!

-Uau... – SeHun arqueou uma das sobrancelhas. – Ele ficaria muito feliz ao saber disso, né, Luhan?

-É? – O reserva fez uma cara de dúvida. – Eu lá vou saber?!?

-Hum... A gente podia fazer um trato... O que acham? – Zitao perguntou com uma cara maliciosa.

-Que tipo de trato? – O mais novo de todos perguntou não dando muita importância. – Eu só faço tratos quando eu saio ganhando.

-Vamos fazer assim, vocês me dizem onde o Kris mora e eu dou à vocês uma semana com o Baekkie. – O chinês mais novo fez um biquinho esperando a resposta antes de se assustar com o pulo que seu amigo deu ao seu lado.

-Como é que é? – Baek Hyun arregalou os olhos. – Huang Zitao! Quem você pensa que é?

-Seu amigo, oras... – O maior deu de ombros. – E o que acham?

-Eu topo.- SeHun o olhou com cara maliciosa de cima a baixo.

-Mas... – Baek Hyun não acreditara que estava sendo tratado como uma mera mercadoria.

-Não acho que isso seja uma boa ideia... – Luhan negou com a cabeça. – E vocês não podem ser assim com ele... Olha o tamanho dele.

-Ei! – O coreano mais velho protestou. – Luhan! Eu não sei se te agradeço por me defender no início, ou se te bato por me xingar!

-O trato está feito. – SeHun se entre pôs na discussão antes que houvesse mais contraposição.

-Ótimo. – Tao sorriu maldoso. – Agora é só me dizer onde é.

 

~~

 

-Aigoo... Eu não sinto os meus pés... – XiuMin jogou-se na cama de seu amigo enquanto o mesmo retirava a gravata e ria do outro deitado.

-Deixa de ser molenga... Nem fizemos tantas coisas hoje. – SuHo disse retirando os sapatos.

-Quem não fez? Você, só se for... – O ruivo bocejou se espreguiçando. – Ande logo no banho que hoje eu quero assistir um filme.

-Hoje? – O mais novo perguntou pegando uma toalha em seu armário. – E que tipo de filme?

-Ah, não sei. Escolhe um e me diz. – Min Seok sentou-se de pernas de cruzadas em cima do colchão.

-Menos de terror. – O moreno arregalou os olhos.

-Não acredito que você tem medo...

-Não diria que é bem um medo... – SuHo se fingia de corajoso. – É mais...

-Mais... – O mais velho encorajou o outro. – É medo...

-Aigoo... Não seja assim, Min. – Joon Myeon mostrou a língua para o mais velho que riu com o ato.

-Tudo bem, apenas vá logo tomar seu banho. – O maior sorriu para o outro onde lhe tacou um travesseiro em sua cabeça.

Kim Min Seok, ou XiuMin, como preferir chamá-lo. O fiel escudeiro de SuHo.

O amigo, secretário, ouvinte e, principalmente, irmão do herdeiro da empresa Kim Sports.

Sua família já se encontrava em Busan, onde mantinha contato, por várias vezes, com o pequeno ruivo.

O grande sonhador só tinha algo em mente: Ser o braço direito no que SuHo precisasse.

Seu sonho era ter um bom emprego e ótimas condições de vida, e era isso que tinha naquele momento. Não podia pedir mais nada.

Sempre fora um garoto prendado. Educado.

Quando informou aos seus pais que queria cursar administração eles ficaram muito orgulhosos dizendo que iria o apoiar no que fosse. Por isso, ficou muito feliz quando seu pai chegou dizendo que havia arranjado um emprego para ele.

O pai de Joon Myeon era um grande amigo antigo que seus pais tinham amizade. Assim que informou que seu único filho, SuHo, estava precisando de um auxiliar na empresa, seu pai avisou sobre seu próprio filho.

E sem dúvidas alguma, o dono das empresas Kim’s logo fez questão de tratar do contrato com seus velhos amigos.

Em uma semana estavam eles, Joon Myeon e XiuMin sendo apresentados um ao outro.

Inicialmente, fora difícil se sentirem a vontade, era um estranho perto do outro, mas conforme o tempo foi se passando, viram que uma amizade já havia sido construída.

Foi então que receberam a notícia que podia acabar com tudo que haviam feito juntos, Min Seok iria se mudar.

Nenhum dos dois aceitou, afinal de contas, era o mesmo que perder um irmão de uma hora para a outra.

Naquele período difícil, não se desgrudaram, tentavam convencer os pais do mais velho a ficarem, mas os mesmo diziam que a vida em Seul era difícil, que não conseguiam se sustentar sozinhos sem a ajuda de seu filho.

XiuMin, por vezes, tentou dizer que conseguia dar conta de estudar e trabalhar para ajudá-los, mas seus pais eram teimosos e não queria sobrecarregar o pequeno.

E três dias antes da mudança, Joon Myeon apresentou a grande proposta às ambas as famílias que ficaram receosas.

Como aquilo poderia dar certo?

Como deixar para trás a pequena criança que chamavam de filho?

E insistiram na ideia.

Até o senhor Kim interferir dizendo que estava tudo bem por ele. Seria uma companhia a mais ao seu herdeiro e assim o mesmo para o ruivo.

 

-Ande Joon Myeon! – XiuMin gritava do quarto.

-Acalme-se, criança! – A voz do mais novo foi ouvida pelo ruivo que riu indo até a prateleira de livros do outro para então escorregar os dedos até a ala de DVDs.

