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História La Tekila - Victoria Ruffo e Cesar Évora - Capitulo 17 - MI PEOR ERROR


Escrita por: HCBellucci

Capítulo 17 - Capitulo 17 - MI PEOR ERROR


*Casa Ruffo*

Gaby chegou cedo para visitar a sua irmã, após o telefonema do César, ela não conseguiu falar mais com nenhum dos dois e isso a deixou muito preocupada.

A preocupação aumentou quando ela encontrou a Victoria deitada no sofá da sala, garrafas de vinho no chão, em um desespero ela correu até a Victoria, há dois anos era um pouco comum ela encontrar a irmã naquela situação, mas graças a Deus ela tinha superado e não fazia mais aquilo, até aquela noite.

— Vicky! Victoria! — Gaby ficou chamando por ela, até que acordou.

— O que aconteceu? — Gaby perguntou.

— Ele me deixou. Ele prometeu que nunca ia me deixar, mas me deixou. — Victoria estava quase voltando a chorar por ver a sua irmã ali, a pessoa que ela mais precisava nesse momento.

— Vem, vou te levar para o quarto, o Eduardo já vai acordar e não é bom que te veja assim.

Gaby ajudou ela se levantar e a levou até o quarto. Victoria sentia sua cabeça rodar, seu estômago revirando, quase não tendo força para ficar de pé, correu até o banheiro. Mesmo com a resistência da Victoria, Gaby entrou no banheiro, ajudou, tirou toda a roupa dela, depois a deu um banho. Gaby estava com tanto medo que sua irmã ficasse do jeito que ficou com o casamento com o Derbez terminou.

Após enxuga-la e coloca-la na cama, Gaby foi arrumar o Eduardo para ir ao colégio e ligou para o Salvador, dizendo que Victoria tinha amanhecido doente e não poderia trabalhar.

Victoria não pediu, mas ela sabia que sua irmã não tinha as mínimas condições de ir trabalhar. 

**********
Fue como fue
Me robaste el alma
Me tuviste a tus pies, te amé
Me equivoqué
Creía que era eterno despertarme en tu piel

**********

 

*Televisa*

— César, você viu a Victoria? — Miguel perguntou.

— Não, acabei de chegar, ainda não vi ninguém.

— Eu precisava dela aqui muito cedo para gravar uma cena.

— Olha o Salvador, talvez ele saiba dela. — Salvador foi se aproximando deles.

— Salvador, sabe se a Victoria já chegou?

— A irmã dela acabou de me ligar avisando que Victoria estar doente e infelizmente não poderá vim.

Doente!”

— E agora o que vamos fazer? — Miguel ficou nervoso.

— Calma, vamos gravar outras cenas e amanhã gravamos com ela, sem pânico.

— Se você diz. — Miguel andou para longe deles.

— Salvador? — Apesar de que não tinha ninguém perto deles dois, César sussurrou chamando por ele.

— O que foi?

— A Gaby disse o que a Vicky tem?

— Não, só disse que estava doente, ligue para ela.

— Vou fazer isso, obrigado. — Salvador o deixou sozinho com os pensamentos confusos.

“Doente? O que ela tem?”

César apesar de estar magoado, não pode evitar ficar preocupado, querer saber o que ela tinha, até pensou em ligar para a Gaby, mas desistiu.

“Ela tem o noivinho para cuidar dela.”

 

*Casa Ruffo*

— O Edu já foi para a escola, liguei para o Salvador avisando que você estava doente e fiz algo para você comer. — Disse Gaby ao entrar no quarto, onde Victoria estava deitada na cama.

— Não quero comer. — Victoria disse.

— Mas você precisa, por favor, não faça eu te obrigar a comer.

— Eu não sinto fome, não consigo comer.

Gaby se sentou na cama com a bandeja e colocou um pouco de comida na boca da Victoria, que comeu.

— Você não pode se deixar cair de novo. Eu não vou deixar você voltar a ficar daquele jeito. — Victoria não respondeu, apenas continuou a comer.

— Obrigada. — Victoria sussurrou.

Gaby apenas sorriu para irmã, ela sempre faria qualquer coisa por ela.

— Não esqueça que eu sempre estarei para ti. — Gaby falou com certa emoção.

— Não esqueço.

— Agora me conta o que aconteceu?

