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História La Tekila - Victoria Ruffo e Cesar Évora - Capitulo 10 - CUANDO TUS OJOS ME MIRAN


Escrita por: HCBellucci

Capítulo 10 - Capitulo 10 - CUANDO TUS OJOS ME MIRAN


César e Omar continuavam a se olhar fixamente e um grande temor tomou conta da Victoria que observava os dois, César não podia evitar o ciúme que sentia ao ver aquele homem ali segurando aquelas flores, que ele sabia que eram para ela, e era a primeira vez que encontrava com ele, após ter começado a ficar com Victoria. Ela estava desconcertada, sem saber como agir ou o que fazer, não esperava o Omar, já que o havia despachado, avisando que passaria a noite com o filho. E Omar tentava entender o que César estava fazendo ali, será que Victoria o tinha dispensado para ficar ele?

— Tio, está aqui o papel. — Eduardo apareceu, interrompendo aquele clima tenso que estava entre os três.

— Me entregue. — César foi até o Eduardo e anotou o seu número, deixando Victoria e Omar a sós.

— Achei que você queria ficar sozinha com o seu filho. — Omar finalmente falou.

— Queria, mas o César apareceu de surpresa. — Ela respondeu tentando controlar o nervoso de sua voz.

— O que ele veio fazer?

— Veio falar comigo.

— Vocês passam o dia juntos e ele ainda vem aqui falar com você? — Ele falou um pouco alto para que César o escutasse, que realmente ouve, mas fingiu que não ouviu e continuou conversando com o José.

— Omar, por favor, entra e essas flores são para mim?

— Sim! — Ele entregou para ela.

— Victoria, eu já tenho que ir. — César se reaproximou deles.

— Tudo bem! — Ela sentiu um alivio tão grande ao ouvir isso, pois temia que César decidisse ficar para provocar o Omar.

— Omar, foi um prazer reencontra-lo. — Ele ergueu a mão para o Omar.

— Digo o mesmo. — Ele segurou a mão do César, fazendo a Victoria estremecer pela tensão que estava entre eles.

— Nos vemos amanhã, Vicky. — César deu um beijo no rosto dela e sem que Omar perceba, ele dar uma pequena apertada na cintura dela.

— Até amanhã! — Quando César caminhou em direção do elevador, ela foi atrás dele. — César... — Ele parou e a olhou.

— O que foi?

— Mais uma vez obrigada. — Ela esboçou o mais lindo e cínico sorriso, fazendo-o entender do que ela estava falando.

— Quando precisar é só chamar. — Ele devolveu um sorriso cínico a ela, junto com o seu olhar penetrante e depois entrou no elevador.

 Victoria logo em seguida despachou o Omar, com a desculpa que queria ficar com o seu filho, mas na verdade, ela não conseguia ficar perto dele, após tudo que havia acontecido esses dias entre o César e ela, precisava clarear a mente, entender tudo o que ela estava fazendo, os riscos que estaria correndo se decidisse continuar com esse jogo muito perigoso, do qual ela já estava perdendo o controle.

**********
Ya lo sabia lo sospechaba desde el primer día
Pero temía que en tus brazos yo me quedaría
Y sabia que de pronto todo cambiaria
Y otra vida empezaría

**********

 César resolveu ir até a casa de um amigo, do qual contou tudo o que havia acontecido nesses últimos dias.

— Então, você está me dizendo que estar apaixonado pela Victoria?

— Eu não disse isso.

— Mas César, depois de tudo que você me disse e o modo como me disse, você quer que eu pense o que?

— Não sei se é amor o que estou sentindo por ela, acho que não tem nem se quer um nome especifico para isso. — César ficou olhando para o nada tentando buscar uma definição para o que ele estava sentindo.

— Você está pensando em manter um caso com ela?

— Não acredito que ela aceite algo do tipo.

— Você deixaria a Vivian pela Victoria? — César buscou essa resposta dentro de si.

— Se um dia ela me pedisse, sim. — E respondeu com toda a certeza que encontrou.

