— Já vamos! — gritou o moreno revirando os olhos.
Hash puxou Mad pelos braços colocando-o em cima de si. O menino ficou rubro sob os olhares vorazes do moreno, sentindo a dureza dele embaixo do seu corpo.
— Tá com vergonha de mim, Hendrix? — o menino riu sem graça. Os olhos de Hash brilharam. — É por isso que eu tô desse jeito. Você fica me mostrando esse sorriso perfeito o tempo todo. — disse mordendo o queixo do menino.
— Minha mãe é dentista. Minha primeira obrigação como filho é ter os dentes perfeitos.
Hash gargalhou enquanto rolava pra cima do menino que parecia uma boneca de pano nas suas mãos ágeis.
— A gente tem mesmo que ir? — Mad perguntou, preguiçoso, enquanto recebia vários beijos pelo rosto e pescoço.
— Você não vai precisar disso — comentou Hash tirando a camiseta do menino, que já sentia seu sexo crescendo novamente. Ele estava sentado sobre o quadril do mais novo, sorrindo maliciosamente enquanto acariciava seu torso. Se inclinou para beijá-lo. Ele gostava de brincar com Mad, colocando a boca bem perto, dando todos os indicativos de que o beijaria, mas não fazendo de fato. — É tão sexy o jeito que sua boca abre e fica esperando a minha. — pegou a mão pálida do menino e colocou sobre seu membro. Mad se assustou com o tamanho. Hash gargalhou e então, finalmente o beijou.
POOOOOOOOOW!
Os dois deram um pulo. Alguma coisa havia se chocado com violência contra os vidros da janela. Hash se levantou para averiguar o ocorrido e viu Mito e Toby recolhendo os chinelos caídos no chão, rindo e correndo em direção a piscina. O mais velho revirou os olhos e balançou a cabeça em desaprovação.
— Vamos descer. Não vamos ter paz aqui.
***
Hash correu e deu um mortal, caindo com força na piscina e derrubando Mito que repousava tranquilamente na boia. Mad riu quando a menina pulou no moreno o afundando e prendendo ele embaixo d’água. Enquanto isso, Toby estava travado na boca de Izuna. Os dois se esfregavam pervertidamente no canto da piscina sem se preocupar com olhares.
— Vem, Mad! Me ajuda a matar o Hash pra gente poder ficar junto e selar nosso amor! — gritava a menina.
Mito deu um grito quando Hash agarrou seus braços e pernas, colocando-a por cima dos ombros. Levantou a menina como se fosse um brinquedo e a jogou igual um trapo na água. “Filho da mãe!”, a menina berrava entre risadas. Nevermind, álbum do Nirvana tocava alto na caixa de som. Mad prestava atenção na música, novamente impressionado com o fato de que a voz de Hash era muito parecida com a do Kurt, só que levemente mais grave e rasgada.
Hash fez sinal para Mad entrar, mas o menino balançou a cabeça negativamente, os braços cruzados sobre o corpo. Ele não era um grande fã de praias, piscinas e afins. O mais velho resolveu sair da água e o buscar a força. Seus longos cabelos lisos estavam escorridos e colados nas costas largas e morenas. A samba-canção completamente transparente, marcando todo o corpo do rapaz. “Eles não tem pudor nenhum quando estão juntos”, Mad pensava, chocado. Já estava vermelho só por estar sem camisa na frente de Mito.
— Não, por favor, Hash! — pedia Mad, nervoso.
— Não quero saber! — Respondeu o moreno, pegando o garoto no colo e o jogando por cima do ombro, a bunda apontando para o céu. Hash morria de rir enquanto corria pra piscina com o menino aos berros nas suas costas. Os dois caíram n’água. Mad gargalhava enquanto emergia na superfície. Hash o puxou para um beijo.
— Pode parar essa putaria! — gritava Mito fazendo biquinho. — Inferno de vida! Vou enfiar o unicórnio no cu de vocês se continuarem se pegando na minha frente!
O resto da tarde foi muito agradável. Hash não escondia o forte crush em Mad e este já nem se lembrava que não gostava de piscina e de expor o corpo. Mito até fez um show acústico com direito ao Toby fazendo backing vocal e umas dancinhas ridículas. Ela tinha uma voz sexy e alcançava notas muito altas, em contrapartida, era péssima violonista. Mad percebia os olhares de Izuna para Toby e ficava imaginando qual era a do irmão. Por volta das 18h eles foram embora. Hash insistiu para que o menino ficasse mais um pouco, mas ele se negou dizendo que sua mãe deveria estar preocupada e que havia muitas obrigações do colégio se acumulando.
