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História Knocked out (K.O.) - What if?


Escrita por: K_Jumbie

Notas do Autor


Olar, bbs

Desculpa não ter postado na quarta ;_; Pensei em postar dois caps, mas prefiro q vcs consigam digerir esse primeiro G_G
Metade dele vcs leiam escutando What if (Tokio Hotel) e o resto Love don't break me (Billy) e boa sortchy G_G

Capítulo 18 - What if?


Fanfic / Fanfiction Knocked out (K.O.) - What if?

 

“Cansei de ser pombo correio, Kook, sério mesmo.” Jimin disse pela décima vez, mas o garoto era muito bom em fingir-se de surdo, usando toda sua concentração para pintar a última unha da mais velha, que sorria pequeno para o cuidado do adolescente.

 

Não era um trabalho profissional, mas era um bom modo de distrair a cabeça do dongsaeng, que parecia uma bomba relógio após a última briga. Havia recebido uma ligação de Seok avisando que se Jungkook quebrasse mais um móvel em casa iria ter que quebrar a cara dele, e decidiu que era hora de visitar o estressadinho.

 

“Ele deve estar levando outras pessoas pra lá enquanto eu tô aqui que nem um idiota. Daqui uns dias meus chifres nem passam mais naquela porta, vai vendo.” Constatou amargo, apoiando a mão delicada agora com as unhas vermelhas na coxa da garota, que sorriu abertamente diante do resultado.

 

Mal deu tempo desta levantar as mãos do colo antes de ir para frente e apoiar a cabeça ali, pedindo carinho do seu jeito desengonçado de sempre, um bebê crescido que a mais velha já havia aprendido a lidar.

 

“Você parece que não conhece ele, né? Acho que nem punheta ele bate quando tá triste, quem dirá sair pegando geral.” Refreeou a vontade de acariciar os fios brilhosos do rapaz, lembrando que borraria o esmalte, e escolheu ao invés disso acariciar seus ombros, tensos com o que o dono estava sentindo. “E pensar que vocês brigaram porque os dois queriam dar.” Ela riu alto, vendo o mais novo erguer a cabeça e a encarar sem nenhum humor, e logo o forçando a deitar de novo. “Se tivessem me dito que esse era o problema, tinha emprestado pra vocês meu dildo de duas pontas.” Escapou de um beliscão na cintura mas não de um tapinha da coxa, e já ia xingar pela marca que ficaria quando a voz do adolescente se fez ouvir, tão pequena e tristinha que até esqueceu da vingança.

 

“Ele deve sentir saudades do que eles faziam…” Jimin quis já cortar o papo, mas sabia que Jungkook não tinha ninguém mais pra desabafar. “De ser cuidado, de ter alguém mais experiente. Ele tá certo, noona, eu sou só um moleque.” Finalizou, e a morena suspirou, querendo olhá-lo nos olhos mas sabendo que ele não permitiria. Podia sentir suas coxas ficando úmidas onde as bochechas do rapaz encostavam.

 

“Ele te ama, Kook… e ele adora que você queira ser protegido, que você goste de se entregar pra ele.” Tentou achar as palavras certas. “Ele só fica preocupado com o que você vai sentir, sabe? Não é tão simples assim, do nada, começar a transar com outro homem. Acho que ele só queria te deixar provar primeiro pra depois te pedir pra inverter.”

 

“Eu não acho que seja tão difícil assim.” Apertou mais o rosto ali, sentindo o sol morno aquecendo a parte das suas pernas que não estavam cobertas pelos shorts. O terraço ainda era seu local favorito naquele prédio. “E ele podia ter me perguntado, né? Eu tô pronto pra isso… eu… eu venho me preparando…” Confessou tão baixo que Jimin demorou um pouquinho pra entender, parando de se mover ao compreender a frase.

 

“Defina preparar.” Mas não era nem mesmo necessário após a pausa longa e de ver as orelhas do garoto pegando fogo, completamente vermelhas. “Você já se tocou…sabe…”

 

“Não sei pra que você fica dando voltas, Noona… você é a pessoa mais sem vergonha que eu conheço.”

 

“Primeiro: obrigada.” Respondeu fingindo estar escandalizada, logo fazendo-o se afastar só pra se vingar do jeito certo pelo que ele disse. “Então tá, você que pediu.” Sorriu sacana vendo a carinha perdida dele. “Você se fode com seus dedos? Ou com brinquedos?” E a missão parecia bem cumprida, se o jeito como este virou um pimentão, passando a examinar os esmaltes com atenção exagerada, indicasse algo. “Aposto que sim… de frente pra um espelho, talvez? Eu vou ver se tem espelho no seu quarto quando a gente descer.”

 

“Aish, Noona, para!” Outro tapinha ardido, desta vez devolvido em forma de um chute sem muita força dos pés calçados em saltos.

 

“Enfim, eu entendi. Ele devia ter perguntado.” Ficou um pouquinho mais séria, pensando em como os dois perdiam tempo, brigando ao invés de fazendo algo mais interessante. “Mas você também não precisava ter dado aquele escândalo todo.” Disse, séria, logo perdendo o tom bravo ao espremer os olhinhos com um sorriso sapeca. “Na próxima só faz assim ó…”

 

 Jungkook quase teve uma crise de risos ao ver a cara da pequena, só pra se assustar ao vê-la escalar sobre seu corpo, o abraçando pelo pescoço e sentando no seu colo sem pudor algum. “Vem, hyung, me fode logo, eu não quero ser ativo, não tá vendo minha bunda de passivinha?” Fez uma voz imitando Jungkook, que desatou a rir de novo, embora segurasse a menor pelas coxas, para evitar que essa caísse enquanto fingia estar cavalgando, fazendo caras e bocas e tirando com a sua cara.

 

 “Não tá vendo que eu já sou um garoto crescido? Eu já brinco com os meus dedinhos, vem… deixa eu te provar…” Gemeu exageradamente, e Jungkook já pensava em mandá-la a merda quando a porta se abriu, revelando um Yoongi de olhos arregalados e rosto vermelho, como se houvesse subido as escadas ao invés de usar o elevador. “Oppa?”