— Você está pior que um colegial apaixonado. — Os dois riram as gargalhadas.

**********
Es que ya lo sabía que robarías mis noches y mis dias
Me lo temía que ni queriendo yo te olvidaría
Y sabía que todo empieza y todo se ilumina
Cuando tus ojos me miran

**********

*Televisa*

— Posso entrar? — Perguntou Victoria ao chegar á porta do camarim do César, que estava um pouco aberta.

— Claro! — Ele estava sentado no sofá lendo uns papéis.

Ela entrou e equilibrou os dois copos de cafés, que vinha trazendo, em uma mão e trancou a porta á chave.

— Trouxe o seu café.

— Estava ocupado e nem deu para mandar o seu café.

— Que bom, pois assim eu tive a oportunidade de retribuir o favor. — Ela sentou ao lado dele.

— Mas não precisa retribuir.

— Apenas pegue o café e tome. — Ele pegou o café e tomou, recebendo um sorriso dela.

— Sabe qual é o meu café? — Perguntou, surpreso ao perceber que estava do jeito que ele gosta.

— Lógico! Como eu não saberia o café do meu... — Ela rapidamente parou de falar e ele ficou olhando-a esperando ela completar o que ia dizer.

— Seu?

— Meu amigo. — Ela respondeu rapidamente.

— Mas você é uma mentirosa, Victoria Ruffo. — Ele começou a rir dela.

 — Mentirosa, por quê?

— Você deve ter perguntado qual é o café que peço sempre.

— Perdão se não sou uma sabe tudo como você. — Ele continuou a rir dela, que mostrou língua a ele.

— Só sei das coisas que me interessam. — Ele tomou mais um pouco de café e deu uma leve piscada para ela.

— Bom, eu vim aqui pedir desculpas por ontem. — Ela tentou se concentrar na conversa que queria ter com ele. 

— Eu que devo te pedir desculpas, jamais deveria ter ido á sua casa.

— Eu sei que você se sentiu mal ao o ver chegando ali, mas juro que eu não sabia que ele iria aparecer, eu tinha pedido para ele não ir.

— Calma, realmente não foi bom vê-lo chegar ali. Estávamos nos três, eu estava gostando de estar ali com você e seu filho. — Ele ia dizer “Como uma família”, mas achou melhor se calar.

— Eu também gostei.

— Na verdade, quando estou com você eu me esqueço do mundo real e ele aparecer ali, foi lembrar que tudo aquilo que estava acontecendo não era real.

— Mas para mim foi muito real. — Ela disse com um pouco de tristeza pelo o que ele disse.

— Você me entendeu, minha vida. — Ele segurou a mão dela e acariciou.

— Te entendi, mas César...

— Não diga nada, apenas aprecie o seu café. — Ela parou de falar e tomou o café. — Esse café combina muito com você.

— Combina? — Ela perguntou tentando entendo o porquê combina.

— Sim, é quente, cremoso, um pouco amargo, mas quando você prova direito percebe o quanto é doce... — Ele se aproximou dela e passou a ponta língua levemente nos lábios dela. — E muito gostoso. — Ele murmurou ainda perto dela.

— E o seu café é quente, forte e amargo. — Ela sussurrou.

— Mas se você quiser pode ficar doce. — Ele sussurrou entre os lábios dela.

— Não, eu gosto assim como é, não precisa mudar nada. — Ele pegou o café da mão dela e colocou junto com o dele sobre uma mesinha ao lado.

Os lábios do César buscaram a boca da Victoria, e todo o seu corpo já se apertava contra o dela, que o abraçou pelo pescoço. Ele deslizou seus dedos entre os cabelos negros dela e quando ele sentiu as mãos da Victoria apertando suas costas, soltou um gemido do fundo da garganta.

Os lábios dele deixaram um rastro de fogo pelo pescoço dela.

— Almoça comigo? — Ela perguntou a ele.