Victoria começou a contar enquanto Gaby dava comida para ela.

— E por isso ele acabou. — Victoria disse ao terminar de contar.

— Nossa! Que dramático, eu poderia um dia escrever uma novela dessa história. — Gaby brincou.

— Eu aqui sofrendo e você fazendo gracinhas.

— Perdão, mana. Falando sério, César foi um burro, como ele faz isso, sem deixar você se explicar. E o Omar, foi um verdadeiro politico, oportunista, aproveitou seu momento de fragilidade para fazer essa proposta.

— César é um maldito por ter feito isso.

— Você tem que esperar vocês dois se acalmarem para depois conversarem.

— Eu não quero mais conversar, ele não quis me ouvir, eu também não quero mais.

— Você estar magoada, mas vocês se amam, então depois tudo vai se resolver.

— Eu o amo, mas ele não me ama, se me amasse teria confiado em mim.

— Tenho certeza que isso não vai terminar assim, tu e ele não se encontraram por casualidade. — Gaby segurou a mão dela.

— Eu o amei muito mais do que devia e agora estou me sentindo perdida com todo esse amor.

Gaby esboçou um sorriso terno, de conforto a Victoria.

— Você estava certa, eu nunca devia ter me ilusionado tanto com tudo isso. — Victoria disse, lembrando-se de uma conversa que teve com a irmã.

— Não diga isso, você foi muito feliz em toda essa ilusão, como você quer dizer. Não importa como acabou, tenho certeza que valeu muito a pena. — Victoria repousou sua cabeça na coxa da sua irmã.

— A realidade é sempre melhor que a ilusão. — Victoria sussurrou.

— Mas tenho certeza que você pode lutar para que a ilusão se torne sua realidade.

— Mana, tudo isso é tão irreal, mas eu não quero que acabe. — Victoria começou a chorar.

— Não deixe acabar. — Gaby murmurou.

Victoria se levantou e correu para o banheiro, de novo estava se sentindo mal.

Minutos depois quando Victoria saiu do banheiro, Gaby estava a olhando, assustada.

— O que você tem? — Gaby perguntou.

— Acho que bebi muito, não estava mais acostumada a beber tanto assim.

— Eu vi as garrafas na sala, nem acredito que você bebeu tudo aquilo sozinha.

— Acho que vou ficar louca, mana. — Victoria respirou frustrada.

— Não se preocupe com isso, louca você sempre foi. — As duas começaram a rir.

— Eu só precisava de você aqui, mana, chorando e rindo comigo, não posso ter nada melhor. — Victoria se deitou na cama de novo.

Gaby a abraçou com força. Victoria ficou tão pequena, frágil nos braços da sua irmã menor.
**********

Victoria não foi trabalhar naquele dia e nem no dia seguinte, não se sentia preparada para encontrar com o César, mas ela tinha uma responsabilidade, não podia ficar como uma menina fugindo para sempre. No primeiro dia que voltou a televisa em nenhum momento encontrou com o César, ela sabia que ele estava lá, pois o Fernando havia comentado, só que não se encontraram, Victoria imaginou que César estava evitando encontra-la, ela estava totalmente certa, ele fez de tudo para não vê-la, só o fato de saber que estava no mesmo local que ela o incomodava.

Os dias foram passando, César se dedicava arduamente ao trabalho, tentava se ocupar de todas as maneiras para não pensar na Victoria. Tentava se manter do mesmo jeito, mas estava sendo quase impossível manter o seu humor negro de sempre, mas quem o conhecia podia notar o quanto ele estava terrivelmente abatido. Em casa nada voltou a ser como antes, mas também ele não falou mais sobre divorcio, e sua esposa estava comemorando percebendo que ele tinha terminado o caso, na cabeça dela ele tinha terminado porque ela havia descoberto, terminado por ela. César fazia de tudo para não estar em casa e muito menos na televisa, então ocupava seu tempo livro em bares ou na casa de um amigo, que era seu confidente.

Os dias se passaram arrastados para a Victoria, todo dia ela tentava se conformar com a ausência do César, a primeira semana foi horrível, não falava com ninguém, no trabalho falava apenas o profissional, ficava trancada no camarim ou apenas gravava e ia embora. Não tinha uma noite da qual ela se deitava a noite e não chorava até dormir. Ela sentia um buraco dentro dela que nada estava podendo preencher.