 

“Yoon…”

 

Não houve nem tempo para darem a típica desculpa de “não é o que você pensa”, porque se o hyung era lento subindo, com certeza não perdeu tempo ao descer, o sangue fervendo nas veias ao retornar para a academia ainda com a imagem dos dois presa na sua mente.

 

Em dias normais aceitaria aquilo como o que era: apenas uma brincadeira.

 

Mas infelizmente nem sempre os dias eram normais na cabeça de Min Yoongi.

 

 

--x--

 

 

Se havia algo que dizia muito sobre Yoongi era como mesmo com o coração em migalhas ele nunca conseguia dar as costas àqueles que lhe feriam. Ainda mais quando tais pessoas eram lindas e adoráveis e tinham sorrisos tão maravilhosos que tiravam sua raiva em questão de segundos.

 

Um dos donos destes sorrisos naquele momento guiava a dona do outro, enquanto de olhos fechados ela seguia degrau por degrau sentido àquilo que Yoongi planejara por dois meses inteiros, aos sussurros e ligações escondidas, porque era difícil demais planejar algo sem que ela desconfiasse.

 

A baixinha havia até mesmo achado que o mais velho estava com raiva de si, a excluindo de algo, e depois do “flagra” na semana anterior só piorou. Ser pega no colo de Jungkook deixou Jimin um tanto envergonhada do seu jeito safado de agir, e como sua tentativa de aproximar os dois havia falhado,  agora é que se sentia responsável pela confusão.

 

“Pra onde você tá me levando?” Yoongi acompanhou meio de longe Jungkook segurando a cintura da mais velha, a ajudando a não tropeçar, e sentiu vontade de arrancar os cabelos de ciúmes, completamente louco pela delicadeza com que o rapaz tratava a noona, por como ela sorria meio boba se apoiando no ombro forte dele, em como pareciam fodidamente gostosos juntos. Chegava a ser irracional.

 

Ainda assim, não tinha coragem de estragar tudo por puro egoísmo de querer os olhos do garoto apenas sobre si.

 

“SURPRESAAA!!!”

 

Jimin, que já se assustava com facilidade, quase desmaiou tamanho coro a recepcionando, imediatamente começando a chorar ao retirar a venda improvisada dos seus olhos e constatar que a academia estava lotada de pessoas - mais lotada do que já estivera até em campeonatos - em uma situação que até aquele momento escolhera comemorar sempre sozinha, mal permitindo a presença de Yoongi.

 

Aniversários eram complicados quando aqueles que te trouxeram ao mundo não estão presentes.

 

Esqueceu imediatamente da situação com Yoongi ao abraçá-lo forte, chorando como não chorava há meses, enquanto o amigo murmurava diretamente no seu ouvido devido ao barulho, sobre como sabia que aquela data doía muito, mas que era hora de começar outra era, que não aguentava mais vê-la gastar um dia tão especial chorando por quem não merecia seu amor.

 

Dali em diante preferiu ficar de canto, apenas observando como a menina agradecia a presença de todos, sendo abraçada milhares de vezes por amigos, alunos e conhecidos, que pareciam se contagiar com o sorriso da mesma, que finalmente entendia o porquê Yoongi havia a deixado no escuro tantos dias, sem entender direito pra que tantos segredos.

 

E a noite fluiu verdadeiramente leve. Um pouco mais leve a cada drink que Yoongi virava sem sequer piscar.

 

Mas obviamente Jungkook tinha que complicar um pouquinho as coisas.

 

Ele já estava absurdamente lindo com aquela blusa vermelha e a carinha de bravo que não funcionava muito para afastar Yoongi, que continuava olhando para o garoto sempre que este se distraía, e pra completar, o filho da mãe ainda estava atraindo toda a atenção para si, cantando feliz aniversário para a morena no microfone (e desde quando ele cantava tão bem???), e depois tirando esta pra dançar ao som de alguma música lenta demais para ser decente, enquanto Yoongi sentia vontade de ir lá e dar umas palmadas nos dois, fazê-los pagar pela maldita tortura.

 

“Porque você não vai lá?” Se assustou ao ouvir Seok praticamente gritar acima daquele barulho todo, uma garota presa em cada braço, cada uma com uma feição menos amigável encarando a outra com ciúmes. Não sabia como os casos do capoeirista não acabavam em briga.

 

“Eu sei bem quando não sou bem vindo.” Yoongi respondeu amargo, virando outra dose a fim de afogar o ciúme borbulhando em sua garganta. “E ali eu obviamente não sou.”

 

“Não é o que eu acho… “ Hoseok tomou o drink da mão do hyung, pedindo licença às garotas antes de se aproximar para falar mais alto. “Você deve estar perdendo o jeito né? Eles estão te olhando como se estivessem dando um showzinho justamente pra você.” Afirmou, e só aí Yoongi se permitiu encarar diretamente, prendendo-se totalmente no que encontrou.

 

Jimin dançava sensualmente completamente colada no mais novo, rebolando lentamente contra a virilha do rapaz quando virava de costas e mordendo os lábios vermelhos toda vez que encarava Yoongi. A mensagem era clara: Vem tomar ele de mim.

 

Já Jungkook, ao contrário da primeira vez em que dançara com a Noona, agora sabia exatamente o que fazer, segurando a cintura da mais velha com força e a mantendo próxima a si enquanto se movia, em uma dança que transformava a pista de dança em um quarto, como se ninguém estivesse vendo o que fazia. Ou justamente o faziam porque queriam ser vistos?

 

Ali, nos olhos do dongsaeng, a mensagem era outra: Vem me pegar.

 

Yoongi normalmente era tímido em situações como aquela, mas o álcool que já corria junto ao seu sangue ajudava-o a se soltar, e bastou um empurrãozinho de Seok para se encontrar andando a passos incertos até lá, sendo recepcionado por dois sorrisos sapecas que ele teria reconhecido como cúmplices caso não estivesse tão concentrado em se controlar e não atacá-los logo de cara.