— Faço o que você quiser. — Ele a deitou lentamente no sofá e começou a acariciar todo o corpo dela com suas mãos firmes e a beijando a boca ferozmente, até fazê-la tremer de prazer.

— Então, nós estamos combinados. — Ela o empurrou, tirando-o de cima dela e se levantou.

— O que foi? — Ele não entendia o que havia acontecido.

— Tenho que trabalhar.

— Mas... Mas estávamos aqui.

— Eu sei, outro momento a gente continua. — Ela foi em direção à porta. — E não se esqueça, estarei te esperando ao meio dia para a gente ir almoçar.

— Você que manda aqui. — Victoria apenas sorrir como resposta e foi embora. Ele se deitou no sofá tentando controlar toda a excitação que estava sentindo.

**********
Y cada día que pasa sube la marea y me arrastra
Justo al borde de tu boca donde los sueños trasnocha
Y no me dejes solo que contigo estoy mejor
Quédate un ratito que ya pronto sale el sol
Y recojo los recuerdos y me guardo la ilusión
Despacio sin apuro que traigo el corazón desnudo

**********

*Estacionamento televisa*

César se aproximou do carro da Victoria e a porta se abriu como um convite para ele entrar, que entrou.

— Onde vamos almoçar?

— Você verá.

— Misteriosa.

— Talvez. — Victoria ligou o carro e juntamente começou a tocar uma musica, Que bonito, que bonito de Miguel Mejía, que ela estava escutando antes de desliga-lo.

Que bonito, que bonito
Es querernos asi en privado
Sin que nadie se suspeche
Que estamos enamorados.

— Que bonito, Que bonito, hein? — Ele falou.

— O que foi?

— Você ouve essa musica e pensa em mim.

— Não seja tão convencido.

— Mas estou errado?

— Eu tenho esse CD do Miguel e o ouço todo, porque gosto.

— Mas eu quando a ouço penso em você e não tenho medo de te dizer isso.

— Então, você fica ouvindo musicas e pensando em mim? — Ela arqueou uma das sobrancelhas e sorriu.

— Talvez, mas pode ser que eu pense em você sem musica também. — Ela revirou os olhos e não falou mais nada, sabia que sempre perdia para ele nessas provocações.

Que bonito, que bonito, es saber que tú me quieres
hai me lleva, hai me lleva en el rumor de tu sangre
No lo digas, no lo cuentes que se lo sabem se acaba
El mundo vive angustiado destila pura amargura
Solo el que esta enamorado, vive en la gracia de Dios 
.

— Então ninguém pode suspeitar que nós estejamos apaixonados. Estamos apaixonados? — Ele perguntou.

— É só uma musica, César.

— Mas estamos? — Ele insistiu.

— Você vai mesmo insistir nisso?

— Só quero que você responda a minha pergunta.

— Então a devolvo a você, estamos apaixonados?

— Você não me respondeu, também não vou.

— Estamos parecendo duas crianças, isso sim. — Ele soltou uma gargalhada.

— Crianças não fazem o que fazemos. — Ele disse sarcasticamente.

— Ficou irritado pelo o que aconteceu no camarim?

— Não, porque acha que ficaria irritado?

— Eu interrompi.

— Não foi a primeira vez, e tenho quase certeza de que não será a última.

Victoria apenas continuou dirigindo, eles ficam em silêncio, apenas ouvindo as musicas que tocavam.

— Achei que íamos almoçar nesse restaurante. — Ele comentou.

— Vamos a outro lugar, já estamos chegando.

— Ótimo, pois estou com fome.

— Você já vai comer. — Na voz dela tinha um pouco de ironia.

**********
Y ya lo sabía que por tus ojos yo me perdería
Y seria lo más hermoso que me pasaría y una vida
Una vida no me bastaría pero quien me lo diría

**********

Alguns minutos depois, Victoria entrou com o carro em motel, fazendo o César olha-la de modo surpreso.

— Você tem certeza disso, Vicky?

