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História La Consecuencia - Te quedas


Escrita por: itskyliebaby

Notas do Autor


Olá! ♥️
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Boa leitura 📖 ♥️

Capítulo 2 - Te quedas


Fanfic / Fanfiction La Consecuencia - Te quedas

James Rodríguez...sussurrei para mim mesma ainda sem acreditar no tamanho da merda que eu tinha feito.

– É, James Rodríguez, porque? Gostou dele! Na verdade ele é um novato, chegou esses dias, esse será seu terceiro jogo. Papai está louco por ele! É um ótimo jogador, apesar de mulherengo e um pouco preguiçoso. – Rebecca me respondeu, me fazendo voltar a árdua realidade. 

– Não... não gostei. Preciso ir no banheiro. – respondi-a enquanto me levantava e caminhava até o banheiro do camarote, tranquei a porta e me encarei no espelho. Passei a mão no rosto sentindo algumas lágrimas automaticamente escorrerem por meu rosto, não de tristeza, mas de nervosismo.

– Aí meu deus! – escutei Rebecca gritar enquanto começava o falatório, lavei o meu rosto de forma rápida e destranquei a porta, me aproximei para ver o que acontecia e arregalei meus olhos por ver um jogador caído no campo se contorcendo de dor. 

– O que houve?! – perguntei um tanto assustada pela reação das pessoas, a porta do camarote foi aberta com certa pressa. Era Klose, auxiliar do Jupp. 

— Clarice, precisamos de você agora. – ele disse um tanto ofegante. 

— De mim? Não precisam não! 

— Você faz fisioterapia, certo?! – ele me encarou enquanto segurava em minha mão e me puxava. 

— Sim! Quer dizer... eu faço, mas não tenho licença para trabalhar na área. – respondi enquanto começava a correr por seus rápidos passos, já que ele me puxava. 

— Não me importo com a sua licença, James se machucou, não consegue mexer a perna, creio que seja algum ligamento no joelho. – ele disse e três segundos depois já estávamos no campo, eu estava péssima, minha boca provavelmente estava suja de batatinhas, meu cabelo bagunçado mas mesmo assim milhares de câmeras focavam no homem se contorcendo de dor e logo em mim. 

— Aonde dói? – me agachei enquanto minhas mãos tremiam, então tive a confirmação de que eu tinha passado a noite com aquele homem, seus olhos. 

— Na porra do meu joelho! Puta que pariu, eu preciso voltar pro caralho desse jogo! Dá um jeito nessa merda! – ele gritou enquanto seus olhos marejavam, estávamos perto do banco de reservas, o jogo prosseguia, porém até então com menos um jogador. 

— Você precisa se acalmar e tirar a mão daí, preciso olhar. – respondi enquanto minhas mãos continuavam a tremer, fala sério, eu ainda estou na faculdade. 

— Eu só preciso que me libere para voltar, só precisa falar “eu o libero”! – ele disse antes de grunhir de dor. 

Encostei minhas mãos em seu joelho e o pressionei, respirei fundo engolindo o seco e agradeci as milhares de anotações na faculdade. 

— Não vou liberar você. Tio Jupp, ele precisa ir para o hospital, eu tenho quase certeza que é o rompimento do ligamento colateral-tibial. Não sou formada! Não sei se é total, ou parcial! Ele precisa fazer uma ressonância magnética com urgência. Alguém pode chamar a ambulância, por favor?! – disse enquanto o observava bater na grama ao seu lado. 

— Mas que... não! Não aconteceu porra nenhuma! Eu vou continuar, professor! – ele disse enquanto sua respiração acelerava e o jogo mais uma vez era interrompido, dessa vez pela ambulância que entrava no campo. O homem foi colocado na maca, e por algum motivo meu coração apertou. 

— Entra, você vai junto, o fisioterapeuta desapareceu! Vai me mandar mensagem avisando de tudo, após o jogo eu vou ao hospital, Klose vai passar na casa de James e segue para a emergência. 

— Eu... eu não sei o que fazer... – disse baixo antes de entrar na ambulância e me sentar ali, observando o homem grunhir de dor. 

— Olha só, garota. Você não vai chorar. – ele disse enquanto se virava para me olhar. 

— O que disse? – perguntei enquanto enxugava uma lágrima que escorria e ele mordia o lábio inferior pela dor. Observei os enfermeiros colocarem o acesso em sua veia, conectando-o á bolsa de soro e aplicando alguns remédios, outros colocavam bolsas de gelo em seu joelho. 

— Você não vai chorar, olha só, você é a única pessoa da porra do clube que está comigo, eu estou com dor e fodido, então você não pode chorar e aparecer nas câmeras para que as pessoas pensem que eu estou fodido e comecem as especulações. – ele me encarou mais uma vez me fazendo respirar fundo e assentir com a cabeça. 

— Me desculpa... você tem razão, eu deveria estar de ajudando e te confortando mas você está fazendo isso comigo. É só que... eu estou fazendo faculdade de fisioterapia, pensei que estivesse pronta para lidar com situações como essa mas não soube o que fazer quando cheguei no campo. – me aproximei um pouco e ajeitei a bolsa de gelo em seu joelho. 

— Apenas ficou nervosa, acontece. Foi a sua primeira vez e seu paciente não foi o mais simpático possível. – ele riu baixo enquanto pendia a cabeça para trás. 

— Não era pra acontecer. – respondi. 

— Não deveria ter me lesionado, mas aconteceu. – ele respondeu me fazendo torcer o lábio. 

— Sempre gosta de ter razão? – perguntei soltando uma risada baixa e ele umedeceu seus lábios. 