 

“Você demorou, hyung.” Jungkook disse ao puxar o mais velho para junto de si e de Jimin, que se manteve ali no meio, se movendo em sintonia com a batida, amando o calor dos corpos a envolvendo.

 

 “Pensei que teria que levar ela comigo lá pra cima sozinho hoje.” A mente anuviada pela bebida não entendeu o que estava implícito ali, mas para o seu azar (ou sorte) Jimin era muito mais direta.

 

“Ele é delicioso, oppa… é o melhor presente que você podia ter me dado.” Alisou Jungkook com gosto, aproveitando que estava oculta pelos corpos de ambos e pelas outras pessoas ao redor e acariciando o garoto por cima dos jeans, ação que Yoongi só percebeu ao ver o garoto fechar os olhos e gemer baixinho, inaudível no meio da bagunça. “Agora eu entendo o porquê você fez tanta questão de dar pra ele.”

 

Sorriu ainda mais ao virar a cabeça e ver o boxeador bravo, logo derretendo o bico dele ao puxá-lo para perto de si e se esfregar com gosto contra sua virilha. Era impossível resistir àquela bunda. “Mas ele também é grande, Kookie...hm… que delícia, eu quero vocês dois…” Praticamente gemeu, totalmente manhosa e entregue, e a pouca interação entre os rapazes, ainda um tanto receosos da reação do outro, mudou repentinamente.

 

 Jungkook sabia que o hyung estava bravo, mas ignorou completamente os sinais vermelhos ao se curvar sobre o ombro da noona e capturar os lábios dele, engolindo um grunhido frustrado e sorrindo para a marra do boxeador ao senti-lo diminuir ainda mais o espaço, praticamente esmagando a menina no meio dos dois.

 

“Calma…” Se afastou um pouquinho, ajustando melhor a morena entre seus corpos, antes de pegá-la pelo queixo e a beijar também. Aquele não era o plano inicial, mas não podia evitar a curiosidade ao sentir-se todo acariciado pelas mãos delicadas. Buscou Yoongi com os olhos durante o beijo, mas os olhos do hyung não mostravam raiva ou desconforto, e sim puro tesão ao ver os dois dongsaengs se beijando, logo se aproximando e começando um beijo triplo, que logo virou outro beijo simples ao Jungkook se afastar e deixar a menina ter Yoongi um pouquinho para si.

 

 “Aproveita, Noona…” Jungkook sussurrou antes de morder a orelha perfurada dela, as mãos começando a descer e explorar cada pedacinho, a  começar pelos mamilos durinhos despontando na blusa de gola alta que ela usava. Manteve a mão esquerda ali enquanto descia a outra para a bunda firme, apertando e soltando enquanto seguia judiando da orelha e pescoço da morena com dentes e língua, e sentia como esta implorava por mais, aproveitando a batida da música para sarrar para cima e para baixo contra o volume preenchendo os jeans do mais novo.

 

Sabia que a mão dela também estava ocupada (e tremia só de imaginar onde esta tocava em Yoongi) e já pensava em parar só pra olhar quando sentiu o hyung tentar levá-los mais para o canto, no escuro, entendendo seu desespero ao ter dedos pequenos esfregados nos seus lábios, e o aroma inconfundível neles entregar exatamente onde estiveram.

 

 Reconhecia o cheiro de Yoongi - mais específicamente, do pau dele - sem dúvida alguma. Ainda se tocava lembrando disso, de como cheirava, e do gosto que tinha. Se assustou quando sentiu ela virar, ficando de frente para si.

 

“Ele tá todo molhado, Kookie… Tá babando por você…” Comentou, e a cabeça do garoto rodou, desnorteado mesmo que não houvesse ingerido bebida alguma. “Aposto que vai entrar fácil…” Constatou com um sorriso, e isso foi o suficiente para fazer o adolescente perder o controle, vendo Yoongi louco de desejo, à mercê dos dois, tão comportado enquanto era provocado daquela forma.

 

 Não sabia qual o limite para Jimin, tampouco se deveria tocá-la por dentro da calcinha que sentia toda vez que a blusa dela subia um pouco, mas sabia que não podia evitar tocar em Yoongi, e em segundos implorou por aquilo que estivera planejando por tanto tempo.

 

“Quero ir lá pra cima.” Jimin sorriu para o tom de voz de quem havia sido torturado, mas decidiu se divertir só mais um pouquinho, já que sabia o final daquilo.

 

 Yoongi a marcava sem piedade, descontando toda sua vontade no pescoço branquinho, e não quis perder a chance de repetir em Jungkook o que fizera no boxeador. Viu ele fechar os olhos ao abrir o zíper da sua calça, e morder os lábios ao sentir a mão macia o envolvendo, realmente assustado com a ideia de gozar em plena pista de dança, que sabia ser seu destino com o desejo que sentia.

 

 Jungkook não sabia se aproveitava a sensação da mão quentinha deslizando pra cima e pra baixo no seu falo, se olhava para o céu para pedir forças pra não adiantar as coisas ou se mandava tudo à merda e gozava na mão da morena, mas antes que tentasse escolher a decisão correta, ouviu a decisão da menina, que parecia estar se controlando também.

 

“Vão lá.” Avisou após longos minutos sentindo-o pulsar em sua palma e observando encantada, ao olhar pra cima, a forma como se beijavam. “Não estraga as coisas dessa vez, Kook.” Avisou ao adolescente, o libertando das suas carícias e dando um selinho em Yoongi ao vê-lo confuso pela sua partida. “Essa noite é de vocês, oppa. Quando vocês se resolverem, aí a gente marca algo.” Piscou para Jungkook, andando para longe, sob os olhares de ambos, um tanto perdidos agora que não tinham a companhia da baixinha para guiá-los. Felizmente, o resto de vergonha no dongsaeng parecia ter ido embora com ela.

 

O plano havia fluido perfeitamente.

 

“Sem brigas, ok? Prometo.” Avisou, beijando a orelha do boxeador e lhe lançando seu melhor olhar manhoso, mesmo que as luzes coloridas tirassem parte do efeito inocente daquilo. “Me leva lá pra cima, hyung…” A voz doce não lembrava em nada o  menino malcriado que chegara meses atrás. “Ou faz aqui mesmo…” Sugeriu fora de si. “O  que você preferir. Só não me faz mais esperar… não aguento mais.”