Após duas semanas, nosso casal já não tentava afogar o mundo com as suas lágrimas, não sei se pararam com os choros porque não tinham mais lágrimas ou não sofriam mais.

**********
No sé si fui ingenua al pensar
Que amarías igual
Con la misma fuerza de un huracán
Fue mi culpa al final el quererte de más
Y tan sólo recibir la mitad

***********

 

*Televisa*

Era quase à noite, Victoria teve uma hora de descanso, como sua irmã e seu filho ainda estavam com ela, então foram até a lanchonete.

— Fico feliz que você tenha voltado a comer direito, mana. — Gaby disse.

— Estou tentando, mas ainda não consigo sentir vontade de comer.

— Mas você sabe que cigarro não é alimento, você tem fumado muito esses dias.

— Eu sei disso. — Victoria quando ficava nervosa, ansiosa, quando sentia qualquer coisa além do que podia, ela tentava se controlar fumando.

Victoria e Gaby conversavam animadamente, José Eduardo comia o seu hambúrguer, até que uma atitude do menino desconcertou Victoria.

— Papá! — O menino exclamou quase gritando e saiu correndo.

“Papá? Quem? Eugenio?” Victoria pensou quando viu seu filho correndo.

Ela foi girando para ver onde seu filho tinha ido correndo, ela girou a tempo de vê-lo sendo carregado pelo homem que nos últimos dias ele evitava até pronunciar o nome.

Que lindo! César tinha virado o Lord Voldemort “Aquele que não deve ser nomeado” Perdão, vamos voltar.

— Campeão, acho que você cresceu desde à última vez que te vi. — César o carregava, e tinha um sorriso tão lindo, encantador.

Não preciso nem dizer que alguém olhava os dois juntos com a cara mais apaixonada, impossível, mais derretida que margarina.

— Isso não pode ser, estou do mesmo tamanho que ontem.

 — Sinto você muito maior e muito mais pesado.

— Papá, ontem o senhor saiu de casa e nem terminou de me ensinar. — O menino inocente acabou falando isso alto demais.

Acho que Victoria não deveria ter ouvido isso.

— Outro dia eu volto. — César sussurrou.

Victoria virou para a irmã com uma expressão de interrogação.

— Como assim César lá em casa? — Victoria perguntou a Gaby.

— Eu posso explicar. — Gaby falou baixo para ninguém ouvi.

— Mas é lógico que você vai explicar.

— Eu não sei direito, ele apareceu lá, até achei que ele tinha ido atrás de você, mas ele me disse que sabia que você estava trabalhando e tinha ido apenas porque o Edu o convidou.

— E você deixou esse homem entrar?

— Ele não demorou, Victoria, ficou jogando com o Edu, conversaram e depois ele foi embora, nem se quer falou comigo, só quando me pediu que eu não te contasse sobre a visita.

— E você prefere ficar do lado dele e esconder de mim?

— Não é uma questão de lado, até porque eu sempre estou do seu, mas é que eles dois criaram uma relação muito bonita e o Edu sente a falta dele. César é muito carinhoso com ele, sempre o leva para brincar, leva sorvetes ou chocolates lá no camarim.

— César anda vendo o meu filho todos esses dias e eu não sabia? — Victoria perguntou, irritada.

Quando Gaby ia responder, o José Eduardo chegou e interrompeu a conversa.

— Mãe! Mãe!

— O papá pode sentar aqui com a gente? — O menino segurava a mão do César.

“Papá”

— Edu, a sua tia quer comprar sorvete, vá com ela e tragam pra mim. — Victoria disse.

A Gaby entendeu o recado e levou o José Eduardo para comprar sorvete.

Victoria se levantou e ficou frente a frente com o César.

César se segurou para não toca-la, ele a desejava tão profundamente, costumava a acariciar o rosto dela, passar os dedos pelo cabelo tão sedoso, pelo menos tocar a mão dela, única coisa que ele sempre podia fazer em publico. Foi uma dor horrível para ele não poder fazer nada disso. Victoria teve que morder o lábio para conter aquela agonia por estar tão perto dele novamente.

Mesmo que eles tenham se visto algumas vezes durante esses dias, mas agora era diferente, não estavam escondidos por trás da Cristina e do Federico, naquele momento eram eles, sem personagens, eram apenas, Victoria e César.

