Los Angeles, 02 de outubro de 2011
- Eiii, Kise, anda logo com isso! Vamos nos atrasar. - Disse Akashi, com uma expressão de tédio e impaciência no tom de voz.
- Mas que merda, já tô indo.
- Você demora muito pra se arrumar, que saco.
Nesse momento, Kise finalmente sai do seu quarto pronto para acompanhar seu amigo até a lanchonete em que marcaram um encontro duplo com duas garotas há alguns dias atrás. O garoto de cabelo amarelo estava com roupas bem simples pra alguém que demorou tanto para se arrumar, e isso intrigou o Akashi.
- Você já foi mais estiloso, sabia? - Exclamou o de cabelo vermelho, olhando de canto para o seu amigo que naquele momento se encontrava completamente perdido em pensamentos paralelos.
- Hum... E você já foi mais paciente, me apressou tanto que esqueci de pegar um casaco.
- Ei, Kise, quero passar naquele lugar antes de ir pra lanchonete, você vem comigo?
- Você disse que iria parar com isso... Não vou permitir que você continue alimentando esses vícios, você vai acabar com sua vida! - Respondeu Kise, com a frustração perceptível em seu rosto e segurando sua mão esquerda com a direita enquanto fazia movimentos para se desestressar.
- Você por acaso virou minha mãe agora? Eu faço o que eu quero. - Retrucou com um tom de voz quase que inaudível.
- Akashi, você é mesmo um idiota! Faça como quiser, mas não vou fazer parte disso. - Finalizou a conversa e logo se sentou no sofá da sala em que se encontravam.
Depois de alguns minutos de silêncio completo, Akashi andou até o seu amigo que estava chateado, sentou-se do seu lado com tristeza e disse:
- Kise, … Você acha que a culpa do que aconteceu com o Aomine é minha?
O vácuo causado pelo silêncio absoluto se manteve por mais alguns segundos, mas logo a resposta veio.
- Como assim? Isso sequer faz sentido. - Respondeu Kise.
- Eu não deveria ter o levado naquele lugar aquele dia. Se ele não visse a Momoi e o Tetsu juntos, ele não teria desistido de tudo.
- Você fez o que achou certo. Acha que nós gostamos do que aconteceu? Todos temos um sentimento de culpa abafado, a realidade é decepcionante. - Completou olhando para o teto enquanto pensava em maneiras melhores de explicar tudo isso.
- Vocês não entendem. - Murmurou Akashi.
- Você não é especial, Akashi. Todos temos sentimentos, mas não significa que vamos nos entregar aos vícios em bebidas e drogas como se isso fosse realmente resolver alguma coisa.
O clima começou a ficar pesado depois dessa fala, e não parecia que isso iria acabar bem.
(Introdução)
Os prodígios da geração de milagres são jogadores do fundamental que ganharam a alcunha de prodígios por desabrochar habilidades extremamente fora dos padrões de um jogador normal, e os indicados da Teiko (Aomine, Murasakibara, Midorima, Kuroko, Akashi e Kise) se separaram no ensino médio para buscar novas conquistas em times separados, já que ganharam tudo com muita facilidade enquanto jogavam juntos pela Teiko.
Apesar da separação, a amizade continuou existindo, mesmo que abafada pelo ego individual de cada um. Mas isso mudou depois que eles se formaram no ensino médio e ingressaram em times profissionais da NBA um tempo depois.
A renúncia do Aomine foi o que gerou toda separação que fez com que cada um de seus amigos entrasse em decadência psicológica consequente do acontecimento que gerou a despedida do mesmo.
Após tudo isso, Aomine se mudou para Saitama no Japão e usa o dinheiro que conseguiu jogando dois anos em uma equipe profissional para afogar as mágoas em bebidas de qualidade questionável, mas sem se importar com isso.
Akashi e Kise continuaram no basquete profissional e continuam tendo uma ligação próxima, saindo juntos sempre que possível para colocar assunto em dia. Apesar disso, Akashi desenvolveu uma depressão profunda e isso deu início ao fim da sua personalidade imponente que mantia de pé o emocional de todos os outros como um verdadeiro capitão.
Murasakibara continuou atuando por Boston, mas com uma baixa frequência de atuações devido ao envolvimento com entorpecente e bebidas alcoólicas. Akashi era o pilar que o manteve de pé emocionalmente desde o fundamental, e agora os vícios são sua válvula de escape de suas crises existenciais.
Midorima e Kuroko continuam focados em melhorar seus estilos de jogo para levar Miami Heath ao topo, e essa é a única informação disponível que temos sobre ambos.
(Voltando ao presente)
- Não vou sair mais no encontro, tem uma coisa que quero fazer ainda hoje.
- Faz o que você quiser. - Retrucou Kise.
Naquele momento, Akashi abriu a porta da casa do seu amigo e correu desesperadamente até uma quadra de basquete de rua que ficava há algumas quadras dali. Enquanto corria, o jogador do Lakers ia se recordando de todos os momentos com os seus amigos, não demorou muito para começar a escorrerem lágrimas de tristeza, e, antes que ele pudesse perceber, já havia chegado até a quadra e surpreso com o que ele já esperava encontrar ali.
- Midorima?! Kuroko?! - A voz de Akashi ressoou calmamente debaixo daquela chuvinha que logo começou, trazendo consigo sentimentos de tristeza e cheiro de terra molhada.
- Eu imaginei que você não esqueceria de vir, capitão. - Respondeu Midorima, em tom de deboche enquanto olhava com desprezo para o antigo capitão da Teiko.
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