 

Yoongi também não.

 

A chegada ao quarto quase não foi notada pelos rapazes, que atravessaram a pista e então subiram as escadas como duas crianças escondendo-se para cometer alguma travessura. Exceto que a tal travessura tinha mais gosto de pecado do que de brincadeira, e ao mesmo tempo um tipo de libertação que deixava ambos com o coração acelerado e as mãos suando ao finalmente fecharem a porta que esconderia o que fariam. Não que se importassem. Com a vontade que tinham, podiam ter feito na frente de todos mesmo, se soubessem que não seriam interrompidos.

 

No fim das contas, nem mesmo a vergonha ou medo do passado conseguia ser maior que a impaciência de Jungkook.

Impaciência essa, que se agitava pela experiência de Yoongi, que ao contrário da última vez, sabia exatamente do que o garoto precisava.

 

“Vem cá.” Sentou-se na cama e indicou o seu colo, mas antes que o mais novo pudesse subir sobre si, negou com a cabeça, indicando o chão e vendo o rapaz fazer o seu melhor bico de desaprovação. Literalmente um garotinho contrariado.

 

“Não brinca comigo mais, hyung… eu vou explodir… sério, eu tô no meu limite.” Avisou, mas se havia algo que Yoongi aprendera, era como disciplinar o dongsaeng. Sabia que não era exagero, era só olhar para a virilha dele, o volume obsceno ali, bem à sua frente.

 

“Você já vai ter o que quer, Kookie… mas antes…” Viu o sorriso do garoto reaparecer ao levar as mãos para as próprias calças e as abrir, abaixando-as um pouco antes de libertar aquilo que se apertava tanto ali dentro. Sorriu junto com este ao ver o mais novo praticamente salivar ao entender. “Vem, me chupa primeiro… eu preciso ver você quietinho comportado com ele na boca de novo.” E falava sério, aquela visão ainda mexia consigo demais.

 

Jungkook mal respondeu, prontamente caindo de joelhos e abocanhando o hyung com gula, quase engasgando tamanha pressa de senti-lo. O moleque sabia exatamente o que causava ao gemer com o pau na boca, deixando a língua quente subir e descer e molhar bastante a glande enquanto fazia questão de encarar o boxeador com sua melhor carinha inocente.

 

 Agora como é que aquela criatura conseguia parecer inocente ao mamar com tanta habilidade é que era um mistério para Yoongi. “Sabe, hyung… eu poderia ficar aqui o dia todo… mas você já me prometeu tanto me dar mais…” Era obviamente uma reclamação, mas Yoongi apenas apertou a mão que segurava os cabelos do loirinho, o forçando a descer a subir com mais rapidez, com uma expressão no próprio rosto que não era nada senão puro desinteresse para as gracinhas do garoto. Sabia que o outro amava um desafio.

 

“Você não vai ter o que quer enquanto não provar que merece, bebê.” O apelido carinhoso deixou Jungkook ainda mais amolecido, louco para deixar escapar o que queria mas que ainda tinha vergonha de dizer, então fez obediente o que o hyung mandou, observando o bom trabalho quando finalmente a mão soltou sua nunca.

 

O adolescente não sabia como podia achar um pau tão bonito (qual era o critério, afinal?) mas a forma como este pulsava todo melado graças a si, as veias proeminentes,  a cabeça rosada tão atrativa quase chamando sua boca de volta, era simplesmente sua perdição. Já cogitava deixar que o hyung gozasse primeiro em sua boca, quando este se curvou, beijando-o e provando de si mesmo nos lábios inchados pela chupada anterior.

 

“Vem cá, deixa eu te ver.” Se levantou sentindo-se todo incômodo naquelas roupas e agradeceu quando o hyung começou a retirá-las com calma, beijando cada pedaço de pele e o fazendo arrepiar ao chegar mais e mais perto de onde queria.

 

“Você é lindo, Kookie…” Elogiou como tantas outras vezes, mas a admiração em sua voz parecia amplificada ao ter cada elogio selado com um beijo cheio de adoração, pequenas provocações que acendiam ainda mais o pobre garoto. “Sua pele… eles…” beijou cada mamilo com muita saliva, gostando do modo como estes se endureciam e arrepiavam ao serem provocados com pequenas mordidas, em como seu dono gemia  e choramingava e deixava as veias do pescoço a mostra ao jogar a cabeça para trás e puxar a boca do hyung para perto. Jungkook adorava aquele misto de prazer  e dor. “... aqui também… “ outro selinho, desta vez completamente casto, no local onde Jungkook mais queria. Só não esperava ter o falo duro praticamente esfregado na sua boca e bochecha, junto com o sorriso sacana do dongsaeng.

 

“Vai mamar em mim também, hyung? Me dar uns beijinhos aqui...” A confiança era só uma máscara para alguém que nunca havia sentido aquilo, e Yoongi sabia bem disso, ao limpar o rastro úmido deixado pelo membro ali e surpreendê-lo ao se levantar e mandá-lo deitar de bruços, com uma expressão que dizia que não estava para brincadeira. Jungkook já se questionava se havia feito algo errado e irritado o tatuado, quando o mesmo sorriu enviesado.

 

“Tão obediente…” sussurrou, puxando-o pelos quadris. “Prefiro beijar outro lugar.”

 

Jungkook sentiu as bochechas corarem ao ouvir isso, exposto como nunca ficou antes e tremendo um pouco ao esperar a ação do mais velho, que de propósito parou um pouco só para admirar o belo corpo entregue a si, trabalhado pela corrida e por si mesmo pelo tempo de boxe.

 

“Hyung… por favor…” Queria pedir que Yoongi parasse de olhá-lo, tamanho constrangimento que isso causava, mas o pedido morreu em sua garganta. O hyung era tão experiente, já devia ter trazido tantas pessoas para aquela cama - homens, e não garotos bobos como Jungkook - que só lembrar disso fazia o dongsaeng se questionar se era bom o suficiente. Sentiu um aperto na carne firme da sua coxa e corou furiosamente pela própria reação, de se abrir ainda mais.