— Me explica o que é isso de você estar vendo o meu filho sem eu saber? E porque ele estar te chamando de pai?

— Eu gosto muito do seu filho e ele de mim, não acho que ele não tem culpa do seu... do nosso erro. E ele me perguntou se podia me chamar de pai, pois gostava de mim como se eu fosse, disse a ele que já tinha pai, mas ele pediu que eu fosse seu segundo pai, então eu não ia dizer não para ele.

— Ele já tem pai e não precisa de outro.

— Então explica isso para ele. Victoria, o que aconteceu entre nós dois é coisa do passado, ficou para trás, mas como eu já disse, gosto muito do seu filho e não acredito que você será tão egoísta de me afastar dele.

“Coisa do passado”

Talvez fosse para ele, mas para ela ainda era muito coisa do presente.

— Eu não quero que você faça o meu filho gostar de ti e depois suma da vida dele. Não quero que ele sofra mais, já basta o pai dele.

— Não sou eu aqui que gosta de iludir as pessoas. — No tom da voz dele se notou o quanto ele ainda estava magoado.

— Eu não iludi ninguém, César. — Victoria disse alterando a voz.

— Eu também não quero que o Edu sofra. — César voltou para o assunto principal.

— Então se afaste de uma vez da gente. — Ela disse friamente.

— Eu não vou fazer isso, não vou me afastar dele.

— Ele é meu filho, César, não quero você perto dele.

— Então vá e diga ao seu filho, diga a ele que está proibido de me ver e explique todos os seus motivos egoístas.

— Egoísta? Eu sou a egoísta aqui? — Ela elevou a voz mais ainda, algumas pessoas olharam para eles dois.

Gaby mesmo de longe pode ver como as coisas estavam se alterando entre os dois, tinham umas poucas pessoas na lanchonete, que já estavam começando a perceber o clima estranho na conversa daqueles dois amigos.

— Não vamos falar disso, até porque não é lugar. — Ele sussurrou.

— E onde é o lugar?

— Nenhum! Acho que nós dois não temos mais nada para conversar.

— Diga por você.

— Só precisamos aceitar que tudo isso foi um erro.

César saiu como um furacão daquela lanchonete.

“Foi um erro”

Victoria sentiu que ia cair, mas o seu apoio incondicional, conhecido com Gaby, estava a segurando pela cintura.

— Me tira daqui, por favor. — Victoria sussurrou.

**********
Bajé la guardia y me expuse al dolor
Caricias falsas, frío en la habitación
Bajé la guardia y aposté el corazón
Tantas palabras y ninguna emoción
Yo te quise y no te bastó, y aún te amo
A pesar de que has sido mi peor error

**********

*Camarim Évora*

César estava se arrumando para ir embora, quando alguém bateu na porta.

— Pode entrar. — Ele disse.

A porta se abriu e Gaby entrou.

— Podemos conversar?

— Claro que sim! Só não sei se sua irmã vai gostar, parece que estou proibido de ter contato com qualquer pessoa próxima a ela.

— Primeiro, minha irmã não precisa saber da nossa conversa e segundo, no momento minha irmã anda se comportando com se fosse a caçula, então eu sou a irmã mais velha.

César só riu e mostrou o sofá para que ela senta-se.

— O que você gostaria de conversar? — Ele sentou na cadeira em frente a ela.

— Acho que é bem obvio que é sobre tudo isso que estar acontecendo.

— Imagino.

— César, eu gosto muito de você, mas eu não permito que ninguém faça a minha irmã sofrer.

— Te entendo, mas quero deixar claro que jamais tive a intenção de fazer a sua irmã sofrer, mas eu não admito que ninguém jogue comigo, nem ela.

— E porque você diz que ela jogou com você?

— Ela vai casar com outro, acha isso pouco?

— E você já é casado, quem estar jogando mais? — Gaby contestou.

— Mas eu nunca a enganei, ela sempre soube que sou casado.

— Você acha que ela vai poder ser sua amante até quando? Acha que a Vicky pode viver o resto da vida com encontros as escondidas?

— Eu não a via como minha amante. — Ele murmurou.

— Perdoe, mas não existe outra palavra para isso.

César baixou a cabeça, Gaby tinha razão, Victoria era amante dele e ela não merecia isso, merecia algo muito melhor, merecia um homem livre para ser só dela.

