Encostei-me na murada da janela. A casa era bonita, aluguei-a junto de meus amigos para as férias de verão. Era um dos últimos dias de nossa estadia, e eu queria lembrar-me de tudo. Tudo de belo e terrível que passamos aqui, e não quero que a nostalgia transforme tudo em beldades dos tempos passados. Vou lembrar-me dos roncos, das reclamações matutinas, da falta de comida... Todas as imperfeições que faziam desta estadia perfeita.
A brisa da praia passeava pelas ruas, fazendo aquele barulhinho gostoso, e o mar, calmo, esperava pela tarde, quando se encheria da diversão dos banhistas. Alva como a lua, a areia voava com o vento e entrava nos lugares menos esperados. A madrugada começava a virar a manhã, o rosa, quase azul, do céu contrastava com o azul esverdeado do mar e, tudo isso, era momentâneo. A beleza de tudo isso ia acabar, iriam haver outras belezas, mas aquela era única, diferente de todas as outras.
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