 

Sabia que o adolescente tremia por um motivo, e apesar de querer continuar provocando-o, não tinha coração para deixá-lo tão apavorado logo na primeira vez.

 

Jungkook mal imaginava o que o boxeador faria. Era isso? Seria penetrado assim mesmo, sem nenhum tipo de preparação a mais?

 

“Relaxa, bebê… Eu não vou te machucar.” Ouviu diretamente na sua nuca, seguido de um beijo, que lentamente foi descendo e descendo e descendo até finalmente fazê-lo entender o que vinha a seguir. “Isso, empina pra mim. Fica assim…” Ordenou enquanto colocava um travesseiro sob o abdômen do dongsaeng, respirando fundo ao finalmente ter uma visão do que gostaria tanto de tocar.

 

 “Eu devia te dar umas palmadas sabe… te colocar uns limites.” Jungkook mordia com tanta força o lábio que não pensava em sequer respondê-lo, tenso que ficava com as mãos do mais velho em sua pele. Sabia que estava todo arrepiado, e rezava para que Yoongi acabasse logo com aquilo, constrangido com o momento de apreciação. “Mas eu quero tanto te provar primeiro, sabe?” Sentiu as mãos espalmadas na sua bunda apertarem com vontade e polegares forçando o músculo a se abrir, revelando o local que Jungkook começara a enxergar como erótico poucos meses antes, e xingou baixinho contra o travesseiro, surpreso em como a simples proximidade dos dedos do hyung com aquele local já era o suficiente para fazê-lo perder a dignidade e querer começar a implorar.

 

Não sabia se era por culpa do toque em si, da situação, do que sentia pelo outro ou simplesmente a humilhação que fazia suas bochechas pegarem fogo ao ouvir os elogios que Yoongi fazia naturalmente, mas desconfiava ser um combo de todas as opções anteriores. “Que delícia você é… vem, deixa eu provar…” Foi a última coisa de ouvir antes de Yoongi decretar sua sentença: ia gozar mais do que uma vez sim. Não era necessariamente uma escolha.

 

Se perguntassem ao rapaz que meses atrás havia socado outro rapaz no rosto por conta de um simples beijo, o que este faria com quem tentasse lhe beijar desta forma provavelmente teriam como resposta uma agressão ainda mais grave do que a que Taehyung sofreu, mas depois de tantas descobertas, tantas coisas novas que Yoongi o fizera sentir, Jungkook não era mais do que um animal dócil, domado pela boca do hyung, que simplesmente sabia, mesmo sem nunca ter perguntado, o que fazia o dongsaeng perder o ar.

 

 A cabeça do mais novo estava entre um apagão completo  e um furacão de ideias, onde não sabia se parava de pensar de vez e de se conter ou se continuava a se amaldiçoar pela demora, xingando cada obstáculo que passaram, cada minuto enrolando e até mesmo cada pessoa do passado do boxeador, que tivera o privilégio de já ter estado no seu lugar. Faria de tudo para que nenhuma outra estivesse.

 

“Hyung…” O som era quase um miado de tão baixo, e Yoongi sorriu em meio ao que fazia, conhecendo aquela reação bem. Não se achava extremamente atraente ou forte ou qualquer outra coisa, mas sabia exatamente o seu poder ao sentir a pele macia sob sua língua ao traçar desde as bolas até o furinho rosado mais acima, molhando e provocando e esfregando o local com o músculo quente até deixar o dongsaeng trêmulo.

 

De fato, não podia soltá-lo tamanha inquietação, então segurou ainda mais firme, feliz com as marquinhas vermelhas na pele clara ao imobilizá-lo para o que faria depois.

 

“Ah! Yoongi!” Jungkook entendeu perfeitamente a finalidade das instruções recebidas por Jimin horas antes da festa ao sentir a língua invadindo o anel de músculos ali embaixo, e teve que fazer um esforço inumano para não fugir, tamanho prazer e vergonha que sentia. Imaginou que deitado daquela forma fosse desconfortável para o mais velho, mas sequer conseguia virar para ver o que este fazia, muito menos sugerir que mudassem de posição. Yoongi, no entanto, não parecia sequer se importar, o devorando com a mesma naturalidade com que Jungkook o encontrava tomando café da manhã na cozinha antes do treino, como se fosse a coisa mais normal do mundo.

 

Se o garoto soubesse o quanto o hyung desejava que essa fosse sua primeira refeição todos os dias.

 

“Eu vou colocar meus dedos.” Yoongi avisou, como se Jungkook fosse negar algo, e o mais novo apenas assentiu quieto, tentando controlar sua respiração enquanto ouvia a do tatuado, descompassada como se houvesse corrido uma maratona. “Não se preocupa se tiver que gozar… é comum…” Aquela voz… as instruções em tom tão semelhante às que recebia em um ringue de luta… Jungkook não aguentaria de jeito nenhum mesmo. “Só me deixa saber quando estiver doendo muito.”

 

Ouviu o barulho de embalagem e quis se xingar por estar bancando o boneco inflável, todas as noites planejando impressionar o hyung indo por água abaixo tamanha timidez que sentia de sequer encarar o outro. As mãos habilidosas voltaram a tocá-lo, agora espalhando algo gelado antes de uma pequena pressão avisar que era aquilo, estava acontecendo.

 

 Pensou em pelo menos deixar o mais velho saber de algo, antes de perderem mais tempo.

 

“Eu aguento dois, hyung…” Murmurou, sentindo o estômago gelar ao notar a pausa repentina nos movimentos.

 

“Hã?” Sabia que o mais velho havia escutado, mas mesmo assim repetiu.

 

“Você pode colocar…sabe...dois dedos.” Abraçou ainda mais forte o travesseiro, em desespero pela falta de reação. Se soubesse o que Yoongi faria depois, provavelmente teria calado a boca há muito tempo.