-Criança... – O maior dizia a si mesmo. – Quem é o mais novo aqui não sou eu... Criança... Esse Joon Myeon não teme a morte mesmo...

 

~~FlashBack~~

 

-Eu não queria te deixar assim, meu anjo. – Sua mãe dizia com uma lágrima no olhar.

-Não é como se vocês estivessem me abandonando... Eu vou me virar, mamãe... Eu prometo que me comportarei muito bem, como a senhora me ensinou. – O ruivo dizia segurando as mãos de sua genitora.

-Prometa para nós que se alimentará bem, que não ficará gripado, que se agasalhará bem nos dias de frio. – Seu pai já se desfazia em lágrimas. – Eu já conversei com o Kim... Ele fará de tudo para se sentir em casa.

-Obrigado, pai... Por tudo.

-E caso aconteça algo, ligue para nós urgentemente... – Seu pai ainda tentava falar em meio os prantos. – Não nos esconda nada.

-E alguma vez eu já escondi? – Min Seok olhando no fundo dos olhos do senhor a sua frente.

E daquilo ninguém podia negar.

Quando era mais novo, contou aos seus pais sobre sua opção sexual.

Eles não disseram nada, não gritaram, não choraram, não o colocou para fora. Apenas se abraçaram junto com seu filho ao meio.

“Ficará tudo bem”.

Foram as únicas palavras ditas pelo seu pai.

Eles haviam o aceito.

-Nós te amamos, querido. – Sua mãe depositou um beijo em sua testa.

-Cuide-se. – Seu pai puxou os dois para um abraço terno.

 

~~

 

-Pronto, Sr. Apressado... Já escolheu o filme? – SuHo apareceu na porta enquanto bagunçava os próprio cabelos tentando espantar as gotinhas de água dali.

-Já... Que tal “Piratas do Caribe”?

-Sério? De tantos filmes que temos... Justo esse? – O mais novo se jogou na cama olhando a grande televisão a sua frente.

-Ah... Qual é... A culpa não é minha que você não renova sua estante de DVD. – XiuMin mostrou a língua para o outro que riu. – Nem parece que é rico.

-E quem disse que eu sou?

-As minhas contas que eu tenho que fazer todos os dias... Bonzão. – O ruivo riu com o bico do amigo que lhe deu um peteleco na testa. – Ai...

-Isso é para parar de ser mau comigo.

 

- - -

 

Na manhã seguinte, o despertador de XiuMin começou a tocar informando que já era hora de levantar, e assim, o pequeno fez.

Primeiramente foi até o quarto de Joon Myeon certificando-se que o outro já havia levantado para então chamá-lo para tomar café.

Logo após de uma boa refeição, foram tomar um bom banho, escovaram os dentes e se encontraram já na sala onde seguiriam para a empresa.

Foram com o carro de SuHo até o local de trabalho e já seguiram para o último andar, lugar que usavam como trabalho, lugar que ficava a sala do grande empresário.

-Hoje você almoça com seu pai, não se esqueça. – O ruivo informou olhando a agenda do herdeiro.

-Ah é! Obrigado por me lembrar, Min. E você? Onde vai almoçar? – Joon Myeon perguntou ajeitando a gravata no espelho do elevador.

-Nem terei tempo para isso, hoje preciso fazer muitas coisas. Acho que só vou pedir para que entreguem e como aqui mesmo. Ainda preciso acertar as coisas com o médico dos Kingers. – O mais velho disse olhando em outra agenda que já tinha em mãos.

-Jong Dae? – O moreno perguntou olhando as horas.

-Sim, ele mesmo. Hoje ele vai conhecer a equipe de apoio. – O ruivo disse fechando tudo para se preparar para sair daquele grande local que era o elevador.

-Então boa sorte, qualquer coisa só me chamar. – SuHo disse ao amigo enquanto saiam para o grande corredor que os levariam até suas respectivas salas.

-Tudo bem, acho que consigo me virar sozinho. Não se esqueça de informar ao seu pai sobre os Kingers. – Min Seok disse antes de dar bom dia aos funcionários do corredor.

 

~~

 

-Ande! – Baek Hyun puxava os tornozelos do chinês que não queria, por nada no mundo, acordar. – Vamos nos atrasar!

-Hum... Por que a gente não mata o primeiro tempo? – Tao disse com o rosto enfiado no travesseiro.

-Porque eu não quero ser um estilista “chinfrim”. – O mais velho rodopiou os olhos antes de soltar os pés alheios. – Agora levante logo!

-Já vou...

Que Huang Zitao era difícil de acordar, ninguém tinha dúvidas, mas que Baek Hyun não aguentava mais aquela rotina... Isso tinha de concordar.

E com muito custo, o moreno levantou-se seguindo para a cozinha para tomar seu café e ver se acordava de uma vez.

-Se eu pudesse, já era famoso com minhas coleções e acordaria duas horas da tarde... – O mais novo bufou ao dar um gole no café que o amigo havia preparado.

-Deixa de ser chato e se apresse, não temos a manhã inteira de frescura.

Baek Hyun só pode ouvir o maior resmungar alguma coisa enquanto saia do quarto.

 

- - -

 

Os dois caminhavam apressadamente para chegarem a tempo de pegarem a primeira aula, o que iria dizer sobre combinação de cores. Algo bem essencial na área que queriam seguir.