— Também gosto de não sentir dor, e nesse momento eu estou com dor pra caralho, disfarçando enquanto falo para você. – ele respondeu me fazendo soltar uma risada fraca. 

— Está nervoso? Por ir para o hospital agora? – disse baixo arqueando uma sobrancelha. 

— Nervoso? Como se fosse a minha primeira vez? – ele franziu o cenho. 

— Não, apenas... está nervoso? 

— Sempre fico. – ele disse baixo. 

— Vai ficar bem – assenti. 

— E é o que sempre me falam. – revirou os olhos me fazendo rir. 

— Então sempre acertam. – pisquei para ele. 

A ambulância foi estacionada e ele me disse um; se prepare. Os enfermeiros se posicionaram e tiraram a maca de James, respirei fundo enquanto também descia e sentia os flashes em nossa direção, respirei fundo caminhando ao lado da maca que ia rápido para evitar fotos. 

— Vão subir para a ressonância? – perguntei. 

— Sim, vamos agora, senhora. – o enfermeiro respondeu enquanto os médicos se aproximavam. 

— Tira o meu colar, Clarice. – ele disse enquanto me olhava, me fazendo assentir rapidamente e retirar o colar de seu pescoço, parando ao seu lado quando apertaram o botão do elevador. 

— Tudo bem, vou ligar para o Klose, ele vai trazer os seus documentos e seja lá mais do que você precise, ok? 

— Ok. – ele respondeu me olhando — Pode colocar o colar, quando eu voltar você me devolve. 

— Eu vou coloca – balancei a cabeça assentindo. 

— Eu estou esperando. – ele disse me fazendo franzir o cenho. — Coloca a porra do colar! 

Ele disse me fazendo rir, assenti colocando o colar em meu pescoço e respirei fundo o observando-o ser colocado no elevador, me afastei um pouco e pude ver o contorcer de dor enquanto as portas do elevador se fechavam. A última imagem que eu tive dele foi um grito de dor enquanto um enfermeiro segurava sua perna para que ele não a mexesse enquanto se contorcia de dor. 

Homens... não acredito que ele estava se fazendo de forte enquanto falava comigo. 

Caminhei até o lado de fora do hospital para respirar um ar fresco. 

— O que a senhorita é de James Rodriguez? – uma mulher perguntou enquanto algumas câmeras eram ligadas e apontadas para mim

— O que? Eu? – franzi o cenho os olhando. 

— O que os médicos disseram? – um homem perguntou.

— Eu... – fui interrompida. 

— Por que a chamaram no campo? É verdade que tem um relacionamento com James? – outro homem perguntou. 

— Vamos, para dentro. – rapidamente Klose se aproximou de mim caminhando comigo para dentro do hospital, respirei fundo agradecendo a ele mentalmente. 

— O que deu nessa gente? – o encarei e ele suspirou. 

— Só não saia desse hospital e nem responda nada que te perguntarem. – ele disse enquanto caminhava até a recepção e entregava todos os documentos necessários de James. — Onde ele está? 

— Fazendo a ressonância. – disse baixo enquanto segurava seu colar em meu pescoço. 

— O que acha que é? – ele me olhou enquanto sentávamos nas cadeiras de espera. 

— Pelo que vi, rompimento parcial do ligamento colateral-tibial. – o encarei. 

— Isso o deixaria de fora por quanto tempo? 

— Seis a oito semanas. – encolhi os ombros. 

— Certo... – ele se remexeu inquieto na cadeira. 

“— Tira o meu colar, Clarice.” 

Mas como ele sabia o meu nome? 

 

[...] 

 

— Estamos esperando o resultado da ressonância magnética, ele se encontra em um quarto onde ficará em observação. 

— Podemos ver-lo? – Klose foi mais rápido na pergunta. 

— Claro. Queriam me acompanhar. 

Quarto 3051. 

— Quanto foi o jogo? – foi a primeira coisa que James perguntou quando entramos no quarto. 

— Cinco á três. – Klose respondeu. 

— Ganhamos? – James o encarou. 

— Perdemos. – respondi. 

— Filhos da... 

— Como se sente? – Klose o interrompeu. 

— Sem dor. – foi curto.

— Oito semanas passam rápido... – o olhei. 

— Oito semanas passam rápido para você que não faz porra alguma. Oito semanas para mim são gols perdidos, são oportunidades perdidas, oito semanas pra mim é a porra de muito tempo! – ele esbravejou irritado me encarando em seguida. 

— Eu entendo, Jam... – ele continuou. 

— Não, você não entende. Então não diga isso quando só observa de fora. 

— Eu tentei ajudar você, ok?! – o encarei sentindo os meus olhos marejarem. 

— Me desculpe. – ele disse baixo me olhando enquanto respirou fundo. 

— Me desculpe você, pelo transtorno. – disse no mesmo tom enquanto me aproximava e retirava o colar de meu pescoço, o deixando em sua mão. — Vou para casa, Klose. 

— Não vai não. – Klose disse me encarando. 

— Algum motivo específico? – arqueei a sobrancelha. 

— Preciso ir no CT, você não tem nada para fazer, vai ficar com ele. – ele piscou para mim enquanto tirava as chaves do carro e beijava minha testa antes de sair do quarto. 

— Posso fica sozinho. – James disse sem me olhar. 

— Cala essa boca – o respondi. 

— Me desculpe por... – não deixei que completasse: 

— Cala essa boca! – disse ainda olhando a televisão. 

— Por rasgar sua camisa na noite em que transamos. Pode devolver a minha camisa? Eu posso devolver seu celular, se quiser



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