— Não fala nada. — Eles passaram pela portaria e Victoria falou com a recepcionista, que a reconheceu, mas não conseguiu enxergar quem era o acompanhante.

— Não acredito que você teve essa coragem. — Ele disse quando estavam saindo do carro para entrar no quarto.

— Muito menos eu, mas precisamos terminar o que começamos lá no camarim.

— Você me surpreende a cada dia mais. — Ele estava todo animado com essa surpresa.

— E ainda quero te surpreender muito.

— Espero que sempre de forma positiva.

— Também espero.

— Você gosta desses filmes? — Ele perguntou, apontando para a televisão que passava um filme pornô.

— Já assiste algumas vezes, mas não gosto. — Ela respondeu.

— Então vou desligar.

— Mas se você gostar, pode deixar.

— Eu não gosto, prefiro fazer, é muito melhor. — Ele desligou a televisão.

— Eu acho muito exagerado e escandaloso.

— E quem disse que não tem mulheres escandalosas assim ou mais, fora da ficção. — Ele disse insinuando algo e olhando para ela.

— Porque me olha assim? Eu sou escandalosa?

— Eu não disse nada.

— Mas você me olhou de um jeito.

— Vem aqui... — Ele a segurou pela mão e a puxou para ele. — Se eu for o causador de seus escândalos, jamais vou me importar.

Ela deslizou as mãos pelas costas dele até suas nádegas, apertando-as, fazendo-o soltar uma gargalhada. Ele a segurou pelos quadris e apertou contra o dele, e assim ela pode sentir a ereção dele em seu ventre.

— Acho que aqui eles não entregam comida. —  Ele ironizou.

— E quem aqui precisa de comida? — Ela mordeu levemente o lábio inferior dele.

— Ah, você ainda vai acabar comigo.

— É o que mais quero. — Ela sussurrou perto do ouvido dele e deu uma pequena mordida no lóbulo da sua orelha.

Victoria inclinou a cabeça para trás, enquanto ele cercava seu pescoço com beijos, sussurrando ao ouvido tudo o que desejava fazer com ela, que estava tão excitada, talvez jamais teria desejado tanto um homem, como estava desejando César Évora, ali não importava que eles não podiam ficar juntos, não importava que não era certo com outras pessoas, nada mais importava aquele momento, só que eles se desejavam profundamente e precisavam desfrutar desse enorme querer.

Com um suspiro, ele girou a cabeça e seus lábios se encontram com os dela, César abriu avidamente os lábios dela e explorou com a língua o interior doce de sua boca, Victoria respondeu com a mesma urgência, gemendo suavemente quando ele tirou a blusa dela e a acariciou os seios.

Ele estava inebriado sentindo seu aroma, sua essência feminina, Victoria observava pelo reflexo do espelho ele tirando-a de sua calça, com suas mãos acariciando-a por tudo as partes e excitando-a cada vez mais...

— César... — Ela murmurou.

— O que foi?

— Nada! Só que você ainda estar vestido.

— Resolvo isso rápido. — Ele começou a desabotoar sua camisa.

— Não, eu quero fazer. — Ela o interrompeu.

— Fique a vontade.

Ela com delicadeza começou a desabotoar cada botão, tirou a camisa e acariciando seu peito, que estava quente e estremecia cada vez que ela passava seus dedos por seu peito e deslizava sua língua pelo pescoço dele, finalizando com uma grande mordida, César soltou um gemido e a apertou com força, ela passou sua mão por cima da calça dele sentindo sua ereção que estava tão dura como uma rocha, quando ela desbotoou a calça e a tirou, deixando-o totalmente exposto, não conseguia pensar em outra coisa, apenas que desejava provar ele por completo, imediatamente ela se abaixou, e sem dar tempo de reação a ele, tomou seu membro ereto, sem receio nenhum, pois o desejo falava mais alto. Victoria tomou o pênis dele com os lábios e começou a meter mais em sua boca, subia e descia lentamente, ele a segurou pela cabeça e juntos encontraram o movimento perfeito, quando ele começou a gemer, ela se dedicou mais, trabalhando com os lábios e com a língua.