Correram pelos corredores até chegarem à sala, com dez minutos de atraso, claro.

-Muito bonito, Sr. Byun e Sr. Huang. – O professor parou de explicar sua matéria olhado para o dois que acabara de bater na porta. – Posso saber o motivo do atraso?

-Sonolência em excesso. – Tao disse sentando-se esbaforido em seu assento. – O senhor já ouviu falar?

-Preferia não ter ouvido... – O professor disse antes de voltar a dar sua aula sobre cores.

Baek Hyun era esforçado, não que Tao não fosse, mas o menor sempre ralava para entregar suas “obras primas” para seus professores, já Tao...

Ele tentava, mas nem sempre conseguia alcançar sua meta. Ele adorava seu curso, não trocaria por nada, porém, sua dificuldade em entender algo, como mistura de cores, falava bem mais alto que sua vontade.

Contudo, o chinês nunca desistira de se tornar um grande estilista famoso e respeitado por todos.

 

“-Não quero um filho assim... Já te desconsiderei no dia que me disse o que queria da sua vida!”

 

Era ele quem sempre tinha as melhores ideias de formulação de roupas, mas quando o assunto era por em prática... Nota zero.

Por isso, viu uma pontinha de esperança em Baek Hyun. Seu melhor amigo era ótimo em colocar a mão na massa. Em todos os trabalhos e dupla, era o mais velho quem sempre costurava isso ou aquilo. Tao? Apenas desenhava o modelo.

 

~~

 

-Estou descendo, Min. – SuHo avisou o amigo assim que deu o horário de se encontrar com seu pai.

-Tudo bem, pode ir. – O ruivo sorriu para o amigo enquanto se levantava da cadeira. – Também estou de saída.

-Aonde vai?

-Encontrar a equipe de Jong Dae. – XiuMin disse seguindo o amigo até o elevador daquele andar. – Eu combinei com todos de nos encontrarmos antes do médico chegar.

-Ah... Entendi. – Joon Myeon segurou a porta para que seu amigo passasse. – Já sabe, em todo caso, só me ligar.

-Tudo bem, pode deixar, mas acho que consigo dar conta. – Min Seok riu com a preocupação do mais novo sobre si.

Sempre fora responsável por muitas coisas, porém, também podia contar com a ajuda do pequeno herdeiro da empresa.

Um se preocupava muito com o outro, eles se sentiam no dever de fazer isso.

-Ah... E, Joon Myeon. – XiuMin chamou o outro. – Eu preciso te dizer... Uma coisa.

-Diga... – O moreno perguntou enquanto se olhava no espelho.

-Não... Aqui não... – O mais velho disse um tanto corado.

-Min? – SuHo perguntou sorrindo bobo para o outro. – O que você tem para me dizer, e por que está todo vermelho?

-Hã? – O maior arregalou os olhos podendo ver seu reflexo no espelho. – Não... Não é nada. Ande! Vá logo almoçar.

A porta do elevador abriu indicando que o andar do empresário havia chego.

-Tudo bem, até mais, Min. Estou curioso para saber. – Joon Myeon sorriu malicioso. – Quem é o felizardo...

-Omo... Joon Myeon!

 

- - -

 

-Ele já deve estar chegando... – XiuMin disse para os três funcionários que haviam ali, duas mulheres e um homem, que serviriam de apoio para o médico contratado.

-Omo! – Uma pessoa apareceu na porta da sala que seria usada para a suposta reunião. – Desculpem-me pelo atraso.

-Que isso... – O ruivo sorriu ao ver o quanto nervoso o outro estava. – Pode se sentar, Jong Dae.

-Ah... Obrigado. – O contratado sentou-se na cadeira de frente para a grande mesa redonda que havia naquela pequena sala.

-Então, já que estão todos aqui, vou falar sobre como acontecerá os serviços de cada um, correto? – Min Seok abriu a pasta em sua frente. – Jong Dae, você estará sempre acompanhando o time para onde quer que eles vão. E contará com a equipe de apoio na hora dos jogos. Os treinos também devem ser bem supervisionados para que nenhum dos jogadores sofra tipo de machucado antes de cada partida.

-Sim, o Joon Myeon me informou sobre isso. – O médico disse erguendo o par de óculos que se encontrava caindo.

-Muito bem. – XiuMin sorriu para o outro. – Sobre os exames, teremos mensalmente uma vistoria geral sobre a saúde de cada um. E você, Jong Dae, acompanhará cada um dos jogadores. O nutricionista ainda não foi contratado, e creio eu, que por enquanto você poderá servir de um para o time.

-Claro... Conheço bem sobre os alimentos que deve ajudar em cada vitamina. Isso não será problema. – O mais novo assentiu com a cabeça.

-Perfeito... – O ruivo sorriu sem mostrar os dentes. – Sua agenda será programada de acordo com a agenda do time. Eu já estou com uma cópia desse primeiro mês. – O menor entregou uma espécie de caderno encapado de preto. – E se por acaso surgir algum imprevisto no time, você será informado, mas não precisa se preocupar, vocês estará sempre ao lado do time caso eles precisem.

-Tudo bem...

-E mais uma coisa. – Min Seok se permitiu olhar para o ser a sua frente que parecia estar bem sério. – Joon Myeon me pediu para perguntar se você já acertou tudo com o antigo hospital que você fazia estágio.

