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História Entre deuses e reis - Prisioneiro em fuga


Escrita por: Omega_Centuryon e HesseyOka

Capítulo 14 - Prisioneiro em fuga


Um chiado infernal perfurava seus ouvidos. Seu corpo estava atirado em um frio e desconfortável piso de metal. Ele escutava vozes vindo de todos os lados.

Maurício: - Humm. . .

Ele abriu os olhos, uma forte luz branca o cegou. Ele voltou a fechá-los e se virou no piso de metal. Seu corpo inteiro estava dolorido por dormir num piso duro e frio de metal.

Enquanto ele se levantava lentamente, Maurício notou que finalmente poderia sentir algo novamente. Ele quase havia esquecido como era sentir frio ou dor. Mesmo sendo sensações ruins, ele estava feliz que elas estavam de volta.

Maurício: - Bryan?

Ele olhou ao seu redor, e tudo o que encontrou foi uma cama, um baú com roupas e cobertores, uma chapa de ferro a um metro de distancia da parede que ia do chão até o teto, e atrás dessa grande chapa de ferro havia uma privada e uma pia.

As paredes eram de concreto com pequenas janelas. Maurício tentou ver algo por elas, mas eram muito pequenas para poder saber o que estava acontecendo do lado de fora daquele quarto. Mesmo que tentasse, o vidro das pequenas janelas era muito espesso, e distorcia a forma de qualquer coisa que estivesse do outro lado.

De repente, uma sirene tocou, e um pedaço de uma das paredes vaporizou. Maurício olhou para onde aquele buraco levava, e viu um corredor de vidro a sua frente.

Lentamente ele saiu, e o pedaço na parede voltou a se solidificar.

Em questão de segundos Maurício estava cercado de outras pessoas. Todas indo na mesma direção, e nenhuma delas parecia se preocupar com sua existência.

Maurício: - O que está acontecendo?

Mas ninguém o respondeu.

Com medo e sem saber o que estava acontecendo, Maurício seguiu a direção que todos estavam indo.

Olhando pelas paredes de vidro, Maurício viu dezenas de outros corredores acima dele, cada corredor cheio de pessoas indo para o mesmo lugar.

Após caminhar por alguns minutos, Maurício passou por um grande arco de ferro e entrou em uma enorme sala onde centenas de outras pessoas estavam.

Conforme as pessoas iam avançando, elas começaram a se estreitar em uma fila única. No final da fila havia algumas pessoas com vestimentas de combate entregando uma bandeja com comida para cada um. Chegando sua vez, ele apenas pegou sua bandeja e seguiu em frente.

Agora que ele havia conseguido sair da fila, ele se deu conta do que era aquela grande sala. Era uma espécie de espaço para almoçar, mas para centenas de pessoas.

Ele andou mais um pouco até encontrar uma mesa vazia onde podia se sentar a sós.

Maurício: - Que lugar é esse?

Ele resolveu comer sua comida ao invés de ficar se perguntando perguntas sem resposta.

?????: - Não é óbvio?

Maurício olhou para a cadeira a sua frente, e para sua surpresa, lá estava ela, a mesma mulher sem nome falando com ele.

?????: - É uma prisão. E uma feita ESPECIALMENTE para vocês!

Maurício: - Como você me achou ?

?????: - Eu não comeria a carne desse lugar se eu fosse você.

Maurício: - Por que?

?????: - Algumas culturas, inclusive a que você foi criado, consideram canibalismo algo horrendo.

Maurício olhou as bolas de carne descansando por cima de uma porção de massa com um pouco de molho.

Maurício: - O quê? Como assim?

?????: - Depois de algum tempo, eles pegam alguns prisioneiros e os trituram! Com seus músculos, fazem a carne; Com o cálcio de seus ossos, eles criam o leite que te entregam nessas caixinhas.

Maurício olhou a pequena caixa de leite a sua frente com nojo.

Maurício: - E como eu escapo desse lugar?

?????: - Você? Escapar? Há! Você nunca vai conseguir escapar! Esse colar no seu pescoço inibe seus dons. Mesmo que você se matasse para ressuscitar depois que tirassem essa coisa de você, eles iriam te triturar, assim como já fizeram com muitos outros.

Maurício: - Mas . . . você disse que precisava de mim para fazer uma coisa! Como eu vou te ajudar se eu estiver preso aqui?

A mulher sorriu carinhosamente para ele.

?????: - VOCÊ não vai escapar. Seu amigo . . . por outro lado . . . Bem, digamos que ele AINDA não descobriu como os colares funcionam. Mas, quando descobrir, você terá que subir o mais rápido possível!