— Mas eu ia me separar. — Ele sussurrou.

— Quando? Todos os homens casados dizem isso, mas nunca fazem.

— Naquela noite que fui lá era porque minha esposa soube que eu tinha uma amante e acabei pedindo o divorcio a ela. — Ele explicou.

— Então você vai mesmo se separar? — Gaby ficou surpresa em saber disso.

— Não mais, eu ia me separar pela Victoria, mas ela escolheu a outro.

— César, você é muito cabeça dura, seus ciúmes te cegam. — As palavras saíram da boca dela, antes que pudesse detê-las.

— Não é ciúmes.

— É sim, mas isso não vem ao caso, minha irmã não vai casar com ele, ela nem se quer aceitou o pedido que ele fez. Naquele dia ele apareceu lá de surpresa e eles começaram a conversar, como ele é advogado, ela contou sobre o Eugenio, que você sabe o que aconteceu, por isso ela estava chorando, e o Omar, oportunista, aproveitou que ela estava frágil e fez o pedido.

— Foi isso que aconteceu mesmo? — Ele perguntou, sua voz suave.

— Foi! E você chegou na hora, ela nem tinha respondido, até porque ela estava decidida a terminar com ele.

César ficou pensativo e depois disse. — Fui um idiota.

— Bom, cunhado ou ex-cunhado, eu queria discordar de você, mas não posso.

— Não se preocupe, eu mereço. — César curvou os lábios em um sorriso.

— Você que estar dizendo. — Gaby brincou com ele.

— Eu tinha tantos planos com a sua irmã. — Ele disse em voz baixa.

— E porque não luta para realizar esses planos? Acaso você não quer?

— De nada serve eu querer, se ela não quer.

— Como você pode ter certeza disso?

— Pelo modo como ela me olha, com raiva, com magoa, não vejo mais aquele brilho no olhar dela como me olha.

— Você não estar olhando direito, pois no olhar dela você só vai encontrar outra coisa.

— O que?

— César, às vezes é mais fácil fingir que não nos importamos do que admitir o que estar nos matando. — César ficou olhando para ela tentando decifrar.

— Ai Gaby, você seria uma excelente cunhada.

— Eu sei, sou a melhor. — Ela disse automaticamente.

César sorriu.

— César, uma ultima coisa quero te dizer, minha irmã não merece sofrer, muito menos viver a vida sendo amante de quem quer que seja. Por isso te peço que se você não for capaz de dar a vida que ela merece, faça o que ela pediu, te afasta totalmente dela, do Eduardo, sei que o menino gosta de você, mas logo ele vai esquecer, essa sua aproximação que não vai fazer bem a ela. Infelizmente, no momento nem amigo vocês podem ser. Então dependendo da sua decisão, ou fique com ela ou suma da vida dela. — Até Gaby se surpreendeu com a sinceridade com que falou isso.

— Obrigado, Gaby, prometo que o que mais quero é a felicidade da sua irmã, quero sempre o melhor, mesmo que isso signifique que eu tenha que me afastar. — Só de imaginar em ter que se afastar para sempre dela, isso o machucava muito.

— Eu desejo do fundo do meu coração que você nunca precise se afastar. — Gaby segurou a mão dele ao falar.

— Eu também desejo muito isso, você não imagina o quanto. — Ele encolheu os ombros.

— E sei que minha irmã também.

César colocou as mãos no rosto e ficou pensando.

— Mas Gaby, se ela ia terminar com ele, porque ainda não fez, o Edu me disse que eles ainda estão juntos.

— Ah, minha irmã é outra cabeça dura. Como você terminou com ela, agora estar tentando retomar a vida, só que dá pior maneira. Começou a sair com o Omar para te esquecer e vai continuar com ele pelo mesmo motivo. — Novamente Gaby falou sem pensar direito.

— Me esquecer? Como assim?

— Acho que falei demais, vamos esquecer isso. Preciso ir embora.

Gaby se levantou.

— Gaby, me responde.

— Tenho que ir, o Eduardo me espera. — Ela andou em direção à porta. — César, pense bem antes de tomar uma decisão.

Gaby foi embora, o deixando só.