-Ah! Sim, claro. – Jong Dae assentiu freneticamente. – Eu já me expliquei para o diretor, ele compreendeu.

-Ótimo, então acho que não temos mais nenhum assunto pendente, né? – XiuMin perguntou se levantando da cadeira. – Obrigado pela presença.

-Eu quem agradeço. – O médico se levantou também apertando a mão que fora lhe esticado há poucos segundos atrás.

-O time chegará em uma hora. – O ruivo informou ao ver seu relógio. – Se quiser, pode voltar para casa ou já pode esperar por aqui mesmo. Temos o refeitório no primeiro andar e a quadra fica no fundo do bloco.

-Aigoo... Eu não irei me perder, certo? – Jong Dae perguntou um tanto receoso.

 -Ah... – XiuMin teve uma ideia. – Posso te acompanhar se quiser, e aproveito já almoço aqui no refeitório. Quer me acompanhar?

-Omo! Seria muito bom se isso acontecesse. – O mais novo se sentiu aliviado com a oferta, não podia negar que sentia perdido naquela empresa.

-Tudo bem, então vamos?

 

~~

 

-Eu sinto que posso morrer... – Tao segurava a porta para o menor passar consigo pela grande porta da faculdade. – Três peças! Esses professores são todos loucos... Minha sorte é que eu tenho um ótimo amigo... Né, Baekkie?

-Ah... Não. Nem vem, Zitao. Não vou costurar nada para você! – O mais velho fez um bico enquanto caminhavam até o ponto de ônibus.

-Mas é em dupla... – O mais novo vez uma voz de choro enquanto tentava acompanhar os passos apressados do menor.

-Você já parou para pensar que eu também gosto de desenhar modelos de roupas? – Baek Hyun cruzou os braços enquanto fitava o amigo.

-Mas é que você é a minha melhor costureira... – O moreno sorriu fechando os olhos, não podendo ver Baek Hyun arquear uma das sobrancelhas.

-Eu vou te mostrar quem é a costureira, aqui... – O mais velho beliscou o braço alheio.

-Aigoo! Baekkie... Isso doeu! – Tao massageou o lugar que havia sido agredido enquanto via seu amigo fazer sinal para o ônibus que passava com destino ao lugar que queriam.

-Era pra doer. Agora ande, vamos logo... – O mais velho puxou o outro pelo pulso a fim de que ambos subissem para o ônibus.

 

- - -

 

A lanchonete que trabalhavam era na frente no prédio onde moravam, o que facilitava muito as coisas.

Haviam conseguido o emprego com muito custo e imploração.

Quando Baek Hyun convidou o chinês para morar consigo, teria que ajudá-lo a arranjar um emprego perto dali, e nenhum lugar seria melhor que o mesmo emprego que o seu.

Era como ficar vinte e quatro horas grudado com o maior, mas era uma forma de ficar de olho no moreno que era um tanto perdido.

Na época, o estabelecimento não estava muito movimentado, por isso, o chefe não queria contratar outro funcionário, mas Baek Hyun fez um jeito que ambas as partes sairiam ganhando.

 

~~FlashBack~~

 

-Eu não vou me vestir disso! – Tao protestava ao ver a fantasia de sanduíche gigante nas mãos do menor.

-Qual é, Tao... É tudo que eu posso te arranjar no momento... – O mais velho esticou a roupa para o outro que revirou os olhos,

-E só porque eu preciso muito de um emprego, que fique bem claro! – O chinês puxou a roupa da mão do outro e foi para o banheiro do apartamento de vestir. – Isso é uma humilhação!

-Apenas vista logo e vamos trabalhar! – Baek Hyun não se conteve ao ver o outro sair vestido de sanduíche. – Uau...

-Não ria! – O maior tentava ao máximo deixar seu cabelo aparecer naquele cubículo aonde devia entrar seu rosto. – Isso é... Horrível!

 

~

 

E depois de um mês servindo de atração ao público, o dono do estabelecimento resolveu contratar o chinês que se mostrava dedicado.

 

Chegaram ao ponto perto de onde moravam/trabalhavam, e seguiram para o apartamento, onde deixariam seus materiais e colocariam a roupa necessária para o trabalho, ou seja, a blusa laranja da lanchonete e uma calça preta, na qual preferiam colocar uma jeans, e claro, o boné com o nome do lugar.

Todas as vezes eles iam almoçar na própria lanchonete já que Tao era um desastre na cozinha e Baek Hyun não tinha muito ânimo para fazer tal coisa, apesar de saber.

 

Atravessaram a rua e avisaram que os turnos deviam ser trocados. Marcaram presença e já começaram a atender.

Desde a contratação de Tao, o local começou a ficar mais movimentado, pois todos, na época, ficaram curiosos para experimentar o tal sanduíche que o chinês vestia.

-Baekkie? – Tao chamou o amigo que estava no caixa verificando os trocos que seriam utilizados.

-Sim?

-Não se esqueça se semana que vem, você começa a servir o SeHun e o Luhan... – O chinês deu sorrisinho antes de receber um olhar furioso por parte do outro.

-Eu te odeio, Tao. – O menor bufou. – Eu não servirei a ninguém... Não sou escravos deles...

-Mas veja pelo lado bom... Você ficará próximo dos seus ídolos e ainda por cima, saberá onde o líder mora! – O mais novo tentava animar o outro que por um segundo teve seus olhos brilharem.