 

Sentiu mãos o virando e o corpo do hyung se colocando entre suas pernas e fechou os olhos diante da expressão deste, um misto de curiosidade e malícia. “Repete pra mim.” Era uma ordem, e Jungkook sabia, repetindo ainda mais tímido o que havia dito antes, ainda de olhos fechados sentindo as mãos do mais velho ajeitarem suas coxas ao redor da sua cintura.

 

“Coloca dois dedos em mim…eu aguento…”

 

“Como você sabe que aguenta?” Abriu os olhos para encontrar os do boxeador, felinos e predadores dos seus, ansiosos por uma resposta que poderia estragar tudo - ou melhorar - dependendo do garoto.

 

 Imaginava que o jeito firme do hyung dizia respeito a possibilidade daquela afirmação entregar que Jungkook havia tentado algo com outras pessoas, mas imaginava também outro desfecho praquilo.

 

“Eu me preparei…sem você, hyung…Eu coloquei os meus.” A voz doce e as feições tão delicadas contrastando com o corpo escultural aliadas àquelas palavras só atiçaram ainda mais Yoongi, que decididamente não conseguiria frear seus instintos. Deixar o outro constrangido, entregue, era mais do que um simples fetiche.

 

Usou uma das mãos para apoiar o seu peso, deixando-a perto da cabeça do mais novo antes de abaixar um pouco e roubar um selinho, arrancando um sorriso deste.

 

 “Abre os olhos, Kook.” Dois olhos atentos e levemente embaçados encararam os seus. “Repete… conta pro hyung direitinho o que você fez.” Sabia que outra pessoa riria da sua intenção, mas aquilo apertava os botões certos no loirinho, que apenas balançou a cabeça do seu jeito típico, totalmente sem graça, mordendo o lábio inferior antes de dizer exatamente o que sabia que o mais velho queria ouvir.

 

“Eu imaginei, hyung… que ia doer na primeira vez.” Começou, usando as mãos para puxar a cintura do boxeador para baixo, adorando sentir a pele quente contra a sua, e tentando esquecer, mesmo que só um pouquinho, que conseguia sentir perfeitamente o falo escorregadio contra o seu. “Aí eu comecei a tentar sozinho… pensando em você.” Era uma confissão movida puramente pelo tesão que estava sentindo, e se Yoongi achava que estava sendo manipulado da forma certa, estava completamente certo. Jungkook sabia o que sua aparência e jeito de agir causavam.

 

“Mostra pra mim, então… deixa eu ver se você aguenta mesmo.”  A voz rouca arrepiava cada pêlo no corpo do mais novo, que apenas acenou novamente, soltando o hyung para poder pegar o frasco ao seu lado e espelhar um pouco de lubrificante nos dedos, com as bochechas adoravelmente coradas ao pedir que o mais velho se erguesse um pouco para que pudesse alcançar ali embaixo, se penetrando imediatamente e corando ainda mais com a própria reação, mordendo o lábio ainda mais forte para evitá-la.

 

 “Ei… não… eu quero te ouvir… vai, geme…” O incentivo foi o suficiente para deixar Yoongi ouvir como gostava do que conseguia fazer a si mesmo, de como a dor já não o incomodava, de como achava com facilidade aquela parte dentro de si onde era mais gostoso tocar.

 

Jungkook não sabia explicar, mas acariciar a si mesmo daquele jeito, fantasiando com Yoongi, muitas vezes desesperado para segurar os gemidos incontroláveis que poderiam acordar Seok no quarto o lado era algo que vinha acontecendo com muita frequência. Havia aprendido como controlar a própria dor, qual posição era confortável, e principalmente, como massagear aquele ponto delicioso dentro de si, os olhos vidrados nas próprias reações, em como seu pênis, totalmente negligenciado, era capaz de melar seu abdômen todinho com sua semente só com aquele estímulo interno. Se o de Yoongi dentro de si fosse tão gostoso quanto meros dedos, Jungkook já estava pronto para perder completamente a sanidade.

 

“Hyung… por favor… faz em mim…” Praticamente implorou, gemendo ainda mais ao ter a mão puxada dali e sentir os dedos longos do hyung no lugar. As mãos dele não eram tão macias quanto as suas, mas eram habilidosas e não tinham piedade ao abusar do rapaz.

 

“Olha pra mim.” Era inútil porque o dongsaeng não conseguia sequer focar em nada, os olhos revirando nas pálpebras e a boca inquieta pedindo e gemendo a cada estocada dos dedos - agora três - que o fodia com precisão.

 

Já sentia algo em si apertando e esquentando e anunciando o fim, quando tais dedos deram lugar a algo bem melhor, algo que pulsava e inchava e tirava seu fôlego ao entrar centímetro por centímetro, abrindo caminho dolorosamente enquanto o tatuado o beijava e sussurrava em seu ouvido.

 

Sabia bem que aquela dor era bem pior do que ter apenas dedos em si, mas Jungkook era teimoso até nesse momento, e assim que chegou ao limite, deliciosamente apertado dentro do garoto, constatou que este não tinha o menor juízo ao começar a se mover, estocando para cima e incentivando o hyung a se mexer também.

 

“Finalmente…” Yoongi mal conseguia se mover tamanha força do garoto ao tentar mantê-lo perto, enlaçando-o pelo pescoço e o beijando em todo canto, apaixonando-se ainda mais pelo hyung a cada movimento do quadril, cada choque de prazer tirando seu ar.

 

Fodiam lentamente, sentindo os corações baterem juntos e as mãos rapidamente se encontraram, arrancando um sorriso do adolescente ao ver a pele tatuada entre seus dedos, finalmente sentindo que estavam onde deveriam estar. “Eu te amo…” era o momento mais clichê do mundo para aquilo, mas Yoongi achava perfeito, refletindo as palavras enquanto sorria, feliz como não sentia-se há anos.

 

Yoongi queria responder tão abertamente mas tinha medo de abrir a boca e falar alguma besteira, então enfiou o rosto no pescoço do garoto, sussurrando uma sequência da mesma frase.

 

Em qual momento havia percebido que estava perdido, completamente rendido pelo que Jungkook causava a si?