“Começou a sair com ele para me esquecer? Mas a gente não estava junto quando ela começou a sair com esse homem. Será que Victoria já sentia algo por mim antes da gente começar a ficarmos juntos.”

 

*No dia seguinte, Televisa*

Victoria chegou cedo á televisa, se arrumou, se produziu de Cristina Rivero e saiu para gravar. Quando estava chegando ao local indicado de longe conseguiu ouvir as gargalhadas do César, mais perto ouviu também as gargalhadas de uma mulher.

Quando ela entrou viu o César conversando muito animadamente com a Nailea Norvind, só estavam eles dois, havia outras pessoas, mas estavam um pouco distantes.

César posou a mão nas costas da Nailea, não sei dizer a vocês se ele já tinha visto que Victoria estava observando aquela cena, talvez sim ou não, mas ele continuou conversando com ela e até um pouco intimamente, a situação já estava difícil, mas César resolveu piorar, falou algo ao ouvido da Nailea e ela soltou uma alta gargalhada.

Horrorizada, Victoria não podia se mover ou desviar o olhar, ficou parada sentido o seu estômago torcendo de raiva, e um sentimento terrível, sentimento de traição.

“Ela já me trocou tão fácil”

Victoria deu uns passou para trás e para poder sair sem ser notada pelo novo casal, mas a ideia falhou quando esbarrou em um equipamento, fazendo barulho e chamando a atenção do novo casal, para ela.

— Desculpem, só estava atrás do Salvador. — Ela se explicou.

— Ele acabou de sair daqui, mas acho que já volta. — Nailea disse.

César mantinha os olhos fixos nela, mas Victoria tentava olhar apenas para a Nailea, só que era impossível ela não enxergar ele.

— Obrigada, depois eu volto.

Victoria saiu correndo dali, precisava de um lugar para ficar sozinha e se esconder. Estava se sentindo tão humilhada, tão suja, tão usada. Não conseguia suportar a ideia de ter sido apenas mais uma colega de trabalho que ele pegou, ser mais uma na longa lista dele.

 

*Camarim Ruffo*

 Victoria se trancou no camarim, agradeceu pela sua assistente não estar lá, se sentou no sofá, não conseguia afastar da cabeça a imagem do César falando ao ouvido da Nailea. Victoria sentiu seus olhos arderem, e deixou algumas lágrimas caírem. Ela estava se sentindo infantil, patética, já não tinha nada com ele, sendo assim ele poderia fazer o que quisesse e com quem fosse.

Victoria sentiu seu coração disparar quando ouviu umas batidas fortes na porta e a voz do César pedindo que ela abrisse.

César batia na porta, claramente histérico, ele tinha a visto entrar e fez tudo aquilo para provocar, por mais que ele quisesse magoá-la antes, naquele momento a ideia dela estar sofrendo por culpa dele, era insuportável.

— Victoria, se você não abrir essa porta, eu vou fazer um escândalo e todos vão ouvir. — Seu tom era ameaçador.

Victoria ficou com medo que ele cumprisse a ameaça e se levantou para abrir a porta.

Ao abrir a porta e vê-lo parado, com uma expressão de pânico, de súplica, ela sentiu seu coração disparar mais uma vez e seu estômago embrulhar. Ela já estava tão abalada profundamente e agora aquele sentimento enojado após ver aquela cena, só crescia.

— Precisamos conversar. — Ele disse asperamente.

— Agora sou eu que não quero conversar. — Ela tentou fechar a porta, mas ele a impediu e entrou quase que a empurrando.

Victoria tentou se afastar o máximo que pode dele, apesar de toda a magoa, nojo, raiva, apesar de qualquer coisa que ela estava sentindo, não sabia até que ponto poderia resistir a ele, ainda mais quando ele estava incrivelmente sexy, vestido caracterizado de Federico Rivero, completamente de preto e para piorar, ou melhorar, estava usando aquele chapéu que deixava ele mais irresistível.

O nervosismo do César era nítido, estava tenso, observando o modo que ela olhava para ele, tentava decifrar o que aquele olhar significava.

A tensão entre os dois estava quase palpável e desconcertante, coração de ambos disparados, César estava suando tanto que tirou o chapéu, ao fazer isso passou a mão pelo cabelo, fazendo com que Victoria se contorcesse e engolisse a seco.

— Vai dizer o que quer conversar ou não? — Victoria perguntou. 



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