-Ei! Não tente me chantagear! Eu não cairei nessa... – Baek Hyun mostrou a língua antes que um cliente chamasse o moreno.

 

~~

 

-E por fim, esse é o refeitório. – XiuMin mostrou a grande ala de refeição. Era gigante. Como se fosse um shopping, muitas mesas e cadeiras para se sentarem, porém, não tinha tanta variedade para escolher, até porque o forte da empresa, era a própria comida que forneciam. Não eram necessárias outras empresas alimentícias ali dentro.

-Uau... – Jong Dae teve os olhos passaram várias vezes por aquele lugar. – É muito grande...

-É sim... Vamos? – O ruivo seguiu para a fila de alimentação da própria empresa. – Quer comer a comida da empresa, ou outra?

-Não... Quero experimentar a comida daqui... Olha o tamanho dessa fila! Onde tem fila é porque é bom! – O mais novo riu sendo acompanhado pelo outro.

-Você vai, Jong Dae, eu garanto!

-Pode só me chamar de Chen, Jong Dae é muito formal. – O maior piscou para o outro que sorriu e assentiu. – Eu espero que realmente seja muito boa!

-Eu prometo que você só vai querer comer aqui depois... – O ruivo riu.

E depois de passarem para pegar a comida desejada, seguiram para uma mesa de dois lugares.

-Wa... – Chen mastigava lentamente todo o alimento que havia colocado na boca. – É muito bom!

-Sim... É maravilhoso! – XiuMin também deixava a comida descer letamente até seu estômago que já clamava por algo.

-Você tem toda a razão... Eu nunca mais vou querer comer em outro lugar! – O mais novo pode ouvir a risada vinda do outro a sua frente.

-Certifiquei-me de que estava contratando o melhor cozinheiro. – O ruivo piscou para Jong Dae.

-Devo te parabenizar... Foi a melhor escolha da sua vida. – O maior sorriu deixando que seus olhos virassem uma meia lua.

-Perfeito...

-Como? – O médico perguntou não entendendo a palavra aleatória que havia sido dita.

-Esse molho! É perfeito! – O mais velho disse apontando com o garfo para seu próprio prato.

-Tem toda a razão! – Chen deu mais uma garfada. – Mas então, se me permite dizer, você e o Joon Myeon parecem ser bem próximos.

-Ah, sim! Nós moramos juntos... – XiuMin deu de ombros antes de notar o silêncio que se instalou ali e viu o outro abaixar a cabeça.- Não! Calma... Não é isso que está pensando... Eu moro ali por... Aish... Estou ficando todo confuso, espera.

-Não! Que isso... – O de cabelos cor de mel negou freneticamente com as mãos. – Não precisa me explicar nada, não... Não tenho preconceito...

-O que? Não! – O ruivo arregalou os olhos. – Não é isso! Eu e o... Aigoo... Eu posso... – Então o mais velho acabou por bater a mão no copo a sua frente deixando que todo o líquido fosse para cima do maior que se levantou rapidamente, mas já era tarde, já havia o molhado. – Omo! Desculpe-me!

-Não... Tudo bem... – Jong Dae tentava secar com apenas um mero guardanapo enquanto via o desespero do outro a sua frente e não pode deixar de rir com aquilo. – Acalme-se... Está tudo bem.

-Não... Eu juro que não sou desastrado dessa forma! Aish... Venha. – O menor puxou o outro pelo pulso. – Banheiro seria uma boa ideia agora.

 

- - -

 

-Perdoa-me...

-Já é a vigésima que você diz isso... Pode ficar tranquilo... – Chen deixava o outro lavar sua blusa na pia, o que não facilitou muito na que o médico ainda vestia a peça suja.

A parte inferior da blusa social branca que usava já era vista de longe com uma mancha laranja. A calça jeans de lavagem escura também havia sido afetada, mas não ligou muito, já que o tecido não podia ser visto com algo manchado.

O silêncio permaneceu ali enquanto o mais novo via o menor a todo custo tirar aquele suco dali.

-Eu moro lá porque meus pais e os pais de Joon Myeon sempre foram muito amigos... – O ruivo começou a falar atraindo o olhar alheio sobre si, todavia, não parou com o que estava fazendo. – Eu já havia começado a trabalhar aqui quando meus pais disseram-me que devíamos nos mudar.

-Não precisa me explicar nada...

-Só que eu via minha toda aqui, não podia simplesmente deixar que tudo ficasse para trás. – Min Seok respirou fundo ao ver a mancha começar a sair. – Foi então que SuHo teve uma ótima ideia de que eu morasse com a família Kim. E em troca de moradia, eu serviria com meu trabalho e segurança de Joon Myeon, mas todos sabiam que acima do emprego, havia a amizade.

-Omo... Desculpe-me por achar que você e ele...

-Namorávamos? – O menor riu nasalmente. – Eu não creio que Joon Myeon goste de homens, pelo menos eu sempre o via com namoradas.

-Mas... Então você...

-Pronto... – O mais velho sorriu ao ver que apesar da blusa estar quase toda molhada, não havia mais mancha ali.

-Ah! Obrigado... – Jong Dae sorriu. – Só que eu prefiro ficar um pouco aqui, para ver se seca...

-Omo! Claro... – XiuMin assentiu. – Ficarei aqui como companhia, se não se importa.

-Não, que isso... Pode ficar. – Os dois seguiram para o banco que havia ali dentro.

