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História Konoha High School - What We are? - A missão - parte 2


Escrita por: HinaHyuuzumaki

Capítulo 36 - A missão - parte 2


Fanfic / Fanfiction Konoha High School - What We are? - A missão - parte 2

 

Assim que entrei no carro senti um frio na barriga. Eu sabia o que estava fazendo e também sabia das possíveis consequências. Investigação confidencial não é coisa que qualquer um pode entrar assim que tem a vontade. A partir de agora eu tenho que fazer tudo o que me pedem, sem hesitar. Estou colocando minha vida em risco? Sim, mas não me arrependo. Se ela foi capaz de se meter no meio de traficantes e se arriscar, eu também sou louco o suficiente de me jogar na frente de um trem só pra que ela fique bem.

O carro deu partida e seguimos caminho. Estávamos indo em direção ao galpão onde a vi pela última vez. Sei onde é por causa dos descuidos de Madara. Ele me levou ao banco de uma cidade pequena próxima dali, então sei muito bem que parte da estrada existe uma rua de terra que vai nos levar para o galpão. Sem contar que ele não me deixou na porta da minha casa, né. Ele me deixou naquela mesma cidade e disse que eu tinha que me virar. Por sorte achei um orelhão e liguei a cobrar para minha casa sabendo que provavelmente estariam vasculhando qualquer coisa do local pra tentar nos achar.

A viagem não era muito longa e o tempo passou depressa. Saí de casa eram umas quatro horas da manhã, e como o dia já está claro devem ser 7 horas de acordo com o fuso horário ou quem sabe até 8.

 – Comeu antes de sair? – Kakashi me perguntou olhando pelo retrovisor.

– Não. – Só notei o quanto eu estava com fome quando ele me perguntou isso e imediatamente senti meu estômago roncar.

– Consigo ouvir sua fome. – Ele riu.  – Já estamos chegando no galpão.

Comecei a ficar nervoso. Eu estava com medo de chegar lá e ver o corpo dela no chão. Eu estava com medo de não encontra-la. Eu estava com medo de ver coisas que eu não gostaria de ver. Só de eu ter visto as chicotadas que um dos caras deu nas costas da mãe dela, já sabia que eles não teriam pena nenhuma de fazer qualquer tipo de coisa. E por isso que me trancaram naquela sala. Eu estava apavorado vendo o quão torturante era aquilo. Dei graças a Deus naquela hora que a Sakura não estava ali vendo a cena, seria um trauma grande demais para ela superar.

Antes mesmo que eu notasse, vi que o carro estacionou em frente ao galpão. A dor, o desespero e o medo voltaram com brusquidão. Eu não queria entrar ali e ver a poça de sangue no chão. O sangue de uma mãe.

Mesmo que não fosse a minha, eu não queria, pois me fazia lembrar daquela cena. Por um certo lado gradeço a Itachi por ter feito uma morte rápida, porque pelo menos eles não sofreram. Mas mesmo assim, não deixava de ser doloroso.

– Chegamos. – Ele disse. Naquele mesmo momento eu senti meu estômago embrulhar ao ver o galpão.

Ele estacionou o carro e fiquei um bom tempo parado encarando a porta pensando se deveria ou não sair.

– Não vai sair , não? – Kakashi perguntou já saindo do carro.

– Sei que o acordo era eu ajudar nas investigações, mas eu realmente não quero entrar ali. – Eu disse sem olhar pra ele. Estava com o cotovelo apoiado na janela do carro que estava aberta soprando um vento frio no meu rosto. O queixo estava em meu pulso que estava tremendo discretamente. Eu não queria entrar ali, e eu não vou entrar ali.

– Entendo. Vou dar uma olhada rápida lá dentro e vou organizar as coisas e depois samos uma volta. – Ele disse patendo a porta.

Liguei o rádio para passar o tempo e fiquei procurando uma estação que pegasse ali. Depois de eu ter quase estuprado o botão que passava as estações eu encontrei uma. O cara estava falando um monte de coisa que eu nem tava prestando atenção até que ele disse algo relacionado ao Imagine Dragons. E então começou Demons.

Antes mesmo que eu percebesse deixei um sorriso escapar. Eu gostava dessa música, mas não era por isso que sorria. Era por que essa foi a primeira música que ouvi com Ela. Lembro do dia como se fosse ontem.

Ela estava encostada em um poste ao lado da saída do estacionamento do colégio. Estava com seus fones e nem notou minha presença. Por uns 5 segundos eu me permiti analisar ela por completo. Lembro que naquele mesma hora eu notei que ela não seria igual as garotas que davam em cima de mim. Naquela hora eu lembrei daquele abraço que ela me deu de manhã que muitos achariam estranho e a chamariam de louca, mas que ela não teve medo dessa minha interpretação e eu também não me importei com isso, eu tinha gostado daquele abraço.