 

 Não sabia sequer dizer quando a dor que o fazia transar com pessoas sem nome que o enxergavam apenas como o boxeador marrento que estas se desafiavam a conquistar havia passado a se perder nos olhos de alguém abaixo de si, grato por ser o primeiro a ter as mãos em algo tão puro, apavorado em talvez não ser o último.

 

 “Ei…” Jungkook não tinha a menor ideia do porque o hyung parecia tão perdido, com uma expressão quase dolorosa, sobrancelhas unidas, e por mais que aquela vozinha maldosa em sua mente lhe avisasse que Yoongi pensava em algo que o garoto não gostaria de saber, decidiu cumprir sua promessa e não presumir nada. “Tá tudo bem?”

 

“Aham… eu só… “ Era ridículo. O tatuado sentia-se envergonhado de sequer contar. “Eu imaginei você com outra pessoa, sabe? Se eu não for o cara certo.”

 

 Jungkook pareceu se enfurecer momentaneamente, segurando os braços tatuados e tentando se concentrar no que queria dizer, mesmo que só quisesse mandar o mais velho ficar quietinho e continuar o que fazia.

 

“Eu não quero outra pessoa, Yoongi.” Afirmou, sorrindo ao ver os olhos felinos se fecharem após alguns longos segundos sentindo o adolescente se contrair e gemer inquieto. “Olha pra mim.” E ele não teve escolha senão acatar. “Você acha mesmo que eu deixaria qualquer um fazer isso comigo?” Outro aperto forte nos braços, metade pra sentir realmente que aquilo era real, metade pra fazer o mais velho entender que aquilo era real. “Eu dormi pensando nisso por meses… querendo você… imaginando…” Era humilhante mas era a mais pura verdade. “Por favor, hyung, dá pra parar com isso e se concentrar?”

 

 Aquilo parecia ser bem mais do que o suficiente pra autoestima do boxeador, porque os vários orgasmos que Yoongi imaginou que daria ao mais novo foram por água abaixo, simplesmente porque era impossível não gozar ao ouvir aquele tipo de coisa, ainda mais quando o adolescente dizia isso entre gemidos, se contraindo e mordendo o pescoço do hyung, dizendo também que gozaria também sem sequer se tocar se Yoongi continuasse metendo daquele jeito.

 

Se Jungkook estava achando gostoso até o momento, é porque não sabia ainda o que o esperava ao sentir o hyung começar a pulsar com mais intensidade, gemendo rouco no seu ouvido enquanto o enchia a cada estocada, usando o líquido morno como lubrificante e aproveitando os últimos segundos ali dentro pra ajudar o mais novo a chegar ao clímax também.

 

Jungkook sentia tudo quente, apertado, o próprio abdômen coberto de porra e não conseguia sequer formar uma frase coerente para pedir ao hyung que parasse, em conflito com as ondas de prazer e a dor de ser estimulado mesmo depois de gozar.

 

 Para sua sorte Yoongi também já havia chegado ao limite, e o garoto já cogitava pedir por mais, insaciável como era, quando finalmente conseguiu encarar o hyung, que agora tentava recuperar o fôlego, os fios de cabelo úmidos na franja e a pele com tons de rosa devido ao esforço.

 

A crise de risadas após o ato descrevia bem o que sentiam.

 

A euforia por finalmente terem conseguido realizar aquilo, mesmo que não da forma que imaginavam, sem grande performances ou truques de sedução, era bem condizente com o relacionamento incomum que tiveram até ali.

 

 Jungkook sentia-se bobo por não conseguir sequer provocar o mais velho como sempre se imaginou fazendo, enquanto Yoongi sentia medo de não ter alcançado as expectativas do mais novo, se desfazendo tão rápido. Um medo sem fundamento, se simplesmente olhasse para o garoto sob si e enxergasse a adoração com que esse lhe encarava, se sentisse como o coração abaixo do seu batia descontrolado e não só pelo clímax.

 

“Desculpa.” Jungkook queria dizer que não havia pelo que se desculpar (realmente, porque o outro estava se desculpando?), mas estava mais preocupado em como sairia dali e resolveria aquela situação um tanto embaraçosa sem ter que falar em voz alta sobre isso. “Vem, quer tomar banho comigo?” Mas felizmente Yoongi sabia bem como era estar em seu lugar.

 

Embaixo do chuveiro, entenderam finalmente o sentido de intimidade.

 

Para Jungkook, ainda mais íntimo do que ter perdido a virgindade com o hyung, era se permitir abraçá-lo sobre a ducha e ser limpo pelas mãos habilidosas, enquanto ainda se controlava para não ficar duro outra vez ao sentir os dedos longos explorando inocentemente o local onde o adolescente tivera um pênis minutos antes.

 

 Sabia que as pontadas de dor eram fruto da sua pressa ao se entregar ao mais velho, mas sequer reclamava, ainda preocupado com o que Yoongi pensava de si mesmo.

 

Para Yoongi, era simplesmente poder beijar o dongsaeng preguiçosamente enquanto acalmavam os próprios desejos, sem pressa para um segundo round apenas por que algo em si lhe dizia que teriam uma longa vida para experimentar tudo aquilo.

 

 Podia estar errado sobre seu pressentimento, mas preferia acreditar que não, uma vez que já não imaginava seu futuro sem o mais novo.

 

“Jiminie vai matar a gente se souber que aquele fogo todo acabou em menos de uma hora.” Comentou, sentindo o coração aquecer ao ver o sorrisinho de coelho e a carinha satisfeita.

 

“Ela vai é me matar, passei umas três horas aprendendo posições pra terminar na mais comum.”

 

Yoongi precisou de uns longos segundos para imaginar as cenas daquelas “aulas”, mas não teve muito tempo a mais pra se torturar, uma vez que era difícil pensar em qualquer coisa quando o loirinho o encurralava contra a parede do banheiro, o massageando deliciosamente com um aviso daquele nos lábios.

 

“Espero que não tenha cansado, hyung… o seu bebê nem começou.”

 

Ainda havia pelo menos umas oito posições a serem praticadas afinal.