 

~~

 

-Baek Hyun! – Tao o chamou. – Vá atender a mesa 12 que estou ocupado!

Não se passou muito tempo depois da ordem do chinês para que o menor voltasse correndo até si e o agarrando pelo braço.

-Você não sabe quem está aqui! – O mais velho falou apressado.

-Acalme-se! – O moreno disse se curvando aos clientes da mesa que estava atendendo para ir até o balcão e entrar atrás do mesmo para pegar as bebidas. – Ou irá morrer antes de chegar aos trinta.

-Você não está entendendo a gravidade do problema... – O coreano disse desesperado. – Eu sinto que posso morrer!

-Eu também sinto a mesma coisa... Por isso, se acalme! – Tao pegou os dois copos já cheios de refrigerante e foi levar até a mesa de antes com um Baek Hyun em seu pé, e assim que terminou de servir o casal, virou-se para o menor. – Agora fale, antes que caia morto.

-Luhan...

-O que tem? – Tao esperou o outro terminar a frase.

-Está aqui...

-Quem está aqui? – O chinês não estendia as frases do mais velho que estava começando a ficar pálido.

-Ele veio me sequestrar! – Baek Hyun arregalou os olhos ao ter tal ideia passar por sua cabeça. – Ele vai me estuprar! Isso tudo é culpa sua! Eu vou morrer! Ele está aqui! O Luhan quer meu corpo nu!

-Baek Hyun! – O moreno foi obrigado a segurar o outro pelo ombro e chacoalhar o mesmo para ver se o pequeno acordava de seus devaneios.

-Eu vou morrer... – O coreano falou choroso.

-Espere um minuto... – Tao pareceu pensativo antes de apertar o amigo ainda mais. – O Kris está com ele?!

-O qu... – Não pôde terminar a pergunta devido a pressa que o chinês saiu correndo para a mesa 12, o que também não demorou muito para ir atrás.

-Ah... – Tao olhou para o único ser que estava ali sentado ainda com cara de perdido por ter sido deixado falando sozinho.

-Hã... Oi? – Luhan olhou para as duas criaturas a sua frente, já que uma tinha cara de decepção estampada no rosto enquanto a outra tinha o medo no olhar. – Não sabia que trabalhavam aqui...

-Por que ele não veio com você? – O moreno dali cruzou os braços com uma cara de irritado.

-Ele quem? – O jogador do time de basquete perguntou não entendendo nada que estava acontecendo ali.

-O Kris... Quem mais poderia ser? – Tao falou com indignação. – Quando é assim, você pode trazê-lo contigo... Oras...

-Mas eu nem o vi hoje... – Luhan começou a rir com tudo que estava ocorrendo. – Eu si vim comer alguma coisa antes de ir para o treino... Mas assim que fui fazer meu pedido... O funcionário sumiu... – Desta vez foi obrigado a olhar para Baek Hyun que se escondia atrás do maior.

-O que? – Baek Hyun perguntou ainda com receio de sair dali. – Não posso fazer nada se tem um louco atrás de mim que quer me sequestrar...

-Quem? Eu? – O chinês mais velho perguntou antes de rir nasalmente. – Vocês são engraçados... Gosto de vocês.

-Se gostasse teria trazido o Kris contigo! – Tao disse batendo o pano que havia nas mãos em cima da mesa.

-Mas ele nem sabe que eu v...

-Não quero saber! Estou de mal de você, Luhan... – O moreno empinou o nariz antes de virar o rosto.

-E por que você veio aqui me sequestrar? Eu ainda sou muito novo para morrer... – Baek Hyun disse com uma voz de choro. – Eu te imploro para não me levar... Eu te dou tudo que eu tenho, mas não me leve...

-É o que? – Luhan gargalhou ao ouvir aquelas palavras. – Eu não quero te sequestrar, Baek Hyun, pode ficar sossegado... Eu só quero comer...

-O QUÊ?! – O coreano deu um pulo para trás. – Não... Por favor... Eu juro que eu não farei nada... Não me estupre!

-O que? – O jogador arregalou os olhos. – Não! Não foi isso que eu quis dizer...

-Por favor... – Baek Hyun se ajoelhou em sua frente pegando em uma das suas mãos. – Eu ainda tenho muito que viver nessa vida, não posso virar uma pessoa complexada...

-Não... Baek Hyun, não me entenda mal... – O reserva tentava a todo custo levantar aquele que ainda se mantinha ajoelhado. – Eu quero comer um sanduíche... Você quer, por favor, se levantar!

-Ah... Claro, mas só se você prometer não me machucar...

-Ande logo, Baek Hyun. – Tao se viu obrigado a levantar o coreano de forma que ele ficasse ereto.

-Vocês me assustam... – Luhan falou enquanto mirava os dois a sua frente. – E pode ficar sossegado, Baek Hyun. Eu não estarei dentro desse trato do seu amigo com o SeHun. Não te farei mal nenhum...

-Sério?! – O coreano se viu com um sorriso no olhar. – Omo! Eu te amo, Luhan!

O reserva se viu atacado por um pequeno que agarrara seu pescoço e começara a beijar seu rosto freneticamente.

-Byun Baek Hyun! – Tao puxou o amigo pela cintura. – Ele não está acostumado com essas suas demonstrações exageradas de amor... E tem outra... – O chinês deu um peteleco em sua testa. – Ele não é gay feito você.