— Victoria, para, por favor, eu não quero... — Ela pressionou mais fazendo-o gemer e esquecendo-se do que ia dizer.  

Ela continuou com mais rapidez, os gemidos dele a deixavam mais fascinada, eram como musica para ela. Quando ela achou que ele estava chegando ao orgasmo, ele a levantou com força e a jogou na cama.

— Aprendi que você também sabe torturar, agora é minha vez. Abre as pernas, minha vida. — Ela o obedeceu de imediato.

César subiu na cama e introduziu seu membro por completo dentro dela, começou a se mover lentamente até que ela rodeou as pernas em torno da cintura dele, que começou a investir com mais força.

— Você é minha, toda minha. — Ela não conseguia responder, apenas gemia, mas esses gemidos eram como respostas confirmando que ela era dele.

Continuavam as investidas fortes e cheias de prazer, com suas mãos ele acariciava os seios dela, quando chegaram ao orgasmo, ele se esvaziou totalmente dentro dela, chamando-a. Deitou-se sobre ela e começou a beija-la com ternura, acariciando-a.

**********
Es que ya lo sabía que cuidarías al aire que respiras
Me lo temía que ni en sueños me abandonarías
Y sabía que todo empieza y todo se ilumina
Cuando tus ojos me miran

**********

Algum tempo depois os dois estavam deitados na cama com suas cabeças coladas, mas com os corpos de lados opostos, dividiam um cigarro, e conversavam sobre suas vidas.

— Tenho uma proposta para te fazer. — Ela disse a ele.

— Proposta? — Ele se virou e ficaram de rostos colados, ainda de lado opostos. — Gosto mais ainda se for uma proposta indecente.

Ela se sentou e ele fez o mesmo, ficaram um de frente para o outro, se olhando, se admirando e talvez se amando mais do que sabiam.

— O que está acontecendo entre nós dois? — Ela fez a tão temida pergunta, até o momento eles nunca tinham se perguntado o que estava acontecendo mesmo.

— Você quer uma definição? Pois eu não tenho, o que você e eu sentimos é algo que não tem definição ou explicação, foi feito apenas para nós dois sentimos e vivermos cada momento.

— Mas eu só quero saber até que ponto nós estamos envolvido e até onde pretendemos chegar com isso. 

— Eu... Eu... — Ele começou a gaguejar e ela o interrompeu.

— Vamos ser realista, nós dois juntos não temos um futuro. — César tentou não transparecer a decepção que ele sentiu ao ouvir aquilo.

— Sim, não temos. — Ele confirmou, apesar de pensar ao contrário.

— Eu ouço aquela musica e penso em você. — Ela finalmente confessou.

— Imaginei.

— Ela combina perfeitamente com o que penso.

— E o que você pensa?

— Penso que ninguém pode saber o que estar acontecendo, nem se quer suspeitar, pois o dia que descobrirem isso que estamos vivendo vai acabar.

— Você acha mesmo isso?

— Sim, por isso ouço aquela musica e penso em nós dois.

— Entendi. — César na verdade não estava a entendendo muito bem.

— Então a minha proposta é que nunca deixaremos ninguém saber, somos adultos e sabemos que seja lá o que esteja acontecendo entre nós dois, não terá nunca um futuro, para evitar problemas não vamos esperar demais um do outro. — César apenas fazia concordar com a cabeça.

— César, nos desejamos e não conseguimos evitar, então vamos continuar com esses encontros até quando não der mais para um de nós dois.

— Victoria, calma, seremos amantes?

— Não, somos amigos e que de vez em quando se encontram.

— Amigos com direitos. — Ele completou.

— Pode ser que esse seja o nome.

— Não acha que já passamos da idade para isso?

— Então você tem alguma alternativa? — Ele desistiu de falar o que ele realmente estava pensando em fazer.

— Não, será como você quiser, aceito a sua proposta.

Victoria se aproximou dele para beija-lo, mas ele a interrompeu.