 

 

--x--

 

 

As batidas pesadas naquela música que conduziam o corpo da menina como fios elétricos, unidas ao líquido alcoólico que fazia o sangue correr mais quente em cada veia eram mais do que suficientes para ajudá-la a engolir o sentimento amargo que havia se instalado em sua garganta (e que não conseguira apagar com tequila) desde que os dois rapazes haviam sumido de vista. Sabia desde o começo que seu papel ali era apenas ajudá-los, os enlouquecendo o suficiente para que sequer cogitassem brigar, para que finalmente consumassem o que vinham querendo há tanto tempo.

 

Sabia disso, e ainda assim havia tido seus segundos de esperança ao ouvir Jungkook dizer que a levaria para o quarto. Algo dentro de si se agitou com a ideia, apenas para se decepcionar consigo mesma logo em seguida ao lembrar que aquele momento não lhe pertencia.

 

Restava-lhe se conformar com os corpos que mantinham o seu protegido no meio da multidão dançante, enquanto tentava não pensar nos corpos naquele quarto, provavelmente aproveitando as coisas que havia ensinado ao dongsaeng. Sentia-se no dever de guiar Jungkook por aqueles caminhos, mas tinha que entender que depois daquele ponto, seria Yoongi que cuidaria do adolescente, da forma como este esperou tanto.

 

Da forma como ela esperou.

 

Fechou os olhos com mais força, sentindo mãos a segurando e apertando e seguindo o ritmo, nunca além do limite que esta permitia, e a cada toque, cada perfume diferente, se arrependia um pouco mais por ter permitido se excitar tanto momentos antes.

 

Agora não sabia como resolver aquela situação, dolorida e sensível e necessitada de algo que não queria resolver com qualquer um. Já pensava em procurar uma das suas garotas habituais (mesmo que sua boca salivasse só de lembrar do gosto de um homem), quando mãos que não conhecia chamaram sua atenção.

 

“Preciso dançar com você.” A voz grossa pareceu silenciar a festa, embora a música continuasse na mesma altura. As mãos em seus braços eram delicadas e tinham dedos longos e bonitos como as de um manequim. Até mesmo a escolha das palavras usadas - preciso - acenderam algo na garota. Virou-se curiosa, procurando o dono da voz.

 

 Definitivamente não estava preparada para o que encontrou.

 

Não sabia se estava diante de um homem ou um anjo. As roupas eram soltas e casuais, mas tinham um toque de estilo, muito diferentes dos looks provocantes dos outros homens presentes. Não marcava qualquer parte do corpo alto e esguio, não dava nenhuma pista do que havia ali embaixo. Ainda assim, era mais sexy do que qualquer um ali dentro. E o rosto…

 

“Você é real?” Sua boca costumava ficar eloquente assim quando bebia muito, e julgou-se ainda mais bêbada ao corar completamente diante do sorriso lindo que o moreno abriu.

 

“Sou sim. Você é?” As mãos tomaram aquela reação dela como permissão, encontrando os quadris da menor e se movendo junto com ela, seguindo a música um tanto lentos demais, como se dançassem a sua própria melodia. “Você parece muito o que eu enxergaria se um sonho meu se tornasse realidade.” E na boca de qualquer um soaria piegas, mas saindo da boca dele, apenas tornava os lábios ainda mais magnéticos dos seus. Queria prová-lo sem sequer saber seu nome (perguntaria depois quando quisesse gemer pra ele em seu quarto).

 

“Eu nem vim aqui pela festa, mas é impossível não ficar hipnotizado vendo você dançar.” Outra frase daquela e Jimin mandou tudo a merda, enlaçando o pescoço do mais alto (e bota alto nisso) e atacando seus lábios com uma fome que o fez rir deliciado.

 

Não sabia se já havia beijado alguém tão gostoso em toda sua vida (e olha que beijara Jungkook e Yoongi), e isso refletia no modo enlouquecido como gemia no beijo, mordia os lábios macios, tremia quando este a puxava pra perto pela cintura ou pela nuca. Nem sequer raciocinava direito quando repetiu o que fizera em Jungkook nem mesmo uma hora antes, desesperada para sentir mais do belo rapaz.

 

“Ei, calma…” No entanto, nunca esperaria por aquela reação.

 

As mãos bonitas puxaram as suas para cima para distanciá-las das suas calças e pela primeira vez em muitos anos a loirinha sentiu vergonha, desacostumada com aquele tipo de rejeição. Mordeu os lábios completamente encabulada, dando alguns passos pra trás antes de abaixar a cabeça, fugindo do olhar confuso do rapaz. Foi inevitável, com esse momento, lembrar do possível motivo para ter sido parada por ele.

 

“Desculpa...eu… eu bebi muito…” Começou a recuar, fugindo do moreno, mesmo que seu corpo implorasse pelo dele. O rapaz se alarmou, finalmente entendendo o que ela sentia, mas a garota continuou andando.

 

“Ei, não vai, eu não queria te magoar!” Era fácil alcançar e segurá-la, mas até nisso ele era perfeito, andando ao seu lado de forma respeitosa, sem a deter fisicamente. “Conversa comigo…” Ela parecia furiosa, não se atrevendo a olhar para o lado. O sentimento amargo deixado por Yoongi e Jungkook fez companhia àquele que sentia naquele instante. “Me deixa pelo menos te acompanhar até em casa.”

 

“Eu moro aqui.” Ela finalizou a conversa, alcançando a escada e subindo sem olhar para trás. Os cacos da sua auto-estima deixando um rastro por essa, que o moreno não perdeu tempo em memorizar.

 

Não havia passado toda sua vida esperando sentir aquilo por alguém, pra perder tudo justamente quando havia encontrado.

 

Já Jimin dormiu em meio a um turbilhão alcoólico de sentimentos, culpada por ter abandonado a própria festa, com raiva de si mesma por nunca aprender a lição e por ainda nutrir esperanças e agoniada com o escândalo que Jungkook deu praticamente a noite toda, enquanto tinha sua tão esperada primeira vez, várias e várias vezes.

 

Pelo menos alguém naquela casa havia aprendido a lição.

 


Notas Finais


<3


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