-Ah! É... Desculpe. – O menor se curvou ficando um tanto corado com sua ação de poucos segundos atrás.

-Que i-isso... Está... Tudo bem. – O jogador se remexeu na cadeira.

-Já posso anotar seu pedido? – O coreano perguntou tirando um bloco do bolso junto da caneta azul.

-Ah... Isso. – Luhan voltou a si. – É... O especial junto com um suco natural de laranja.

-Sem fritas? – Tao perguntou vendo o quão saudável era o mais velho a sua frente.

-Ô seu burro... Ele é atleta... Bobão... – Baek Hyun revirou os olhos.

-Aigoo... Não seja tão duro, Baekkie... Eu apenas me esqueci... – O moreno choramingou antes de se sentar na cadeira da frente do jogador que o olhou confuso. – Agora me diz... Como é jogar ao lado do Kris...

-Como? – O chinês mais velho olhou para Baek Hyun em procura de uma resposta, porém, só teve um revirar de olhos. – Eu... Não reparo nisso.

-Eu quem me esqueci de que ele não é gay, né? – O coreano arqueou uma das sobrancelhas para o amigo que se lembrou.

-É... Esqueci... – Tao colocou o indicador no queixo parecendo pensativo. – Agora, então, me diz outra coisa. Isso você poderá me responder... É grande?

-O que? – O reserva não entendeu o que, na verdade, era “grande”.

-Você sabe... – O moreno revirou os olhos. – Ali... Embaixo...

Os dois amigos puderam ver as bochechas de Luhan ficarem avermelhadas antes do mesmo se engasgar com a própria saliva.

-Huang Zitao! Você é louco!?! – O menor dali bateu no ombro alheio a fim de fazê-lo perceber o tamanho da gravidade que sua pergunta causara no outro.

-Omo! – Tao se levantou indo até o jogador que parecia ter um colapso nervoso apenas com uma gotinha de saliva que devia ter entrado no buraco errado. – Ajudem-no! – Foi para trás do loiro onde o levantou e começou a apertar sua barriga a fim de ajudá-lo, mas não adiantou muito.

Quem visse de fora poderia rir com aquilo, Baek Hyun apenas estava olhando para os lados freneticamente enquanto abanava com seu bloquinho Luhan que tinha o rosto vermelho igual uma pimenta.

-O que está acontecendo aqui?! – O dono apareceu vendo o tumulto que seus funcionários estavam causando.

-Ele vai morrer! – O coreano informou seu chefe que apenas fez com que Tao soltasse seu cliente, pois só daquela forma de “socorrer” o outro ele, realmente, teria uma morte precoce.

-Vocês ficaram loucos?! – O senhor de quase cinquenta anos perguntou depois que Luhan se acalmou e a outra funcionária lhe trouxe rapidamente um copo de água. – O que deu em vocês? Querem ser demitidos?!

-Omo! Não... – Seu suposto cliente negou freneticamente com as mãos. – Não será necessário. Eles são meus... Amigos...

-Isso é sério? – O dono franziu o cenho em uma mistura de duvida e indignação. – Como essas criaturas podem ter amigos?

-Ei! – Ambos os amigos disseram juntos.

-Não, que isso, senhor. Eles são meus amigos. Certo Baek? Certo Tao? – O jogador piscou para os dois que assentiram freneticamente.

-Isso é sério, ou está tentando livrar a cara desses dois? – O chefe colocou uma das mãos na cintura. – Porque se estiver eu vou ralhar com esses dois pivet...

-Não! – O reserva falou um tanto alto. – O senhor nos desculpe pelo incômodo... Prometo que não acontecerá novamente.

-Hum... Tudo bem. Eu já vou indo. – O dono saiu dali apressadamente.

Baek Hyun ficou fitando o seu mais novo anjo.

Havia salvado sua vida, seu emprego, seu aluguel, seus ingressos para assistir mais um jogo de Kingers, havia salvado a pátria.

-Luhan... – O coreano atraiu o olhar do reserva que encarou esperando o que ele viria a falar. – Eu te amo! – O menor o abraçou novamente enchendo de beijos o rosto alheio.

-Baek Hyun! – O chinês moreno gritou para o amigo que insitia em fazer tal coisa.

Ah não... – Luhan pensou consigo mesmo. – Tudo de novo não...

 

~~

 

-Não é como se fosse o quartinho de empregados, sabe? – XiuMin não havia parado de falar um segundo desde que haviam se sentado naquele banco para esperar a camisa de Chen secar. – Mas não é como o quarto de Joon Myeon... É tão bom quanto, mas não igual, até porque se eu tivesse aquele tamanho de quarto eu ficaria louco para achar uma peça de roupa. Já imaginou? Já sou meio atrasado, ainda teria que ficar procurando e procurando...

-Você não cansa? – Jong Dae perguntou rindo ao ver as expressões que o menor fazia.

-Do que?

-De falar tanto... – O mais novo riu mais ainda com o bico que o ruivo fez. – Mas pode continuar, eu gosto de pessoas que falam bastante.

-Isso eu deveria levar como um elogio? – O mais velho perguntou com uma sobrancelha arqueada.

-Com toda a certeza... Mas ande, continue a me falar sobre o quanto seu quarto é tão bom quanto o do Joon Myeon.