A grande verdade é que já estava apaixonado por ela desde que ela me abraçou. Já que eu só recebia esse tipo de carinho da minha mãe, e mesmo assim não durou muito. E aquele abraço, por mais gay que isso seja, fez com que eu me sentisse acolhido ou até mesmo amado, e não um bastardo que ningupem se importava.

Eu realmente amava aquela garota. Mesmo que eu nunca tenha admitido isso nem pra mim, eu a amava. Aquela irritante fazia mais falta do que eu poderia imaginar. E eu me sinto um merda vendo que ela está se sacrificando tanto e eu estou apenas assistindo.

Uma coisa eu tenho que admitir: As mulher são o sexo frágil só fisicamente, por que emocionalmente as mulheres são muito mais fortes que qualquer homem. Mesmo eu apanhando dela nas aulas, eu ainda era mais forte, mas eu tinha medo de machuca-la, por isso nunca usei minha força total nela. Eu nunca me perdoaria se eu deixasse um roxo nela. Até mesmo roxo de chupões eu me sentiria mal, ela já foi marcada por um nojento e eu acho que aquele corpo não merecia ser marcado de nenhuma forma.

Antes mesmo que eu já tivesse notado, já estava acabando outra música. Acabei sorrindo de novo em pensar que ela consegue me deixar distraído por mais de 5 minutos sem estar perto.

Logo Kakashi estava de volta e fomos andando pela estrada. Eu estava distraído de mais pensando em coisas aleatórias pra notar que já tínhamos estacionado. Desci do carro e antes mesmo de fechar a porta eu olhei para frente...

Não era possível. Era?

Sakura estava me encarando com a mesma cara de abestado que eu estava. Eu até tirei os óculos pensando que isso poderia ser uma alucinação. Mas não, era estava ali sentada no canteiro das plantas segurando um copinho de café vazio.

Minha vontade era de correr até era e abraçar ela até ter certeza que ela era real. Mas antes que eu pudesse agir, vi Kakashi parar na minha frente fingindo ver algo que estava no retrovisor e falou baixo.

– Não ouse. Ela está acompanhada. – Ele disse fingindo ajeitar o retrovisor. – Coloque os óculos de novo e entre fingindo que não a viu.

Eu respirei fundo. Eu não ia conseguir passar direto por ela sem olha-la de perto. Eu precisava falar com ela. Eu queria tocar ela. Eu precisava saber se ela estava bem.

Assim que ele saiu andando eu fui ao seu lado. Como eu estava de óculos, olhei pelo canto do olho pra ela que sabia que não podíamos conversar ali, então ela nem mirou em mim. Fingiu admirar as plantas ao seu redor.

Eu novamente senti aquele maldito frio na barriga ao ver o estado em que ela se encontrava. As roupas eram normais, mas seu rosto estava acabado. Olheiras profundas e escuras, os olhos transbordavam cansaço e estavam sem seu brilho habitual neles. Notei algo diferente nela que eram as luvas. Elas não cobriam totalmente os dedos, deixava as pontas de fora. Passei reto por ela aproveitando enquanto o óculos me permitia olhar pra ela sem virar o rosto e ser notado. Entrei na cafeteria e logo me sentei em uma mesa com Kakashi.

– Não podemos nos aproximar. Provavelmente sabem quem é você. – Ele resmungou raivoso.

– Não tem como anotarmos algo em algum papel e entregarmos pra ela sem que outros vejam?

– Mas se conseguirmos entregar como ela vai devolver com alguma resposta? – Ele bufou – Não tem como. Só se ela se afastar deles. Mas vamos ter que dar um jeito deles não irem atrás dela.

Ficamos um tempo conversando ali combinando como poderíamos indicar ela onde ir e como íamos distrair os outros. Como sentei ao lado da janela, as vezes olhava para onde ela estava e notei que em certo momento ela entrou no caminhão ao lado do carro do Kakashi e saiu colocando algo no bolso. Mas ela não foi sentar no canteiro. Ela passou reto e caminhou para os fundos do posto, indo para trás da lanchonete. Olhei ao redor e notei que dentro da lanchonete tinha uma porta que levava para o banheiro. Olhei para Kakashi que entendeu o que eu queria fazer e caminhei até a porta. Pelo menos assim eu ia levantar menos suspeitas sobre porque eu e ela fomos para o mesmo local ao mesmo tempo. Abri a porta e antes mesmo que eu pudesse olhar ao redor senti braços apertando a minha cintura.

Finalmente, senti meu peito ficar mais leve. Sorri vendo aquele cabelo que já estava dividido entre o loiro e o rosa abaixo do meu nariz. A abracei com medo de roubarem ela de mim.

– Graças a Deus... – Eu resmunguei. Não vou mentir, eu estava quase ficando louco achando que tinham matado ela.

