— Então, me deixa ver se entendi. — Zayn disse andando de um lado para o outro. — Esse Justin é o mesmo Justin amigo da Lucy? E ele é filho do Louis?
— Isso mesmo. — Niall assentiu, se lembrando da primeira conversa dos dois.
— Mas, espera. — Zayn disse se sentando na minha frente. — No dia que a Lu sumiu, você e a Demi foram lá.
— Sim. — o loiro concordou. — E não era o Louis!
— Tem certeza? — Zayn encarou o amigo assustado.
— Claro! O cara era loiro.
— Impossível ser o Louis. Olha, para descobrimos a verdade temos que nos tornar amigo dele. Pegue aos poucos as informações sobre a vida dele. — Zayn disse concentrado e o loiro gargalhou da cara do amigo. — O que foi? — ele perguntou com desdém.
— Parece que você está armando um assalto a banco, ou sei lá. — ele parou de rir.
— Deixa de ser idiota, Horan! Estou dizendo o que deve fazer. — respondeu, levemente irritado.
— Me desculpe, Mr. Holmes. — soltou divertido. — Então, Sherlock, conto ou não para a Demi?
— Você consegue ser pior que o Henry e o Nate às vezes. E olha que eles têm só dez anos. — Zayn disse rolando os olhos. — Melhor não. Pelo menos não até soubermos de algo concreto. Às vezes, o menino nem tem nada a ver com isso. Ou, não sabe de nada. Melhor não dá esperanças a ela.
***
Justin foi ao banheiro pensativo com o que Ryan disse sobre a filha do Niall ter morrido quando era mais nova. Será que ele sabia de algo a mais?, pensava Justin. Quando se deu conta que estava tempo demais ali, resolveu voltar para a sua sala. Abriu a porta e deu de cara com Ryan e Felicity aos beijos. Ela estava sentada na mesa de frente para Ryan e ele em sua cadeira.
— Me desculpe. — Justin encarou os dois sem graça.
— Então, achei que tinha se perdido no caminho. — Ryan perguntou, ignorando totalmente a vergonha de Justin.
— Estava pensando. — o loiro respondeu, ainda encabulado.
— Amor, vou voltar ao trabalho. A gente se vê na saída. — Felicity deu um selinho em Ryan e saiu dali.
— Então, o lance de pegar e não ser pego fez mais sentido agora. — Justin comentou, ligando o computador a sua frente, e Ryan gargalhou.
— A gente namora tem alguns anos. O Niall sabe. Só não podemos ser explícitos. Fora isso, está tranquilo.
— Fez mais sentido agora. — ele comentou e ambos riram. — Você sabe o que aconteceu com ela?
— Seja específico. Ela quem? — Ryan disse sem tirar os olhos do computador.
— A filha do Niall. — rolou os olhos e o moreno o encarou.
— Onde você vive que não sabe dessa história? — perguntou boquiaberto para ele.
— Eu morava no Canadá. Me mudei tem pouco tempo. — o loiro bufou.
— Anos atrás, a filha deles foi sequestrada, mas o corpo nunca foi encontrado. Um ano depois, as investigações foram encerradas e a garota foi dada como morta. — Ryan comentou sério, e voltou a encarar a tela a sua frente.
— Mas, tinha algum suspeito? — Justin perguntou, interessado em saber o que aconteceu.
— Sério, você é espião ou coisa assim? — Ryan encarou o loiro que negou com a cabeça, encarando ele assustado. — Estou brincando. Não, nenhum suspeito foi encontrado.
Sem dizer nada, Justin apenas encarou o computador a sua frente e voltou ao trabalho.
***
— Então, o que achou do Harry? — Emily perguntou, encarando a amiga, enquanto ambas estavam caminhando para o portão de saída da escola.
— O que? — Lucy olhou confusa com a pergunta repentina da amiga.
— Sério, ele é um absurdo de gostoso. — Emy disse e Lucy rolou os olhos.
— Claro, se ele fizer seu tipo, pode ser considerado.
— O tipo de homem gostoso? — ela perguntou e riu da cara de tédio de Lucy. — Bom, espero que não se importe porque a gente vai com ele para casa. — ela acenou para Harry que esperava as duas, encostado no carro do outro lado da rua.