-Eu sinto que você está tirando uma com a minha cara... – O ruivo cruzou os braços se fingindo de irritado, porém, logo voltando a encarar o outro, afinal de contas, não conseguiria ficar quieto por muito tempo. – Mas agora me diga um pouquinho de você. Eu já disse muito sobre mim... Ande, ande...

-Tudo bem... O que quer saber? – Chen perguntou sorrindo enquanto fitava o outro pensar sobre que parte de Jong Dae ele queria descobrir.

-Qual sua cor favorita? – O ruivo olhou confuso ao ter uma gargalhada soando em seus ouvidos. – O que?

-De tantas coisas para saber... Você realmente quer saber qual a minha cor preferida? – O médico riu mais um pouco ao ver que o outro estava realmente sério, então, parou de rir no mesmo instante. – Vermelho.

-Vermelho? – O menor perguntou.

-Sim, por isso gostei do seu cabelo. – Jong Dae viu o outro corar.- O que? Homens também podem gostar de cores não sendo azul ou verde.

-Omo! – O ruivo negou freneticamente com as mãos. – Não foi isso que quis de dizer... Você pode sim gostar de vermelho...

-Aigoo... – Chen falou sorrindo sem mostrar os dentes. – Próxima pergunta.

-Tudo bem... Vamos ver... – XiuMin torceu um bico. – Um lugar que gostaria de visitar.

-Nesse momento... Seu quarto. – O médico não percebeu as palavras que haviam sido ditas há poucos segundo atrás. – Não me leve a mal! Eu juro que não... Aish... Como eu sou bobo.

-Hum... – O ruivo riu em concordância.

-Ei... Não concorde comigo... – O maior disse fazendo-se de ofendido. – Quando é assim você diz: “Não, Chen, você não é bobo, você é especial”... Vamos de novo.

-Tudo bem. – O menor gargalhava com tudo aquilo, mas resolveu entrar na brincadeira.

-Aish... Como eu sou bobo.

-Não, Chen... Você não é bobo, você é especial. – XiuMin tentou se manter sério, porém, não se conteve e caiu na risada sendo acompanhado pelo outro.

-Muito bem, aprende rápido... – O médico piscou para o outro quando enfim retomaram a respiração normal. – Acho que já secou... Podemos sair já.

-Aigoo... Que preguiça... – O ruivo se espreguiçou vendo o outro se levantar e esticar as mãos em sua direção.

-Venha, eu te ajudo... – O maior puxou o outro que insistia em ficar largado naquele banco. – Você ainda tem de me levar à quadra.

-Ah! – Min Seok lembrou-se. – Acho que estamos um tanto atrasados... Vamos ver se eles já chegaram.

 

~~

 

-Por favor! – Tao ainda se matinha agarrado no braço do jogador que acabara de dizer que precisava ir treinar.

-Eu não vou te falar onde ele mora... Depois vai sobrar para mim. Eu mal entrei no time e já irei sair? – Luhan perguntou ao outro chinês que tentava a todo custo rancar a informação.

-Eu te imploro! Eu te dou o Baek Hyun! Por favor... – O maior choramingava.

-Eu já disse que não sou de ninguém! – Baek Hyun gritou do caixa já que pode ouvir seu nome ser pronunciado.

-Não, não e não, Tao... Seu trato é com o SeHun. – O reserva disse mais uma vez tentando abrir a porta do estabelecimento.

-Eu faço o que você quiser... Por favor...

-Eu não quero nada, Tao... – O jogador revirou os olhos enquanto ria com tudo aquilo.

-Mas você não está entendendo... Eu irei morrer se não souber.

-A única coisa que eu preciso, você não pode conseguir para mim... Então, desista. – O loiro conseguiu se livrar dos braços alheios.

-Eu consigo! O que você precisa! Diga-me! – O maior disse desesperado atraindo o olhar alheio.

-Tao... Mas que coisa... – Luhan pode ver o outro fazer um aegyo e respirou fundo. – A única coisa que eu preciso é alguém com que eu possa treinar fora dos horários de treino com o time. Alguém que saiba jogar e que aceite ficar um tempo à noite comigo, me ajudando a treinar mais.

-Eu consigo! – O moreno disse apressadamente. – Eu juro que eu consigo! Mas... Você precisará me dizer onde ele mora.

-Eu não sei, não... – O mais velho disse piscando lentamente.

-Por favor...

-Tao... – Luhan disse cansado.

-Por favor... Por favorzinho... – O mais novo fez um biquinho.

-Tá! Que seja... Te dou uma semana para me arranjar alguém, então eu descubro o endereço dele, pode ser? – O reserva desistiu de discutir.

-Wah! Eu te amo, Luhan! – Antes que pudesse agarrá-lo em um abraço, parou no meio do caminho lembrando-se do excesso de amor. – Em uma semana você terá essa pessoa.

-Não acho que seja uma boa ideia...

-Eu te garanto que é...

 


Notas Finais


Hey-yo!
E aí? O que acharam?
Enfim, obrigada à todos que leram...
Agora eu vou é escrever "Um outro conto de BaekYeol..." Que para quem acompanha... Está fervendo...
Semana que vem eu posto "Aos meus Cuidados" que eu finalizei o capítulo ontem.... hehehe.... E devo dizer... Está tensa a coisa...
Obrigada novamente pessoal!
Vejo vocês daqui 21 dias! Ou... Semana que vem para quem acompanha as outras fics....
Beijos bebês!!!
>.<


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