– Eu estava com tanta saudade. – Era resmungou com o rosto colado no meu peito, deixando o local quente.

– Você tá bem? – Perguntei a afastando pelos ombros olhando em seus olhos.

– Estou sim. Não tentaram nada, eu to bem. – Ela disse com a voz embargada. Com certeza estava prendendo o choro, eu também estava.

– Não temos muito tempo...

– Eu sei – Ela me interrompeu. – Presta atenção – Ela disse puxando um papel de seu bolso da calça – Eu estou indo fazer uma entrega. Fala pra darem algum jeito de entrar nesse local e lá vocês vão encontrar muita coisa. Mas por favor, deixa eu entregar e depois vocês entram em ação, eu preciso da confiança dele e não posso falhar na minha primeira missão. – Ela disse em um tom apavorado, rápido, se embolando em algumas palavras.

– Tá bem então. – Peguei o papel de suas mãos trêmulas. Aquelas luvas estavam me incomodando. Então com uma das mãos guardei o  bilhete no bolso da minha calça e com a outra segurei seu pulso. Quando ela entendeu que eu queria tirar as luvas, ela surtou tentando puxar. Mas como minhas mãos são maiores consegui tirar do mesmo jeito.

– Sakura... – Eu disse baixo, surpreso. Eu já sabia que ela era maluca o suficiente de socar coisas até sangrar, mas ela parava assim que começava a ficar sério. Mas os nós de seus dedos estavam na carne viva, ou melhor, no puro osso. Estava mal enfaixado e isso poderia dar um problema de infecção grave.

Mas eu não falei nada. Não briguei e nem perguntei. Só puxei ela pra mim em um beijo calmo. Eu sabia pelo o que ela estava passando sentimentalmente, era o mesmo que eu sentia. Eu sabia que a frustação e o desespero resultavam nisso. Ela sempre foi mais radical do que eu, e eu só não fiquei batendo nas coisas aleatoriamente por que Kakashi falou que meu condicionamento físico tinha que estar perfeito para aguentar esse tipo de missão. Por isso me contive e deixei que minhas frustações diminuíssem junto ao cigarro. Sei que se ela souber disso vai me matar, mas de certa forma eu estou fumando por ela. Estou fumando para não enlouquecer e conseguir salvar ela dessa confusão toda. Então naquele momento só me foquei nela.

O beijo era calmo e com gosto de café. Estava bom, muito bom, mas ao mesmo tempo eu me sentia mal, pois sabia que esse beijo era de despedida. E ela também sabia, porque quando tentei me afastar ela me impediu. Dei um último selinho nela e olhei em seus olhos. Ela estava prendendo o mesmo choro que eu prendia.

– Você consegue. – Eu disse dando um beijo em sua testa. – Lembre-se que você é muito forte.

– Não sou não... Eu ... Eu não aguento... – Uma lágrima escorreu pela sua bochecha.

– Claro que é forte. Você derrotou Sasuke Uchiha, lembra? – Eu disse dando um sorriso a ela. Ela sorriu de volta e me abraçou me apertando mais. 

 

LEIAM AS NOTAS FINAIS


Notas Finais


Gente eu to escrevendo muito rápido kkkkkk
Vocês estavam achando que era ele mesmo ou que era quem? Comentem :3
Pessoas do meu coração, queria divulgar aqui uma fic que comecei. É original, tirei da minha cachola. Pra quem já leu uma outra fic que eu postei que é bem pequena "Meu melhor amigo" deixo um recado explicando que não é da mesma história. Os nomes dos personagens são iguais (Mesías e Mellanie) mas é pq eu simplesmente amo esses nomes, okay? Vou deixar o link aqui e espero que gostem :D

LINK: https://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-originais-eu-dependo-de-voce-4719098

SINOPSE:
Ter amigos é uma coisa normal. Eles vem e eles se vão. Existem amigos que vieram pra ficar e outros que marcaram sua vida, mas se foram. Isso é algo normal e acontece com todo mundo.
Mas por que ela não aceita isso?
Mellanie é uma garota extrovertida e muito comunicativa. Ela começa a passar por problemas psicológicos que só ela pode resolver com as instruções de uma psicóloga, mas então como ele consegue resolver tão rápido e tão fácil?
Ela volta a ter contato com um amigo que conhecia há tempos. Uma amizade como as outras, muito divertida. Mas... Algo deu errado.
"Só aquele infeliz consegue me fazer voltar aos eixos. Eu não posso depender dele!"
Mellanie vai ter que aprender a se organizar mentalmente sozinha, sem a presença de seu melhor amigo que a fazia se concentrar. Ela vai tentar todos os dias descobrir por que aquela amizade fez isso com ela, aquela amizade tão linda que já tinha acabado, mas que mesmo assim ela ainda dependia daquele carinho de irmão em seu interior.


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