Maurício: - O Bryan? Ele vai escapar?

?????: - Só para você saber, esses colares emitem um tipo de radiação que deteriora seus neurônios rapidamente. Porém, já que vocês não são "pessoas normais" esse processo leva muito tempo. Mas, quando finalmente surte efeito, vocês podem virar marionetes perfeitas do cantor.

Maurício: - Cantor?

?????: - Um dos filhos de Jade, aquela víbora. Não sei seu nome verdadeiro, mas, sem dúvida, é alguém muito perigoso!

Maurício: - Espera . . . você está me dizendo que prenderam esse pessoal todo para virarem marionetes? Pra que?

?????: - Para formarem um exército! O filho de Jade quer conquistar todos os quatro cantos deste mundo, e se tornar o rei supremo.

Maurício: - É, eu ouvi algo sobre se tornar o rei de tudo e etc.

?????: - Não é apenas se tornar um rei dentre os homens, Maurício! É de ter seu lugar reservado junto aos deuses! Você não ouviu o mensageiro em seu mundo?

Maurício: - Mensageiro?

?????: - O mensageiro é o semi-deus mais forte que existe! Muitos vieram e morreram neste mundo antes de você, e dentre todos eles, apenas um sobreviveu. Mas eu sinto que o destino pode mudar se eu lhe guiar na direção certa!

Maurício esfregou os olhos cansados.

Maurício: - Moça . . . você está me deixando mais confuso do que antes!

Quando ele abriu os olhos, ela já havia sumido.

Maurício: - Maravilha!

Silenciosamente, ele comeu sua comida enquanto pensava.

Após terminar de comer, ele voltou para seu quarto pelo mesmo caminho que havia percorrido antes. Ele entrou no seu quarto enquanto sua parede se materializava atrás de si.

Maurício ficou dias tentando digerir as informações dadas, até que um dia, enquanto se olhava no espelho, ele se deu conta de algo, seu cabelo e sua barba haviam crescido.

"Quantos dias se passaram? Eu não me lembro . . . quando eu cheguei aqui." Esses pensamentos começaram a atormentá-lo nas horas seguintes.

Maurício tentou se concentrar, mas todas as suas lembranças eram iguais. O fato de fazer exatamente as mesmas coisas, todos os dias, estava fazendo suas lembranças se embaralharem. Ele não sabia se ele tinha várias lembranças iguais de diferentes dias, ou era apenas uma de um dia qualquer.

Maurício: - Eu preciso sair daqui! Mas . . . como?

Ele se deitou em sua cama enquanto as luzes se apagavam.

Maurício: - As únicas maneiras de sair daqui . . . seria virando um escravo ou virando comida. Mas em ambas eu acabaria morrendo, o colar . . .

Uma ideia surgiu em sua mente. Ele sabia que seria arriscado, e doloroso, mas era melhor do que continuar preso naquele lugar.

No dia seguinte, durante o almoço, ele rondou o refeitório até achar alguém que pudesse o ajudar em seu plano.

Não demorou muito para que ele achasse alguém.

Maurício se aproximou de uma mulher, ela obviamente era mais forte do que qualquer um. Ela tinha um corpo de uma halterofilista, seus braços eram cobertos de cicatrizes e seu olhar irradiava ódio. Ela seria perfeita.

Ele pegou a faca de sua bandeja, e em seguida despejou a comida em cima de seu alvo. A mulher se levantou, mostrando que era muito mais alta que ele.

Maurício jogou sua faca na frente da mulher. Em seguida, apontou com seu dedo para o próprio olho.

A enorme mulher entendeu o recado. E, rapidamente pegou a faca de maurício e cravou em seu olho.

A dor tomou conta de seu corpo. A lâmina fria da faca rasgando seu olho até a córnea o deixou em choque, mas não foi o suficiente para matá-lo.

Ele começou a duvidar de que seu plano realmente iria dar certo.

A mulher, ainda cega pelo ódio, agarrou a cabeça de Maurício pela nuca e bateu seu rosto contra uma das mesas, fazendo a lâmina perfurar ainda mais fundo.

Ele caiu no chão, sem conseguir se mover devido a dor. Sua visão começou a escurecer, um zumbido agudo parecia perfurar seus ouvidos.

A mulher se aproximou dele, levantou sua perna, e a última coisa que Maurício viu foi a sola do sapato da mulher se aproximando rapidamente da sua cabeça antes de tudo escurecer.

Enquanto tudo estava escuro, Maurício ouviu um breve suspiro de uma mulher. Talvez da mulher misteriosa que falava com ele, mas o suspiro soou muito distante para que ele pudesse reconhecer.

 



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