— Precisamos ir, estamos muito atrasados.

— Verdade.

Na volta eles ficaram mais calados, cada um mergulhados em seus pensamentos confusos, Victoria desejando que ele jamais tivesse aceitado essa proposta dela e ele se sentindo um idiota por estar se envolvendo com ela, que estava só brincando com ele, não queria mais que uma aventura de momento e depois de tudo que ela havia dito a ele.

**********
Y cada día que pasa se reduce la distancia
Que separan nuestras bocas y la sangre se alborota
Y no me dejes solo que contigo estoy mejor
Quédate un ratito que ya pronto sale el sol
Y recojo los recuerdos y me guardo la ilusión
Despacio sin apuro que traigo el corazón desnudo

**********

*Estacionamento Televisa*

— Está tudo bem? — Ela perguntou ao descerem do carro.

— Sim, então temos um acordo? — Ele esticou a mão para ela.

— Sim! — Ela segurou e mão dele e se apertaram, afirmando o acordo.

— Ótimo! — Ele disse secamente, mas tentando disfarçar o quanto estava incomodando com essa ideia.

— Perfeito! — Se afastaram e ambos seguiram seus caminhos de volta ao trabalho.

**********
Y no me dejes solo que sin ti no se que hacer
Quédate a un ladito donde yo te pueda ver
Que mis manos no se pierdan cuando vaya amanecer
Que mientras yo más te descubro más
Me acerco al paraíso estoy seguro

**********

 Após esse encontro se passou um mês de muitos outros encontros, eles dois já estavam íntimos, muito mais envolvidos um com o outro, seus encontros passaram a ser muito mais frequentes, não dispensavam nenhuma oportunidade que tinham de ficar juntos, seguiam suas vidas normalmente, como tinham decidido no acordo, mas eles não conseguiam mais negar os ciúmes que sentiam quando ambos falavam de seus companheiros.

César na sua casa estava totalmente diferente, fazendo assim Vivian desconfiar que houvesse algo de errado, pois ele nunca tinha estado assim, tão ausente, mas também parecia estar tão feliz, ela já o tinha visto várias vezes cantando, dançando sozinhos, sorrindo para o nada.

No decorrer desse mês, a amizade, o carinho, a cumplicidade entre Victoria e César só aumentaram, e principalmente, apesar de nunca confessarem um ao outro, o amor aumentou, eles não conseguiam ficar longe um do outro, eles tinham uma necessidade de estarem juntos que não se podia explicar.

Ninguém percebeu, apenas acharam que eles estavam se tornando grandes amigos, pelos corredores da televisa se comentavam o quanto era bonita a amizade deles e que ficavam perfeitos juntos, mas apesar de alguns pensarem, ninguém tinha a coragem de insinuar que existia algo além de amizade entre César e Victoria.

 

*Estúdio Televisa*

Victoria terminou de gravar suas cenas e voltou ao camarim, onde tinha deixado o José Eduardo a esperando. Quando ela entrou no camarim percebeu que ele não estava lá, foi atrás dele, pois ela ficava preocupada dele ficar andando sozinho e acabar aprontando alguma travessura. Ela perguntou para algumas pessoas se tinham o visto, mas todas responderam que não o tinham visto.

Victoria já estava preocupada procurando por ele, até que encontrou com o César.

— Oi minha vida, estava sentindo sua falta.

— César, você viu o Eduardo por aí?

— Não, eu ainda não o vi hoje, você o trouxe?

— Sim, o deixei no camarim, mas quando voltei não o encontrei.

— Perguntou para as pessoas? Foi nos lugares que ele gosta de ficar?

— Sim, sim, mas não o encontro em lugar nenhum. — Ela andava de um lado para o outro, impaciente, nervosa.

— Calma, eu vou te ajudar, juntos vamos encontra-lo. — Ele a abraçou, consolando-a.

Nesse momento chega uma mensagem no celular da Victoria, escrito:

“Seu filho foi sequestrado”



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