— O que? Não, nem pensar! — a loira olhou desesperada para a amiga. — Meu pai está em casa. Ele ia trabalhar, mas não foi por algum motivo, depois de uma ligação.
— E? É só ficar uma quadra antes. Ei, Harry!! Conseguiu comer ontem? — ela perguntou parando em frente a ele.
— Claro! Lucy sugeriu uma ótima lanchonete. Olá, moça. — ele falou com a loira, que sorriu para ele.
— Então, vamos? Estou com fome. Podemos parar para comer antes?
— Conte uma novidade. — Harry disse rindo e Emy rolou os olhos, fazendo Lucy rir também.
— Podemos ir? — a garota falou com tédio.
Depois que todos comeram, Emily sugeriu Harry deixar Lucy primeiro, já que eles eram vizinhos. Mas, com outros planos, Harry disse que iria a um lugar próximo à casa de Lucy. Então a deixaria primeiro e depois a amiga. Sem replicar, a garota deu os ombros e seguiram conversando sobre coisas aleatórias até chegar à casa de Emily.
— Talvez mais tarde eu vá à sua casa, mas eu te aviso antes. — Emily disse, se despedindo de Lucy. — Até mais, vizinho. E, obrigada pela carona. — ela sorriu para Harry que acenou para ela.
— Pode sentar aqui na frente se quiser. — Harry encarou Lucy pelo retrovisor. A loira deu os ombros e saiu do carro, entrando na frente.
— Você vai aonde lá perto? — Lucy puxou o assunto logo depois que Harry deu partida.
— Lugar nenhum. Só não conta a Emily. — Lucy olhou para ele e Harry sorriu, deixando suas covinhas a mostra.
— Não acredito nisso. Você é mal. — a loira comentou rindo e colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha.
— Sou mesmo. — ele encarou a menina com um olhar misterioso.
— Então, o que você faz mesmo? Tipo da vida. — Lucy riu.
— Trabalho com meu pai. — ele respondeu, sem encarar a garota.
— E quantos anos você tem? — seu tom soou curioso.
— 29. — ele respondeu simples.
— Jura? — ela o encarou que logo riu, fazendo a loira rolar os olhos. — Você é ridículo.
Assim que ela chegou a sua casa, se despediu de Harry e entrou, encontrando sei pai em pé olhando o lado de fora da casa.
— Esse é o cara de ontem? — Louis perguntou, ainda sem olhar a garota.
— É, pai. — a menina bufou e foi até ele. — Foi só uma carona. — ela deu um beijo na bochecha dele.
— Sei como é... — Louis comentou com desdém e a menina riu.
— Justin já chegou? — ela parou na ponta da escada e encarou o pai.
— Está lá no quarto dele.
Lucy subiu as escadas correndo animadamente. E entrou no quarto do irmão, encontrando ele deitado na cama sem camisa, encarando o teto.
— Ei, molenga. — ela se jogou do lado dele.
— Não sabe mais bater não? — ele perguntou secamente, mas no fundo estava se sentindo péssimo por não saber mentir para a irmã.
— Como você está mal-humorado ultimamente. — a loira bufou. — Foi só arrumar um emprego que ficou assim. — a garota se levantou. — Ia te contar algo, mas deixa pra lá.
— Contar o que? Sobre o novo namoradinho que te traz em casa todos os dias? Ou sobre como foi à festa na casa da Emily? Ah, talvez seja sobre escola. Fala sério, Lucy! — Justin encarou sério a menina, fazendo os olhos da mesma encherem de lágrimas, pois ele nunca havia tratado ela desse jeito.
Justin sempre foi atencioso com Lucy e sempre deu conselhos a ela sobre tudo, mas de uma hora para outra descobriu uma enxurrada de mentiras da sua vida. Ele deveria afastar a garota, ou acabaria contando algo que não devia. Seu coração estava partido por ver a irmã chorando, mas era preciso, como seu pai mesmo havia dito.
— Sabe, Justin, pega todo esse seu mal-humor e sua ignorância, e vai para o inferno com eles! — ela gritou a última frase, saindo dali e indo para o seu quarto, onde deitou na sua cama e desabou a chorar.
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