***
— Achei que não fossem voltar pra casa mais — comentou a mãe dos garotos. A mulher tinha por volta dos 45 anos e era muito bonita. Tinha os cabelos curtos, lisos e pretos e um sorriso acolhedor. — Vem cá, meu amor, me conta o que vocês aprontaram esse final de semana.
Mad se jogou no colo da mãe contando por alto. Os dois eram muito chegados e carinhosos. Izuna de vez em quando complementava a história, deixando o irmão mais novo nervoso toda vez que abria a boca, com medo dele falar algo muito comprometedor.
— E esse Toby é bonito?
— Muito! — respondeu Izuna com um sorriso bobo no rosto. “Que merda é essa?” se perguntava Mad. — Ele é muito engraçado. Pena que é mais novo que eu.
— Izuna, não tem 3 meses que você faz dezenove… Você é muito exagerado. — comentou a mulher.
— É, mas olha a cara de acabado dele. Parece que tá beirando os trinta...
Izuna jogou uma almofada com força no irmão.
***
No celular marcava 23h. Mad estava deitado na cama, preparado para dormir, quando recebeu uma mensagem de Hash:
Hash: Abre esse link aí. É o último show que fizemos com o Itachi. Foi na calourada da faculdade daqui.
Mad: Tá bem.
Hash: Gostei muito do final de semana. Ansioso pra te ver de novo.
Mad: Eu também curti muito. Vocês são muito legais.
Hash: É, mas pode admitir que eu sou o melhor hahaha. Enfim, escuta ai. Eu vou dormir. Tenho que ir cedo pro escritório amanhã.
Mad: No domingo?
Hash: Sim… Aconteceu uma merda com um cliente. Percalços da advocacia. Boa noite, Hendrix.
Mad: Boa noite.
“Ele já é advogado? Quantos anos ele tem?”.
Mad abriu o link e se impressionou com a performance da banda no palco. Toby e Mito eram os mais performáticos. Toby fazia a segunda voz e tocava o baixo. Os cabelos brancos molhados de suor caindo no olho. De vez em quando balançava a cabeça pros lados e as gotas voavam pra todas as direções. Mito tocava ridiculamente bem. Seus braços eram torneados pelo esforço que a bateria exigia. A menina pingava suor e se levantava na bateria animando a galera. Itachi era um guitarrista sério. Tocava sem fazer muitas acrobacias, o som de sua guitarra era o suficiente pro público ir ao delírio. Cada acorde era pressionado e tocado com perfeição divina. Vez ou outra ele se empolgava e jogava o corpo pra frente e a cabeça pra trás, curtindo a vibe, mas na maioria do tempo os fios estavam cobrindo seu rosto. Hash era a voz da banda e tocava a guitarra base quando era necessário. “Ele me lembra um pouco o Eddie Vedder quando tá no palco… muito gato, meu deus”, pensava.
Mad segurava o celular com uma das mãos enquanto a outra descia vagarosamente até a sua intimidade. Era só pensar no vocalista que o menino ficava duro. Mad fechou os olhos e só se concentrou na voz de Hash. Gentilmente começou a se tocar, lembrando dos momentos em que estiveram juntos. Mordeu o lábio e franziu o cenho quando a banda começou a tocar Would? do Alice in Chains, a voz de Hash parecia especialmente sexy enquanto cantava essa letra. O menino fechou a boca com força contento o gemido que se seguiu de um orgasmo. “Droga”, pensou enquanto usava a cueca pra se limpar. Jogou a peça no chão e continuou vasculhando por mais vídeos da banda. Resolveu ir nos envios mais antigos do canal.
Enquanto zapeava de um vídeo pro outro, uma imagem chamou bastante atenção. A mídia havia sido postada há quase dois anos. No título estava escrito “Para a mulher da minha vida”. O coração de Mad se apertou quando ouviu Hash cantando More Than Words do Extreme para uma garota ruiva. Os olhos da menina molhados de lágrimas. Ela era inegavelmente linda. A boca era pequena e carnuda, o nariz arrebitado cheio de sardinhas. Os olhos eram de um profundo azul, escuro, mas vibrante. Seu cabelo era da cor de cobre, lisos e compridos. Quando Hash terminou de cantar, a menina se jogou em cima dele, o abraçando apertado. Os dois se beijaram apaixonadamente.
O coração de Mad perdeu uma batida e um nó se formou em sua garganta.
“Quem é essa garota?”, pensou penosamente.
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